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segunda-feira, 11 de maio de 2015

Crianças que convivem com jogos e programas violentos se expõem mais a situações de risco

Adultos devem acompanhar as crianças
Para especialista, pais devem mediar o acesso dos filhos a conteúdos que contenham violência
 
Quem tem filhos pequenos sabe que, depois de uma certa idade, fica difícil controlar a curiosidade deles por assistir desenhos menos lúdicos e um pouco mais, digamos, brutos. É neste momento que pais e mães ficam confusos sobre se devem ou não ceder aos desejos e permitir que meninos e meninas passem dos bichinhos fofinhos direto para os super-heróis, bombas e explosões. Afinal, será que isso faz mal ao cérebro deles?
 
Para os pais que estão preocupados, os especialistas dão uma boa e uma má notícia. A boa é que eles sabem que o contato com conteúdo violento é praticamente inevitável, e que, mais cedo ou mais tarde, todas as crianças acabarão sendo expostas a ele.
 
A má, no entanto, é que, se esta exposição não for mediada por um adulto, ela pode se tornar perigosa aos pequenos, que acabarão entendendo o comportamento violento como algo aceitável, como explica Renato Zamora Flores, do departamento de genética da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
 
— Se eu aprendi em casa que porrada é natural, então continuarei a minha vida pensando dessa maneira. Quanto mais uma criança está exposta a um meio violento, mais ela se expõe a situações de risco.
 
Isso acontece também porque, de acordo com o professor, ao ver as lutas dos personagens na TV, as crianças entendem que apanhar até deve ser ruim, mas que ganhar uma briga pode ser bem legal.
 
Especialmente no caso de meninos e meninas que sofrem ou já sofreram bullying na escola, por exemplo.
 
— Ver alguém sendo machucado dá prazer porque aquela pessoa não sou eu. E, se eu já fui vítima de alguma violência na vida, certamente me sentirei vingado.
 
Portanto, a recomendação de Flores é a de sempre cercar os filhos da maior quantidade de suporte possível na hora de oferecer a eles acesso a este tipo de conteúdo.
 
— O adulto tem que saber explicar para a criança o que é aquela violência que ele está vendo, mesmo que seja a violência socialmente aceita.  Ela tem que entender que aquilo ali não é uma representação da realidade.

R7

“Terceirização é alternativa perante crescimento da demanda”

É importante que o país tenha uma legislação que esteja alinhada com as tendências do mundo. Um exemplo recente foi a aprovação do projeto de lei (PL 4330) que regulamenta a terceirização no Brasil
 
A Câmara dos Deputados deu claros sinais de que está alinhada com as necessidades do país e com as tendências da economia na atualidade. Para as empresas do setor saúde, a regulamentação traz segurança jurídica e permite vislumbrar a ampliação da oferta de serviços à população.
 
Não é nenhuma novidade falar que, nos últimos anos, houve um crescimento no número de empresas terceirizadas, porém, justamente devido à lacuna legislativa algumas não se pautaram pela qualidade e respeito aos direitos dos trabalhadores. A ausência de normas permitiu a permanência de más empresas no mercado, o que resultou na visão distorcida que parte da sociedade ainda tem sobre o tema.
 
Felizmente, a expectativa é de que o PL vá à frente, sendo aprovado pelo Senado e sancionado pela presidente. Com isso, devemos ver um processo que irá profissionalizar a terceirização e valorizar aquelas empresas comprometidas com o cumprimento da lei. Para setores como a saúde, a terceirização é uma alternativa que a iniciativa privada tem para poder atender ao crescimento da demanda. Hospitais, clínicas e laboratórios fazem parte de um segmento que oferece serviços com alto grau de especialização, o que exige a presença de profissionais tão especializados.
 
Entretanto, boa parte dos médicos desempenham diversas funções, como a carreira acadêmica e o atendimento em clínicas, o que impede muitas vezes a existência de um contrato de trabalho com subordinação e horário estabelecidos, por exemplo, por um hospital que precise da especialidade do profissional. Situação que se agrava ainda mais devido a atual falta médicos em diversas especialidades. Para a população, isso significa filas e espera em atendimentos. No caso dos profissionais, ficam impossibilitados de trabalhar em horários ociosos.
 
