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segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Nove alimentos que ajudam a proteger o seu fígado no carnaval

Gengibre, maçã e rabanete devem fazer parte do cardápio com regularidade
 
Você provavelmente nem lembra que ele existe, mas saiba que o fígado é um dos órgãos mais complexos e merece muito cuidado. Entre as mais de 200 funções, ele funciona como um filtro, eliminando o que é tóxico ao nosso organismo - percebeu a importância?
 
Sem ele funcionando direito, nada mais trabalha direito no corpo também. Quando exageramos no consumo de bebidas alcoólicas e alimentos gordurosos, o fígado fica sobrecarregado e precisa de uma desintoxicação.
 
"O problema é que não existe um alimento milagroso em uma quantidade determinada que promova essa limpeza do fígado", aponta o nutrólogo André Veinert, da Clínica Healthme. Ele diz que há alguns alimentos que podem até ajudar a desintoxicar, mas não basta apenas consumi-los e se achar no direito de exagerar no consumo de álcool e gorduras - é preciso ter moderação, fazer refeições leves várias vezes ao dia e praticar exercícios físicos com regularidade.
 
Outro ponto é que o consumo dos alimentos "detox" precisam ser consumidos de forma habitual na dieta alimentar. Em resumo, o consumo de um único item da lista abaixo não vai ser o responsável por proteger a saúde do fígado, mas sim uma alimentação balanceada em que se encaixem a turma toda.
 
Confira aqui: 
 
Própolis
O extrato de própolis, obtido das abelhas é facilmente encontrado em farmácias, contém substâncias chamadas bioflavonoides que estão ligadas a uma melhora da função do fígado. Dessa forma, ajudam a acelerar a desintoxicação do organismo.

"Há também alguns estudos feitos desde 1992, in vitro ou em camundongos, que apontam que a substância artepelin C do própolis combate células tumorais no fígado", aponta a nutricionista Danielle Nascimento, do programa de educação nutricional Viva Melhor. Leia no rótulo as instruções de consumo de acordo com o tipo de própolis que você comprar, que pode variar de uma colher de chá a uma quantidade específica de gotas de acordo com a idade da pessoa. 
 
Abacaxi
O destaque do abacaxi é uma potente enzima chamada bromelina. "Ela auxilia na digestão - por isso que muitas pessoas a usam para amolecer a carne de churrasco", conta a nutricionista Mariana Thomaz, do Hospital Paulistano. Desse modo, ela ajuda a desobstruir o fígado do acúmulo de gorduras e toxinas. "Recomendo fazer combinações de suco de abacaxi com hortelã ou outras frutas, para potencializar ainda mais o efeito sobre o fígado e o todo o corpo", indica Mariana. 
 
Maçã
Uma singela maçã pode fazer a diferença no trabalho do fígado por conter uma substância chamada pectina. "É uma fibra solúvel que ajuda na diminuição da taxa de colesterol e facilita a digestão de gorduras pelo organismo", explica Danielle Nascimento. Para entender o processo, a nutricionista faz uma explicação simples: a fibra "se agarra" às células de gordura e as leva embora do corpo, impedindo que fiquem acumuladas no fígado.

O nutrólogo André Veinert, da Clínica Healthme, em São Paulo, também conta que a maioria das frutas, verduras e legumes ricos em fibras ajuda na absorção de gordura, apesar de a maçã ganhar destaque por ter a pectina. "Inclua no cardápio tanto maçã quanto banana, cenoura, tomate, pera e outros vegetais que também fornecem vitaminas importantes para melhorar o funcionamento do fígado", recomenda.  
 
Água
A água é o combustível para o fígado trabalhar. Mariana Thomaz conta que, quando álcool e gorduras entram no nosso organismo, transformam-se em substância tóxicas que sobrecarregam o trabalho do fígado. "A água é fundamental para ajudar a eliminar essas toxinas", afirma. Além disso, o fígado é responsável por produzir a bile (ou suco biliar) que atua na digestão de gorduras como se fosse um detergente. "O órgão produz entre 800 ml a um litro de bile por dia e, sem água, isso não será possível", explica a nutricionista Danielle.

Tenha sempre uma garrafinha com você durante o dia e, quando beber álcool, procure intercalar com goles de água e evitar exageros. É verdade que o álcool é líquido, mas ele é muito diurético e acelera a desidratação do organismo. Por isso, água, sucos, chás e água de coco ajudam a recuperar o que o seu corpo perde com o consumo de bebida alcoólica.  
 
Gengibre
Segundo Danielle Nascimento, esse alimento é considerado um tônico do fígado. "O gengibre ajuda na secreção da bile, que é feita pela vesícula biliar", explica. Com isso, a digestão de gorduras é mais eficiente, evitando a sobrecarga do fígado. Você pode consumir o gengibre cru, ralando um pouco em cima do seu prato no almoço e no jantar. 
 
Escarola
A substância amarga presente nessa verdura estimula a produção e secreção da bile, segundo a nutricionista Danielle. "Além disso, é fonte de nutrientes, como ácido fólico, zinco e vitaminas que dão mais saúde e disposição ao corpo para que todos os órgãos funcionem direito", afirma. O sabor da verdura combina muito com tortas e pizzas, mas prefira usar sempre farinha integral para preparar esses pratos. 
 
