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terça-feira, 19 de maio de 2015

Conheça os tipos de repelentes disponíveis no Brasil e a eficácia de cada um

Há três principais tipos de repelentes de insetos à venda no País: à base de Icaridina, DEET e IR3535
 
Em tempos de dengue, a procura por repelentes virou quase uma regra. No entanto, há tantas marcas disponíveis no mercado que pode deixar até o mais atento dos consumidores confuso. Como saber qual é o melhor, para quem são indicados e como aplicar? Especialistas consultados pelo iG explicam a diferença dos produtos e a eficácia de cada um.
 
Há três principais tipos de repelentes de insetos no Brasil. Aqueles à base de Icaridina, DEET e IR3535. Todos, se mal usados, podem provocar efeitos tóxicos. A dermatologista Carolina Marçon, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, explica que, em primeiro lugar, é necessário verificar se o repelente é aprovado pela Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa).
 
Depois, é necessário atentar para a faixa etária de quem vai usar, já que é perigoso não passar repelentes específicos nas crianças. “A criança tem pouca defesa corpórea, uma pele que absorve mais. Isso pode dar uma complicação sistêmica, uma alteração neurológica ou pulmonar”, alerta a médica.
 
Para que o repelente seja eficaz, é necessário aplicar uma boa quantidade nas áreas expostas. E, segundo Carolina, jamais dormir com repelente. “Ele é usado apenas para a exposição, não se pode dormir sem tomar banho para retirá-lo”, preocupa-se a dermatologista.
 
Há quem considere a citronela um bom repelente natural, mas os médicos discordam. “Os repelentes com óleo de citronela, eucalipto ou andiroba não têm segurança para usar em crianças e são muito voláteis, acabam evaporando rapidamente”, completa Carolina.
 
Conheça a eficácia dos três tipos de repelentes:
 
Icaridina
O mais potente repelente disponível no Brasil é aquele à base de Icaridina. O pediatra e neonatologista Jorge Huberman explica que recomenda esse repelente pelo fato de ele durar até 12 horas na pele. Por ter necessidade de menos reaplicações, esse repelente é considerado o melhor. “Quanto menos vezes passar, melhor, pois há um risco menor de reação sistêmica, além de reduzir o risco de alergias na pele”, diz a dermatologista Carolina. Ela conta que há um repelente desses específicos para crianças, que pode ser usado acima dos dois anos.
 
Esse repelente, no entanto, é um dos mais difíceis de encontrar, já que se esgota rapidamente das farmácias. A empresa que fabrica o produto informou que aumentou em oito vezes a produção, mas que mesmo assim nem sempre dá conta da demanda, que aumentou por causa da epidemia de dengue.
Tempo de ação: até 12 horas.
 
DEET
É o repelente comum, presente na grande maioria das marcas. Os repelentes com DEET duram quatro horas na pele, em média. Segundo o infectologista Leonardo Abrucio Neto, do Hospital Beneficência Portuguesa, existe a suspeita de que o DEET não seja tão eficiente para repelir o mosquito da dengue, já que eles poderiam se tornar imunes ao princípio ativo. Para outros insetos, como outros tipos de mosquitos e pulgas, ele afirma que o DEET é eficaz.
 
Carolina explica que o tempo de reaplicação do repelente deve ser respeitado, de acordo com as recomendações do fabricante. No entanto, não é permitido aplicar mais do que três vezes ao dia, por aumentar o risco de absorção e de toxicidade.
 
A dermatologista diz que há repelentes à base de DEET específicos para crianças, com concentração menor do princípio ativo. Os produtos infantis trazem de 6% a 9% do princípio ativo. A razão? As crianças têm uma pele mais permeável, que permite uma absorção maior – e mais nociva – das substâncias tóxicas. Respeitar o rótulo e só aplicar repelentes destinados à idade das crianças protege os pequenos. Para os adultos, a concentração gira em torno dos 14%.

Tempo de ação: até quatro horas.
 
IR 3535
O repelente à base de IR 3535 é indicado para bebês acima de seis meses. Todos os outros repelentes só podem ser usados depois de dois anos de idade por causa da toxicidade. Por ser uma substância com menos risco de alergias e intoxicação, é indicado para tão pouca idade.
 
“Abaixo de seis meses é totalmente contraindicado. O ideal é, abaixo de dois anos, usar mosquiteiros”, recomenda Carolina. Ela diz ainda que é bom lavar as mãos das crianças logo após a aplicação, já que elas podem ter contato direto com a substância e levar à boca.

Tempo de ação: até quatro horas
 
iG

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