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domingo, 8 de junho de 2014

Tumor de 3 quilos é retirado de abdômen de professora no AC

No Acre, tumor de 3 kg é retirado de professora que não sabia da doença (Foto: Jakson Ramos/Arquivo Pessoal)
Foto: Jakson Ramos/Arquivo Pessoal
Tumor pesando três quilos foi removido
Paciente pensava que estava com pedras na vesícula. 'Estamos encontrando muitos casos de tumores assim', diz o médico
 
Durante uma operação realizada no hospital Santa Juliana, em Rio Branco, o médico endoscopista Jakson Ramos retirou de uma professora de 47 anos um tumor que pesava 3kg.

De acordo com o médico, a paciente não sabia que estava com um tumor e desconfiava que a elevação no abdômen se tratava de um repentino aumento no seu peso. A paciente recebeu alta neste sábado (7) e aguarda em casa o resultado da patologia.
 
"Ela sentia fortes dores no lado direito, abaixo da costela, e achava que era pedra na vesícula. Ela não é obesa, está apenas um pouco acima do seu peso e, na verdade, ela achava que tinha engordado um pouco e relacionava as dores aos cálculos na vesícula", explica Ramos.
 
No Acre, tumor de 3 kg é retirado de professora que não sabia da doença (Foto: Jakson Ramos/Arquivo Pessoal)
Foto: Jakson Ramos/Arquivo Pessoal
Médico diz que paciente não suspeitava de tumor
Através de uma amiga em comum, a professora chegou ao médico. Ramos disse que atendeu a pedido de uma amiga.

"Quando a examinei percebi que havia um tumor, posteriormente, quando fizemos os exames de ultrassonografia e tomografia confirmamos. Expliquei o assunto a ela e disse que precisava ser feito uma cirurgia. Ela ficou super assustada, mas o procedimento foi um sucesso e acredito, pela minha experiência, que o tumor seja benigno", destaca.
 
A paciente foi liberada, mas aguarda o resultado da patologia que deve sair dentro de quatro dias. O médico informou que esta não é a primeira vez que realiza uma cirurgia para a retirada de um tumor nessas condições. "O diagnóstico de casos assim tem se tornado comum. Eu atendo muitas pessoas por cortesia , às vezes porque elas não têm tempo ou não conseguem resolver o problema no sistema público e percebo que casos assim têm se tornado muito constantes", diz.
 
Procurada pelo G1, a professora não quis comentar sobre o assunto.
 
G1

Humor: E agora? Bato ou não?

Atenção: Energia mais barata para pacientes

energia elétricaPessoas com deficiência, ou com doenças que requeiram o uso constante de equipamentos médicos, agora fazem parte do público beneficiado pela Tarifa Social de Energia Elétrica (TSEE), que concede desconto no pagamento da eletricidade
 
Quem consome até 30 quilowatts-hora (kWh) por mês terá desconto de 65%; de 31 kWh até 100 kWh, 40%; acima de 100 kWh, 10%.
 
Para ter acesso ao benefício, as famílias devem estar inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do governo federal (CadÚnico) e possuir renda mensal de até três salários mínimos.
 
O responsável pela unidade consumidora ou o próprio portador da doença ou deficiência poderá, a qualquer tempo, requerer a TSEE às concessionárias.

Créditos: ABRALE – Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia – http://www.abrale.org.br

Governo de SP amplia vacinação contra gripe para policiais, professores e carteiros

Estadão Conteúdo
A partir desta segunda-feira (9), o novo público-alvo poderá
receber a vacina contra o vírus influenza, causador da gripe
Objetivo é imunizar o novo público-alvo antes da Copa do Mundo
 
A campanha de vacinação contra a gripe no Estado de São Paulo foi ampliada para policiais militares, civis e técnicos científicos, professores e funcionários da educação da rede pública e particular do ensino fundamental, além dos carteiros. As informações foram divulgadas nesta sexta-feira (6).
 
A partir desta segunda-feira (9), o novo público-alvo poderá receber a vacina contra o vírus influenza, causador da gripe, em qualquer posto de saúde do Estado. O objetivo é imunizar estes públicos, principalmente os policiais, antes da Copa do Mundo.
 
