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sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Scanner portátil indica teor químico presente na comida

Divulgação / TellSpec
Scanner analisa comida dentro de plástico e vidro
Análise, enviada para o smartphone, está conectada a uma base de ingredientes
 
Depois das impressoras e dos scanners 3D, a próxima novidade promete ampliar esse tipo de tecnologia também para a área alimentícia. Ao contrário dos atuais scanners, que digitalizam objetos e documentos, a missão agora é ajudar os consumidores a entenderem melhor os ingredientes alimentares e como eles afetam a saúde.  
 
O nutri-scanner é um dispositivo portátil sem fio, com formato semelhante ao de um mouse, capaz de analisar e fornecer informações que vão além do rótulo nutricional dos alimentos. Basta apontar o aparelho para a comida e pressionar o botão até ouvir um bipe. Em até três segundos é possível receber pelo smartphone toda a análise da estrutura do alimento, com ingredientes, substâncias químicas, alérgenos, nutrientes e as calorias.
 
O aparelho, batizado de TellSpec, foi idealizado pela portuguesa radicada no Canadá Isabel Hoffmann. A ideia surgiu depois que sua filha ficou doente após apresentar alergia a glúten, penicilina e corantes. Segundo Isabel, entre os alimentos mais contaminados, estão o arroz, o mel e a maçã. “Cerca de 90% do arroz que comemos tem arsênio, metal pesado que causa distúrbios neurológicos. A maior parte do mel tem o elemento químico alquilamida, que causa câncer”, diz.
 
Precisão
O aparelho funciona em tempo real conectado a um mecanismo de análise rápida com uma base de dados que abrange atualmente cerca de 1.300 ingredientes alimentares. Cada registro no banco de dados sintetiza informações de várias fontes científicas, listando uma definição do ingrediente e onde pode ser encontrado, nomes alternativos e grafias, entre outros.
 
Segundo a idealizadora, o nível de precisão do TellSpec depende de cada ingrediente. “Para o glúten, temos uma taxa de 97% de acerto. Para outros ingredientes, varia entre 85% a 99%, mas ainda não temos todos os componentes de alimentos em nosso banco de dados. Por exemplo, ainda não conseguimos testar carne e peixe”, explica.
 
Transparência
Para Isabel, o aparelho pode ajudar a educar os consumidores sobre os melhores alimentos. “Podemos incentivar, assim, a transparência na agricultura e na produção alimentícia, além de educar o consumidor sobre as implicações que cada ingrediente pode ter no seu bem-estar e na sua alimentação, deixando as informações mais claras e tornando as escolhas mais saudáveis”.
Início de 2015
 
Disponível
O TellSpec, que levou dois anos para ser desenvolvido, ainda é um protótipo. A previsão é que o aparelho esteja disponível para compra no início de 2015.
 
Brasileiro come arroz contaminado
Os principais tipos de arroz consumidos no Brasil têm concentração de arsênio acima do ideal. O problema é que esse elemento químico encontrado na natureza pode ser tóxico e causar danos ao organismo humano, como o câncer. O tipo integral foi um dos que apresentaram maiores concentrações, segundo estudo da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (USP), em Ribeirão Preto. “Considerando que o brasileiro consome 86,5 g de arroz ao dia, a ingestão de arsênio via esse grão é pouco maior que via água”, observa o farmacêutico bioquímico Bruno Lemos Batista.
 
O Tempo

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