Rabanete
Vale tanto o cru quanto o em conserva - só fique de olho na quantidade de sódio dessa segunda opção, que aumenta o inchaço e a pressão arterial e, consequentemente, traz malefícios ao fígado. "Essa raiz tem uma essência sulforafada, responsável pelo sabor picante, que aumenta a secreção da bile pelo fígado", explica Danielle Nascimento. 
 
Frutas vermelhas
Morango, amora, cereja, framboesa e outras frutinhas avermelhadas são poderosos antioxidantes. Segundo André Veinert, eles ajudam a combater as substâncias tóxicas acumuladas no fígado. "Invista também em outros alimentos que contenham vitamina A, vitamina E e outros antioxidantes, como cenoura e tomate", recomenda o nutrólogo da clínica Healthme. 
 
Salmão e azeite
O salmão é rico em ômega 3, uma gordura considerada "boa" por ajudar na proteção do fígado. "Já o azeite de oliva também apresenta ômega 9, outro componente que traz benefícios ao órgão", explica André Veinert. Apesar de serem chamadas gorduras boas, até mesmo esses ômegas pedem moderação. No caso do azeite, duas colheres de sopa por dia são suficientes, mas o ideal é procurar um nutricionista para balancear essa quantidade com a de outras fontes de gorduras que você consome no dia. 
 
Minha Vida

Entenda o que é a sibutramina e os efeitos colaterais do tratamento

Agora, os profissionais de saúde são obrigados a notificar qualquer efeito adverso relacionado ao produto, e a validade das receitas é de até 30 dias. Tire suas dúvidas sobre o medicamento
 
O que é a sibutramina?
É uma substância aplicada no tratamento de obesidade, vendida mediante prescrição médica. Criada inicialmente como antidepressivo, a sibutramina age no sistema nervoso central, especialmente sobre dois neurotransmissores, a serotonina e a noradrenalina. Ela provoca no paciente a sensação de saciedade e o controle da fome. A pessoa come menos, mas perder a fome.

Para quem este medicamento é recomendado?
De acordo com endocrinologista Walmir Coutinho, professor de endocrinologia da Pontifícia Universidade Católica (PUC), no Rio de Janeiro, e presidente da Associação Internacional para o Estudo da Obesidade (Iaso, na sigla em inglês), a sibutramina deve ser utilizada por pacientes com grau de obesidade grau 1 (quando o Índice de Massa Corpórea, IMC, está entre 30 e 34,9), grau 2 (quando o IMC, está entre 35 e 39,9) e grau 3 (quando o IMC está acima de 40).
 
A sibutramina provoca efeitos colaterais?
Sim. Segundo a endocrinologista Marcia Nery, do Hospital das Clínicas, em São Paulo, por ser um “parente distante dos remédios antidepressivos”, que agem em diversos locais do sistema nervoso central, é possível que ocorram efeitos colaterais.
 
Quais são os efeitos colaterais?
 - Aumento da pressão arterial
 
- Elevação da frequência cardíaca
 
- Dores de cabeça
 
- Boca seca
 
- Insônia
 
- Prisão de ventre
 
Existe alguma contraindicação para utilizar remédios com esta substância?
Sim. Pessoas que sofrem de alguma cardiopatia (doença no coração) ou descontrole na pressão arterial. “No caso delas, o melhor a se fazer é uma dieta balanceada e atividade física, apenas”, explica Márcia.
 
Se a pressão aumentar enquanto houver o consumo de sibutramina, é possível tomar um remédio para hipertensão e manter o tratamento com a droga emagrecedora?
O especialista Walmir Coutinho diz que o critério médico deve ser levado em conta nesta decisão. "Se a pessoa tiver pressão alta, mas ela estiver controlada, poderá consumir medicamentos com a substância", explica.
 
A pessoa que já tomou o remédio alguma vez, parou e agora quer voltar ao tratamento pode utilizar normalmente a substância?
Sim, de acordo com a especialista. No entanto, os efeitos podem não ser os mesmos do primeiro período de tratamento. “Não é todo mundo que responde ao remédio de forma igual. Se não ocorrer emagrecimento, é melhor suspender a sibutramina", disse Márcia.
 
 
Quem parar de usar a sibutramina pode engordar o dobro do peso que perdeu?
Não. Segundo o endocrinologista Walmir Coutinho, qualquer tratamento feito para emagrecer, quando é interrompido, pode proporcionar o ganho de peso. “A questão de engordar o dobro que emagreceu pode ocorrer quando há interrupção do tratamento de fórmulas com hormônios de tireoide. Tal fenômeno é chamado de 'efeito rebote'."
 
Bem Estar / G1

Cientistas desenvolvem exame para detectar câncer em 1 hora usando vermes

A multinacional japonesa Hitachi e a Universidade de Kyushu desenvolverão um novo exame de baixo custo para detectar o câncer em uma hora a partir da reação apresentada por um tipo específico de verme ao entrar em contato com a urina dos pacientes
 
A partir de um estudo, ambas as entidades determinaram que este tipo específico de nematóide de reduzido tamanho (tem um comprimento aproximado de 1 milímetro) se sente atraído pelo cheiro da urina dos pacientes que desenvolveram a doença, segundo detalhou nesta sexta-feira o jornal econômico "Nikkei".
 
