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sábado, 25 de maio de 2013

Morfina pode ter deixado “assassino de Alphaville” agressivo, diz especialista


Reprodução/Rede Record
Empresário mata casal de vizinhos após se irritar com barulho
Medicamento pode causar surtos de euforia e alucinações
 
O assassinato de um casal em um condomínio de luxo em Alphaville, na grande São Paulo, chocou o País na noite desta quinta-feira (23). O empresário Vicente Dalécio, de 60 anos, que cometeu o crime, era portador da síndrome de Guillain-Barré, que acomete o sistema nervoso periférico. O uso de medicamentos à base de morfina, que fazia parte do tratamento, pode ter colaborado para intensificar o comportamento agressivo que ele teve, segundo o neurocirurgião Mirto Nelso Prandini, chefe do Departamento de Neurologia e Neurocirurgia da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).
 
— A morfina, um sedativo ideal usado para o alívio de dores intensas, pode causar, em alguns pacientes, surtos de euforia e alucinações. Em doses muito altas, a pessoa sofreria uma parada respiratória.
 
A doença, por si só, não provocaria comportamento agressivo, diz o neurocirurgião.
 
— Pode ser que o paciente tenha sofrido algum tipo de estresse agudo, após ficar quatro meses internado. No entanto, é difícil afirmar que a doença tenha modificado o seu estado emocional.
 
A doença
A síndrome de Guillan-Barré é uma doença de origem autoimune, caracterizada por lesões nos nervos periféricos que se originam no encéfalo ou na medula espinhal. Costuma evoluir para surtos, cujos intervalos podem ser de semanas, meses ou até anos.
 
Seus principais sintomas são dormência, falta de sensibilidade e a fraqueza muscular nos braços e pernas. Em alguns casos pode ocorrer dificuldades na deglutição ou até da movimentação dos olhos e rosto. Estes problemas são acompanhados de dores de difícil tratamento.
 
Porém, o principal risco desta doença está na respiração. Este tipo de acometimento pode afetar os nervos que controlam os movimentos pulmonares, levando a um quadro de insuficiência respiratória e morte por falta de oxigenação.
 
Como tratar
O uso de drogas para o controle da autoimunidade, que se encontra alterada, é o tratamento precoce. No entanto, se a doença evoluir para um quadro de insuficiência respiratória, o paciente deverá ser intubado imediatamente. Esse procedimento permite que os movimentos respiratórios retornem dentro de alguns dias.
 
— Dependendo da gravidade do problema, a intubação pode durar de 10 dias a três meses.
 
Fonte R7

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