Desde o último dia 22 de abril foram vacinados 8,6 milhões de pessoas no Estado, segundo balanço da pasta, baseado nos dados informados pelos municípios paulistas. Com a ampliação do público-alvo, a meta de imunização passa de 9,2 milhões para 9,6 milhões. A campanha segue até o dia 20 de junho.
 
Além de imunizar a população contra a gripe A H1N1, tipo que se disseminou pelo mundo na pandemia de 2009, a vacina, produzida pelo Instituto Butantan, também protege a população contra outros dois tipos do vírus influenza:  influenza A H3N2 e B.
 
Também devem receber a vacina os idosos com 60 anos ou mais, gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto), crianças entre seis meses e menos de cinco anos de idade, indígenas, pacientes diagnosticados com doenças crônicas e profissionais de saúde do Estado.
 
Para receberem a vacina, basta que os policiais, professores e carteiros apresentem no posto de saúde suas identificações funcionais.
 
R7

Filme 'A culpa é das estrelas' gera debate sobre a realidade do câncer

Foto: Reprodução
Augustus e Hazel: uma paixão entre adolescentes que sofrem
 com cânceres agressivos
Mais de 95% dos pacientes com a doença que acomete a protagonista de A culpa é das estrelas são curados. Segundo especialistas, o filme e o best-seller têm um cenário muito sombrio sobre tumores na adolescência
 
Hazel Grace pode mesmo culpar os astros pelo seu destino dramático. A protagonista do filme A culpa é das estrelas, que estreou na última quinta-feira, sofre de um mal raro para a sua idade: um câncer de tireoide diagnosticado aos 13 anos.
 
A doença, que acomete apenas uma em cada 1 milhão de crianças por ano, costuma ter um final feliz na maioria dos casos de todas as faixas etárias, mas, em alguns pacientes, o drama é similar ao da literatura. Se não curado, o carcinoma pode se espalhar para outras partes do corpo e causar até mesmo a morte.
 
O drama da adolescente doente que se apaixona por outro garoto em condição similar surgiu pela primeira vez em 2012, no best-seller homônimo de John Green, que, por sua vez, teria se inspirado em um caso real para criar a personagem. Mas, mesmo verossímil, o quadro de saúde ilustrado no romance é pouco comum.
 
Tumores malignos de tireoide em crianças e adolescentes correspondem a menos de 3% de todos os cânceres na glândula e têm uma taxa de sobrevivência de 95%.
 
As chances são melhores nos casos do tipo mais comum do tumor, o carcinoma papilar. Ele representa 70% dos casos e costuma ser resolvido com a retirada da glândula e dos nódulos, além do tratamento com iodo radioativo e hormônios.

O problema está nos raros quadros em que a doença se espalha pelo organismo. “A maior parte dos casos papilíferos nos adultos é de baixo risco”, ensina Valéria Guimarães, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM).
 
“Mas, quando é uma criança ou um adolescente, isso não é só para o câncer de tireoide, qualquer outro fica mais grave porque se trata de uma célula jovem que não deveria estar velha, multiplicando-se anomalamente”, explica. Nesses casos, é comum que a doença surja nos gânglios linfáticos, migre para os pulmões, para o sistema vascular e, em quadros mais graves, para os ossos.
 
Correio Braziliense

Movimento Down oferece informações valiosas em portal na internet

Foto: Reprodução
Espaço é fonte de conhecimento e pesquisa para profissionais, médicos e instituições de saúde e se transformou em ferramenta de convergência para pais e familiares
 
Informações valiosas sobre a síndrome de Down de forma organizada e de fácil entendimento foram disponibilizadas pelo Movimento Down num portal na internet. O espaço, que surgiu há dois anos, é fonte de conhecimento e pesquisa para profissionais, médicos e instituições de saúde e se transformou em ferramenta de convergência para pais e familiares de pessoas com a síndrome.
 
A idealizadora e coordenadora geral do Movimento Down é a advogada Maria Antônia Goulart, mãe de uma filha com Down. Ela se mobilizou ao sentir-se incomodada com a falta de informações disponíveis, mesmo para aqueles com acesso a livros, revistas e médicos. “O Movimento Down é um espaço de acolhimento e sensibilidade. Qual é a medida certa para estimular, para exigir, para afrouxar? Cada indivíduo tem sua própria experiência, mas havendo essa possibilidade de troca, fica mais fácil”, pondera Maria Antônia.

