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quinta-feira, 7 de maio de 2015

Digoxina aumenta o risco de morte em pacientes com problemas cardíacos, diz estudo

Maior avaliação do tipo feita até agora observou 320 mil pacientes
 
Há evidências conflitantes sobre se a digoxina, um medicamento que tem sido utilizado em todo o mundo durante séculos para tratar doenças cardíacas, pode contribuir para um aumento no número de mortes em pacientes com fibrilação atrial (FA) ou insuficiência cardíaca congestiva (ICC). Agora, a maior revisão de estudos do tipo revela que a droga está associada a um risco aumentado de morte nestes pacientes, particularmente naqueles sendo tratados para FA.
 
Em um estudo publicado on-line nesta terça-feira na “European Heart Journal”, os pesquisadores da Universidade JW Goethe, em Frankfurt, na Alemanha, realizou uma revisão sistemática e meta-análise de todos os estudos publicados em revistas e jornais entre 1993 e 2014 que analisaram os efeitos da digoxina em morte por qualquer causa em pacientes com FA e ICC.
 
Eles identificaram 19 estudos relevantes que incluíram um total de 326.426 pacientes (235.047 AF e 91.379 pacientes com ICC). Eles descobriram que, entre os pacientes que foram tratados com digoxina, houve 21% de risco global aumentado de morte por qualquer causa em comparação com os doentes que não receberam este tratamento. Quando se analisou o grupo de pacientes com FA e o grupo de pacientes com ICC separadamente, a digoxina foi associada ao aumento de 29% e 14% do risco de morte devido a qualquer causa, respectivamente, quando comparado com pacientes que não receberam o remédio.
 
Atualmente, a digoxina é recomendada pelas diretrizes dos EUA e da Sociedade Europeia de Cardiologia para pacientes com insuficiência cardíaca e problemas com o controle do ritmo do coração. No entanto, os autores deste estudo escrevem que “estas recomendações refletem a base de dados altamente insatisfatória para julgar os supostos benefícios da digoxina”. Eles pedem que “até que ensaios adequados sejam concluídos, a digoxina deve ser usada com grande cautela (incluindo os níveis de monitoramento de plasma), particularmente quando administrados para o controle da frequência em AF”.

O Globo

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