A pesquisa que foi realizada com cerca de 300 pessoas obteve resultados precisos em mais de 90% dos casos.
 
Com o apoio dos pesquisadores da universidade japonesa, Hitachi espera poder comercializar para 2018 um dispositivo que seja capaz de medir a reação de um grupo destes vermes e sirva para detectar um câncer em sua fase inicial.
 
A máquina examinaria os movimentos de uma centena de nematóides ao ser expostos à urina de um paciente empregando as tecnologias de macrodados da Hitachi para a análise das imagens.
 
Cada exame levaria apenas uma hora e teria um custo aproximado de 100 ienes (US$ 0,84). O projeto tem baixo custo, em parte, porque este tipo de verme é encontrado facilmente na terra e, além disso, é fácil de criar, segundo explicaram ao jornal representantes da Hitachi.
 
Estes também indicaram que o dispositivo não seria capaz de detectar os diferentes tipos de câncer, por isso que caso o resultado do teste seja positivo, seriam precisos novos exames convencionais adicionais.
 
O plano da empresa, uma das mais importantes no setor médico no Japão, passa por lançar primeiro o dispositivo no país asiático e depois em outros mercados.

EFE / Terra

Anvisa interdita insumos e medicamentos da Uquifa

A Anvisa determinou nesta sexta-feira (13/2) a suspensão de todos os insumos farmacêuticos da empresa Uquifa México S.A de C.V, localizada  em Jiutepec, México
 
A medida inclui ainda a suspensão da importação de qualquer medicamento que contenha insumos farmacêuticos deste fabricante.
 
A medida foi adotada em virtude da reprovação da Uquifa na inspeção de Boas Práticas de Fabricação.
 
ANVISA

‘Chapéu anticâncer’ poderá dar esperança a pacientes com tumores cerebrais

Reprodução
Dispositivo NovoTTF-100A promete ajudar a livrar da doença enquanto o indivíduo faz outras atividades
 
Rio - Um dispositivo apelidado entre os pesquisadores de “chapéu anticâncer” promete ser uma alternativa para pacientes com tumores cerebrais. As primeiras experiências com o NovoTTF-100A, como é chamado, apontaram que o dispositivo pode aumentar em até 50% as chances de os pacientes sobreviverem por dois anos.
 
O dispositivo está em desenvolvimento há 14 anos e consiste num chapéu branco que cobre o crânio e é ligado a uma mochila com bateria. Essa parafernalha impede que as células cancerosas se dividam através da emissão de um campo elétrico para o cérebro. Entre especialistas, a novidade tem sido aclamada como um novo e eficaz tratamento para o câncer que não requer altas doses de produtos químicos, radiação ou cirurgia.
 
O fabricante NovoCure afirmou que o produto poderá ajudar o paciente a vencer o câncer enquanto estiver ocupado em outras atividades, como fazer compras ou lavar a louça.
 
Desenvolvido exclusivamente para tratar a forma mais comum de câncer no cérebro adulto, o glioblastoma, o dispositivo é feito para uma doença com um prognóstico muito ruim: a esperança média de vida é de apenas 14 meses após o diagnóstico, mesmo com quimioterapia e radioterapia.
 
Dos 315 pacientes com glioblastoma que participaram de testes recentes no Reino Unido — os quais também foram submetidos a quimioterapia — 43% que estavam usando o dispositivo estavam vivos dois anos depois, em comparação com 29% que não estavam. Tumores de glioblastoma removidos também levaram mais tempo para voltar a crescer: 7,1 meses em comparação com quatro meses.
 
Quatro dos 20 pacientes com glioblastoma que inicialmente experimentaram uma versão do aparelho ainda estão vivos.
 
O preço, no entanto, ainda não é muito atraente: por mês, o chapéu com o suporte adicional custa em torno de R$ 74.120 (£ 17 mil).
 
O Globo

Sociedade Brasileira de Ortopedia lança campanha para reforçar importância do uso do cinto de segurança

Segundo a entidade, 41% das mortes no trânsito têm relação com falta do dispositivo
 
Pular, dançar e se jogar na folia estão na ordem dos próximos dias, mas na hora de ir para a festa ou voltar para casa, não vale deixar de lado um dos princípios básicos do trânsito: o cinto de segurança.
 
A Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia em Minas Gerais (Sbot-MG) lançou, na Praça da Liberdade, em Belo Horizonte, a campanha Carnaval sem traumas, para chamar a atenção dos foliões sobre a importância do uso do equipamento. Médicos estarão de manhã no local para distribuir folhetos educativos e dar orientações. Dados da entidade revelam que a cada 100 mortes, 41 estão relacionadas ao não uso do cinto.
 
O presidente da sociedade de ortopedia no estado, Carlos César Vassalo, lembra que a falta do dispositivo de segurança acomete, principalmente, passageiros sentados no banco traseiro dos veículos. Num acidente, eles deixam de ser vítimas para se tornar uma arma em potencial contra os outros ocupantes do carro, na medida em que podem ser projetados, de forma violenta, contra quem está no assento da frente.