O desenvolvimento social e econômico do país passa necessariamente pela atualização de sua legislação, pela aprovação de normas que regulamentem práticas que estão presentes nos países mais desenvolvidos. Infelizmente, alguns ainda insistem em distorcer esse debate ao sugerir que mudanças nas relações de trabalho impliquem na redução de direitos dos trabalhadores. Aqueles que avaliarem detalhadamente o PL 4330 vão perceber que o texto, na verdade, garante direitos que antes não eram previstos pela falta de regulamentação.
 
Creio que essa deva ser a preocupação da sociedade brasileira. Devemos buscar modernização de nossa legislação para que contemple práticas que são realizadas, mas que não estão normatizadas. E é justamente a falta de regras que traz incertezas para os trabalhadores e empresários. Para as empresas, falta de clareza na legislação impede investimentos e criação de empregos. Na saúde, especificamente, esperamos que a atuação da Câmara na terceirização também se repita em questões como a jornada de 12×36 e o trabalho aos domingos e feriados. São situações que influenciam na possibilidade de gerar mais empregos e de melhorar o atendimento à população.
 
*Artigo exclusivo de Tércio Egon Kasten é presidente da Confederação Nacional de Saúde
 
Saúde Web

Antialérgico ou hipoalergênico? Quais as diferenças?

Explicar aos clientes as diferenças entre os dois tipos de produto é fundamental...
 
É comum, no momento da compra, o cliente pedir um produto antialérgico. Porém, muitas pessoas não sabem exatamente a diferença entre antialérgicos e hipoalergênicos. Explicar aos clientes as diferenças entre os dois tipos de produto é fundamental.
 
Antialérgicos são produtos – podem ser cremes, pomadas, comprimidos ou até injeções –, que combatem a alergia já estabelecida. Eles só devem ser utilizados se o corpo apresentar reações adversas, como vermelhidões ou coceiras na pele.
 
Já os hipoalergênicos são indicados para prevenir esses sintomas. São produtos livres de substâncias alergênicas que ajudam a evitar o aparecimento das irritações. Devem ser utilizados por pessoas sensíveis, sensibilizadas ou alérgicas para evitar que os sintomas apareçam.
 
Fonte: Maxpress Net

Pfizer traz ao Brasil tratamento inovador para artrite reumatoide

Acaba de chegar ao Brasil uma nova classe de medicamentos para o tratamento da artrite reumatoide, doença progressiva e com alto potencial incapacitante que afeta cerca de 2 milhões de brasileiros
 
Xeljanz (citrato de tofacitinibe) tem um mecanismo totalmente inovador, pois age dentro das células, inibindo a janus quinase, uma proteína importante nos processos inflamatórios característicos da enfermidade. Além disso, é o primeiro tratamento oral, não biológico, do tipo DMARD (medicamentos modificadores do curso da doença reumática) para a enfermidade dos últimos 10 anos.  
 
Desenvolvido pela Pfizer, Xeljanz é indicado para adultos com artrite reumatoide de moderada a grave, que tiveram intolerância ou não responderam adequadamente aos tratamentos com outros DMARDs, sintéticos ou biológicos. Hoje, estima-se que pelo menos 30% dos pacientes com artrite reumatoide estejam nessa condição. "Xeljanz apresenta o mesmo perfil de eficácia e segurança dos medicamentos biológicos, injetáveis, mas com a comodidade de ser oral – o que contribui para a adesão ao tratamento", afirma Eurico Correia, diretor médico da Pfizer Brasil.
 
Antes de ser aprovado, o medicamento passou por um robusto programa de pesquisa clínica, que envolveu 5.700 pacientes de 40 países. Tomado duas vezes ao dia, o produto demonstrou ser eficaz após falha de DMARDs sintéticos ou biológicos, como monoterapia ou em combinação com outros DMARDs não biológicos. O Brasil foi envolvido em vários desses estudos.
 
Pesquisa traça panorama da doença
A preferência dos pacientes pelo tratamento oral para artrite reumatoide é uma das constatações da pesquisa "Não ignore sua dor: pode ser artrite reumatoide", realizada pelo Instituto Ipsos, a pedido da Pfizer, com 200 pacientes de São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte e Recife. O tratamento oral é preferido pela maioria (51%), enquanto 27% gostam dos injetáveis. Os entrevistados destacam, entre os benefícios da terapia oral, a possibilidade de ser tomada em qualquer lugar (66%), sem ajuda (37%), além de ser obtida mais facilmente (23%). Boa parte dos pacientes também não quer sentir a dor da injeção (37%).
 
