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quinta-feira, 25 de agosto de 2016

H1N1: vírus já matou 1.775 pessoas este ano no Brasil, segundo ministério

Mortes foram registradas até o dia 13 de agosto. Em 2009, pandemia provocou 2.060 mortes ao longo do ano inteiro

Vacina gripe MS (Foto: Reprodução/TV Morena)
Segundo Ministério da Saúde, vacinação contra influenza ultrapassou meta (Foto: Reprodução/TV Morena)

Desde o início de 2016 até o dia 13 de agosto, 1.775 pessoas já morreram por H1N1 no Brasil, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde. Em 2009, quando a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou pandemia por esse subtipo de influenza, o Brasil registrou 2.060 mortes por H1N1 ao longo do ano todo.

O estado mais afetado foi São Paulo, que teve 737 óbitos por H1N1, seguido por Paraná, com 206 mortes e Rio Grande do Sul, com 182 mortes.

No ano passado inteiro, o país registrou 36 mortes por H1N1; em 2014, tinham sido 163 mortes e, em 2013, 768 óbitos pelo vírus.

Ao todo, foram notificados 9.635 casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) por influenza A/H1N1 ao longo de 2016. A SRAG é uma complicação da gripe. Houve ainda 1.080 casos de SRAG por outros tipos de influenza.

Além das mortes pela influenza A/H1N1, houve 169 mortes por outros tipos de influenza.

Esta semana, uma atleta indiana que esteve na Olimpíada do Rio foi diagnosticada com H1N1 depois de ser internada em um hospital de Nova Délhi, na Índia.

Vírus chegou antes do previsto
Este ano, o vírus chegou antes do previsto, atingindo uma população vulnerável por ainda não ter tomado a vacina. Segundo o Ministério da Saúde, 49,9 milhões de pessoas já receberam a vacina de gripe este ano, número que superou a meta de imunizar 80% do público prioritário do país.

Especialistas discutem várias hipóteses que podem explicar a antecipação da chegada do vírus, que vão desde fatores climáticos até o aumento de viagens internacionais que podem ter trazido o H1N1 que circulava no hemisfério norte. Mas não há uma explicação definitiva para a chegada precoce do vírus.

Veja o número de mortos por H1N1 no Brasil por estado:
Brasil: 1.774
SP: 737
PR: 206
RS: 182
MG: 122
SC: 100
MS: 87
GO: 76
RJ: 65
ES: 44
PA: 26
BA: 26
DF: 18
PE: 15
MT: 14
CE: 13
PB: 11
RN: 7
AL: 7
AC: 5
AM: 4
AP: 4
RO: 2
RR: 1
MA: 1
PI: 1


G1

Instituto de SP faz cruzamento bovino e produz leite que não causa alergia

Estudo foi realizado com rebanhos de Centro de Pesquisa de Nova Odessa. Cientistas mapearam vacas com proteína saudável ao consumo humano

Instituto de Nova Odessa descobriu leite 'antialérgico' com cruzamentos de rebanhos (Foto: Reprodução/EPTV)
Instituto descobriu leite 'antialérgico' com cruzamentos de rebanhos (Foto: Reprodução/EPTV)

O Instituto de Zootecnia de Nova Odessa (SP) desenvolveu uma pesquisa pioneira para produzir um tipo de leite que não causa alergia pela proteína presente na bebida. Os estudiosos do Centro observaram a composição genética do gado e realizaram o cruzamento apenas entre os rebanhos que apresentaram a proteína Beta Caseína (A2) no organismo que, segundo o estudo, são mais saudáveis para o consumo humano.

Enquanto o leite comercializado tem apenas 11% da presença da proteína A2, no leite do gado com o melhoramento genético, analisado na pesquisa, a existência Beta Caseína sobre para 88,5%, segundo o estudo.

A ideia é disponibilizar para o consumo o leite que, de acordo com os cientistas, ajuda a evitar doenças como diabetes e problemas cardíacos.

"Ao agregarmos valor ao leite, contribuímos também para a melhor remuneração do produtor", explicou o diretor do Centro de Pesquisa com Bovinos do Leite, Anibal Eugênio Vercesi Filho. "A raça Gir Leiteiro, além da adaptabilidade e resistência apresenta leite não-alergênico", disse. Para a pesquisa, foram analisados os perfis genéticos de 385 matrizes da raça Gir Leiteiro.

De acordo com o diretor do Centro de Pesquisa com Bovinos do Leite, o objetivo é formar um rebanho de animais com a genética da Beta Caseína e que produzam leite com a A2.

Os resultados do estudo apontam uma vantagem para a raça do gado Gir Leiteiro, espécie mais utilizada para a produção do laticínio no Brasil, devido à elevada presença do gene que decodifica a proteína.

No projeto, participaram pesquisadores do IZ em parceria com a Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Jaboticabal e com a Associação Brasileira de Criadores do Gir Leiteiro (ABCGIL).

"Assim, em médio prazo, o Instituto de Zootecnia poderá fornecer leite contendo apenas a proteína Beta Caseína A2. Além disso, as matrizes e reprodutores passarão essa mesma característica aos seus descendentes", ressaltou.

G1