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quinta-feira, 8 de setembro de 2011

PSA: médicos reforçam importância do exame

Um estudo europeu publicado na revista científica britânica British Journal of Cancer mostrou que 12,5% dos exames para detectar o câncer de próstata dão resultado "falso positivo". Isso indica que uma parcela de homens acaba submetida a procedimentos invasivos como biópsias e até inicia tratamento contra a doença, quando na verdade não tem o tumor. Apesar da incidência de resultado discordante afetar um em cada oito testes realizados, os médicos reforçam a importância do exame, classificado como o mais eficaz na detecção deste tipo de câncer  um dos mais letais para o público masculino.


O teste avaliado foi o PSA, sigla inglesa para Antígeno Prostático Específico, que mede a presença do antígeno, uma proteína secretada pela próstata. Grandes quantidades da proteína podem estar associadas ao câncer da próstata. Ainda não existe um estudo ideal sobre a influência do PSA na redução da mortalidade por câncer de próstata, mas é fato que é o melhor marcador da doença que temos disponível hoje é este, afirma o doutor em urologia pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro, André Cavalcanti. Os dados mais recentes, inclusive que fazem parte deste estudo europeu, mostram que a redução de mortes é de 20% afirma.

A Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) também reforça a recomendação do PSA como exame de rotina para a detecção do câncer de próstata, assim como o Instituto Nacional do Câncer (Inca). A entidade beneficente britânica Câncer Research UK promove pesquisas sobre o câncer e a parte finlandesa deste grupo acaba de concluir as informações sobre os falsos positivos do PSA. Segundo a diretora dos programas de testes para câncer do NHS – o sistema nacional de saúde britânico – Julietta Patnick, se por um lado o estudo europeu revelou que os testes PSA podem salvar vidas, mostrou também que "48 homens precisam ser tratados para que uma vida seja salva".

O médico Peter Johnson, da Cancer Research UK, disse que os testes têm aspectos positivos e negativos. "Por essa razão, é importante que homens com idades acima dos 50 e 60 anos conversem com seus médicos sobre os prós e contras do exame e só façam o teste se sentirem que é a coisa certa para eles". No Brasil, entretanto, o problema é que poucos homens têm o hábito de ir ao médico com regularidade e a decisão de fazer ou não o teste precisa, impreterivelmente, de um aval da medicina.

Situação brasileira
Segundo os últimos dados disponíveis do Sistema Único de Saúde (SUS), enquanto 17 milhões de mulheres procuram anualmente o ginecologista, o número encolhe para 2,7 milhões quando os dados são sobre visitas anuais de homens ao urologista (informações de 2007). A discrepância do cuidado com a saúde entre o universo masculino e o feminino fez o Ministério da Saúde lançar em agosto do ano passado o Plano Nacional de Saúde dos Homens. Uma das diretrizes firmada com grupos universitários e sociedades médicas de todo o País foi de diminuir a mortalidade por câncer de próstata.

Pelas projeções do Inca, só em 2010, serão 52.350 novos casos de câncer de próstata no País, o que promove uma taxa de incidência de 53 registros em 100 mil habitantes. A população masculina não pode usar dados científicos que ainda não são decisivos como parâmetros para ir ou não ao médico, reforça Cavalcanti. A recomendação é que, após os 45 anos, a visita ao consultório do urologista deve ser anual diz o especialista.

Fonte IG

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