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quinta-feira, 10 de abril de 2014

Dieta low carb emagrece, mas deve ser feita com cuidado

Quantidade de carboidratos ingeridos não pode ser muito reduzida e a ingestão de proteínas não deve aumentar
 
A dieta low carb propõe reduzir a quantidade de carboidratos ingeridos. A orientação em uma alimentação convencional é que 50 a 55% do que é ingerido no dia seja carboidrato. Já nos métodos low carb, o macronutriente pode compor entre 45% a 5% do que é consumido em um dia. É importante ressaltar que a redução extrema de carboidratos, algo abaixo de 40%, até proporciona o emagrecimento, porém ele não será saudável e pode ter uma série de consequências graves para a saúde.  Os carboidratos incluem alimentos como arroz, macarrão, pão e batata.

Além disso, este método defende que seja priorizado o consumo de carboidratos de baixo índice glicêmico, aqueles cuja glicose (açúcar) é absorvida em uma velocidade mais lenta e por isso não há picos de glicose e nem de insulina no organismo. São exemplos de alimentos de baixo IG a batata doce e o arroz integral.

O consumo de alimentos integrais que são ricos em fibras também é estimulado neste método para emagrecer. Conversamos com especialistas para entender quais são os prós e os contras deste regime.
 
Entenda por que a dieta low carb emagrece - Foto: Getty ImagesPor que emagrece
Este método contribui para o emagrecimento saudável ao sugerir que a alimentação priorize os carboidratos de baixo índice glicêmico. Isto porque quando um carboidrato é ingerido ele tem a glicose que será utilizada pela célula para obter energia.

Caso haja excesso de glicose, ela é estocada em forma de gordura e se for utilizada antes da próxima refeição não há ganho de peso. Para que o organismo consiga queimar a gordura estocada é preciso liberar um hormônio chamado glucagon que irá retirar essa energia estocada. "Quando a dieta é rica em alimentos com alto índice glicêmico, ocorrem muitos picos de insulina e às vezes eles estão tão altos que o glucagon nunca é liberado", explica o nutrólogo Roberto Navarro. Sem o glucagon a gordura que está estocada não é queimada e não há perda de peso.

Assim, quando a dieta prioriza a ingestão de alimentos de baixo índice glicêmico há uma alteração menor da insulina e consequentemente ocorre a produção de glucagon. Quando há a presença de fibras e proteínas a liberação do hormônio também é mais eficaz.

Quando a dieta low carb propõe uma redução pequena de carboidratos, algo até 40% do que é ingerido no dia, ela também ajuda a emagrecer. "Não só o carboidrato, mas a proteína e principalmente a gordura devem ser controlados. Com uma redução de 10% e com a melhora na qualidade do que será consumido, a pessoa conseguirá não só um bom resultado, mas também uma reeducação de hábitos", afirma a nutricionista Vivian Ragasso, do Instituto Cohen de Ortopedia, Reabilitação e Medicina do Esporte. 
 
Saiba quando o carboidrato ajuda a emagrecer - Foto: getty ImagesQuando o carboidrato ajuda a emagrecer
Os carboidratos podem ser aliados na perda de peso quando consumidos de forma correta. É importante optar pelas versões com índice glicêmico baixo ou moderado, pois, como já foi mencionado, elas contribuem para a queima do estoque de gordura do corpo.

Além disso, as melhores fontes de carboidratos são aquelas que também possuem fibras, como o pão e o arroz integral. "A substância prolonga o tempo que o alimento fica no estômago e quando chega no intestino diminui a velocidade de absorção de glicose e assim não há picos de insulina", explica Navarro. Desta forma as fibras proporcionam saciedade.
 
Descubra se esta dieta prejudica a saúdeEsta dieta prejudica a saúde?
Isto vai depender do quanto de carboidratos será cortado. "Você pode mudar a proporção por um tempo determinado. A orientação convencional é ingerir em um dia entre dia 50 a 55% de carboidratos, 30% de gorduras e 15 a 20% de proteínas. É possível por um curto período, entre um e três meses, diminuir os carboidratos para 40% e as proteínas não devem ultrapassar 20%", conta Navarro. A redução de carboidratos abaixo de 40% é prejudicial para a saúde, especialmente devido ao excesso de proteínas que passa a ser ingerido.  
 
Saiba quais são os problemas da falta de carboidratos - Foto: Getty ImagesOs problemas da falta de carboidratos
Dietas que sugerem uma redução extrema de carboidratos podem provocar uma série de problemas para a saúde. "A restrição e ingestão baixa de carboidratos pode gerar diminuição no metabolismo basal o que dificulta uma perda de peso futura, fazendo o corpo usar como combustível a fonte secundária que são os aminoácidos provenientes principalmente dos músculos", diz Ragasso. Por isso, nessas dietas boa parte do peso perdido não é gordura, mas sim músculo e água.

Outros sintomas da falta de carboidratos são: dor de cabeça, sono excessivo durante o dia ou falta de sono a noite, letargia, déficit de atenção, oscilações de humor, prisão de ventre, cansaço e falta de disposição.

Uma consequência da falta de carboidratos é o excesso do consumo de proteínas e isto é muito arriscado para a saúde. "Estudos recentes relacionam grandes quantidade de proteínas ao aumento do risco de câncer, diabetes e osteoporose. Os rins também são prejudicados com o excesso do macronutriente", alerta Navarro. 
 
Veja outras mudanças saudáveis importantes - Foto: Getty ImagesOutras mudanças saudáveis
A dieta low carb propõe a ingestão de alimentos que contam com carboidratos de índice glicêmico baixo ou moderado e que também sejam ricos em fibras. Porém, outras mudanças também são essenciais para uma alimentação saudável. Procure ingerir mais carnes magras, aves e peixes, vegetais e frutas, laticínios com redução de gordura, oleaginosas e grãos. 
 
Esta dieta pode prevenir o diabetes - Foto: Getty ImagesPrevine diabetes
Como este regime propõe ingerir apenas carboidratos com índice glicêmico baixo ou moderado, ele pode ajudar a prevenir o diabetes tipo 2. Isto porque ao ingerir carboidratos de índice glicêmico alto, ocorre um aumento do nível de glicose no sangue e consequentemente o de insulina. Quanto mais insulina no organismo, mais ele se torna resistente a ela e é necessária maiores quantidades deste hormônio para transportar a mesma quantia de glicose, aumentando o risco do quadro de resistência à insulina que pode evoluir para o diabetes tipo 2.

Nos casos de alimentos com o índice glicêmico baixo não ocorre um aumento considerável no nível de glicose e todos os problemas em decorrência disto também não vão acontecer.  
 
Aprenda a fazer saborosas receitas low carb - Foto: Getty ImagesReceitas low carb
Selecionamos ótimas receitas com poucos carboidratos ou com carboidrato de baixo índice glicêmico elaboradas pela culinarista Malu Lobo e a por profissionais do Diabetes Brasil.
 