Ele lembra que quando um carro se choca com outro, mesmo estando a velocidade reduzida, de 50 quilômetros por hora, por exemplo, um adulto de 60 quilos sentado sem cinto no banco de trás é lançado contra o passageiro da frente com tanta força que o impacto corresponde a mais de 1 mil quilos – o peso de um hipopótamo pequeno.
 
No caso de uma criança de 20 kg sem cinto, o impacto que seu corpo causa contra o motorista é de 300 kg. Se a criança sobreviver, certamente terá sequelas. “O grande responsável por administrar o cinto, tanto para passageiros sentados na frente quanto atrás do veículo, é o motorista”, ressalta Vassalo.

Num acidente, o cinto pode ainda evitar trauma craniocefálico, que leva à perda momentânea da memória e, em casos graves, como a queda do veículo num rio ou diante de incêndio, impedem a vítima de sair do automóvel, já que ela fica desacordada. Em outra situação, a de um capotamento, tem efeito contrário, ao prender o passageiro ou motorista e evitar que ele seja lançado para fora.
 
Se ejetado, as chances de morte aumentam em cinco vezes. Lesões causadas pela soma de velocidade, aceleração e impacto provocam, geralmente, fraturas nos ossos longos, como fêmur e úmero, e ferimentos torácicos graves que, muitas vezes, levam à fratura de costelas, cujos fragmentos podem perfurar órgãos vitais – entre eles, fígado e pulmão.

Vassalo destaca ainda que, no caso de crianças, o uso da cadeirinha é indispensável e uma obrigação dos adultos. Para meninos com peso inferior a 10 quilos, deve-se pôr o bebê conforto na posição invertida (contrária à marcha do veículo). Acima desse peso, o indicado é a cadeira com cinto de três pontos. “Queremos na campanha que o motorista tenha responsabilidade como um comandante de voo, ao conferir se todos estão com o cinto, que deve ser posto na garagem, antes de ligar o carro. Além disso, é importante que os condutores estejam sempre atentos, não se distraiam ao volante nem ingiram bebida alcoólica.”

Distração
Levantamento da Sbot no Rio de Janeiro, onde foram pesquisados 5.728 veículos, e em São Paulo, onde a amostra foi de 5.082 automóveis, mostrou variação apenas na quantidade de motoristas que usavam o cinto. Entre os cariocas, o índice foi de 87% e entre os paulistanos, 96,5%. Outra pesquisa, nas mesmas cidades, revelou que, dos pedestres, 89% andam com celular, 66% confirmam que não param de usar o aparelho mesmo ao atravessar a rua e 74% costumam atravessar fora da faixa.
 
Entre as causas de distração do motorista, que acabam em acidentes, 30% dos condutores entrevistados dizem que comem ou tomam água ou refrigerante enquanto dirigem, 43% deixam de olhar a rua enquanto trocam um CD ou a estação do rádio, 53% se distraem ao conversar com passageiros e um total de 84% confessam que dirigem falando ao celular.

Estado de Minas

Queda na produção de testosterona acomete homens a partir dos 40

Conhecida popularmente e de forma equivocada como andropausa, deficiência androgênica de envelhecimento masculino que assombra homens tem tratamento
 
Disfunção sexual, perda da libido e de massa muscular assombram alguns homens. O motivo por trás desses sintomas pode ser a deficiência androgênica de envelhecimento masculino (DAEM), enfermidade caracterizada pela redução na produção da testosterona, que pode acometê-los a partir dos 40 anos.
 
O problema é identificado por muitas pessoas como andropausa e, segundo os médicos, equivocadamente. De acordo com Antonio Peixoto de Lucena Cunha, presidente da Sociedade Brasileira de Urologia, Regional Minas (SBU-MG), andropausa faz referência à menopausa, mas trata-se de processos distintos e que não se equivalem.
 
Diferentemente da mulher, o homem mantém a fertilidade por toda a vida. Todas elas passam pela menopausa, mas apenas 4% deles enfrentarão a DAEM. As mulheres passam pela puberdade, quando são desenvolvidas as características femininas e todas as condições para a produção de óvulos ao longo da vida, mas, por volta dos 50 anos, há uma interrupção total na produção de hormônios.

Já os homens, ao passar pela puberdade podem, eventualmente, ter uma redução hormonal, mas continuam produzindo as células sexuais por toda a vida. “Andropausa está incorreto, porque, diferentemente da mulher, a função testicular não cessa. Os testículos têm função de produção de espermatozoides e hormonal. O que ocorre na DAEM é a diminuição da produção hormonal, mas continua a produzir os gametas. No caso do homem, portanto, não existe um momento específico comparável à menopausa, na qual a mulher deixa de menstruar e perde sua capacidade de reprodução. DAEM não determina o fim da fertilidade”, afirma o médico Francisco de Assis Teixeira Guerra.
 
Devido a essa queda hormonal, os homens poderão sofrer com disfunção sexual, perda de pelo, diminuição da libido, aumento da circunferência abdominal, alterações do humor, com maior irritabilidade e déficit de atenção. O coordenador do Departamento de Andrologia da SBU, Eduardo Bertero, diz que, muitas vezes, a DAEM não é diagnosticada, porque os sintomas se confundem com outras doenças. Podem ser resultados de uma crise de estresse e até mesmo de uma depressão. “É preciso que o homem fique atento, pois pode ser uma redução na produção de hormônios”, alerta Bertero.

