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segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Estudo acha substância protetora contra alzheimer

Uma substância mostrou, em testes in vitro, que é capaz de bloquear uma interação entre moléculas que leva à doença de Alzheimer.
 
O achado é de um grupo de pesquisadores do A.C. Camargo Cancer Center, que acabam de publicar um novo estudo no periódico "Journal of Neuroscience".
 
Estudos anteriores (incluindo trabalhos desse mesmo grupo) já haviam demonstrado que a proteína príon, que ocorre naturalmente no cérebro mas é mais conhecida como a causadora de doenças como a da vaca louca e de Creutzfeldt-Jakob, também tem funções benéficas.
 
Um desses benefícios ocorre quando a príon se une à proteína STI1: a parceria leva à proteção de neurônios contra agressões.
 
O problema é que a proteína príon também "gosta" de fazer ligações tóxicas, como a que acontece com oligômeros beta-amiloides e que leva ao mal de Alzheimer.
 
O que os pesquisadores fizeram agora foi usar a proteína STI1 para se ligar à príon e impedir sua união com a beta-amiloide.
 
"Mostramos em diferentes modelos bioquímicos e celulares que somos capazes de bloquear a interação da príon com a beta-amiloide e que a união da príon com a STI1 reverte a toxicidade no neurônio", afirma Vilma Martins, diretora de pesquisa do A.C.Camargo Cancer Center.
 
O próximo passo é testar a proteína STI1 em animais. Ainda é cedo para pensar no uso da substância em humanos, mas Martins diz acreditar que, se os testes em laboratório derem certo, a molécula poderia servir de molde para uma droga no futuro.

Folhaonline

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