 
Minha Vida 

Beber leite pode retardar a artrite no joelho em mulheres

Reprodução
Mesmo efeito não foi observado em homens, afirma estudo
 
O leite pode ser uma arma útil contra artrite do joelho em mulheres, mais especificamente a osteoartrite, diz um novo estudo desenvolvido no Brigham and Women's Hospital (EUA) e financiado pelo U.S. National Heart, Lung, and Blood Institute. Os resultados mostraram que quanto mais as mulheres consumiam leite sem gordura ou com baixo teor de gordura, mais lenta era progressão da osteoartrite do joelho. No entanto, o consumo de leite não mostrou o mesmo benefício para os homens.

A pesquisa envolveu 1.260 mulheres e quase 900 homens com artrite no joelho que forneceram informações sobre seus hábitos alimentares. Os joelhos foram avaliados no início do estudo e, novamente 12, 24, 36 e 48 meses mais tarde. Os resultados, publicados dia 07 de abril no jornal Arthritis Care & Research, também mostraram que a ingestão de maiores quantidades de queijo teve o efeito oposto, acelerando a progressão da artrite do joelho em mulheres, enquanto o consumo de iogurte não teve efeito sobre a doença em mulheres ou homens.

Segundo os autores, esse é o maior estudo já feito para investigar o impacto da ingestão de produtos lácteos na progressão da osteoartrite do joelho. Eles acreditam que, com base nestes e outros dados, o consumo de leite desempenha um papel importante na saúde dos ossos.

Embora o estudo tenha encontra uma associação entre o consumo de leite e a saúde dos ossos do joelho, não poderia provar causa e efeito. Os cientistas afirmam que o leite já é conhecido por seus benefícios aos ossos, uma vez que contêm nutrientes importantes como fósforo, cálcio, proteínas e pode ser enriquecido com vitamina D. Uma possível explicação para o leite beneficiar somente mulheres e não homens, dizem os especialistas, é o papel do hormônio feminino estrógeno na saúde óssea. O cálcio também pode afetar a saúde óssea em mulheres de uma forma diferente do que para os homens, acrescentaram.

Oito formas de incluir o leite na dieta
Desde o peito materno até o cafezinho da tarde, o leite é um alimento que merece estar presente no cardápio em todas as idades. Por ser fonte de cálcio, vitamina A, vitamina D e outros nutrientes, a bebida ajuda a prevenir doenças como osteoporose e hipertensão. No entanto, são tantas as formas de consumir que muitas vezes há dúvidas se ela realmente cabe na dieta. Pensando nisso, conversamos com especialistas para saber os melhores jeitos para consumir esse alimento.
 
homem bebendo leite - Foto: Getty ImagesPrefira sempre o desnatado
O leite integral possui muita gordura e pode aumentar os níveis de colesterol, podendo ser consumido apenas até os dez anos de idade, de acordo com a nutricionista Raquel Maranhão, da Clínica BeSlim, no Rio de Janeiro. "Na verdade, por causa do aumento dos casos de obesidade infantil, esse tipo de leite tem sido cada vez menos indicado até mesmo para as crianças", explica. O melhor é investir versão desnatada, que é mais saudável e rica nos mesmos nutrientes.         
 
mulher bebendo leite depois da atividade física - Foto: Getty ImagesApós os exercícios
Beber leite com chocolate depois dos exercícios ajuda a construir músculos, reduzir a gordura e melhorar o desempenho, de acordo com uma pesquisa realizada na Universidade do Texas, nos Estados Unidos. Os especialistas explicam que o leite de baixa gordura misturado ao chocolate tem a combinação certa de carboidratos e proteínas. "Ele é eficaz para repor o estoque de açúcares do músculo e interromper o processo de degradação muscular, auxiliando na plena recuperação do atleta", explica a nutricionista Ariane Longo, da Gastro Obeso Center, em São Paulo.

Além disso, um estudo realizado pela Universidade do Canadá constatou que mulheres que bebem dois copos grandes de leite após a sua rotina de musculação podem ganhar mais massa muscular e perder mais gordura do que as mulheres que bebem energéticos. 
 
menina bebendo leite de pijamas - Foto: Getty ImagesAntes de dormir
Outra ótima maneira de consumir o leite é antes de dormir. "O alimento é fonte de triptofano, um aminoácido precursor da serotonina, que é o hormônio responsável por baixar os níveis de estresse do corpo, preparando-o para o sono", diz Raquel Maranhão. Além disso, a temperatura morna do leite ajuda o corpo a relaxar. A nutricionista recomenda adoçar o leite com mel, carboidrato simples que facilita a absorção de triptofano. Um copo de leite desnatado adoçado com uma colher de sopa de mel tem em média 150 calorias.  
 
leite com biscoitos - Foto: Getty ImagesLeite somente nas pequenas refeições
Apesar de ser muito saboroso e rico em nutrientes, o leite deve ser consumido de preferência em refeições mais leves, como café da manhã ou lanche da tarde. "Essa bebida pode prejudicar absorção de alguns nutrientes presentes em grandes refeições, como o ferro dos vegetais folhosos", explica a nutricionista Ariane. Ela conta que o contrário também pode acontecer: cálcio e outros nutrientes do leite podem não ser bem aproveitados pelo organismo por conta de outros alimentos do almoço e do jantar.  
 
vitamina de morango - Foto: Getty ImagesFaça uma vitamina
Nada mais gostoso do que tomar uma deliciosa vitamina, não é? Segundo Ariane Longo, leite com frutas no café da manhã é uma ótima pedida, pois dá energia e fornece uma série de nutrientes. "Vale incluir tanto frutas como cenoura, beterraba e outros legumes", afirma a nutricionista. Converse com um nutricionista para saber melhor a quantidade de cada ingrediente de acordo com o seu consumo diário de calorias. 
 
leite com canela - Foto: Getty ImagesLeite com canela
"A canela tem ação antimicrobiana, ajuda no controle da glicemia, diminui os níveis de triglicérides e colesterol, facilita a digestão e melhora a circulação sanguínea", diz a nutricionista Ariane. Os nutrientes da canela não são perdidos quando misturados ao leite e deixam a bebida com um sabor especial. "No entanto, o leite não pode estar muito quente, pois a canela em altas temperaturas perde grande quantidade de suas propriedades", adverte a profissional.  
 
mulher bebendo leite - Foto: Getty ImagesAliviando cólicas
Uma pesquisa feita pela Universidade de Ciências e Tecnologia da Jordânia revela que o consumo de leite pode amenizar os sintomas da cólica menstrual. A pesquisa avaliou a reação de 127 estudantes universitárias e mostrou que as mulheres que consumiram de três a quatro porções por dia de leite e derivados apresentaram uma redução acentuada nas dores, comparadas às mulheres que não consumiam nenhuma porção. "Uma justificativa para essa ação é a presença do cálcio no leite, que pode desempenhar um papel importante no controle da atividade neuromuscular", explica a nutricionista Raquel.  
 
sopa de palmito - Foto: Getty ImagesAcrescente leite na sopa
Que tal deixar a sua sopa mais cremosa? "Além de deixar o caldo mais encorpado, o leite agrega mais nutrientes ao prato, tornando a refeição ainda mais saudável", explica Ariane Longo. Evite, porém, misturar a bebida com vegetais, pois ela prejudica a absorção do ferro presente nesses alimentos. "Nada de incluir o leite em sopas de espinafre ou de escarola, por exemplo", alerta a nutricionista.
 
