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segunda-feira, 9 de abril de 2012

Soja melhora sintoma de menopausa, diz estudo americano

Pesquisa indica que duas porções diárias de soja reduzem frequência e intensidade de ondas de calor

Duas porções diárias de soja podem reduzir a frequência e intensidade de ondas de calor vivenciadas por mulheres durante a menopausa, concluiu o mais abrangente estudo já feito sobre o assunto.

Os resultados da pesquisa apontam para uma redução de até 26% no sintoma.

Pesquisadores da Universidade de Delaware, em Newark, Nova Jersey, Estados Unidos, analisaram 19 investigações prévias sobre o tema envolvendo um total de 1.200 mulheres.

Os resultados do trabalho foram publicados na revista científica Menopause: The Journal of thev North American Menopause Association.

Até o presente, pesquisas sobre o assunto tinham apresentado resultados contraditórios - algumas confirmando, outras negando os benefícios da soja para mulheres na menopausa.

Mas segundo a equipe americana, a discrepância se deve ao número pequeno de participantes em alguns dos estudos e também a problemas de metodologia.

"Quando combinamos todos (os estudos), concluímos que o efeito geral (da soja) ainda é positivo", disse Melissa Melby, professora de antropologia médica na University of Delaware, autora do estudo.

Resultados
Ao examinar o impacto de isoflavonas da soja (substâncias químicas que produzem um efeito semelhante ao do hormônio feminino estrogênio), Melby e seus colegas concluíram que ingerir ao menos 54 miligramas de isoflavonas da soja diariamente, por um período entre seis semanas e um ano, diminui a frequência das ondas de calor em 20,6% e a intensidade do sintoma em até 26% em comparação com o uso de um placebo.

Em estudos de duração mais longa, onde mulheres consumiram isoflavonas por 12 semanas ou mais, a diminuição na frequência das ondas de calor foi cerca de três vezes maior.

Suplementos com índices maiores de genistein (um dos dois principais tipos de isoflavonas) se revelaram mais efetivos na redução da frequência das ondas de calor.

Melby explicou que estes resultados são particularmente importantes porque o genistein é a principal isoflavona encontrada nos grãos da soja e em alimentos que contém soja.

Segundo ela, isso é um indicador de que "comer alimentos contendo soja, ou usar suplementos derivados de grãos inteiros de soja, pode funcionar melhor para mulheres".

O interesse em compreender as possíveis conexões entre consumo de soja e sintomas de menopausa surgiu a partir de observações feitas no Japão.

Pesquisas realizadas no país concluíram que a baixa frequência de ondas de calor em mulheres japonesas pode ser atribuída ao alto consumo de soja entre os japoneses. No Japão, a ingestão do alimento tem início já no útero e continua por toda a vida.

"A soja é provavelmente mais efetiva nessas mulheres", disse Melby. "Mas se você tem 50 e nunca comeu soja, não é tarde demais. Nós descobrimos que ainda ajuda."

Fonte Estadão

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