O diagnóstico e a orquestra
O diagnóstico pode começar a ser feito em uma consulta clínica, mas é preciso fazer um exame laboratorial para confirmar a redução hormonal. Francisco de Assis ressalta que a testosterona é o principal e mais importante dos hormônios sexuais masculinos. É produzida nos testículos (95%) e glândulas adrenais (5%). A produção varia no decorrer do dia e pode ser até 30% maior nas primeiras horas da manhã e menor entre as 18h e as 20h.
 
A testosterona é o hormônio masculino responsável pelas características sexuais masculinas, fertilidade e desempenho sexual. Também atua no metabolismo, sendo fundamental para a formação da massa muscular. Como age nas emoções, o excesso está associado à maior agressividade.
 
“A testosterona atua como um maestro que rege uma orquestra que, sob a sua batuta, se harmonizam as funções cardiovascular, cerebral, muscular, sexual, óssea, entre outras”, diz o urologista Antônio de Moraes Jr.

A partir dos 40 anos, é indicado que o homem procure se consultar com um urologista para um check-up. A consulta ao especialista poderá ajudar tanto a identificar a deficiência hormonal como apontar outros problemas que os acometem a partir dessa faixa etária, a exemplo do câncer de próstata. A DAEM deve ser lembrada na anamnese. É importante que os médicos fiquem atentos aos sintomas, sob o risco de passarem despercebidos ou ser interpretados como de outra origem.
 
Tratamento via reposição hormonal
O tratamento da deficiência androgênica de envelhecimento masculino (DAEM) se dá por meio da reposição hormonal, que pode ser de longa duração, administrada por via intramuscular, e a testosterona, de aplicação diária, por via transdérmica (gel ou solução).

São vários os medicamentos disponíveis no mercado para tratar a doença. Há injeções que têm que ser aplicadas por toda a vida no intervalo de 21 dias entre as doses. Outras podem ocorrer de três em três meses. “É um tratamento de sucesso no mundo todo”, diz o coordenador do Departamento de Andrologia da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), Eduardo Bertero.
 
 
Também há tratamento de uso tópico. O androgel é aplicado no abdômen e pode ser absorvido pela pele. Ainda há um medicamento de solução alcoólica, aplicado embaixo do braço como um desodorante.

Há uma preocupação de quem faz a reposição hormonal se o tratamento pode resultar em câncer de próstata. Segundo médicos, a reposição hormonal não aumenta a incidência de câncer de próstata, mas só deve ser iniciada depois de avaliação urológica. “Os estudos demonstram que não favorece o crescimento de câncer de próstata no homem de forma em geral”, afirma Bertero.


De acordo com o médico Francisco de Assis Teixeira Guerra, os homens tratados com sucesso para câncer de próstata e com indicação de reposição de testosterona podem se submeter ao tratamento após um prudente intervalo de observação e se não houver evidência clínica e laboratorial de recidiva do câncer.

Estado de Minas

Para evitar que a dengue se espalhe, confira um guia sobre a doença

Foto: Rafaela Martins / Agencia RBS
Infestação do aedes aegypti está em nível de médio risco em Porto Alegre, mas prefeitura pede cuidado para quem deixou o Estado no Carnaval

Em meio à epidemia de dengue em São Paulo e o crescimento de casos confirmados em Santa Catarina, é preciso ter cuidado para não se tornar alvo da doença. Cidades paulistas como Catanduva e Sorocaba já registram milhares de infectados, enquanto em Itajaí, principal foco do surto catarinense, contabiliza dezenas de vítimas. Nesta época em que muitas pessoas viajam aumenta a necessidade de prevenção e atenção aos sintomas da doença.

Segundo a Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde, dois casos de dengue foram confirmados em Porto Alegre, em janeiro, entre pessoas que viajaram para fora da cidade: um contraído em Goiânia (GO) e outro em Lorena (SP). A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) emitiu um alerta para aqueles que deixaram o Rio Grande do Sul no feriado de Carnaval, recomendando cuidado com a transmissão da dengue.

Na Capital, a infestação do mosquito que transmite a dengue, o aedes aegypti, está em um nível considerado de médio risco. Em todo o Brasil, porém, tem sido registrados mais casos do que em 2014: houve um aumento de 57,2% dos casos notificados no mês de janeiro em relação ao mesmo período do ano passado, conforme balanço do Ministério da Saúde.
 
Prevenção para evitar que a doença se espalhe Dados compilados pela Vigilância em Saúde de Porto Alegre indicam que 75% dos criadouros dos mosquitos estão em imóveis residenciais. Para evitar que a dengue vire uma epidemia também no Estado, a orientação é simples: eliminar os possíveis focos do mosquito — um trabalho que não leva mais de 10 minutos por semana. Como não existe vacina contra a dengue, as medidas se tornam ainda mais importantes.
 
Para acompanhar a presença do mosquito, foram instaladas 714 armadilhas de monitoramento em 22 bairros da Capital, que enviam dados para um mapa onde é possível acompanhar as regiões com maior incidência do aedes aegypti.
 