Minha Vida

Mesoterapia: a técnica trata estrias brancas e gordura localizada

Mesoterapia trata a gordura localizadaO método pode deixar hematomas ou inchaço no local de aplicação e é contraindicado para grávidas
 
O que é mesoterapia
A mesoterapia consiste na aplicação de substâncias medicamentosas na pele, abaixo dela ou nos músculos, com finalidades específicas. Normalmente ela é aplicada para tratamento de estrias brancas, gordura localizada e até mesmo queda de cabelo. Podem ser aplicados diversos compostos, que são mesclados conforme a queixa do paciente. 
 
A mesoterapia foi criada na França e seu principal objetivo é ter mais resultados por aplicar o medicamento no local que se quer tratar, o que também reduz efeitos colaterais. 
 
Uma das primeiras substâncias usadas foi a fosfatidilcolina, na década de 1990. Seu uso virou moda, mas logo foi proibida no Brasil para fins estéticos, pois não existem estudos clínicos que comprovem sua segurança. Hoje, são utilizadas substâncias como hialuronidase, tiratricol, xantina e derivados da alcachofra, do girassol e cafeína. A maioria deles é sintética. 
 
Outros nomes
Intradermoterapia
 
Indicações da mesoterapia
A mesoterapia pode ser usada no rosto e no corpo, e por isso acaba tendo diversas finalidades. Confira as principais: 
 
Estrias brancas
As estrias antigas, principalmente as mais finas, podem apresentar melhora com aplicação de misturas com ácido hialurônico, buflomedil e asiaticosídeo. 
 
Gordura localizada
O acúmulo de tecido adiposo com pequeno volume no abdômen, nas laterais do corpo e nas coxas pode ser tratado com misturas de desoxicolato, cafeína e tiratricol aplicadas no local, por exemplo. 
 
Celulite
A substância L-carnitina que atua sobre as toxinas que formam a celulite e o silício orgânico que reduz a acumulação de toxinas 
 
Tratamentos capilares
Queda de cabelo com várias causas (calvície, deficiência de vitaminas, alterações hormonais) podem ser tratadas com a infiltração de misturas ou produtos específicos, mas apenas após um preciso diagnóstico clínico dos motivos desta alteração. 
 
Como é feita a mesoterapia
A mesoterapia consiste na aplicação local de substâncias, seja na pele, abaixo dela ou nos músculos. A aplicação é feita com agulhas com até de 1 a 2 milímetros de diâmetro e que atingem uma profundidade que pode variar entre 3 a 8 mm. Quanto mais profunda a aplicação, mais o produto se espalhará em uma área maior. 
 
Quando ela é feita nos músculos, normalmente são aplicadas substâncias anti-inflamatórias, relaxantes ou anestésicas. Normalmente ela funciona melhor em áreas menores, já que há um limite do volume de substância que é aplicado. 
 
Já a mesoterapia para gordura localizada, especificamente, aplica a substância nas células de gordura, tornando a gordura mais fluida. A gordura fluidificada acaba sendo reabsorvida pelo fígado e será, posteriormente, metabolizada e eliminada pelo organismo, pelas fezes, urina ou até mesmo usada como energia. 
 
Além do conjunto agulha e seringa, podem-se utilizar instrumentos considerados mais sofisticados e mais caros: as pistolas de mesoterapia. Elas injetam eletronicamente a substância em múltiplos pontos que permitem mensurar o volume e a profundidade da aplicação. A desvantagem desse sistema é a dificuldade da esterilização de todo o conjunto, já que só a agulha é descartável. 
 
Sessões
São indicadas, em média, de 5 a 10 sessões e os resultados variam de acordo com cada caso e objetivo. Cada sessão dura em média 30 minutos e elas pode ser feitas semanalmente. Os resultados normalmente acabam aparecendo na terceira sessão, mas tudo depende da indicação clínica e do tipo de problema tratado. 
 
Profissionais que podem fazer
Esse procedimento é muito complexo, pois envolve um conhecimento técnico da anatomia humana, além do manejo de possíveis complicações. Por isso, o ideal é que ele seja feita por dermatologistas, cirurgiões plásticos e fisioterapeutas especializados. 
 
Cuidados antes da mesoterapia
No dia é importante que a pele esteja limpa, sem cremes ou outros produtos na pele. Qualquer fator que deixe o sangue mais fluido é contraindicado nos dias anteriores ao tratamento, como ácido acetilsalicílico. 
 
Cuidados após a mesoterapia
É preciso tomar cuidado com os locais em que as substâncias foram aplicadas, preferindo tecidos de algodão, evitando jeans e também sentar-se em superfícies diretamente com a pele. Indica-se usar compressas geladas no corpo, para reduzir a dor e o desconforto, além de diminuir a formação de hematoma. Caso eles se formem, é muito importante ter uma proteção solar adequada, para evitar manchas. É importante também evitar outras técnicas estéticas que manipulem a região onde foi feita a mesoterapia. 
 
No tratamento para estrias, é indicado o uso de bermudas compressivas por de sete a dez dias após as sessões. 
 
Contraindicações
A mesoterapia está contraindicada para pessoas com doenças autoimunes (como o lúpus, por exemplo) ou que apresentem alguma doença de pele no local onde será realizada a injeção do produto. Pessoas alérgicas as substâncias aplicadas também são contraindicadas.

Grávida pode fazer?
Durante a gravidez ou amamentação mesoterapia, pois as substâncias podem fazer mal ao feto ou chegar até o leite materno.
 
Possíveis complicações da mesoterapia
Uma das complicações que podem ocorrer na mesoterapia é a infecção por microbactérias, que podem ocorrer por uma assepsia não adequada do material ou pela contaminação das substâncias aplicadas. Normalmente ela exige o tratamento com diferentes medicamentos e pode resultar em cicatrizes não estéticas. 
 
Também podem aparecer outros problemas como erupções na pele, necroses, urticária e até mesmo atrofia, normalmente causados por má execução do procedimento ou pelo tipo de substância aplicada, caso ela não seja indicada ou mesmo seja aplicada de forma errada. Mas esses riscos são raros quando a técnica é feita com um profissional qualificado. 
 
No geral, o mais comum e esperado é que a aplicação das substâncias cause hematomas, vermelhidão, inchaço, coceira e dor. 
 
Resultados
Os resultados da mesoterapia dependem muito do objetivo que se quer alcançar. Normalmente eles acabam aparecendo apenas depois da terceira sessão. No geral, não há muitos estudos que comprovem totalmente a eficácia desse tratamento. 
 
Alie a mesoterapia com...
 
Alimentação balanceada
O que você come muitas vezes é o que causa o aparecimento de celulites e gordura localizada. Por isso mesmo, o ideal é reduzir a quantidade de gorduras, frituras, açúcar e carboidratos ingeridos e consumir mais frutas, verduras e legumes, para ter um maior aporte de nutrientes variados e fibras, que trazem saciedade. Hidratar-se mais também é importante nesses dois tratamentos. 
 
Atividade física
Fazer exercícios é uma das melhores formas de evitar o acúmulo de gordura localizada e aumenta o metabolismo e circulação sanguínea, colaborando para a celulite. Implementar essas mudanças ajuda na manutenção dos resultados e evita futuras recaídas. 
 
