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segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Parece chocolate, mas é alfarroba

Alfarroba é um tipo de vagem
Tipo de vagem é matéria-prima para doces muito semelhantes ao chocolate
 
Já ouviu falar em alfarroba? Uma vagem, fruto da alfarrobeira, conhece? E ajudaria dizer que os produtos feitos a partir dela são com frequência comparados a um velho amigo de todos nós, o chocolate?
 
A alfarroba, originária do Mediterrâneo, não é tão popular no Brasil quanto os doces à base de cacau, cultivado há séculos no país. Mas ela tem atraído mais simpatizantes com a divulgação de pesquisas que atestam suas qualidades nutricionais,
 
De acordo com a nutricionista Gilberti Helena Hubscher Lopes, enquanto o cacau contém até 23% de gordura e 5% de açúcar, a alfarroba tem, em média, 0,7% de gordura e alto teor de carboidrato (açúcares naturais, sacarose e frutose), que varia de 38% a 45%. A alfarroba dispõe de muitas fibras e, em sua gordura, existe fonte de ácidos graxos essenciais, como o ômega 3 e o ômega 6. De quebra, tem menos calorias que o chocolate: 180 para o doce de cacau contra apenas 80 calorias para o feito com a vagem (em uma porção de 20g).
 
As vantagens da alfarroba não param por aí, uma vez que é isenta de cafeína e teobromina, estimulantes que, isolados ou em conjunto, podem causar dor de cabeça. A alfarroba pode ser utilizada por pessoas com diabetes – mas é necessário ficar atento à composição dos produtos, pois mesmo que seu sabor seja naturalmente adocicado, alguns têm adição de açúcar. De forma geral, os doces com alfarroba também não contêm glúten, então, podem ser consumidos por celíacos. E, conforme indica a nutricionista Sálua Finamor, eles contêm polifenóis, substâncias antioxidantes que podem inibir a proliferação de células tumorais.
 
Mas Sálua alerta que, apesar dos benefícios, a alfarroba não está totalmente liberada, afinal ela tem quantidade considerável de calorias.
 
– Temos de lembrar que é necessário ter uma alimentação balanceada – ressalta a nutricionista.
 
A cara é de chocolate. E o paladar?
Encontrados em supermercados, casas de alimentos naturais e lojas de conveniência, os produtos à base de alfarroba têm aparência idêntica a do chocolate, mas o cheiro, o sabor e a consistência são diferentes. Eles não são tão doces quanto o chocolate ao leite, mas também não se deve aguardar o mesmo paladar do chocolate amargo. Além disso, deixam um gostinho de queimado na boca. O preço também é outro: o ingrediente costuma ser importado de países como a Argentina, tornando os produtos um pouco mais caros.
 
Já os usos na culinária são semelhantes aos do chocolate. A nutricionista Paloma Tusset utiliza a alfarroba para substituir o chocolate ao leite e o achocolatado no seu curso de gastronomia saudável.
 
Ela também faz shakes, cookies, mousses, entre outras receitas. Paloma ainda recomenda o creme de avelã com alfarroba, além das barras com a vagem em substituição às barrinhas de cereal com chocolate ao leite. Existem as opções de alfarroba recheada com coco ou banana, de bombom com passas de uva ou flocos de arroz, de damascos cobertos, entre outras.
 
Por que a alfarroba faz bem
— Produtos feitos a partir da alfarroba não costumam ter adição de açúcar, glúten e estimulantes como cafeína e teobromina
 
— Tem lipídios em baixa concentração
 
— Sua fibra de alta viscosidade tem vários efeitos importantes na saúde, como melhorar a flora intestinal boa
 
— Contém polifenóis, substância antioxidante que pode inibir a proliferação de células tumorais
 
— Tem boa quantidade de ferro, potássio, fósforo, manganês, cobre, além de zinco, cálcio, vitaminas B1 e B2
 
— Na gordura da alfarroba são encontradas fontes de ácidos graxos essenciais como o ômega 3 e o ômega 6
 
Zero Hora

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