 

Zero Hora

Saiba os benefícios do contato com os pais na hora do banho dos bebês

Foto: Lauro Alves / Agencia RBS
Johnson & Johnson divulgou o resultado de um estudo sobre esse instante da rotina diária
 
Um bom banho é a receita de muita gente para relaxar depois de um dia de trabalho. Para quem tem filhos pequenos, um bom banho no bebê pode ser uma excelente oportunidade de interação familiar e de reforço ao desenvolvimento multissensorial das crianças.
 
No começo deste mês, a Johnson & Johnson divulgou o resultado de uma pesquisa sobre esse delicioso momento da rotina diária e seus benefícios além da higiene do corpo. Entre as vantagens apontadas pelo estudo — feito com pais de Brasil, Estados Unidos, Reino Unido, Arábia Saudita, Índia, China e Filipinas —, estão melhor desenvolvimento cognitivo, o aumento da atenção e a criação de memórias permanentes.
 
— Não é que o banho seja mais importante do que outra atividade da rotina do bebê, mas é nele que você tem mais o contato visual, a memória pelo cheiro, o toque... Muitas mães adoram cantar para os filhos no banho. Vira uma grande brincadeira — diz a pediatra Sabrina Battistella.
 
Interação e reforço nos vínculos afetivos entre pais e filhos
Pela pesquisa, os pais brasileiros despontam como os que mais valorizam a hora do banho e acreditam que ele reforça vínculos. Mesmo sem saber uma linha sobre o estudo, intuitivamente a recepcionista Paula Gontan, 33 anos, sempre deu o devido valor à hora do banho da filha Olívia Mattos Bordignon Gontan, cinco meses. Como trabalha fora o dia inteiro, Paula aproveita esse momento para explorar ao máximo a relação com a filha.
 
— É quando ficamos mais próximas. Por causa do trabalho, não passo tanto tempo com ela como eu gostaria. Fora que ela experimenta varias sensações. Descobriu que tinha pés durante um banho — conta.
 
Segundo a doula (profissional que acompanha a gestante antes, durante ou após o parto) Camila Rosa, o banho amplia a conexão entre pais e filhos. A receita para relaxar pode ser aprimorada em família. Paula já descobriu os benefícios:
 
— É um momento só nosso em que ela me transmite a calma, a alegria e a inocência que eu preciso depois de um dia inteiro longe dela.
 
Curiosidades reveladas na pesquisa
— O Brasil tem a maior média de banhos das crianças entre todos os países pesquisados, com 10 banhos por semana. A China tem o menor índice, apenas quatro por semana.
 
— Entre os pais pesquisados, os brasileiros são os que têm maior chance de considerar o primeiro banho dos filhos um evento memorável (60%), em comparação com a média global (45%).
 
— 35% dos pais brasileiros dão mais de 14 banhos semanais em seus bebês.
 
— O tempo de banho no Reino Unido é o mais longo, com uma média de 26 minutos. No Brasil, esse período é de 21 minutos.
 
— Os pais brasileiros são os que têm maior probabilidade de recorrer ao banho para tentar acalmar seus filhos. O resultado do país é de 46%, contra 25% dos outros.
 
— 58% dos pais brasileiros acreditam que dispositivos eletrônicos, como celulares e tablets, frequentemente tiram sua atenção dos filhos.
 
— A pesquisa mostrou que para diversos pais o banho é um evento familiar, e 25% dos entrevistados disseram que a tarefa de dar banho é uma responsabilidade conjunta dos pais.
 
Destaques das regiões brasileiras:
— Mesmo dentro do Brasil, os resultados variam de acordo com a região. Conheça mais algumas particularidades identificadas pela pesquisa que entrevistou 484 pais de diferentes regiões do país.
 
— 93% dos pais do Sudeste acreditam que o banho é uma boa oportunidade para estimular os sentidos do bebê.
 
— 63% dos pais de São Paulo dizem que raramente ou nunca usam dispositivos eletrônicos durante o banho.
 
— 97% dos pais no Sul acham que dar banho é muito mais do que apenas deixar os filhos limpos.
 
— 90% dos pais do Norte e Nordeste concordam que os efeitos sensoriais do banho, como cheiro do bebê, persistem por bastante tempo.
 
— 58% dos pais do Sudeste, Norte e Nordeste dizem que o cheiro de seus bebês depois do banho é o melhor do mundo.

Zero Hora

Saiba como se prevenir da osteoporose

Exercícios físicos, alimentação adequada e exposição ao sol são parte da receita
 
A fórmula é conhecida e continua sendo a mais eficaz: exercícios físicos, consumo de cálcio e exposição adequada ao sol são vitais em todas as fases da vida para garantir ossos fortes.
 
— O leite e seus derivados são as principais fontes de cálcio para o organismo. Pessoas que não consomem esses produtos, seja por intolerância à lactose ou hábitos alimentares, correm mais riscos de desenvolver osteoporose — explica a nutricionista Elaine Adorne.
 
Conforme a especialista, aqueles que não consomem leite e derivados devem buscar outros alimentos também ricos em cálcio, como tofu, brócolis, sardinha e espinafre, para garantir a adequada absorção do nutriente. Mas o leite deve ser priorizado sempre que possível.
 
— A disponibilidade de cálcio nos derivados do leite é sempre maior. Enquanto 100 gramas de espinafre têm 100 miligramas de cálcio, um copo da bebida pode ter mais de 300 miligramas do nutriente — exemplifica.
 