Tratamentos a laser
O método pode ajudar quando o objetivo é eliminar as estrias. No caso são os lasers fracionados que trazem melhor resultado para retirada dessas marcas, mesmo que elas sejam antigas. 
 
Fontes
- Dermatologista Carolina Marçon (CRM-SP: 113.379), membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD)
- Esteticista Katia Pacheco Barbosa, diretora do Salão Menta Pimenta 
 
Minha Vida

Diabetes pode causar mau hálito e doença periodontal

Paciente com diabetes são mais suscetíveis a sofrer com
doença periodontal
Confira cuidados que o paciente deve ter com sua saúde bucal
 
O diabetes é uma doença que causa o aumento da glicemia (quantidade de glicose no sangue). Quando o nível de glicose permanece fora da faixa de normalidade (acima ou abaixo) acontecem alterações no nosso corpo que prejudicam a saúde.
 
A última edição da International Diabetes Federation, publicou:
 
- O número de pessoas portadoras de diabetes é crescente em todos os países
 
- 50% das pessoas portadoras de diabetes desconhecem esta condição
 
- O Brasil ocupa a quarta posição entre os países com maior prevalência de diabetes: 13.4 milhões de pessoas portadoras da doença. Isso corresponde a aproximadamente 6.5% da população entre 20 e 79 anos de idade.
 
As causas desse aumento estão associadas ao sedentarismo e obesidade para o diabetes tipo 2. No entanto, o diabetes tipo 1 (de origem genética) também vem aumentando, não se sabe o porquê.
 
O diagnóstico precoce e o tratamento adequado do diabetes evitam muitas das consequências danosas à saúde, mas é preocupante o número de pessoas portadoras de diabetes que não sabem dessa condição. Ela é considerada uma doença silenciosa, pois muitas pessoas não apresentam sintomas ou não dão importância a sinais como: visão turva, sonolência, dores, câimbras, formigamentos e dormências dos membros inferiores, debilidade orgânica, indisposição para o trabalho, desânimo, cansaço físico e mental, disfunção erétil e hálito cetônico.
 
O hálito cetônico (semelhante ao cheiro de maçã velha) é característico no diabético e a doença periodontal costuma estar presente. Esses sinais podem aparecer antes de outros sintomas, por isso, uma consulta de rotina e uma boa anamnese podem levar o dentista a encaminhar o paciente ao médico e assim chegar ao diagnóstico precoce da diabetes.
 
O tratamento da doença periodontal é extremamente importante porque, como qualquer infecção, é um fator que eleva o nível de glicose no sangue e dificulta o controle da glicemia.
 
Fique atento ao menor sintoma da doença periodontal, que é o sangramento da gengiva (no momento da escovação, com o fio dental ou até espontaneamente). No paciente diabético, a doença periodontal é mais severa por causa da dificuldade de cicatrização (ocorrem alterações nos pequenos vasos sanguíneos) e pela facilidade em contrair infecções (a imunidade diminui). Se o paciente for fumante e hipertenso, as consequências serão ainda maiores.
 
Halitose (mau hálito), xerostomia (boca seca), candidíase, aftas e cáries são outras manifestações bucais que podem acontecer no diabético não compensado, isto é, aquele que não consegue manter o nível de glicemia bem controlado.
 
No atendimento a um paciente diabético, o dentista tem alguns cuidados adicionais, como fazer consultas curtas (de preferência no meio da manhã), aferição da pressão, escolha correta de medicamentos e troca de informações com o médico. Alguns procedimentos, como cirurgia e implante, precisam ser bem indicados e realizados no momento certo, pois o resultado depende de um bom controle e estabilidade da doença.
 
Todo paciente com diabetes deve ter consciência da importância da sua saúde bucal e não se esquecer de:
 
- Informar ao dentista que é diabético e quais medicações utiliza
 
- Fazer uma avaliação com o dentista no mínimo a cada seis meses
 
- Cuidar da higiene boca de uma maneira cuidadosa, usando escova, fio dental e raspador de língua
 
- Fazer uma limpeza profissional pelo menos duas vezes ao ano
 
- Manter o nível de glicemia equilibrado.
 
Minha Vida

Sete lições da Walking Dance para quebrar a monotonia da caminhada

Complemente o exercício com música e convide colegas para motivar o treino
 
A caminhada é sempre uma opção muito prática para largar o sedentarismo. "Afinal, ela envolve movimentação simples, não oferece grande impacto e requer baixo investimento", explica o personal trainer Givanildo Holanda Matias, diretor da Test Trainer.
 
Com o tempo, entretanto, o exercício pode se tornar monótono, fazendo com que os praticantes abandonem a atividade. Foi pensando nisso que a rede Body Tech, em São Paulo, lançou a aula chamada Walking Dance, uma mistura de caminhada com dança.
 
Veja a seguir os principais pontos fortes da modalidade que podem animar sua caminhada:
 
Aula de Walking Dance - Divulgação Body TechMude a movimentação
O que aumenta a queima de calorias e quebra a monotonia na aula de Walking Dance? A dança! Enquanto com uma caminhada simples você gastaria 300 calorias, em média, no Walking Dance, são queimadas cerca de 600 calorias por hora. Para motivar sua caminhada, portanto, é preciso usar a criatividade e variar a movimentação. Vale usar desde passos de dança até golpes de diferentes artes marciais. Andar para trás também é um bom exercício para melhorar o equilíbrio e a coordenação motora. "Fique atento apenas para que a movimentação não torne o treino muito desgastante, favorecendo lesões", alerta o personal trainer Givanildo.
 
Amigos ouvindo música - Foto Getty ImagesMonte uma playlist
De acordo com a personal dance Eliane Toledo, professora da Body Tech (unidade Shopping Eldorado), o sucesso da aula de Walking Dance depende diretamente das músicas escolhidas. "A melodia ajuda a manter o ritmo da caminhada e deixa os alunos mais motivados", explica. A professora recomenda montar uma lista com velocidade progressiva para que o praticante aperte o passo ao longo do treino. Lembre-se também de verificar se o total de minutos da sua playlist corresponde ao tempo de caminhada e, periodicamente, refaça sua seleção.
 
Mulher ajustando esteira - Foto Getty ImagesPersonalize seu treino
A caminhada em si não tem segredo. O que o praticante pode fazer é apertar ou diminuir o passo. Incluindo outras modalidades de exercício a ela, entretanto, é possível personalizar seu treino. "Se a pessoa caminha na rua, por exemplo, pode usar escadas ou pausas - como para atravessar a rua - de forma estratégica, respeitando suas limitações e explorando sua criatividade", aponta o personal trainer Givanildo. Conforme a sequência for ficando fácil, o praticante pode passar a usar pesinhos ou mudar o trajeto.
 
Pessoas andando na esteira - Foto Getty ImagesControle o impacto
Não é recomendado que alguém que esteja sem fazer exercícios há algum tempo quebre o sedentarismo com uma corrida logo de cara, pois além de se cansar facilmente, poderá sofrer com lesões. "Por isso, a caminhada pode ser uma boa forma de acostumar o corpo à prática de exercícios sem submetê-lo a grandes riscos", explica Givanildo. Adquirido o preparo cardiorrespiratório, então, o praticante deve fortalecer a musculatura para que suas articulações estejam preparadas para receber mais impacto. Neste ponto, a movimentação do Walking Dance pode ajudar. "Ele funciona como um intermediário entre a caminhada e a corrida, já que a movimentação trabalha a musculatura, principalmente das pernas", explica a personal dance Eliane.
 
