A cerca de 100 anos atrás, um jovem químico que trabalhava na Bayer, na Alemanha, fez uma descoberta que, mesmo hoje, continua aliviando as nossas dores de cabeça, dores musculares, febres, inflamações - e mesmo salvando vidas.
No dia 10 de agosto de 1897, Felix Hoffmann, este químico da bayer, descobriu uma forma estável do ácido acetilsalicílico, o ingrediente ativo da aspirina. Hoffmann estava procurando um analgésico para as dores reumáticas de seu pai.
A nova droga não somente aliviou as dores e inflamações de seu pai, mas, quando foi para o mercado, apenas 2 anos depois, rapidamente tornou-se o analgésico mais popular do mundo.
Um século após a descoberta de Hoffmann, a aspirina continua sendo extensivamente pesquisada e novas propriedades tem sido descobertas: as mais recentes concluem que a aspirina pode prevenir ataques cardíacos, alguns tipos de câncer e até mesmo o mal de Alzheier!
O ingrediente ativo da aspirina, ácido acetilsalicílico (AAS), é a forma comercial sintetizada de um composto que ocorre naturalmente, o salicinato de metila, encontrado na planta Willow Tree, comum na europa e EUA. Já em cerca de 200 A.C., Hipócrates, o filósofo grego conhecido como pai da medicina, descobriu que o ato de mascar folhas e cascas do Willow Tree aliviava dores e febres.
Foi somente 70 anos após a descoberta de Hoffmann, entretanto, que o farmacologista britânico John Vane, em 1971, descobriu o mecanismo da ação do AAS no corpo humano: as propriedades antiinflamatórias do AAS resultam na abilidade da droga em inibir a síntese de certos mediadores químicos (prostaglandinas) que, sob certas circunstâncias, são produzidos e provocam inflamações, com dores conseqüentes. Vane recebeu o Prêmio Nobel de Medicina em 1982, por este grande avanço científico.
O nome Aspirina, marca registrada do AAS produzido pela Bayer, vem de "a", para "acetil" e "spir" para "spirea", uma outra uma fonte natural para salicinato. Em 1899 a droga foi lançada no mercado sob a forma de pó e, em 1900, aspirina já era a droga, em tabletes, mais vendida no mundo. Atualmente, só nos EUA, cerca de 29 bilhões de tabletes são consumidos a cada ano!
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