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quarta-feira, 4 de abril de 2012

Estudo recomenda associação de ultrassom e ressonância à mamografia

 
Técnicas ajudaram a detectar tumores cancerosos que "passaram batido"

Os exames anuais que as mulheres fazem preventivamente para a detecção precoce de tumores cancerosos nas mamas poderiam ser refinados com o auxílio do ultrassom e da ressonância magnética, além da mamografia, mais comum, revelou um estudo feito nos Estados Unidos e divulgado nesta terça-feira.

A pesquisa, publicada na edição de 4 de abril do Jornal da Associação Médica Americana, demonstrou que estas duas técnicas ajudaram a detectar pequenos tumores cancerosos que passaram despercebidos em mamografias.

O estudo acompanhou 2.662 mulheres com risco elevado de desenvolver câncer de mama, particularmente devido a mamas densas e/ou a histórico familiar da doença. Elas concordaram em se submeter a três testes independentes em um ano, realizados aleatoriamente.

Os três testes detectaram um total de 111 cânceres, o correspondente a 2,6% do total do grupo.

A mamografia, que é um exame de raio-X de baixa dose de radiação, detectou 59 cânceres ou 53% do total dos cânceres encontrados.

O ultrassom, um exame que usa ondas sonoras para gerar uma imagem do funcionamento interno do corpo e costuma ser usado em grávidas, detectou 29% dos tumores cancerosos.

Exames de ressonância magnética, que usam o campo magnético combinado com pulsos de rádio-frequência, identificaram 8% dos cânceres que os outros dois métodos não conseguiram detectar.

Onze cânceres ou 11% não foram detectados por nenhum dos três métodos, destacou o estudo.

"Exames anuais de ultrassom podem detectar cânceres de mama pequenos, nódulo-negativos, que não são vistos na mamografia", destacou o estudo.

"A ressonância magnética pode revelar cânceres de mama adicionais, que não foram identificados pela mamografia ou pela ressonância magnética", acrescentou, ressaltando que a técnica não é adequada para todos os pacientes e representa custos e riscos mais elevados do que os outros métodos.

Segundo Kristin Byrne, chefe do centro de imagens de mama do Hospital Lenox Hill, em Nova York, o estudo mostra que métodos alternativos de testagem podem ajudar a identificar cânceres que a mamografia não conseguiu detectar.

"Quase a metade dos cânceres não teriam sido detectados com a mamografia sozinha", afirmou Byrne, que não participou do estudo.

"O câncer de mama é difícil de detectar pela mamografia em pacientes com tecido mamário denso. O ultrassom e a ressonância magnética detectam um número significativo de cânceres de mama que não são vistas na mamografia em pacientes com tecido mamário denso", acrescentou.

"Exames adicionais de ressonância magnética e ultrassom são importantes em pacientes com alto risco e que tenham mamas densas para a detecção precoce" da doença, concluiu.

Fonte R7

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