O levantamento também destaca a falta de informação sobre a doença. Dos pesquisados, 76% nada sabiam sobre a enfermidade antes do diagnóstico. Os pacientes enfrentam, ainda, dificuldades para a identificação na doença: passam, em média, por 3 médicos até a obtenção do diagnóstico, percorrendo um longo caminho que dura, em média, 2 anos.
 
PR Newswire

Prevenção de acidentes com criança: Queimaduras

Crédito: Lorelyn Medina
Crédito: Lorelyn Medina
O cuidado é fundamental para o ser humano, principalmente nos primeiro anos de vida. Faz parte do desenvolvimento da criança a curiosidade
 
Elas passam a maior parte do tempo explorando o desconhecido, gastando a energia dessa fase da vida para mexer, tirar do lugar, cheirar, tocar e colocar na boca qualquer coisa que desperte sua curiosidade. Os responsáveis pela criança, sejam eles os pais ou cuidadores, devem estar sempre atentos para evitar que esta inquietação natural se transforme em um acidente que coloque em risco a saúde da criança e de sua família. O Sistema Único de Saúde (SUS), no período entre 2013 e 2014, registrou mais de 15 mil casos de internações por queimadura em crianças com idade entre 0 e 10 anos.
 
Medidas simples do dia a dia podem proteger a criança contra queimaduras. Ao cozinhar, por exemplo, o ideal é manter as crianças em outro cômodo sob o cuidado de outro adulto. Dê sempre preferência às bocas da parte de trás do fogão e mantenha o cabo das panelas direcionados para o centro e não para fora. Existe uma trava para impedir que a criança consiga abrir o gás e a porta do fogão que pode ser utilizada. Fósforos, isqueiros e álcool não devem ficar ao alcance delas.
 
Os alimentos e bebidas quentes devem ser provados antes para serem servidos na temperatura adequada e colocados longe de crianças para evitar situações de escaldamento na hora das refeições. Quando as crianças ainda são muito pequenas, pode-se evitar o uso de toalhas de mesa compridas, evitando o risco de crianças puxarem e derrubarem objetos e alimentos quentes. Explicar atentamente o perigo dessas situações para a criança é fundamental para que ela entenda e respeite as normas da casa.
 
As queimaduras também podem ocorrer na hora do banho. A água deve ser testada com o dorso da mão ou com os cotovelos antes da imersão das crianças. Queimaduras por carga elétrica também podem ocorrer, por isso é importante não manusear objetos elétricos no banheiro ou na presença de água. As tomadas devem ser isoladas por protetores, esparadrapo, fita isolante ou serem escondidas por móveis para evitar que os pequenos encostem e recebam uma descarga elétrica.
 
É importante, também, estar atento com o ferro de passar roupas. Nunca deixe o aparelho ligado sem a presença de um adulto e, após utilizá-lo, lembre-se de deixar em um local que a criança não tenha acesso.

O que fazer em casos de queimadura?
Caso ocorra alguma queimadura, é importante saber como agir em cada situação para não agravar o quadro. Se o acidente acontecer em virtude de líquidos, objetos quentes ou por químicos, lave o local atingido com água corrente em abundância, mas não utilize água muito fria ou gelo para evitar o agravamento da lesão ou causar hipotermia. Tire a roupa da criança e a envolva em um pano limpo e umedecido. Se a roupa grudou na pele por causa da queimadura, não tente removê-la. Retire pulseira, anéis, brincos, relógios e qualquer outro objeto que possa machucar a criança. Caso a região afetada apresente iinchaço imediato. Não colocar manteiga, clara de ovo ou misturas caseiras sobre a queimadura. Também não deve-se estourar as bolhas e evitar tocar a área do acidente.
 
Se a queimadura atingir os olhos, lave-os com água corrente e cubra com gaze umedecida. Em queimaduras por eletricidade, desligue a corrente elétrica imediatamente e não toque na pessoa atingida.
 
