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quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Equipe dos EUA desenvolve prótese de orelha utilizando impressora 3D

Impressora leva instruções de um arquivo construído a partir de fotografias 3D de ouvidos humanos tiradas com um scanner em Rhodes Hall.
Foto: Lindsay France/University Photography
Impressora leva instruções de um arquivo construído a partir
de fotografias 3D de ouvidos humanos tiradas com
um scanner em Rhodes Hall
Orelha artificial, que parece e funciona como ouvido natural, fornece esperança para crianças nascidas com deformidade congênita
 
Bioengenheiros da Cornell University, nos EUA, conseguiram criar uma prótese de orelha usando tecnologia de impressão 3D.
 
A orelha artificial, que parece e funciona como um ouvido natural, fornece uma nova esperança para milhares de crianças que nascem com uma deformidade congênita, chamada microtia.
 
Ao invés de usar células vivas como "tinta", os pesquisadores imprimiram moldes sintéticos, a partir da imagem digitalizada de orelhas de verdade, feitos de um tipo de hidrogel. Em seguida, eles implantaram os moldes sob a pele do dorso de ratos e os "cultivaram". Alguns moldes foram removidos após um mês, e outros, após três meses.
 
Os moldes que tinham condrócitos, células encontradas no tecido cartilaginoso, incorporados ao gel, cresceram sem perder o formato. "Nós desenvolvemos uma prótese de alta fidelidade, biocompatível, específica para o paciente e construída a partir de engenharia de tecido que ' imita' consideravelmente o ouvido externo tanto no aspecto biomecânico como no histológico", afirmam os autores.
 
"O novo ouvido pode ser a solução que cirurgiões reconstrutivos há muito tempo desejavam para ajudar as crianças que nascem com deformidade da orelha. O molde também pode ajudar as pessoas que perderam parte ou a totalidade de sua orelha externa em um acidente ou devido ao câncer", destaca o coautor Jason Spector.

Para construir as orelhas, o pesquisador Lawrence Bonassar e seus colegas começaram com uma imagem 3D digitalizada de orelha de um paciente humano e converteram a imagem digitalizada em uma orelha "sólida" usando uma impressora 3D para a montagem de um molde.
 
Eles injetaram no molde colágeno derivado de caudas de rato, e em seguida adicionaram 250 milhões de células de cartilagem das orelhas de vacas. O gel de alta densidade é semelhante à consistência de gelatina, quando o molde é removido, o colágeno serve como um andaime sobre o qual a cartilagem pode crescer.
 
O processo também é rápido, segundo Bonassar. "É preciso metade de um dia para desenhar o molde, um ou dois dias para imprimi-lo, 30 minutos para injetar o gel, e nós podemos remover a orelha 15 minutos depois. Nós cortamos a orelha e então a colocamos em cultura por vários dias em meio a células nutritivas antes de serem implantadas", explica.
 
A equipe agora está estudando formas de expandir as populações de células de cartilagem da orelha humana em laboratório, de modo que estas células possam ser utilizadas no molde, em vez de cartilagem de vaca. "Utilizando células humanas, especialmente aquelas do mesmo paciente, iria reduzir qualquer possibilidade de rejeição", afirma Spector.
 
Se testes futuros comprovarem a segurança e eficácia do molde, os pesquisadores acreditam ser possível tentar o primeiro implante em humanos em menos de três anos.
 
 
Fonte isaude.net

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