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domingo, 27 de abril de 2014

Queda de cabelo pós-parto: saiba como minimizar o problema

Thinkstock/Getty Images
Em casos mais severos, a perda pode ser de até 30% a 50%
da massa capilar
Condição atinge cerca de 50% das mulheres que acabam de dar à luz e pode estar associada a questões hormonais, nutricionais ou psicológicas
 
Durante a gravidez, a mulher vive uma das melhores fases capilares da sua vida. Devido à forte atividade dos hormônios femininos (estrógeno e progesterona) no organismo, os cabelos ficam fortes e brilhantes. Mas, após o nascimento do bebê, esse quadro muda para muitas das novas mamães – cerca de 50% delas, de acordo com o tricologista Adriano Almeida, diretor da Sociedade Brasileira do Cabelo –, e os fios começam a cair bastante, a ponto de deixá-las assustadas.
 
Almeida afirma que “em casos mais severos e em que haja demora para procurar a ajuda de um profissional [tricologista – médico especialista em cabelos –, dermatologista ou ginecologista – que possa encaminhá-la para um dos anteriores], a perda pode ser de até 30% a 50% da massa capilar”.
 
Mas não é interessante deixar a situação chegar a esse ponto. “A redução do volume capilar e a perda superior a 100 fios por dia já devem ser investigadas, visando manter ou restaurar a quantidade de cabelo original”, orienta a dermatologista Fabiane Kumagai Lorenzini, do Hospital Moinhos de Vento.
 
O início e a duração do problema são variáveis, diz o ginecologista e obstetra Franco Loeb Chazan, que dá uma média: “Normalmente, começa a ocorrer 60 dias após o parto, e pode estender-se por até seis meses depois disso”. Sempre há tratamento, mas é preciso ter paciência. “Não adianta querer ver novos cabelos longos em cinco dias. Os resultados são notados em aproximadamente três meses”, alerta Almeida.
 
Causas e como lidar
As causas mais normais da queda de cabelos no pós-parto são alterações hormonais, deficiência nutricional e estresse. A dermatologista Fabiane explica que “para diagnosticar a origem do problema é realizada uma avaliação dermatológica detalhada, incluindo exames laboratoriais”.
 
Entenda melhor cada uma delas e saiba como é o procedimento nesses casos.
 
- Alterações hormonais

Por que acontecem?
Depois do pico de atividade dos hormônios femininos mencionado anteriormente, o corpo busca seu reequilíbrio. “As taxas hormonais voltam ao normal e os hormônios masculinos, que durante a gestação estavam em baixa, retornam ao seu patamar”, esclarece o ginecologista e obstetra Franco Loeb Chazan. Os organismos de algumas mulheres reagem a essa nova mudança com a queda dos fios.
 
É possível evitar?
Não, já que se trata de uma ação natural e imprevisível do corpo.
 
O que fazer para interromper a queda?
Não há o que fazer, mas, segundo o tricologista Adriano Almeida, este é o caso que inspira menos preocupação: “A queda cessa e a produção de novos fios volta ao normal naturalmente, assim que os hormônios se equilibram”.
 
- Deficiência nutricional

Por que acontece?
A mulher doa parte de seus nutrientes para o bebê na amamentação – e, nesta fase, o organismo considera o recém-nascido prioridade, ou seja, se há poucos nutrientes, eles vão todos para o leite. “A gestação e a amamentação demandam muita energia e nutrientes da mãe, podendo levar a alguma deficiência nutricional, que propicia a queda de cabelos”, afirma a dermatologista Fabiane.
 
É possível evitar?
Sim, basta manter uma alimentação equilibrada e rica em nutrientes (ferro, zinco, cobre, vitaminas B6 e B12, obtidos em alimentos como frutas secas, banana, legumes, vegetais verde-escuros, grãos integrais, peixes, fígado, gema de ovo e leite) desde a gestação e ao longo do período de amamentação. Se for necessário, procure a ajuda de um nutrólogo ou de um nutricionista para montar seus cardápios.
 
O que fazer para interromper a queda?
Adotar uma alimentação equilibrada e rica em nutrientes, como deveria ter sido desde a gestação. “Também podem ser incluídos na rotina da mulher suplementos e complementos, como vitaminas, cápsulas nutri cosméticas e loções capilares, sempre indicados pelo médico”, recomenda Almeida.
 
- Estresse

Por que acontece?
Para algumas mulheres, colocar um bebê no mundo é tão bonito quanto estressante, e isso pode acabar se manifestando também pelos cabelos. “O estresse físico e emocional que envolvem o procedimento do parto, seja cesariano ou normal, podem levar a uma maior queda de fios”, diz Fabiane.
 
É possível evitar?
Sim, mas não é tão simples assim. A mulher deve procurar manter a calma durante a gestação, o parto e o início da vida do bebê – o que é muito mais fácil falar do que sentir, até porque nem sempre é possível controlar a chegada do estresse. Praticar meditação ou ioga pode ajudar a encontrar esse equilíbrio.
 
O que fazer para interromper a queda?
Manter a calma e o equilíbrio – a dica da meditação ou da ioga também vale para quando os fios já estão caindo – e procurar dormir bem. Mas não há motivo para pânico: de acordo com Fabiane, a queda causada por estresse normalmente melhora em até seis meses, mesmo sem tratamento.
 
Vale ajudar pelo lado de fora?
Quando os cabelos caem, é a causa da queda que deve ser tratada. Cuidar dos fios que ainda estão na cabeça é ótimo para a autoestima, só que não resolve o problema. “Xampus, cremes e óleos reforçam a saúde dos cabelos, deixando-os mais macios e bonitos, mas não têm qualquer influência na prevenção da queda capilar”, explica Chazan.
 
Delas

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