Para dar forma ao projeto, montou-se uma rede de colaboradores entre profissionais, instituições e empresas, além de familiares e amigos de pessoas com Down para desenvolver conteúdo qualificado e acessível para este amplo universo de indivíduos.
 
 
Saúde Plena

Estudo mostra que maconha prejudica o sono e aumenta a sensação de cansaço

Maconha causa caos cognitivo / Kandelaki/Shutterstock
Kandelaki/Shutterstock
A pesquisa, publicada na edição on-line da revista Sleep, analisou dados de 3.255 adultos, com idade entre 20 e 59 anos
 
Entre usuários, a maconha leva a fama de substância relaxante. Mas a Cannabis está muito longe de merecer essa reputação. De acordo com uma pesquisa apresentada no congresso anual das Sociedades Profissionais do Estudo do Sono dos EUA, a erva, na realidade, causa insônia. Além disso, os cientistas descobriram que, quanto mais cedo se acende um cigarro, maiores os danos. Comparados aos que nunca experimentaram a droga, aqueles que começaram a fumar antes dos 15 anos apresentam duas vezes mais dificuldade severa para dormir quando chegam à idade adulta. Além disso, reportam duas vezes mais cansaço mesmo depois de uma noite de repouso e também sofrem em dobro com a impressão, ao longo do dia, de não estarem completamente despertos.

A pesquisa, publicada na edição on-line da revista Sleep, analisou dados de 3.255 adultos, com idade entre 20 e 59 anos, que responderam a um questionário sobre consumo de maconha. Desses, 1.811 afirmaram que usavam ou já tinham usado a substância com frequência — média de três vezes por mês. Qualquer histórico de utilização da droga foi associado a um aumento de uma vez e meia no risco de sofrer insônia, mas sintomas como dificuldade para dormir ou manter o sono e o cansaço ao longo do dia foram duas vezes maiores quando o uso da droga teve início na adolescência.

“A maconha é extremamente comum nos Estados Unidos. Cerca de metade da população adulta já usou em algum ponto da vida. Agora, é até mesmo legal em alguns lugares. Geralmente, as pessoas a descrevem como uma substância relaxante. Então, pensei que seria interessante ver se o uso frequente da droga estaria associado à qualidade do sono”, conta Jilesh Chheda, pesquisador da Universidade da Pensilvânia e principal autor do estudo. No início do ano, os estados americanos de Colorado e Washington legalizaram o consumo recreativo da maconha. O governo do Uruguai também liberou o uso da droga recentemente.

Causa indefinida
Chheda diz que, a princípio, achou que encontraria um resultado diferente na pesquisa. “No começo, pensei que a maconha estaria associada a uma melhoria na qualidade do sono porque é como ela é retratada por diferentes meios. Geralmente, nós pensamos que, de alguma forma, ela deixa as pessoas mais relaxadas e, por isso, sonolentas. Mas não foi o que constatei”, destaca. Segundo o médico do Departamento de Psiquiatria da Universidade da Pensilvânia, o que mais surpreendeu foi a associação com a idade em que o hábito foi iniciado. Os efeitos negativos da maconha sobre o sono perduram mesmo entre adultos que, embora usuários frequentes na adolescência, já não fumavam há muito tempo.

“Ainda não sabemos dizer a causa disso”, reconhece Chheda. “O estudo procurou uma relação entre o consumo da maconha e a qualidade do sono, mas ele não é capaz de fornecer respostas sobre a casualidade, isso deverá ser investigado em pesquisas futuras”, diz. Ele diz que a droga pode provocar os distúrbios do sono, mas não descarta o fato de que pessoas predispostas naturalmente a contar carneirinhos procurem, na maconha, uma automedicação para seu problema, o que explicaria a associação entre o hábito de fumar e a falta de sono.

