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segunda-feira, 14 de março de 2011

Estudo revela presença de parasitas em parques públicos da zona leste de São Paulo

Crianças de até cinco anos são as mais afetadas por doenças causadas por vermes Um estudo da Faculdade de Saúde Pública da USP (Universidade de São Paulo) revelou alta presença de ovos de vermes, transmitidos pelas fezes de animais e do homem, em dez praças públicas com parque infantil nos bairros de São Miguel Paulista e São Mateus, na zona leste de São Paulo. De acordo com informações da Agência USP, após 12 meses de coletas, verificou-se que das 1.800 amostras analisadas 49,7% possuíam ovos de vermes que pertencem a classe dos geohelmintos. Estes parasitas necessitam obrigatoriamente de um período no solo com condições adequadas de temperatura e umidade para poderem se tornar infectantes. A pesquisadora Cleidenice Barbosa da Silva Mello, responsável pelo estudo, explicou à Agência USP que "as praças analisadas dão uma dimensão do panorama de contaminação dos bairros vizinhos”. Segundo ela, as elevadas taxas encontradas no estudo devem-se, principalmente, aos animais de rua e à falta de saneamento básico de muitas regiões. - As praças e parques públicos da zona leste de São Paulo são transitadas e servem de refúgio para animais errantes, como cães e gatos, que transmitem doenças parasitológicas. Além disso, muitos parques públicos são cortados por esgoto a céu aberto ou estão em regiões que não possuem condições sanitárias adequadas. As doenças causadas por parasitas provocam infecções no sistema digestivo, além de problemas respiratórios e até cegueira. As crianças de até cinco anos são as mais atingidas, segundo a pesquisadora. - Por não possuírem um sistema imunológico completamente formado e por frequentarem as praças públicas como área de lazer, as crianças são as mais atingidas por essas verminoses. [...] Grande parte dos parasitas encontrados nestas praças, quando alojado no sistema digestivo, sugam nutrientes importantes para o desenvolvimento da criança. Além disso, esses parasitas podem alcançar outros órgãos afetando os pulmões ou os olhos, por exemplo. Prevenção As doenças parasitárias identificadas no estudo são de difícil diagnóstico. Cleidenice explica que há muitos casos de crianças que são hospedeiras de parasitas e não recebem o tratamento adequado. Para evitar este tipo de contaminação, a pesquisadora defende que políticas públicas da Prefeitura se preocupem com essas doenças. Ela também ressalta o papel das campanhas de conscientização para evitar a presença de cães infectados em locais públicos. Segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), doenças transmitidas através do solo e também as zoonoses afetam mais de um bilhão de pessoas, principalmente as populações pobres que vivem em climas tropicais e subtropicais. http://noticias.r7.com/saude/noticias/estudo-revela-presenca-de-parasitas-em-parques-publicos-da-zona-leste-de-sao-paulo-20110312.html

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