Em todo caso, a criança deve ser encaminhada ao atendimento de urgência e emergência e passar por avaliação de um profissional de saúde, que indicará o melhor tratamento para cada situação. Em caso de acidente grave, os responsáveis podem entrar em contato com Serviço de Atendimento Móvel - SAMU (192), que tem como finalidade prestar o socorro à população em casos de emergência. Ele funciona 24 horas, todos os dias da semana e a ligação é gratuita.
 
Fonte: Ana Beatriz Magalhaes/ Blog da Saúde

8 dicas para se recuperar bem após o parto

Os cuidados pós-parto normal e cesárea são diferentes e essenciais para garantir uma boa recuperação da mãe
 
No início do mês, a duquesa de Cambridge e mulher do príncipe William, Kate Middleton, deu à luz a pequena princesa Charlotte Elizabeth Diana. Apenas 10 horas depois do parto, o casal deixou o hospital com a filha no colo. Kate parecia estar muito bem, usava até mesmo sapatos de salto. A boa aparência e a saída tão precoce do hospital geraram muitas dúvidas.  
 
Antonio Paulo Stockler, obstetra do Hospital Universitário Antonio Pedro, diz ser importante salientar que Kate Middleton teve parto normal, cuja recuperação é muito mais rápida. “No parto normal não há nenhuma restrição de locomoção, quanto mais cedo andar, menor o risco de trombose”, diz.
 
Normalmente, no Brasil, as mulheres ficam cerca de 48 horas depois do parto no hospital, para se recuperar sob observação médica. “Tanto no parto normal, quanto na cesariana, é necessário esperar o útero contrair para parar o sangramento”, afirma Antonio.
 
Partos, mesmo que normais, mas que apresentaram alguma dificuldade merecem mais atenção. O especialista em ginecologia, obstetrícia e mastologia Maurício Sobral diz que trabalhos de parto longos, com bebês muito grandes ou sangramento excessivo podem precisar de mais tempo de internação. Ele também cita os fatores que contribuem para uma alta precoce: “A boa nutrição da mãe, fazer um pré-natal direitinho e ser bem assistida durante o parto”.
 
Na cesariana, além da contração uterina, também é preciso esperar o intestino e bexiga voltarem a funcionar e observar o local do corte, por conta de riscos de alergia ou até de infecção.

Antonio afirma que não tem nada de assustador em Kate Middleton sair bem e andando do hospital apenas 10 horas depois do parto. “É perfeitamente esperado isso acontecer”, diz.
 
“O risco de voltar a sangrar é maior nas primeiras 24 horas, por isso recomenda-se ao menos esse tempo de internação para observação, mas isso pode ser feito em um ambiente doméstico, se a mulher tiver rápido acesso à assistência médica”, conta Antonio que ainda diz que o ambiente hospitalar é contaminado, portanto se ela puder sair, sem riscos, quanto antes melhor.
 
Veja algumas dicas para se recuperar rápido do parto: 
 
- Após o parto normal, é recomendado andar quando se sentir confortável, para evitar o risco de trombose.
 
- Além se exercitar na gravidez, depois do parto normal também se recomenda exercitar a musculatura do períneo para recuperá-la.
 
- Já se você teve cesárea, é importante ficar deitada nas primeiras 4 ou 6 horas após o nascimento do bebê.
 
- Ainda alguns dias depois da cirurgia de cesárea, é importante evitar carregar muito peso ou fazer atividades intensas.
 
- Nas primeiras horas após a cesárea é recomendado que a mulher não fale, para não gerar gases que podem causar dor.
 
- Em cortes de cesárea ou episiotomia é necessário fazer a higienização adequada para evitar infecções. Isso também contribui para uma rápida recuperação.
 
- A hidratação é essencial para a recuperação da mãe. Procure tomar de 2 a 3 litros de água diariamente nos dias que sucedem ao parto.
 
- Se alimentar com comida rica em proteína, ferro e vitaminas é importante para recuperar nutrientes perdidos com o sangramento do parto. Em alguns casos, o médico pode indicar a suplementação de vitaminas.
 