Mas a ingestão de leite como garantia de ossos mais fortes na fase adulta não é consenso entre os especialistas. Segundo o nutricionista funcional e farmacêutico bioquímico Gabriel de Carvalho, a bebida auxilia na formação óssea na infância, mas tem menor efeito posteriormente.
 
— Na vida adulta, os estímulos para a formação de ossos são muito pequenos. Não adianta consumir um grande volume de cálcio se os estímulos para a síntese óssea não forem proporcionais, como a prática regular de atividade física, a presença de determinados hormônios e outros fatores nutricionais, como as vitaminas D e K — afirma Carvalho.
 
E também é preciso garantir que o cálcio seja fixado no corpo. Nesse momento entra em ação a vitamina D. Ela só é ativada no organismo por meio da luz solar e, por isso, recomendam-se em torno de 15 minutos de exposição diariamente, mantendo os cuidados com a saúde da pele.
 
Como se prevenir
A tão conhecida dupla alimentação adequada e exercícios físicos também atua quando o assunto é osteoporose. Conheça as principais indicações dos especialistas
 
Alimentação
 
Prefira
— Alimentos ricos em vitamina D: peixes como salmão, atum e sardinha, óleo de fígado de bacalhau, fígado de galinha e manteiga.
 
— Alimentos ricos em cálcio: leite e derivados (queijo, coalhada, iogurte), ovo, brócolis, couve, couve-flor, soja, amêndoas e sardinha
 
— Alimentos ricos em fitoestrógeno (que exercem funções semelhantes às do hormônio feminino estrogênio): proteína de soja, amêndoas, castanha de caju, castanha-do-pará, nozes, repolho, brócolis, couve-flor, rabanete e leguminosas
 
Evite
— Excesso de proteínas
 
— Sal
 
— Bebidas alcoólicas
 
— Alimentos ricos em cafeína como café, chá mate, chá preto e refrigerantes
 
Atividades físicas
— Os esportes mais indicados para a produção contínua de massa óssea são aqueles que provocam grande tensão muscular. A musculação, portanto, é considerada a atividade ideal para prevenir a osteoporose
 
— Caminhar, andar de bicicleta, nadar e correr também são indicados para manter o tônus muscular e evitar a doença
 
— Procure exercitar-se pelo menos de três a quatro vezes por semana
 
Outras recomendações
— A osteoporose é uma doença silenciosa, e o primeiro sintoma pode aparecer já em fase avançada, com a fratura espontânea do osso enfraquecido
 
— A partir da menopausa, é recomendado que as mulheres realizem o exame de densitometria óssea, que avalia a densidade dos ossos e músculos do corpo e pode identificar se está ocorrendo perda
 
— Quando há o diagnóstico de osteoporose, o exame deve ser repetido a cada dois anos
 
— Entre os homens, recomenda-se realizar a densitometria óssea a partir dos 70 anos
 
Zero Hora

Uso de suplementos de cálcio para amenizar efeitos da osteoporose ainda é controverso

Efeitos colaterais das pílulas podem ser prejudiciais
 
Para controlar a perda de massa óssea, a aposentada Clarisse Motta teve de mudar os hábitos alimentares e, por recomendação médica, passou a tomar suplementos de cálcio e vitamina D. Ainda que apresente resultados satisfatórios para alguns pacientes, a suplementação de cálcio é um tema controverso entre especialistas.
 
Enquanto alguns estudos indicam os benefícios das pílulas, outros apontam que os efeitos colaterais podem ser piores que a enfermidade que combatem, incluindo o aumento do risco de ataque cardíaco e morte por doenças cardiovasculares.
 
Para a nutricionista Elaine Adorne, coordenadora de Nutrição do Hospital São Lucas da PUCRS, a falta de estudos que determinem as doses e os períodos exatos em que os suplementos devem ser administrados é um dos principais fatores que tornam o uso controverso.
 
— A suplementação deve ser realizada de forma individualizada, observando-se as características e necessidades de cada paciente, que precisa ser acompanhado rigorosamente por um profissional. Superdoses de vitamina D, por exemplo, podem levar a complicações, como a formação de cálculo renal — explica.
 
Já o reumatologista Odirlei Monticielo defende que a suplementação de vitamina D e de cálcio deve ser recomendada.
 
— Há embasamento científico extenso comprovando que cálcio e vitamina D são eficazes em pessoas com osteoporose. Indico sempre que o cálcio seja obtido por meio da dieta, mas, quando o paciente não consegue ingerir a quantidade adequada, oriento a suplementação — resume.
 
O que é consenso entre os especialistas é que a mais segura e, provavelmente, mais eficaz fonte de cálcio para manter os ossos fortes ainda é a alimentação.

Zero Hora

Saiba por que você precisa se prevenir da osteoporose antes dos 30 anos

Doença é conhecida por se manifestar entre os mais velhos, mas é na juventude que as principais medidas para evitá-la devem ser tomadas
 
Ao menos uma vez ao ano, em torno de 30% dos idosos sofrem fraturas decorrentes de uma queda, segundo o Ministério da Saúde. Em muitos casos, apenas movimentos leves já são capazes de quebrar os ossos mais frágeis.

Uma das principais causas desse problema é a osteoporose — doença caracterizada pela perda de massa óssea e pela deterioração esquelética, que afeta cerca de 10 milhões de pessoas no país.

