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terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Casa de Saúde São José

Para se destacar em um mercado polarizado pela Amil e Rede D´Or, a entidade quer expandir maternidade e consolidar alta-complexidade

O escritor e dramaturgo austríaco Hugo Von Hoffmmansthal aplicava o seguinte conceito em suas obras: “O presente impõe formas. Sair dessa esfera e produzir outras formas constitui a criatividade”. No ano de 2011, a Casa de Saúde São José, no Rio de Janeiro, colocou essa premissa em prática.

O presente imposto foi o crescimento de aquisições de leitos privados realizada pela Amilpar, juntamente com aumento de hospitais pela Rede D´Or no Rio de Janeiro.

Diante deste cenário, onde passou a predominar a atuação das duas grandes empresas, os dirigentes da Casa de Saúde São José viram que era preciso expandir e manter-se competitivo entre os hospitais cariocas.

“Atentos a isso, precisávamos dar um norte para o hospital, uma vez que passaram a ter dois grandes pilares dentro do nosso negócio, pois tivemos hospitais que passaram a se credenciar a Amil e outros viraram Rede D´Or”, explica o diretor executivo da Casa de Saúde São José, André Gall.

De acordo com Gall, a solução encontrada pela instituição foi direcionar a sua atenção para uma parcela de pacientes que preza por bom atendimento e valor justo. “Por mais que esses dois pilares cresçam, sempre vai haver uma lacuna entre eles. E é nessa lacuna que decidimos focar nossos negócios”.

Para colocar em prática a estratégia adotada, o diretor executivo da CSSJ conta que o hospital precisou fazer um fortalecimento em tecnologias médicas, em reestruturação física e fortalecimento de especialidades. “Não somos um hospital geral, somos efetivamente cirúrgico, que possui as esferas da emergência cardiológica, obstétrica e ortopédica no cerne”.

Além das especialidades citadas, o executivo acredita que a instituição também tem o seu diferencial na obstetrícia e maternidade, especialidades escassas no Rio de Janeiro. “Essa especialidade teve a sua atuação reduzida na cidade, por conta da rentabilidade pequena que ela traz”.

E conta que o hospital possui planos de usar essa carência a seu favor. “Temos um projeto para a ampliação de leitos de maternidade, principalmente obstetrícia de alto risco. Mas precisamos de uma aprovação de crescimento. Por enquanto, precisamos de um aval do poder público para nos autorizar esse projeto”.

Fatores como legislações urbanísticas e limitação de gabaritos são entraves que dificultado a expansão do hospital, segundo Gall.

Se por um lado a Casa de Saúde São José encontra dificuldades para expandir os seus leitos da maternidade, o hospital obteve bons resultados nos projetos que colocou em prática. Isso porque no ano de 2011, a entidade contou com um orçamento de aproximadamente R$ 34 milhões para realizar melhorias, dos quais, até o mês de outubro, 73% já estavam finalizadas.

No entanto, é importante ressaltar que o hospital já vinha reciclando suas estratégias de negócios desde o ano de 2010. “Em setembro do ano passado, foi realizado um ciclo de reflexão estratégica onde foram reunidos membros do colegiado e diretoria para traçar os próximos cinco anos, que se iniciou este ano e vai até 2015”.

Criatividade em prática
No intuito de se destacar à sua maneira no cenário de hospitais cariocas, Gall conta que a instituição passou a dialogar com os médicos sobre quais são as necessidades dos pacientes levando-se em consideração também a disponibilidade da fonte pagadora. “O médico traz para a gente qual é a necessidade de assistência que as pessoas precisam e quais ele quer desenvolver. Em seguida, nós alinhamos isso com a fonte pagadora, equilibrando as necessidades apresentadas com o melhor custo possível”.

Ainda que a estratégia de negócios do hospital leve em consideração atendimento de qualidade com preços justos é importante lembrar que a Casa de Saúde São José é um hospital que atende exclusivamente pacientes particulares e beneficiários de planos de saúde predominantemente das classes A e B

Porém, Gall explica que essa manobra não está ligada a uma exclusão dos pacientes do SUS, pois a entidade junto com o Hospital Santa Catarina são os dois maiores responsáveis pelos recursos da Associação Congregação Santa Catarina.

Resultados
Com as melhorias e reformas realizadas na CSSJ, Gall conta que há estimativa de alcançar a receita de R$ 240 milhões. Para 2012 a avaliação também é positiva. “Esperamos que o hospital obtenha um crescimento de aproximadamente 10%”. Já para o ano de 2015 – data final para o plano estratégico – o executivo diz que há expectativa de aumentar de 230 para, no mínimo, 300 leitos.

Essa aposta visa suprir a lacuna problemática que faz parte da realidade do Rio de Janeiro com a falta de leitos. “As pessoas estão com mais acesso à saúde suplementar e a demanda por leitos para essa cadeia tem crescido”. Finaliza.

Fonte SaudeWeb

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