Delas

TRF determina presença de farmacêutico em dispensário de medicamento

TRF concede decisão favorável à profissão. Nos termos da Lei nº 13.021/14, decisão judicial determina presença de farmacêutico em dispensário de medicamento
 
O Tribunal Regional Federal da 3ª Região concedeu decisão favorável ao CRF-SP em ação ajuizada por clínica pedindo a suspensão de fiscalização e autuação de seu dispensário de medicamentos. Utilizando os termos da Lei nº 13.021/2014, a desembargadora, dra. Consuelo Yoshida, apontou ser necessária, sim, a presença de farmacêutico nos dispensários de medicamentos, sendo permitida, inclusive, a aplicação de multas.
 
No caso, a farmácia hospitalar possui menos de 50 leitos, o que aponta mais uma vitória para a profissão, pois desde 2012, o Superior Tribunal de Justiça exigia a presença obrigatória de farmacêutico responsável técnico apenas em farmácia hospitalar com mais de 50 leitos.
 
No entendimento da desembargadora, com a nova Lei, em seus artigos 5º, 6º e 8º, no âmbito da assistência farmacêutica, as farmácias de qualquer natureza requerem, para seu funcionamento, obrigatoriamente, a responsabilidade e a assistência técnica de farmacêutico habilitado na forma da lei; a autorização e o licenciamento da autoridade competente, além da necessidade da presença de farmacêutico durante todo o horário de funcionamento; e a farmácia privativa de unidade hospitalar ou similar necessita de direção e desempenho técnico de farmacêuticos.

CRF - SP

A importância da vitamina D para gestantes e bebês

Além das grávidas, os bebês também precisam ter os níveis de vitamina D no organismo dentro do recomendado
Além das grávidas, os bebês também precisam ter os níveis
de vitamina D no organismo dentro do recomendado
Substância atua na absorção do cálcio e, em quantidade insatisfatória no organismo, pode acarretar prejuízos para mãe e filho
 
A vitamina D é uma substância que tem como principal função ajudar na absorção do cálcio no intestino. “O cálcio é essencial para quase todas as funções do organismo. Quando não tem cálcio no corpo, ele é retirado dos ossos”, explica Bruno Ferraz, endocrinologista do Hospital das Clínicas.
 
Leandra Steinmetz, endocrinologista pediátrica do Hospital das Clínicas, afirma: “Na gestação e lactação a necessidade da vitamina D é 25% maior”. Ela ainda conta que grande parte do cálcio oferecido ao bebê na gestação é pela absorção intestinal – local onde a vitamina D tem maior atuação. Além disso, a maior quantidade de vitamina D é importante para manter a estrutura óssea e evitar fraturas na mãe durante a gravidez e no período de amamentação.
 
Sol sem barreiras
A principal forma de obter a vitamina D é pela exposição ao sol sem nenhuma barreira, seja ela vidro ou o próprio protetor solar – que bloqueia os raios UVB do sol, responsáveis por ativar a sintetização da vitamina D.
 
Tomar de 10 a 15 minutos de sol sem proteção, entre 10h e 12h, é o recomendado para pessoas brancas para manter níveis adequados de vitamina D no corpo. “Quanto mais escura a pele, maior seria o tempo necessário para produzir a quantidade ideal de vitamina D”, diz Bruno. É bom lembrar, no entanto, que o uso de protetor solar é indispensável para períodos prolongados de exposição ao sol.
 
Além das grávidas, os bebês também precisam ter os níveis de vitamina D no organismo dentro do recomendado. Isso porque apresentam um crescimento acelerado nos dois primeiros anos de vida e a demanda óssea fica intensa nesse período. O leite materno, mesmo que a mãe esteja com os níveis da vitamina D em dia, não possui quantidade suficiente da substância.
 
Diante dessa condição, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) recomenda a suplementação de vitamina D para bebês a partir de uma semana de vida, para prevenir o raquitismo – doença que consiste no enfraquecimento dos ossos. A vitamina D também está associada em alguns estudos recentes à prevenção de alergias, asma e diabetes tipo 1 em bebês.
 
É sempre necessário consultar um médico antes de iniciar a suplementação da vitamina em qualquer fase da vida.
 
iG

Nova lei pode abrir oportunidade para as empresas de logística de remédios

Exigências do novo Sistema Nacional de Controle de Medicamentos (SNCM) criam novas oportunidades e incrementam o setor logístico
 
No entanto, a necessidade de investimentos em tecnologia e automação coloca operadoras de carga em uma corrida contra o tempo, para adaptarem-se às condições da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
 
Da indústria ao consumidor, passando pelos distribuidores e operadores de logística, o SNCM deve estar implantado até o final de 2016. Contudo, ainda em outubro deste ano a expectativa é de que o projeto-piloto já deva estar pronto.
 