O pesquisador Mathias Berger, psiquiatra do Centro Médico da Universidade de Freiburg, na Alemanha, observa que é preciso fazer mais estudos sobre a associação entre insônia e maconha para tentar descobrir como as mais de 60 substâncias que compõem a droga podem atuar sobre o sono. “Não há pesquisas recentes suficientes sobre os efeitos da Cannabis sobre o sono. Apenas o relato de sintomas por parte dos usuários não basta porque é um método subjetivo”, diz. Berger, que estuda a qualidade do sono em dependentes que tentam largar a droga, diz, contudo, que o resultado de polissonografias — exames feitos enquanto o paciente dorme — indica alterações no cérebro dos consumidores de Cannabis, principalmente durante a fase REM, quando ocorrem os sonos.

Ele lembra que, nas décadas de 1970 e 1980, houve uma farta documentação dos efeitos da principal substância ativa da maconha, o THC, sobre a qualidade do sono, tanto durante o uso quando na fase de abstinência da droga. A maior parte dessas pesquisas indicou que, embora algumas pessoas tivessem mais facilidade para pegar no sono após fumar, elas acordavam no meio da noite ou se sentiam exaustas no dia seguinte. “Esses estudos, porém, estão desatualizados e precisam ser refeitos. À medida que cresce o uso da maconha e alguns lugares legalizam o consumo, é preciso informar corretamente os usuários. Por enquanto, sabemos que a insônia surge na descontinuidade do uso de Cannabis, mas ainda temos poucos dados confiáveis sobre a relação entre qualidade do sono e consumo da droga”, admite.

O coautor do estudo liderado por Jilesh Chheda concorda com o psiquiatra alemão. Um dos maiores pesquisadores do sono dos EUA, Michael Grandner, do Centro de Neurobiologia Circadiana da Universidade da Pensilvânia, acredita que os consumidores precisam entender os efeitos da maconha. “Como cada vez mais as pessoas têm acesso à Cannabis, é importante entender as implicações de seu uso para a saúde pública. Seu impacto real sobre o sono é pouco compreendido”, defende.

Em análise no Brasil
O consumo da maconha poderá ser legalizado no país: em 2 de junho, ocorreu a primeira série de debates sobre o tema, na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) do Senado. No Brasil, cerca de 1,5 milhão de adolescentes e adultos são usuários frequentes da maconha, segundo o Levantamento Nacional de Álcool e Drogas da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Oito milhões já tiveram contato com a droga, sendo que 62% experimentaram antes dos 18 anos.
 
Correio Braziliense

Futebol faz bem para a saúde de homens mais velhos

Futebol faz bem para a saúde de homens mais velhos Sanja Gjenero/freeimages
Foto: Sanja Gjenero / Free Images
Futebol é um tipo de treinamento intenso, versátil e efetivo
para homens mais velhos fora de forma
Quem opta pelo esporte pode alcançar melhora de 30% na função muscular
 
Para homens mais velhos que nunca jogaram futebol, pode não ser tarde demais para conhecer e aproveitar vários benefícios que o esporte proporciona em termos de saúde, de acordo com pesquisadores que observaram um pequeno grupo de senhores que visivelmente melhoraram a forma física.
 
Pesquisadores da Universidade de Copenhague dividiram 27 homens com idades entre 63 e 70 anos em grupos que praticaram futebol ou treino de força duas vezes por semana por uma hora. Um terceiro grupo permaneceu inativo com propósito de controle.
 
No geral, os resultados mostraram que os jogadores de futebol obtiveram melhora de 30% na função muscular e capacidade de absorção de oxigênio foi aumentada em 15%. Houve até uma melhora na mineralização óssea, disseram os pesquisadores, ressaltando a importância da saúde dos ossos em idade avançada.
 
Embora o grupo do treinamento de força tenha melhorado sua forma física, os jogadores de futebol tiveram o melhor resultado em termos de aproveitamento aeróbico e performance em exercícios exaustivos.
 
— Os resultados fornecem fortes sinais de que o futebol é um tipo de treinamento intenso, versátil e efetivo para homens mais velhos fora de forma. De fato, nunca é tarde para começar a jogar futebol. O futebol aumenta a capacidade física e saúde cardíaca, minimiza o risco de quedas e fraturas nos idosos, homens que nunca jogaram ou que não o fazem há décadas — disse o professor Peter Krustrup do Centro de Esportes Coletivos e Saúde da Universidade de Copenhague.
 
