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segunda-feira, 16 de março de 2015

Especialista do Inca garante seguridade da vacina HPV

Pelo segundo ano Programa Nacional de Imunização (PNI) do Ministério da Saúde vacina gratuitamente meninas para a prevenção do HPV. A vacina está disponível desde o início de março nas 36 mil salas de vacinação espalhadas pelo país para as meninas de 9 a 11 anos
 
O HPV é uma das causas mais frequentes do câncer do colo do útero. O número de mortes pela doença no país aumentou 28,6% em 10 anos, passando de 4.091 óbitos, em 2002, para 5.264, em 2012, de acordo com o Atlas de Mortalidade por Câncer no Brasil, publicação do Ministério da Saúde e do Instituto Nacional do Câncer (Inca).
 
Flávia de Miranda Corrêa, epidemiologista da divisão de pesquisa populacional do INCA, ressalta que a vacina é fundamental para a prevenção de infecções nas futuras gerações. “O câncer do colo do útero é o terceiro câncer que mais mata as mulheres no Brasil. E o HPV é uma das causas para o câncer. A vacina é uma opção de prevenção primária que a gente não tinha no passado. Antes era restrito a tentar evitar o contato com o HPV, o que não é muito fácil na prática”, esclarece.
 
O SUS oferece a vacina quadrivalente, que protege de quatro subtipos do vírus HPV (6, 11, 16 e 18), com 98% de eficácia em quem segue corretamente o esquema vacinal. Flávia ressalta que a vacina aplicada em mais de 50 países tem sua segurança comprovada. “Ambas as vacinas contra o HPV que existem no mundo são seguras. Todos os mecanismos de controle, a OMS, a União Europeia, são unânimes em atestar a segurança da vacina. Podem existir alguns efeitos adversos, como por exemplo, vermelhidão e dor no local da injeção, tontura. Por isso, é recomendado que a menina fique sentada uns minutos depois da vacina, mas esta reação está mais ligada ao emocional”, esclarece.
 
A vacina contra HPV tem eficácia comprovada para proteger mulheres que ainda não iniciaram a vida sexual e, por isso, não tiveram nenhum contato com o vírus. “Participei do grupo de estudo que assessorou o Ministério da Saúde para a introdução da vacina e foi decidido que o foco fosse o câncer do colo do útero. É lógico que o HPV está presente em outros tipos de câncer, em homens e mulheres, mas analisamos a situação epidemiológica e em qual a doença ela teria mais impacto. Priorizamos o câncer que tem uma incidência maior e uma alta mortalidade. Por isso, a vacinação nas meninas e especialmente nesta faixa etária, na qual existe uma grande eficácia”, explica a especialista.
 
Para a produção da vacina contra o HPV, o Ministério da Saúde firmou Parceria para o Desenvolvimento Produtivo (PDP) com o Butantan e o Merck. Serão investidos R$ 1,1 bilhão na compra de 36 milhões de doses da vacina durante cinco anos – período necessário para a total transferência de tecnologia ao laboratório brasileiro. Para 2015, a previsão do Ministério da Saúde é de adquirir 11 milhões de doses.
 
Fonte: Gabriela Rocha / Blog da Saúde

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