Aula de Walking Dance - Divulgação Body TechTrabalhe o corpo todo
A caminhada trabalha, basicamente, os membros inferiores. Balançar os braços, saltar, agachar e realizar outros movimentos, porém, faz com que outras partes do corpo sejam solicitadas. O personal trainer recomenda movimentos simples no começo, como levantar e abaixar os braços e unir as mãos sobre a cabeça e na cintura.
 
Três amigos caminhando na esteira - Foto Getty ImagesCrie um grupo de treino
"Outra característica do Walking Dance que deixa os alunos motivados é fazer a aula com outros colegas", aponta a personal dance Eliane. Segundo ela, os alunos brincam uns com os outros durante os exercícios e ainda criam vínculos sociais antes e depois do treino. Saber que um amigo estará presente em uma atividade é um estímulo para não faltar.
 
Aula de Walking Dance - Divulgação Body Tech
Melhore o equilíbrio e a coordenação
Para algumas pessoas é difícil andar sobre a esteira ou mesmo sobre uma linha, imagine, então, repetir os passos de costas. Essa é outra lição do Walking Dance: explorar suas limitações. Ao invés de movimentar braços e pernas em um mesmo ritmo, tente dar pequenos passos e girar os membros superiores lentamente. "Isso melhora o equilíbrio e a coordenação motora do praticante", explica a personal dance Eliane.
 
Minha Vida

Evitar jejuns prolongados previne a hipoglicemia

Jejum prolongado pode causar hipoglicemiaDoença se divide em dois tipos, saiba como tratar e evitar cada um deles
 
Por Dr. Roberto Navarro
 
De um momento para outro começam a surgir sintomas como tontura, suor frio, sensação de desmaio, náuseas. Uma sensação terrível de mal estar, muitas vezes confundidos com a queda da pressão arterial, mas que na realidade é uma crise de hipoglicemia. 
 
Esses sintomas costumam surgir depois de longas horas em jejum, em alguns casos logo após a ingestão de doces ou carboidratos de alto índice e carga glicêmica, uso de alguns medicamentos específicos, atividade física intensa, em indivíduos que se submeteram a cirurgia bariátrica ou que estão em fase de desenvolvimento de resistência à insulina.  
 
A crise de hipoglicemia se dá quando o nível de insulina circulante no sangue aumenta de maneira abrupta. Outra possibilidade é quando ocorre a diminuição de outros hormônios que fazem a contra regulação ou também com a queda gradativa dos níveis de glicose no sangue após muitas horas sem se alimentar. 
 
Tipos e causas da hipoglicemia
Existem dois tipos principais de hipoglicemia, a hipoglicemia de jejum, que surge após muitas horas sem se alimentar, e a aquela pós-prandial ou "reativa", que ocorre depois de minutos até 3 horas após a ingestão de alimentos ricos em açúcar. 
 
Os sintomas podem ser acionados por diversos fatores, como produção exagerada da insulina com queda dos níveis de glicose ou secundária ao uso de medicação que diminui a taxa de açúcar no sangue. Por exemplo: insulina e hipoglicemiantes em cápsulas, ambos usados no tratamento do diabetes. É preciso entender em qual tipo de hipoglicemia o paciente se encaixa. Essa detecção é feita após criteriosa avaliação médica (clínica e exames laboratoriais). 
 
Tratamento
Para prevenir novas crises de hipoglicemia a investigação da causa é fundamental na hora da escolha da melhor estratégia. Algumas das possibilidades são: um novo esquema nos horários da alimentação, melhor escolha do tipo de carboidrato que irá comer ou uma mudança na medicação que se toma. Essas opções deverão ser discutidas com seu médico.  
 
Principais cuidados na alimentação
Quando a hipoglicemia é desencadeada por muitas horas sem se alimentar, a hipoglicemia em jejum, você deverá ingerir, mesmo com sensação de náuseas, alimentos que aumentem sua glicose, como um copo de suco ou um pedaço de chocolate ou mesmo um copo de água com açúcar. Para quem tem tendência à hipoglicemia em jejum o correto é não deixar de se alimentar de 3 em 3 horas.  
 
Quando se sentir melhor, consuma alimentos de absorção lenta (baixo índice glicêmico) como um lanche de pão integral, uma fruta ou mesmo fazer uma refeição completa adequada. 
 
No caso da hipoglicemia "reativa", que só acontece por uma liberação excessiva de insulina desencadeada pelo próprio alimento com alta carga glicêmica, como açúcares e doces, farinha branca refinada como pão branco, massas, bolos, entre outros, o tratamento envolve apenas retirar do cardápio estes alimentos. Troque-os por carboidratos de baixa carga glicêmica e ricos em fibras, que diminuem a velocidade de liberação da insulina, como legumes e verduras, cereais integrais, leguminosas (feijões, ervilha, soja, lentilha).  
 
Na hipoglicemia "reativa" é contra indicado dar sucos, açúcares e doces no momento da hipoglicemia, pois uma nova crise virá em seguida com a elevação súbita e excessiva dos níveis de insulina, tornando um círculo vicioso.  
 
Cuidados gerais:
 
- Evitar jejuns prolongados
 
- Fracionar as refeições, comer com qualidade a cada 3 horas
 
- Alimentar-se adequadamente antes de fazer atividade físicas
 
- Utilizar a medicação de acordo com a prescrição do seu médico -Evitar alimentos açucarados ou refinados nos casos de hipoglicemia reativa.
 
Minha Vida

Bebês e crianças que têm 'hora do soninho' aprendem mais, aponta estudo

Thinkstock/Getty Images
Segundo o pediatra Jorge Huberman, quanto mais a criança dormir,
melhor para o desenvolvimento dela, seja cognitivo, neurológico
 e imunológico
Além de necessário para que o corpo se mantenha ativo, o sono é também essencial para a formação de memórias duradouras
 
Um estudo apresentado pela Sociedade de Neurociência Cognitiva (CNS), nos Estados Unidos, durante o simpósio de Mecanismos de consolidação de memórias durante o sono, mostrou que bebês conseguem aprender novas habilidades mais rapidamente se tirarem cochilos e que crianças na idade pré-escolar conseguem reter melhor novos conhecimentos depois de uma soneca. 
 
A neurocientista coautora do estudo, Susanne Diekelmann, da Universidade de Tübingen, na Alemanha, explicou que o sono não é apenas um mecanismo fisiológico necessário para que o organismo se mantenha funcionando, mas é também essencial para a formação de memórias duradouras. Ainda segundo ela, o sono pode ajudar a criança a tirar lições de experiências que a ajudarão a lidar com mais eficiência com situações parecidas no futuro.
 
O estudo mostrou que os bebês que dormiram logo em seguida de aprender uma nova estrutura e regras de linguagem foram capazes de aplicar esses conhecimentos para reconhecer frases novas. Os pesquisadores conseguiram medir essa habilidade pelo tempo em que as crianças dispensaram com a cabeça virada para ouvir a versão correta e incorreta das frases.
 