Embora os jogadores em questão não tenham chances de se tornar centroavantes na Copa do Mundo, os pesquisadores disseram que sua rotina de exercícios pode estar próxima à dos astros.
 
— Os jogadores elevaram o batimento cardíaco às alturas, correspondendo aos valores obtidos durante partidas de futebol profissional — disse a professora associada Eva Wulff Helge, do Departamento de Nutrição, Exercícios e Esportes da Universidade de Copenhague.
 
O estudo foi publicado no periódico Scandinavian Journal of Medicine and Science in Sports.
 
Outros benefícios do futebol incluem redução da pressão arterial, função cardíaca elevada e aumento da capacidade de exercício em homens afetados pela diabetes tipo 2, conforme os pesquisadores da mesma universidade relataram ano passado.

Zero Hora

Mitos e verdades sobre o parto

Foto: Reprodução
Na carona da ansiedade que precede o parto, dicas e recomendações aparecem por todos os lados. E informações equivocadas podem levar a decisões equivocadas. Saiba quais as frases mais ouvidas pelos especialistas quando o assunto é parto. E tire suas dúvidas
 
Vou ter de fazer cesárea porque o bebê está com o cordão umbilical enrolado no pescoço": Mito
Na maioria das vezes, o cordão umbilical é retirado do pescoço do bebê ao nascer e não provoca nenhum problema. Dentro do útero, o feto respira através do cordão, e ele está enrolado por todo o corpo do bebê. O fato de estar ou não em volta do pescoço não representa um risco adicional por si só.
 
"Parto normal é muito mais dolorido do que a cesariana": Depende
No parto normal, as contrações uterinas e a passagem do bebê podem provocar dores, que atualmente são amenizadas por anestesia. Após o nascimento, entretanto, a recuperação da mãe é rápida e pouco dolorosa. Já o parto por cesárea não doi nada. A dor aparece no pós-operatório, quando a mãe pode ter efeitos colaterais pela anestesia e medicamentos, e desconforto na região onde o corte foi feito.
 
"Tive o primeiro filho por cesárea, mas acho que posso ter o próximo por parto normal": Verdade
Um parto cesáreo prévio não é contraindicação ao próximo parto normal, ao menos que a primeira cesárea tenha sido feita com uma incisão uterina corporal (longitudinal). O parto vaginal após cesariana é possível e tem sido estimulado.
 
"Optei pela cesárea porque o parto normal alarga a vagina e ela não volta mais ao normal": Mito
A vagina encontra-se alargada imediatamente após o parto. A redução de suas dimensões é gradual e, depois de cerca de três semanas, provavelmente já ocorreu a regressão do edema e da vascularização vaginal, e suas dimensões já estarão próximas ao período anterior à gravidez. Os exercícios perineais após parto ou cesariana são eficazes em fazer retornar o tônus dessa musculatura.
 
"Não quero cesariana porque não vou produzir muito leite depois que meu filho nascer": Depende
Inúmeros fatores estão envolvidos na produção de leite materno, e não há como associá-lo unicamente à via de parto. O que se sabe é que no parto normal ela ocorre mais precocemente, e isso favorece o aleitamento. O início da lactação pode demorar 24 horas a mais nas mulheres submetidas a cesarianas, mas o volume de leite, a capacidade de amamentar e o tempo de amamentação não são influenciados pelo tipo de parto.
 
"Pra mim tanto faz parto normal ou cesárea, já que isso não vai fazer a mínima diferença para o meu filho": Mito
Estudos comprovam que o parto normal fortifica o vínculo afetivo entre a mãe e o bebê, protege o recém-nascido de algumas possíveis complicações, principalmente de desconforto respiratório. Já a mãe tem menor chance de depressão pós-parto.
 
"Já completei os nove meses e meu filho não nasceu. Posso esperar mais um pouco para ver se consigo ter parto normal": Verdade
A gravidez normal vai de 37 a 42 semanas. A data considerada como provável para o parto é 40 semanas. Não há como prever. Caso se completem 41 semanas e o trabalho de parto não tiver sido desencadeado, existem técnicas (medicamentosas ou não) para indução do trabalho de parto.
 
