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sábado, 30 de novembro de 2013

Movimentar vítima após um acidente pode provocar uma lesão mais grave

Médicos tiraram dúvidas também sobre problemas de coração e circulação
 
Será que todas as pessoas sabem o que fazer se alguém for atropelado? Como agir diante de uma situação como essa, de emergência?
 
Em alguns casos, a vítima pode estar com o osso quebrado, mesmo que isso não esteja visível e, por isso, a recomendação principal é não movimentá-la para evitar lesões e problemas mais graves, como alertou a pediatra Ana Escobar no Bem Estar desta quarta-feira (26).
 
Segundo a médica, o paciente pode ter sofrido uma fratura grave e, se for movido, essa fratura pode se tornar exposta – se isso acontece no fêmur, por exemplo, o fragmento do osso pode causar uma lesão na artéria ou veia e a vítima pode ficar com uma perna mais curta do que a outra já que ocorre uma contração muscular. Se a fratura for na costela, por outro lado, um simples movimento pode fazer o osso perfurar o pulmão, causando uma hemorragia interna, como mostrou o patologista Paulo Saldiva.
 
Por isso, a dica é chamar a ambulância (ligando para o número 192) e apenas dar apoio ao acidentado, como fizeram as pessoas que acompanharam o acidente da auxiliar de costura Gracilene Gonçalves de Souza, mostrada na reportagem da Aline Oliveira, de Fortaleza, no Ceará. Ao desviar de um obstáculo na calçada, ela foi atingida por um ônibus, mas por causa do socorro correto, ela se recupera bem.
 
Segundo o traumatologista Osmar Aguiar, movimentar bruscamente a vítima após um acidente pode deixá-la até mesmo tetraplégica ou paraplégica, se houver uma lesão na cervical, por exemplo. Porém, existem casos extremos em que o paciente pode ser movido, se ele estiver em uma posição que dificulte a respiração, como alertou o médico. Nesse caso, ao remover a pessoa, no entanto, todo cuidado é pouco.
 
Coração
O Bem Estar  mostrou também como é o exame de um paciente com calcificação na artéria aorta na altura da cintura, um problema que dá sintomas como dores na perna, dores ao caminhar, dores em repouso, inchaço e formigamento. Segundo o patologista Paulo Saldiva, essa calcificação ocorre por causa da deposição de placas de gordura na parede interna do vaso, que diminui sua elasticidade natural e dificulta a circulação sanguínea.
 
Esse é o estágio mais avançado do problema, que não há mais como reverter – porém, quando há apenas placas de gordura, o paciente pode ainda tratar com alimentação balanceada e controle do colesterol e triglicerídios. No entanto, no caso da aorta, uma artéria de calibre grosso, dificilmente a circulação será interrompida, mas a calcificação pode se desprender e parar em algum outro órgão importante, causando problemas mais graves.
 
De acordo com o cirurgião vascular Antonio Eduardo Zerati, quando essa placa é localizada, o médico pode tratar com uma espécie de stent de perna ou até fazer um enxerto de aorta, que é como uma ponte de safena. Esse enxerto é feito com um material sintético capaz de fazer uma ligação entre as partes saudáveis – no entanto, se a calcificação está em toda a artéria, não há muito o que fazer, como alertou o médico.
 
Arte Infarto Bem Estar (Foto: Arte/G1)
 
Trombose
A trombose venosa profunda é uma doença que, em curto prazo, pode levar à embolia pulmonar e, em longo prazo, à insuficiência venosa.
 
Segundo o cirurgião vascular Antonio Eduardo Zerati, a maioria dos casos acontece nos membros inferiores - se for abaixo do joelho, dificilmente o paciente terá sintomas; mas se for acima, ele pode ter inchaço em uma só perna e dor de um lado só, principalmente na panturrilha.
 
De acordo com os médicos, o uso de anticoagulante é a primeira opção de tratamento para evitar a formação de novos trombos e, consequentemente, a embolia. No entanto, existem casos em que o paciente não pode se tratar dessa maneira, por causa de uma hemorragia, um acidente ou uma cirurgia próxima, por exemplo. Nessa situação, o médico pode colocar um filtro de veia cava, dispositivo usado para evitar embolia pulmonar em quem tem trombose, como mostrou o patologista Paulo Saldiva.
 
Dermatite ocre
A dermatite ocre é uma pigmentação na pele que aparece em pessoas com varizes grandes, problemas no sistema venoso profundo, excesso de peso ou doenças de pele.
 
A mancha da dermatite inicialmente é avermelhada, mas fica marrom com a exposição ao sol. De acordo com o cirurgião vascular Nelson Wolosker, o problema é mais comum em mulheres e surgem na parte interna das pernas e no tornozelo.
 
G1

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