Um bebê tem necessidade diária de 12 a 14 horas de sono. Uma criança maior já pode dormir tranquilamente de 8 a 10 horas. No entanto, o pediatra e neonatologista Jorge Huberman explica que, quanto mais uma criança dormir, melhor é. “É ótimo para o desenvolvimento imunológico, neurológico e cognitivo dela”, diz.
 
Segundo ele, um dos piores erros que uma mãe pode cometer com uma criança é privá-la do sono durante o dia ‘para que ela durma durante a noite’. “É a coisa mais errada que ela faz. Pelo contrário, quanto mais a criança dorme, mais ela vai estar descansada, pois o sono diminui a ansiedade e a necessidade de atividade”, alerta o pediatra.
 
Mesmo com evidências de que o sono é importante para o aprendizado, alguns erros – cometidos pelos pais ou cuidadores – podem atrapalhar o bom descanso de um bebê ou criança pequena. O ruído é um deles. E engana-se quem pensa que os preparativos para o sono só começa à noite. “A criança tem que começar a relaxar por volta das 16h, 17h. O problema que acontece é o pai chega do trabalho depois desse horário e quer brincar com a criança. E aí ele liga a TV, o som, acende a luz... e tudo isso agita o filho."
 
Algumas crianças, no entanto, brigam com o sono e se recusam a dormir. “É importante então dar o banho, apagar as luzes, colocar uma música calma, assim a criança vai relaxar e dormir bem. À noite, claro, ela vai acordar, mas é bom evitar tirá-la do berço – apenas acalmar passando a mão na cabeça", completa Huberman.
 
iG

Comissão aprova política nacional para doenças raras no SUS

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Doenças afetam 65 de cada 100 mil pessoas. Propostas querem facilitar acesso a tratamentos e 'medicamentos órfãos'
 
A Comissão de Seguridade Social e Família aprovou na quarta-feira (2) proposta que institui a Política Nacional para Doenças Raras no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). A proposta define como doença rara aquela que afeta até 65 em cada 100 mil pessoas.
 
O objetivo da política será proporcionar a esses pacientes acesso a tratamentos, inclusive aos disponíveis no mercado quando for o caso, e garantir o acesso aos chamados medicamentos órfãos – ou seja, aqueles destinados ao tratamento de doenças raras, que despertam pouco interesse da indústria farmacêutica, em virtude do pequeno número de doentes afetados. A política visará, portanto, acelerar a disponibilização, no mercado nacional, e a incorporação, no âmbito do SUS, desses medicamentos.
 
O texto aprovado é o substitutivo do deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS) ao Projeto de Lei 1606/11, do deputado Marçal Filho (PMDB-MS), e ao PL 2669/11, do deputado Jean Wyllys (Psol-RJ).
 
O PL 1606/11 obriga o Ministério da Saúde a fornecer medicamentos para o tratamento de doenças graves e raras, ainda que eles não constem na relação de remédios disponibilizados gratuitamente pelo SUS. Porém, o relator acredita que o PL 2669/11, que cria um programa de atenção aos portadores de doenças raras, “responde de forma mais próxima à necessidade do setor em estabelecer uma politica consistente” para esses pacientes. Ele preferiu apresentar substitutivo com algumas modificações a essa proposta.
 
Pelo texto aprovado, essa política deverá ser implementada em até três anos, tanto na esfera nacional, como na estadual e municipal, com o objetivo de estabelecer uma Rede Nacional de Cuidados ao Paciente com Doença Rara. A proposta estabelece as competências de cada um dos entes federativos (municípios, estados e União) na execução da política.
 
Níveis
A política será implementada tanto na chamada atenção básica à saúde, quanto na atenção especializada.
 
Na atenção básica (Unidades Básicas de Saúde e Núcleo de Apoio à Saúde da Família) serão identificados os indivíduos com problemas relacionados a anomalias congênitas, erros inatos do metabolismo, doenças geneticamente determinadas e doenças raras não genéticas. A ideia é que os portadores de doenças raras sejam identificados precocemente, no pré-natal e em recém-nascidos, e que recebam o tratamento adequado desde a primeira infância. A política prevê ainda o suporte às famílias dos pacientes com doenças raras.
 
Já na atenção especializada (Unidades de Atenção Especializada e Reabilitação e centros de referência) será realizado o acompanhamento especializado multidisciplinar e os demais procedimentos dos casos encaminhados pela atenção básica.
 
Conforme o texto, cada Estado deverá estruturar pelo menos um centro de referência, que deve, na medida do possível, aproveitar a estrutura já existente em universidades e hospitais universitários. A proposta estabelece ainda que os estabelecimentos de saúde habilitados em apenas um serviço de reabilitação passarão a compor a rede de cuidados à pessoa com doença rara. O objetivo é dar assistências aos pacientes sem tratamento disponível no âmbito do SUS. A ideia é que esses centros possam se articular com a rede do SUS, para acompanhamento compartilhado de casos, quando necessário.
 
Medicamentos órfãos
A política reconhece o direito de acesso dos pacientes diagnosticados com doenças raras aos cuidados adequados, o que inclui a provisão de medicamentos órfãos. Pelo texto, a necessidade de utilização desses medicamentos órfãos deverá ser determinada pelos centros de referência do SUS ou certificados pelo SUS. Essa necessidade será reavaliada a cada seis meses.
 
Segundo o texto, a incorporação do medicamento órfão pelo SUS deverá ser considerada sob o aspecto da relevância clínica, e não sob o aspecto da relação custo-efetividade. A proposta diz ainda que os medicamentos órfãos destinados ao tratamento de doenças raras terão preferência na análise para concessão de registro sanitário junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e estabelece algumas regras para facilitar esse registro.
 
O projeto, que tramita em caráter conclusivo, ainda será analisado pelas comissões de Finanças e Tributação; e Constituição e Justiça e de Cidadania.
 
A íntegra da proposta pode ser vista nos links: PL-1606/2011 e PL-2669/2011.

SaudeWeb

UPAs terão telemedicina para atender suspeitas de infarto

UPAs terão telemedicina para atender suspeitas de infarto
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Sistema de telemedicina permitirá que um especialista dê o diagnóstico correto, a partir do eletrocardiograma que será enviado pelos médicos da UPA
 
Um projeto lançado pelo governo federal está sendo adotado pelo governo fluminense e deverá funcionar no segundo semestre deste ano, nas unidades de Pronto-Atendimento (UPA 24 horas). O projeto prevê o treinamento das equipes das UPAs, por meio de um protocolo de atendimento ao paciente que chega a essas unidades com dor torácica. Em seguida, será implantado um sistema de telemedicina, que permitirá que um especialista dê o diagnóstico correto, a partir do eletrocardiograma que será enviado pelos médicos da UPA.
 
Inicialmente, o trabalho será feito na cidade do Rio, depois, a meta é estendê-lo para todo o estado. O projeto resulta de convênio firmado entre a Secretaria Estadual de Saúde e a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e será apresentado  no 31º Congresso da Sociedade de Cardiologia do Estado (Socerj), que começou ontem (9).
 
“É uma linha de cuidado nova do governo federal ao paciente com  infarto agudo do miocárdio, que as secretarias de Saúde dos estados estão absorvendo e trabalhando”, disse à Agência Brasil o presidente do congresso, Denílson Albuquerque. No Rio de Janeiro, a proposta é otimizar o atendimento do paciente que chega à UPA com dor no peito.
 
