Já pensou ter que ir ao médico no passado terrível, quando não existia
anestesia, antibióticos, exames confiáveis, vacinas…? Era praticamente
uma roleta-russa
Agravo: já pensou ter que ir ao médico no passado terrível por conta de um problema nas suas partes íntimas?
Não importa quão assombrosos você imagina que os dispositivos médicos
usados pelos “ginecologistas” e “urologistas” da época eram, acredite,
eles eram piores.
Confira:
1. Esquentador de glândula da próstata
O “prostate gland warmer” (algo do tipo “esquentador de glândula da
próstata”) era um instrumento que continha um vibrador e uma lâmpada
azul ligados por um fio. Sim, você já imaginou como era usado: o
vibrador era colocado em uma “ponta”, a lâmpada na tomada, e seu brilho
gerava um calor que aquecia a próstata.
Para quê? Hum… Vamos ver… Para derreter as propriedades prejudicais
da ereção, deixando para trás um sentimento caloroso gentil. Como a
propaganda do esquentador dizia, ele servia para “estimular o cérebro
abdominal”.
Cérebro abdominal?!
2. Rotor de reto
Com 15 centímetros de comprimento, o “recto rotor” (“rotor de reto”)
“chega ao seu ponto vital com um bom propósito”, uma propaganda que
insinua que existem outros produtos que atingem seu “ponto vital” com
nada além de maldade em seu coração.
Uma vez que seu ponto vital é alcançado (não expliquei que ponto
vital é esse de propósito, e nem vou explicar), um simples toque de um
botão faz com que a máquina comece seu giro convulsivo, vibrando na sua
bunda como um prospector de petróleo perfurando o solo. Como não há
petróleo em sua bunda, o rotor oferece seu líquido próprio, uma loção
branca, com destino a sua próstata.
O anúncio do produto se gaba de que ele é “grande o suficiente para
ser eficiente. Pequeno o suficiente para qualquer pessoa com mais de 15
anos de idade”. Por favor, Senhor, nos diga que essa é apenas uma
estimativa bruta, e não o resultado de extensos testes.
3. Cinto elétrico com alça para pênis
Esse instrumento tinha a intenção de curar a doença completamente
inventada de “neurastenia” (“estresse da urbanização e pressões
colocadas sobre a classe intelectual e o ambiente de negócios cada vez
mais competitivo”), com sintomas como dor de cabeça e impotência.
Para ativar seus poderes maravilhosos de cura, era preciso submergir o
cinto dentro de uma solução de ácido sulfúrico, vinagre e água. Então –
dependendo do fabricante -, era necessário colocar um “pó especial”
(fermento) sobre as “baterias internas”. Tudo isso, provavelmente,
terminava com o pênis revestido com uma espuma branca raivosa.
E por que o pênis? Essa tal neurastenia tinha que ser curada assim?
Tinha. A alça peniana transferia seus pulsos elétricos curadores direto
ao que interessava para salvá-lo da impotência.
Mulheres não ficavam necessariamente de fora. Havia um acessório genital versão feminino para curar seja lá o que fosse.
4. Bomba Ampliadora de Mama Operada pelo Pé
No passado, em vez de gastar uma fortuna com cirurgia, você podia
simplesmente comprar este conjunto de tubos de borracha coberto com
ventosas cor-de-rosa, também conhecido como Bomba Ampliadora de Mama
Operada pelo Pé, para aumentar seus seios (temporariamente, pelo menos).
Tudo o que as mulheres tinham que fazer era repetidamente bombear um
pedal ligado às ventosas. A sucção alongava os seios criando uma ilusão
de crescimento quando, na realidade, a única resposta fisiológica que
causava era contusões horríveis que inchavam o peito como se ele fosse
uma orelha de lutador de MMA.
Sim, um absurdo pensar que as mulheres antigas pagavam para se
machucar. Espera! Não tão antigas assim: essas bombas foram vendidas em
1976. Mais de quatro milhões delas.
Para você ver que não é só em hoje em dia que as pessoas fazem as
coisas mais bizarras e autodegradastes em nome de um padrão de beleza
impossível.
5. Dilatadores anais
No passado, algum médico aparentemente acreditou que o sistema nervoso
do corpo era uma interconexão complexa de “caminhos” que permitiam que
órgãos funcionassem em conjunto.
Ele estava certo sobre isso. O que ele
não estava certo sobre era sua crença de que todas essas interconexões
de caminhos levavam diretamente para o seu canal anal, e que todas as
doenças poderiam ser curadas enfiando objetos lá dentro.
Fica difícil para nós acreditar que uma pessoa um dia realmente teve tal
pensamento, de maneira que vamos imaginar que esse “médico” fez isso
apenas pelo desafio. Afinal, se você pode convencer alguém de que
inserir um dilatador em sua bunda vai fazer seu mau-hálito ir embora,
você deve mesmo gostar de um desafio.
6. Anel Espermatorréia
O povo da era vitoriana, além de não entender nada de vagina, também
pensava que masturbação podia ter efeitos devastadores sobre o corpo,
incluindo cegueira e retardo mental. Para combater o crescente problema
de “ereções desnecessárias”, muitos inventores trabalharam febrilmente
para inventar engenhocas que capazes de neutralizar esse inchaço
natural.
O Spermatorrhea Ring (“Anel Espermatorréia”) era composto por uma
banda de metal flexível, que acomoda confortavelmente um pênis de
tamanho médio. Quando uma senhora particularmente interessante passa por
um homem usando tal anel e seu pênis incha, começa a chegar cada vez
mais perto dos “espinhos” ao longo da sua borda. Se o homem não quiser
ser castrado, precisa se distrair rapidamente para fazer a ereção sumir.
Apesar de seu propósito original ser absurdo, até que esse anel não
seria uma má ideia para os engraçadinhos que ficam assediando mulheres
na rua, não?
7. Lavador vaginal de Lawson
Em um momento de grande habilidade e arte vitoriana, um homem quis
resolver o “problema” da higiene feminina. O problema é que ele
claramente nunca tinha sequer visto uma vagina real, já que inventou um
instrumento bizarro chamado “Lawson’s vaginal washer” (algo como
“lavador vaginal de Lawson”).
Tudo o que precisa ser dito sobre a compreensão da genitália feminina da era vitoriana pode ser descrito por esta máquina de bronze com uma manivela para – respire fundo – limpar a vagina.
Há um bico na parte traseira do instrumento, onde você pode anexar
uma garrafa de água ou de algum produto químico com um nome do tipo
“solvente para as partes íntimas femininas”, para que o líquido seja
injetado no interior da… Tá, vou parar.
8. Gerador de raio violeta
Violet Ray Generator (em português, algo como “gerador de raio violeta”)
foi um dispositivo popular de puro charlatanismo médico que afirmava
ser a única engenhoca capaz de curar absolutamente qualquer coisa.
Com a
ajuda de uma série de tubos projetados para serem usados em várias
partes do corpo, esse gerador podia curar verrugas, dores de dente,
obesidade, espinhas, insônia, icterícia, surdez etc.
Para utilizá-lo, era necessário simplesmente ligá-lo e esfregar um de
seus tubos de vidro sobre a parte do corpo desejada. Se você tivesse um
caso de prisão de ventre, aumento de próstata ou impotência, não havia
outra escolha a não ser enfiar o tubo em sua bunda e rezar para não
espirrar ou tossir.
Cracked / Hypescience