Com o SNCM, um conjunto de procedimentos para o rastreamento de medicamentos será obrigatório. Isso por meio de informações previamente registradas no sistema, que deve conter identificação exclusiva do produto, prestadores de serviço e usuários. Além disso, em cada etapa de produção, importação, distribuição, transporte, armazenagem, dispensação e outros movimentos previstos deve haver um registro, para que o sistema trace a rota e o histórico do medicamento.
 
A principal mudança para as empresas de logística será o controle unitário do remédio. Antes, a checagem era realizada por lote. Agora, cada unidade de medicamento deverá possuir um código bidimensional Datamatrix, que terá de conter o número de série, o registro, o lote e a data de validade. Ou seja, mesmo que a caixinha do insumo seja separada de seu lote, ainda será possível identificar para onde ela foi enviada.
 
O objetivo da lei é reduzir a quantidade de medicamentos falsificados, adulterados, desperdiçados por manuseio incorreto ou roubados. Remédio é um dos produtos mais visados por quadrilhas, segundo a Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística). “Com o controle tecnológico e eletrônico, não haverá a possibilidade do paciente receber o remédio incorreto, além de reduzir a possibilidade de contrabando”, afirma o professor titular da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), Eduardo Mario Dias.
 
Ganho de produtividade
Segundo a Anvisa, no período de 2000 a 2006, cerca de 800 mil pessoas no mundo morreram por conta de falsificação, contrabando e roubos. No Brasil, o contrabando chega a representar uma perda de R$ 8 bilhões por ano e cerca de 20% dos medicamentos em circulação são falsos. A média mundial é 10%, de acordo com dados do Fórum Nacional Contra a Pirataria e a Ilegalidade (FNCP) e da Organização Mundial da Saúde (OMS).
 
Para o especialista, mesmo que a implantação seja realizada por etapas, as empresas envolvidas devem estar reparadas para o projeto piloto. “Apenas desta forma conseguiremos checar as relações de toda a cadeia da indústria farmacêutica para ver se vai dar certo e qual o impacto em cada companhia do setor”, analisa o professor.
 
Investimentos
“O maior foco da mudança está na indústria, mas as operadoras logísticas e distribuidoras também deverão se adaptar para proporcionar parte da informação, além de melhorar o processo de controle serial e o nível de separação de pedido. A produtividade e a profissionalização são necessárias”, analisa a gerente de logística da operadora e transportadora Ativa, Elisa Pellinni. Para ela, o mercado pode passar por um momento de consolidação, onde empresas que não conseguirem se adaptar podem sumir. “Somos poucos, e quem ficar será mais valorizado”, ressalta.

Para Elisa, as empresas que não atuavam com os sistemas automatizados devem sofrer intensamente o impacto. “Com o Datamatrix não será possível fazer leitura manual sem o equipamento de dados”.
 
Entre os investimentos que a Ativa realizou estão horas de desenvolvimento para um novo sistema que suporte toda a informação, espaço de armazenagem de dados em nuvem, além da compra de escaners que leiam o código Datamatrix e coletores. “O investimento deve ficar em torno de R$ 300 mil e R$ 350 mil para o aporte em tecnologia e entre R$ 20 mil e R$ 30 mil nos equipamentos de leitura”, afirma Elisa. Ela menciona também que o gasto em material é menor, porque no ano anterior (com a possibilidade da lei) já havia dobrado seu pedido de equipamentos de leitura.
 
Ainda segundo a executiva, o desafio está em cumprir o prazo para o projeto piloto. “Para esta fase, a indústria deve implementar o sistema em três lotes, mas para nós operadoras seria mais fácil ter a mudança de uma vez. Desta forma teremos que operar nos dois formatos”.
 
Já o diretor da Prosperity Consulting, especializada em logística, Décio Tarallo, afirmou que na primeira etapa as transportadoras terceirizadas (que apenas realizam o translado e não armazenam) não devem se preocupar. Mas, as operadoras deverão participar do piloto para mostrar às clientes que conseguirão realizar o processo.
 