Albuquerque explicou que muitas UPAs não têm cardiologistas. “São médicos que trabalham com emergência e não têm a visão de um especialista”, acrescentou. Segundo ele, por isso precisam de treinamento. Para o presidente, a linha de cuidado determina que o eletrocardiograma seja feito  entre dez e 20  minutos após o paciente chegar à unidade com dor no peito. “Porque na hora em que você tem um infarto agudo, quanto mais rápido puder atuar, melhor salvará o músculo cardíaco”.
 
A partir do pessoal já treinado,  será feita a inclusão do sistema de telemedicina nas UPAs, que dará a orientação em relação ao eletro. “É feito o eletro, ele é encaminhado por meio do sistema de telemedicina a uma central, no Hospital Pedro Ernesto, da Uerj, que funciona 24 horas por dia, sete dias por semana. Vai ter um especialista que irá receber o eletro”.
 
A partir da identificação de que o eletro se refere a um paciente com infarto agudo do miocárdio, é dada a sinalização para que o tratamento seja iniciado. “Na UPA, vai ter o trombolítico, que é a medicação que dissolve o coágulo do paciente que está com o vaso entupido. A partir do momento em que o diagnóstico for feito,  o médico recebe a informação e inicia o tratamento, aquele protocolo para o qual ele já foi treinado e recebeu todas as informações.
 
No momento, Denílson Albuquerque informou que o protocolo está sendo concluído e as aulas para as equipes das UPAs estão sendo preparadas. A perspectiva é que o processo esteja implementado no segundo semestre. O tema será debatido em mesa-redonda no Congresso de Cardiologia da Socerj.
 
Protocolo semelhante foi adotado na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), que enviará um especialista para participar do debate.
 
SaudeWeb

Mulher inglesa que 'cheira a lixo' relata insultos e preconceito no trabalho

Ellie James / BBC
Britânica relata que seu corpo pode exalar cheiro de lixo
Um raro transtorno que faz com que a britânica Ellie James, de 44 anos, exale um odor ruim já lhe custou empregos e faz com que ela seja alvo de insultos
 
Ellie sofre de trimetilaminuria (TMAU), também conhecida como síndrome do odor de peixe, que impede que seu organismo decomponha compostos presentes em alguns alimentos.
 
A doença faz com que a enzima flavina monooxigenase 3 (FMO3) não funcione corretamente ou sequer seja produzida.
 
Essa enzima é encarregada de processar substâncias como a trimetilamina que, caso contrário, se acumula no corpo e é liberada na transpiração, urina ou hálito.
 
"Essa doença é conhecida como síndrome do cheiro de peixe, mas na verdade, a maioria das pessoas (que sofrem do problema) sequer produz esse cheiro", diz Ellie à BBC. "A tendência é exalar cheiro a enxofre ou amoníaco, mas tudo depende do que você come."
 
A britânica sofre do transtorno há 14 anos, depois de ter passado por um longo tratamento com antibióticos que acabaram afetando a enzima FMO3.
 
Ela sofre de TMAU adquirida, mas outros já nascem com a síndrome.
 
"Posso exalar um cheiro muito doce e intenso, como perfume barato, ou a lixo podre, borracha queimada, algum produto químico, assim como enxofre ou água de esgoto", lamenta.
 
Controle limitado e reações
Essa variedade de odores relatados por Ellie geralmente significa que, até certo ponto, ela pode controlá-los.
 
A trimetilamina é o resultado da degradação bacteriana de alguns aminoácidos, como a colina.
 
"Meu corpo não consegue decompor (a colina) em um composto neutro, apenas em um tóxico, que cheira mal", diz. "Evitar alimentos com muita colina - ou trimetilamina - pode ajudar muito, mas não elimina (o cheiro)."
 
Outra dificuldade é que a maioria das pessoas que sofrem dessa síndrome não consegue sentir o próprio cheiro.
 
Antes de ser diagnosticada, Ellie passou por uma situação terrível pois "não sabia porque cheirava mal e o pior é que, com frequência, não podia cheirar a mim mesma".
 
"Tinha que me guiar pela reação das pessoas e não sabia o que diabos estava acontecendo", conta.
 
Quando ela finalmente fez a primeira visita ao médico, tudo o que conseguiu foi uma humilhante aula de higiene pessoal.
 
"Muitos médicos não estão cientes da doença. Devido ao fato de ser relativamente rara, não está na prática médica geral", afirma. "E, a princípio, é muito difícil ir ao médico pois você não tem certeza de que tem algo errado."
 
Desinfetante
As pessoas com esta síndrome tentam se limpar várias vezes por dia.
 
Ellie chegou ao ponto de esfregar toda a pele repetidamente, "usando desinfetante, o que não era muito bom".
 
Os colegas de trabalho levam sabonetes e desodorantes. Ela também já foi insultada várias vezes no transporte público.
 
"Não culpo ninguém pela reação que tiveram comigo. Se trata de um transtorno muito raro e fizeram isso pela ignorância", diz.
 
"Quando falava com parte de meus colegas e explicava que se tratava de um problema de saúde, que não havia nada que eu podia fazer e que estes presentes não melhorariam a situação, então eles eram extremamente compreensivos."
 
A síndrome não tem cura e os tratamentos são limitados. Mesmo assim, ser diagnosticada ajudou Ellie a retomar o controle de sua vida.
 
Depois do diagnóstico, ela começou a participar de um grupo de apoio, consultou especialistas e descobriu o que podia e o que não podia fazer.
 
"Me dei conta que não posso mudar a reação das pessoas, só posso fazer um lento processo de educação."
 
iG

Dez sinais de que você pode estar infartando

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Dor no peito, tontura, falta de ar e náuseas são alguns dos sinais que avisam que você deve imediatamente correr para o hospital
 
Também chamado de ataque cardíaco, o infarto acontece quando os vasos sanguíneos que fornecem sangue ao coração ficam bloqueados, impedindo que chegue oxigênio suficiente ao órgão. O músculo cardíaco morre ou fica danificado permanentemente.
 
Esse bloqueio do sangue e oxigênio acontecem tanto por conta dos hábitos ruins que a pessoa cultivou durante a vida - como fumar, beber, não fazer atividade física e ter colesterol nas alturas, como também em uma situação de estresse agudo, em que as artérias do coração, mesmo sem nenhum depósito de gorduras, acabam se contraindo e impedindo a passagem do líquido vital cheio de oxigênio.
 
Confira quais são os sinais que antecedem um infarto e que servem de aviso que é preciso correr para um hospital. Lembre-se: quanto mais rápido a pessoa for socorrida, maiores as chances de sobrevivência.
 