Fontes: Edson Cunha Filho, obstetra do Hospital São Lucas da PUCRS e plantonista do Hospital Moinhos de Vento, Maria Lucia Opperman, chefe do Centro Obstétrico do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) e Brena Melo, obstetra e conselheira da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo).
 
Zero Hora

Conveniência, medo e desinformação transformam os índices de cesárea em epidemia nacional

Conveniência, medo e desinformação transformam os índices de cesárea em epidemia nacional  Tadeu Vilani/Agencia RBS
Foto: Tadeu Vilani / Agencia RBS
Americana Maureen Turnbull Arbelo, 36 anos, quer ter
um parto natural
Quase um milhão gestantes no país são submetidas ao procedimento todo ano
 
Apolo, filho de Zeus, removeu da barriga de sua amada, Corônis, o filho Esculápio, deus da medicina. O procedimento, conta a mitologia greco-romana, foi realizado após a gestante morrer em trabalho de parto. Uma incisão abdominal também teria sido realizada, segundo historiadores, para fazer nascer o imperador Julio César, em 100 a.C. Reconhecida historicamente como um procedimento indicado para salvar a vida de mães e bebês durante o parto, a cesárea tem alcançado índices tão altos que virou motivo de polêmicas e discussões ao redor do mundo. E no Brasil não é diferente.
 
Por vontade própria ou indicação médica, quase um milhão gestantes no país são submetidas à cesariana todo ano. Dados da maior pesquisa sobre parto já realizada no país, Nascer no Brasil: Inquérito Nacional sobre Parto e Nascimento, coordenada pela Fundação Oswaldo Cruz em parceria com o Ministério da Saúde, revelam que o índice de partos por procedimento cirúrgico é de 52% e supera, em muito, a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) — que indica taxas ideais entre 10% a 15% dos nascimentos.
 
A origem do problema parece estar no meio do caminho entre a descoberta da gravidez e o temido e sonhado dia do nascimento: cerca de 70% das entrevistadas pela pesquisa desejavam, no início da gestação, um parto vaginal.
 
Entre os fatores que elevam a taxa de cesáreas às alturas, os especialistas apontam, sobretudo, a ansiedade do final da gestação, o receio de que a criança possa sofrer algum dano durante o parto normal, o medo da dor e a comodidade de poder marcar o dia e a hora. São muitos os mitos que cercam o nascimento, e é a falta de informação o principal motivo da tomada de decisões antecipadas ou equivocadas, garante o médico Edson Cunha Filho, obstetra do Hospital São Lucas da PUCRS e plantonista do Hospital Moinhos de Vento:
 
— O medo de não saber a hora certa e a angústia de que a qualquer momento o processo do parto possa ser desencadeado podem dar à gestante a falsa impressão de que a cesariana é melhor, mais prática e mais garantida. É necessário muito estímulo, paciência e convicção do obstetra para que as pacientes continuem perseverantes na ideia do parto normal — relata.
 
Mas nem sempre o profissional exerce o papel de protagonista na história. O número de cesáreas eletivas — aquelas programadas antes de a grávida entrar em trabalho de parto, sem urgência médica — salta quando as angústias da futura mãe vão de encontro aos interesses do médico, que muitas vezes acha mais confortável agendar os procedimentos sem ter de ficar à espera do parto normal, explicou a coordenadora da pesquisa, Maria do Carmo Leal.
 
Controle versus imprevistos
Para a obstetra Maria Lucia Opperman, chefe do Centro Obstétrico do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), muitos médicos optam pelo procedimento cirúrgico porque conseguem ter um maior controle sobre o nascimento, o que não necessariamente ocorre no parto normal, quando o profissional precisa esperar o ritmo natural da paciente e dos processos que envolvem o nascimento, muitas vezes imprevisíveis.
 
— É uma realidade lamentável que demonstra a distorção dos valores da nossa sociedade atual, e como os eventos fisiológicos saudáveis estão distantes de muitos de nós. Compromissos marcados são mais convenientes para qualquer agenda. O importante é refletir sobre as consequências dessa conveniência — explica a obstetra Brena Melo, conselheira da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo).
 
