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sexta-feira, 24 de julho de 2015

Pesquisadores mineiros criam novo medicamento para artrite

Tecnologia desenvolvida pela Funed utiliza toxina do veneno da abelha

Pesquisadores da Fundação Ezequiel Dias (Funed) estudam a funcionalidade analgésica e antiflamatória do veneno da abelha para criarem uma pomada para tratamento da artrite. O estudo é um dos projetos apoiados pelo Programa de Incentivo à Inovação (PII), promovido pelo Sebrae Minas e pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Estado de Minas Gerais (SECTES).

Conhecido como apitoxina, o veneno de abelha já é usado como medicamento para doenças como nevrites, traumas, tendinite, bursite e inflamações comuns. A principal inovação desse projeto é realizar o fracionamento da apitoxina para retirar seus componentes alergênicos, já que como qualquer outro veneno pode produzir reações alérgicas nas pessoas. “Deixamos só a porção ativa, que tem efeitos no controle da artrite. A apitoxina atua estimulando a produção de uma substância que atua sobre os processos alérgicos e inflamatórios”, explica a pesquisadora da Funed, Esther Bastos.

Inicialmente, o projeto de pesquisa estuda o formato de uma pomada com apitoxina para tratamento tópico da artrite reumatoide, mas a tecnologia abre espaço para formulações injetáveis ou em solução oral. Além disso, mais pesquisas poderão determinar os benefícios da apitoxina no tratamento de outras doenças como psoríase e esclerose múltipla

Diferentemente dos medicamentos convencionais, o processo de fabricação de um medicamento de uso tópico com apitoxina é simples. Isso reduz significativamente o custo final do produto. Nesse sentido, a tecnologia pode gerar uma importante economia no tratamento da artrite para os pacientes acometidos e para o Sistema Único de Saúde (SUS). Outro diferencial importante é a ausência de efeitos colaterais que impacta diretamente na qualidade de vida do paciente.

Os testes pré-clínicos obtiveram alta taxa de sucesso na contenção da resposta inflamatória. A próxima etapa são os testes em humanos. A intenção da pesquisadora é transferir a tecnologia para uma empresa do setor farmacêutico. Para isso, já foi depositada patente junto ao Instituto Nacional de PropriedadeIntelectual para o bioproduto.

DeFato Online / Guia da Pharmacia

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