1. Dor no peito: sIntoma clássico, a dor também pode irradiar-se para o lado esquerdo do corpo e ombro, além das mandíbulas. É uma dor de pressão no peito
 
2. Náuseas ou vômitos: o infarto libera os sinais aminérgicos, que colocam a pessoa em alerta e causa dor no estômago
 
3. Palpitações: esse sintoma às vezes acompanha um infarto, por conta das arritmias provocadas por ele
 
4. Falta de ar: o mau funcionamento do coração afeta os pulmões, que leva à falta de ar
 
5. Sudorese: esse sinal é causado pelos sinais aminérgicos, de alerta, quando uma pessoa está infartando. A sudorese sempre vem acompanhada de outros sintomas
 
6. Fraqueza excessiva e repentina: nem todas as pessoas que infartam tem esse sintoma, mas uma pequena porcentagem apresenta esse sinal
 
7. Tontura: Calvilho explica que somente algumas pessoas relatam que sentem tonturas, sempre acompanhadas por outros sinais
 
8. Desmaio: pessoas podem ter uma síncope, decorrente de uma arritmia ou parada cardíaca
 
9. Tosse seca: com os pulmões afetados por conta do infarto, a pessoa pode ter tosses. A tosse sempre é acompanhada de outros sintomas
 
10. Ansiedade: um recente estudo canadense mostrou que, nas mulheres, o infarto também pode ser confundido com ansiedade e agitação
 
O cardiologista do Hospital TotalCor, Antônio Calvilho Junior, explica que a dor no peito é um dos sintomas mais comuns. "Os pacientes relatam como uma pressão no peito, como se um elefante estivesse pisando sobre eles", explica. E essa dor pode se irradiar para o braço esquerdo, chegando até o pulso, e também subir até o pescoço ou descer até o estômago, provocando náuseas.
 
Calvilho explica que, naqueles casos em que as pessoas acabam morrendo dormindo, sem sentir nada, a maioria das mortes acontece por conta de arritmias cardíacas, que precedem o infarto. A arritmia cardíaca provoca uma parada cardiorrespiratória, que é fatal.
 
Algumas pessoas, como alguns idosos e mulheres, podem não sentir dor alguma no peito - e estarem infartando, explica o cardiologista. "Às vezes o infarto é silencioso e de forma atípica, manifestando a parada cardíaca".

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Câmara aprova projeto que libera venda de remédios para emagrecer

Anvisa havia proibido comercialização em 2011 devido a efeitos colaterais das drogas; proposta segue agora para o Senado
 
A Câmara dos Deputados aprovou projeto que libera a venda de remédios para emagrecer, medicamentos que estavam com comercialização proibida desde outubro de 2011 por resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A proposta segue agora para a apreciação do Senado. 
 
A resolução da Anvisa proibe a produção e a venda, sob prescrição médica, dos medicamentos que auxiliam no emagrecimento, entre eles os com princípio ativo anfepramona, femproporex e mazindol, todos à base de anfetamina. A justificativa é de que riscos que podem ser trazidos por esses remédios, como hipertensão pulmonar e arterial, são maiores que os benefícios.
 
Para o deputado Beto Albuquerque (PSB-RS), autor do projeto de decreto legislativo que pretende liberar a venda dessa medicação, a Constituição permite a suspensão de atos do Executivo pelo Legislativo. “Esses remédios eram usados há 40 anos no Brasil, e a Anvisa tirou o poder de prescrição do médico. Esses medicamentos são vendidos em 80 países e não são para emagrecer, mas sim para dar equilíbrio metabólico ao paciente”, explicou.
 
Já o deputado Henrique Fontana (PT-RS) questionou a competência do Parlamento para dizer qual medicamento pode ou não ser usado pela população. “Será que nós temos condições de legislar sobre esse tema, definindo se um medicamento A ou B pode ou não ser usado em uma situação ou outra?”

iG

Justiça obriga SUS a bancar remédio para diabetes tipo 1

FABIO RODRIGUES-POZZEBOM/ABR
Justiça obriga SUS a bancar remédio para diabetes tipo 1
Decisão vale para todo o país e inclui doentes que não têm resultado com insulina regular
 
Vitoria
O Ministério Público Federal no Espírito Santo (MPF/ES) conseguiu na Justiça decisão que obriga a União a implantar Protocolo Clínico e a viabilizar imediatamente, no Sistema Único de Saúde (SUS), o acesso a análogos de insulina de longa e de curta duração aos portadores de diabetes mellitus tipo 1 instável ou de difícil controle. A ação vale para todo o país e beneficia as pessoas que não obtém resultados satisfatórios com as insulinas regulares.
 
A diabetes mellitus é caracterizada pela deficiência total (tipo 1) ou parcial (tipo 2) da produção de insulina pelo pâncreas.
 
Considera-se instável ou de difícil controle o quadro em que o paciente, mesmo com a terapia convencional atualmente fornecida pelo SUS, não consegue alcançar controle glicêmico ideal ou tem recorrência de episódios de hipoglicemia (baixo nível de glicose no sangue) – o que implica risco de danos neurológicos e déficit de rendimento e produção escolar, além da possibilidade de convulsões, necessidade de internação hospitalar, coma e até a morte. Nesses casos, a terapia convencional não apresenta resultado satisfatório, já tendo ficado comprovada a eficácia dos análogos de insulina de longa e de curta duração, drogas mais modernas que ainda não constam na lista oficial de medicamentos do Ministério da Saúde.
 
“Apesar da intervenção do MPF, que expediu inúmeros ofícios, a União, por seu Ministério da Saúde, especialmente o órgão destinado a decidir pela incorporação de novas tecnologias e seus protocolos clínicos, manteve-se omissa no seu dever de analisar as provocações de atualização dos medicamentos indicados e fornecidos para a diabetes. Os ofícios de resposta retratam uma postura de alheamento, como se o problema não existisse. E há a Lei 12.401/2011 que confere prazos para essa análise. É um exemplo de demora que causa a judicialização”, justifica o procurador da República André Pimentel Filho, autor da ação.
 
No processo, o MPF/ES registrou que a postura do Ministério da Saúde fez com que alguns estados brasileiros – como Espírito Santo, Paraná, Bahia, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Distrito Federal – criassem protocolo de fornecimento de insulinas especiais mais avançado que o da própria União, que deveria ser a principal definidora desses procedimentos no SUS.
 
O MPF/ES relata, ainda, que a posição do Ministério da Saúde na esfera extrajudicial, negando-se em proceder a análise das insulinas mais modernas, fez com que só restasse recorrer ao Judiciário, para que o problema seja definitiva e tempestivamente resolvido.
 
Sentença
A Justiça, seguindo o entendimento do MPF, julgou procedente a ação para determinar que a União viabilize o acesso aos análogos de insulina de longa duração a pacientes com diabetes mellitus tipo 1 instável ou de difícil controle, devendo para tanto implantar protocolo clínico e viabilizar o custeio e/ou a distribuição às secretarias estaduais de saúde dos medicamentos (Glargina e Detemir) para os pacientes que se enquadrem nos critérios desse protocolo elaborado pelo Ministério da Saúde.
 
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que mais de 220 milhões de pessoas sejam diabéticas em todo o mundo. Considerada uma das doenças crônicas mais comuns, calcula-se que até o ano de 2025, 350 milhões de pessoas sofrerão dessa patologia. A falta de controle adequado da diabetes pode causar complicações graves, como infarto, derrame, perda progressiva da visão e insuficiência renal.
 
Panorama
No Brasil, a diabetes mellitus inadequadamente tratada é a principal causa de cegueira e de amputação de membros inferiores. Cerca de 5,3% dos maiores de 18 anos são portadores.
 
O Tempo