Aplicativos, carreira, concursos, downloads, enfermagem, farmácia hospitalar, farmácia pública, história, humor, legislação, logística, medicina, novos medicamentos, novas tecnologias na área da saúde e muito mais!



segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Pelo menos 1,1 milhão podem ficar sem medicamentos após os cortes no Farmácia Popular

Programa vai encerrar o modelo de copagamento em farmácias e drogarias privadas, que beneficia cerca de três milhões de brasileiros por mês
 
Um levantamento da Interfarma (Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa), com base nos números do mês de maio último, estima que pelo menos 1,1 milhão de brasileiros corram o risco de ficar sem acesso aos medicamentos hoje oferecidos pelo Farmácia Popular. No início do mês, o Governo Federal anunciou um corte de R$ 578 milhões no orçamento para 2016, que afeta diretamente o programa.
 
A modalidade prejudicada será a de copagamento, em que o governo oferece subsídio de até 90% para a compra de diversos medicamentos. São remédios para asma, diabetes, mal de Parkinson, glaucoma, hipertensão, osteoporose, dislipidemia e rinite, além de contraceptivos e fraldas geriátricas. No total, a lista é composta por 10 monodrogas ou associações, considerando suas diferentes apresentações, além da fralda geriátrica.
 
A grande vantagem dessa modalidade é o fácil acesso aos medicamentos. Com subsídio do Governo Federal, os remédios são disponibilizados nas farmácias privadas, que contam com uma rede de 35.419 unidades em 4.444 cidades do país. Cerca de três milhões de brasileiros se beneficiam mensalmente com esta modalidade do programa.
 
Após o corte, os pacientes precisarão recorrer à rede própria de farmácias do Programa Federal, que contam com um número bem menor. São apenas 528 unidades em 420 municípios. E elas não cobrem toda a lista de medicamentos disponível nas farmácias e drogarias privadas. Sete itens estão fora do elenco, deixando cerca de 1,1 milhão de brasileiros sob o risco de ficarem sem as medicações.
 
Os demais medicamentos têm correspondentes na rede pública. “Mas o acesso fica comprometido porque o número de municípios abastecidos pelas farmácias públicas é bem menor”, afirma Antônio Britto, presidente-executivo da Interfarma. Sem essas alternativas, o paciente tem que recorrer às Unidades Básicas de Saúde (UBSs), sendo que nem todas oferecem a lista de medicamentos hoje contemplada pelas farmácias privadas.
 
Interfarma