O prognóstico para os próximos anos não é nada animador: de acordo com a Fundação Internacional de Osteoporose, a incidência deve crescer 32% até 2050 em todo o mundo. Para que essa previsão não se confirme, é preciso que homens e mulheres invistam em prevenção ainda na juventude.
 
Normalmente associada à velhice, a doença tem trazido à tona a importância de adotar hábitos saudáveis desde os primeiros anos de vida. Conforme o reumatologista Marco Rocha Loures, coordenador do Comitê de Doenças Osteometabólicas e Osteoporose da Sociedade Brasileira de Reumatologia, o pico de massa óssea acontece até os 30 anos. Garantir uma boa saúde dos ossos durante esse período é fundamental. Daí em diante, esse tecido vai, gradativamente, perdendo sua densidade.
 
— O metabolismo de formação óssea acontece desde o útero materno. Para a boa saúde dos ossos do bebê, a mãe tem de ingerir muita proteína, vitamina e cálcio durante a gestação, e a alimentação da criança deve ser rica nesses nutrientes, principalmente na puberdade. Além disso, a prática de atividades físicas deve ser estimulada desde cedo, já que ajuda a melhorar a formação de massa óssea e estimula a absorção de cálcio pelo organismo — explica.
 
Sedentarismo aumenta os riscos
Um estudo apresentado no Congresso Mundial de Osteoporose, Osteoartrite e Doenças Musculoesqueléticas, em 2014, na Espanha, apontou que, quanto mais tempo meninos dedicam à TV ou ao computador no fim de semana, menor o seu desenvolvimento ósseo e maior a predisposição à osteoporose no futuro.

Segundo os pesquisadores, o sedentarismo dos participantes do estudo pode ter impacto sobre a sua baixa densidade óssea. Sabe-se que a atividade física estimula a formação e melhora a densidade mineral do esqueleto. Além disso, os exercícios aumentam a resistência dos ossos e ajudam o tônus muscular, contribuindo para a prevenção de quedas — e, consequentemente, diminuindo o risco de fraturas.
 
— Deve existir um balanço entre o que você formou de massa óssea e o que será perdido, reabsorvido, na idade adulta. Esse balanço é fortemente influenciado pela genética e por fatores ambientais, como o estilo de vida.

Assim, para evitar a osteoporose, é preciso começar a se prevenir cedo — alerta o reumatologista Odirlei Monticielo, médico do Hospital de Clínicas de Porto Alegre e professor da UFRGS.

Zero Hora

Maconha mais potente triplica risco de psicose, diz estudo

Pesquisadores relacionaram frequência de uso e tipo de maconha a risco maior de psicose
BBC: Pesquisadores relacionaram frequência de uso e tipo
de maconha a risco maior de psicose
Estudo britânico sugere que risco está associado ao tipo de maconha consumido e a frequência do consumo
 
O uso de 'skunk' - um tipo de maconha mais forte - triplica o risco de psicose, segundo estudo de uma universidade britânica.
 
Cientistas do Instituto de Psiquiatria, Psicologia e Neurociência do King's College de Londres apontaram também que o risco de psicose é cinco vezes maior entre usuários diários de maconha do que entre pessoas que não consomem a droga.
 
Por outro lado, o uso de haxixe, uma forma mais branda da maconha, não aumenta o risco de psicose, disse o estudo, que acompanhou 780 pessoas.
 
A psicose refere-se a delírios ou alucinações que podem estar presentes em certas condições psiquiátricas, como esquizofrenia e transtorno bipolar.
 
"Em comparação com aqueles que nunca tinham experimentado maconha, usuários de maconha do tipo 'skunk', mais potente, tiveram um risco três vezes maior de psicose", disse Marta Di Forti, coordenadora da pesquisa.
 
"O risco de psicose em usuários de maconha depende da frequência do uso e da potência da droga."
 
O 'skunk' contém mais THC (tetrahidrocanabinol) do que outras variações da cannabis, principal ingrediente psicoativo da maconha. Já o haxixe contém quantidades substanciais de outro produto químico chamado canabidiol, ou CBD.
 
Pesquisas sugerem que o CBD pode agir como um antídoto para o THC, contra-atacando os efeitos colaterais psicóticos.

'Salvando usuários'
 Robin Murray, professor de pesquisa psiquiátrica do King's College, disse que "o trabalho sugere que poderíamos evitar quase um quarto dos casos de psicose se ninguém fumasse cannabis de alta potência".
 
"Isso pode salvar pacientes jovens e economizar dinheiro do sistema de saúde."
 
Marta Di Forti pediu que seja adotada uma "clara mensagem pública" sobre os riscos da maconha mais forte. Ela também sugeriu que os médicos perguntem aos seus pacientes sobre seus hábitos de uso da droga, como já acontece no caso do álcool e tabaco.
 
A pesquisa foi realizada ao longo de vários anos e comparou 410 pacientes com idades entre 18 e 65 anos, que relataram um primeiro episódio de psicose num hospital psiquiátrico do sul de Londres, com 370 participantes saudáveis na mesma faixa etária e da mesma área de Londres. O relatório será divulgado nesta semana na publicação científica The Lancet Psychiatry.
 
BBC Brasil / iG