“A rastreabilidade está sendo realizada não apenas no Brasil, mas em outros países. Uma das maiores causas de óbito no mundo é a aplicação incorreta do medicamento. O consumidor é o foco da mudança, mais do que a segurança porque hoje temos sistema que controlam essa parte”, conta.

Questionado sobre a margem de lucro, o especialista acredita que deve reduzir um pouco. “O custo das operadoras será repassado para a indústria e consequentemente para o consumidor”, diz.
 
Distribuidoras
O diretor executivo da Associação Brasileira de Distribuição e Logística de Produtos Farmacêuticos (Abradilan), Geraldo Monteiro, explica que para amenizar o impacto e tornar o processo mais viável, a entidade tem mantido contato com a Anvisa para repassar material técnico sobre o segmento

“Medidas assim sempre melhoram o processo, mas as políticas adotadas devem servir na prática.”
 
Gestão em hospitais
Com a necessidade da rastreabilidade, as empresas de gestão de logística interna nos hospitais também serão requisitadas. Um exemplo é a RV Ímola, que além de oferecer o controle de fármacos dentro dos hospitais, também possui um galpão externo onde é possível guardar todos os insumos.
 
“Hoje em dia, muitos hospitais estão nos centros urbanos e é caro manter um armazém dentro do hospital”, explica o vice-presidente comercial da empresa, Thiago Amaral.
 
Segundo ele, a companhia tira o volume de insumos e ainda coloca funcionários para fazer a gestão no controle do almoxarifado e nos estoques satélites (por andar) nos hospitais. “Fazemos também a separação unitária do medicamento, seguindo exatamente a prescrição médica”, confirma Amaral.
 
Dentro do centro hospitalar, a separação é feita a cada seis horas e colocada de forma separada por paciente em dispensários, que para serem abertos precisam do registro por código do enfermeiro e do paciente.
 
Com a maior exigência da rastreabilidade para medicamentos, a empresa afirma que espera superar R$ 200 milhões no faturamento em 2016. Este ano, a previsão é de R$ 180 milhões. “Em pesquisas feitas com nossos clientes, percebemos um desperdício entre 20% e 30% dos fármacos”, analisa.
 
Além disso, ao terceirizar o serviço é possível reduzir o número de funcionários para o controle de remédios de forma drástica. “O controle errado muitas vezes pode gerar perdas por questões simples de resolver, como a validade ou a compra em volume desnecessário”.
 
CFF

OMS inclui remédios contra hepatite C em lista de essenciais

Cinco remédios para o tratamento da doença foram considerados como o “mínimo necessário” para o sistema de saúde. Há 1,5 milhão de infectados pela doença no Brasil
 
A Organização Mundial da Saúde adicionou hoje cinco novos medicamentos para o tratamento da hepatite C a sua lista de remédios essenciais. As substâncias escolhidas são consideradas inovadoras porque oferecem a cura rápida com poucos efeitos colaterais. A inclusão desses medicamentos, contudo, não têm valor legal.
 
Ela funciona como uma recomendação para que as agências reguladoras de todo o mundo priorizem e facilitem o acesso da população a esses remédios, já que alguns deles podem custar até mais do que 1 000 dólares, o equivalente a quase 3 000 reais – o valor é referente a uma única pílula.
 
No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou três medicamentos para o tratamento da hepatite C neste ano. Juntos, eles compõem um tratamento com percentual de cura de 90% que poderá beneficiar as quase 1,5 milhões de pessoas infectadas pelo vírus no país.
 
A hepatite C é causada pelo vírusC (HCV) e sua transmissão pode ocorrer de diversas maneiras, como por meio de uma transfusão de sangue e compartilhamento de objetos de higiene pessoal que possam estar contaminados — alicates de unha e lâminas de barbear, por exemplo. A transmissão também pode ocorrer de mãe para filho, durante a gestação.
 
Na maioria dos casos, o doente não sente sintomas e só descobre que está contaminado durante uma doação de sangue ou com exames de rotina. Estima-se que 3% da população mundial tenha sido exposta ao vírus, o que corresponde a cerca de 185 milhões de pessoas.
 
Veja