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quarta-feira, 29 de maio de 2013

Mais de 75% dos paulistanos consomem carnes em excesso

Em carnes bem passadas, feitas na grelha ou churrasqueira, são formadas crostas de coloração marrom a preta, que possuem substâncias potencialmente carcerígenas
Foto: Marcelo Camargo/ABr
Em carnes bem passadas, feitas na grelha ou churrasqueira,
são formadas crostas de coloração marrom a preta, que
possuem substâncias potencialmente cancerígenas
De 2003 para 2008 houve um aumento médio de 25% no consumo. A pesquisadora afirma ser alarmante o índice entre os jovens
 
Segundo pesquisa da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP, mais de 75% da população da capital paulista consome quantidades de carnes muito acima das recomendadas. O estudo realizado pela nutricionista Aline Martins de Carvalho verificou o consumo dos diversos tipos de carne e as tendências, comparando os dados do Inquérito de Saúde de São Paulo (ISA) entre 2003 e 2008.
 
Em 2003 foram entrevistadas 2.361 pessoas e, em 2008, 1.662 pessoas, escolhidas de forma aleatória. Os resultados mostraram um aumento de 25% no consumo de carne (143 g para 179 g por pessoa/dia). A principal carne consumida é a bovina, seguida pelas aves. Também foi possível detectar um aumento no consumo da carne vermelha e processada, principalmente entre os jovens, faixa onde o consumo aumentou de 108 g para 135 g/dia.
 
De acordo com dados do Ministério da Saúde, a ingestão ideal de carnes, vermelha ou branca, seria de uma porção, correspondente em média a 100 gramas (g) por dia. O World Cancer ResearchFund, órgão norte-americano voltado à prevenção do câncer, recomenda o consumo de 500 g semanais de carne vermelha e processada (grupo que envolve hamburger, salsicha, nuggets, etc, que no geral são carnes industrializadas).
 
Segundo a pesquisadora, é alarmante perceber a ingestão excessiva de carnes processadas entre os jovens, pois eles passarão mais tempo de sua vida consumindo esse alimento e ficarão mais tempo expostos aos riscos de doenças. O consumo excessivo de carnes processadas foi relacionado inversamente à qualidade da dieta, principalmente dentre os homens. " Quem tem uma melhor qualidade da dieta, consome menos carne vermelha processada" , diz Aline.

Modo de preparo é importante
O modo pelo qual a carne é preparada é um fator a ser observado. Nas carnes bem passadas feitas na grelha, forno ou churrasqueira, são formadas crostas de coloração marrom a preta, que possuem substâncias potencialmente carcerígenas. Por esse motivo é recomendado o consumo de carnes cozidas, sem adição de gorduras na sua preparação. " Carne é saudável, mas é preciso consumir com moderação, sempre observando os tipos, o melhor método de preparo, a quantidade que deve ser consumida ao longo do dia e ao longo da semana" , recomenda a nutricionista.

Emissão de CO2
Os estudos também indicaram que para cada quilo de carne bovina produzida são gerados, em média, 44 quilos equivalentes de dióxido de carbono (CO2), equivalendo a um carro percorrendo a distância de 250 quilômetros. Estima-se que o município de São Paulo produziu 18 milhões de toneladas de dióxido de carbono pelo consumo de carne em 2003. Isso equivale a 5% do impacto total produzido pelo Brasil para a agropecuária. O dióxido de carbono é produzido pelo gado em vida, por meio da respiração e liberação de gases.

Com informações da Agência USP

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