As complicações possíveis
As altas taxas de cesáreas no Brasil, consideradas por especialistas como uma epidemia, trazem consigo uma série de justificativas: "a cesárea é mais segura" e "não vou sentir dor" são algumas das frases mais comuns. Os riscos, entretanto, são pouco valorizados. Conforme o obstetra Edson Cunha Filho, a cesariana pode causar uma série de complicações, entre elas as chances de a criança nascer prematura (nos casos de cesáreas agendadas), aumento no risco de problemas respiratórios para o bebê e problemas pós-cirúrgicos, como infecções, para a mãe.
 
— O índice de complicações é de três a cinco vezes maior do que no parto normal. A cesariana tem indicação, sim, e salva vidas, mas deveriam ser respeitadas as suas verdadeiras indicações — alerta.
 
Nem todo nascimento seria bem-sucedido de maneira natural, por limitações de saúde ou físicas da mãe, do bebê ou de ambos. Mas, quando a mãe está saudável, o bebê bem encaixado e tudo fluindo bem, o parto normal é a melhor opção. E os benefícios são diversos:
 
— Menor tempo de internação hospitalar, menor risco de infecção, menor risco de acidentes tromboembólicos e de sangramento, recuperação materna mais rápida e com menos dor, reforço no vínculo afetivo mãe e bebê, favorecimento do aleitamento materno e menor incidência de desconforto respiratório no recém- nascido — explica o especialista.
 
Sete meses e oito médicos depois, Maureen se prepara para o parto
Parir um filho no Brasil pareceu, pelo menos por algumas semanas, uma boa ideia para a americana Maureen Turnbull Arbelo, 36 anos. Nascida no estado do Colorado, a então estudante se mudou para Porto Alegre há sete anos para concluir o doutorado. Encantada com o estilo de vida dos gaúchos, decidiu ficar, casou com um brasileiro e abriu uma empresa de ensino. Ao descobrir a gravidez, chegou a comemorar o fato de estar aqui. Lá, conta Maureen, os partos são muito medicalizados, sem o incentivo ao parto humanizado.
 
Sua observação é confirmada pela obstetra Maria Lucia Opperman, chefe do Serviço de Obstetrícia do HCPA. Conforme a especialista, publicação recente do American College of Obstetrics and Gynecology revelou que, no EUA, em 2011, uma em cada três gestantes fez cesárea. O que Maureen não sabia é que esse número é comparável à média dos hospitais públicos brasileiros, e inferior à média dos hospitais privados, de 88%:
 
— Tenho uma amiga de infância que mora na Inglaterra e que engravidou no mesmo período. Ao conversarmos, logo nas primeiras semanas de gestação, ficamos contentes porque estávamos grávidas fora dos Estados Unidos. Só que ela tinha motivos pra comemorar, e eu não.
 
Dados do Health and Social Care Information Centre, órgão do governo britânico, informam que 25,5% dos partos entre 2012 e 2013 foram cesáreas. Esse número, ainda que acima do recomendado pela OMS, é muito inferior ao de outros países. Entre os motivos, o esforço do governo para que as gestantes priorizem o parto normal, e porque a profissão de parteira é reconhecida por lei desde 1902.
 
Pelo direito de participar da decisão
No Brasil, Maureen enfrentou dificuldades para encontrar um médico que lhe passasse segurança:
 
— Visitei sete médicos. Todos diziam que o parto normal tinha "poréns", e nenhum se mostrava muito disposto a trocar ideias, explicar detalhadamente os procedimentos.
 
Praticante de yoga e entusiasta do parto humanizado, ela não desistiu. Foi na oitava tentativa, e já com cinco meses e meio de gravidez, que a americana encontrou uma obstetra disposta a conversar sobre as decisões do parto. Mas aí veio a questão do hospital. Somente uma instituição da Capital permite a presença de uma doula e do pai da criança na sala de parto, duas pessoas que ela quer por perto durante o nascimento do primeiro filho. Hoje com sete meses de gestação, ela se prepara para o parto com caminhadas e alimentação especial:
 
— Não consigo entender porque é preciso lutar por algo que deve ser natural. A decisão sobre o parto deveria ser tomada em conjunto, entre o médico e a gestante. Se não der pra ser natural, tudo bem, mas não quero ser manipulada. Quero saber que tentei, quero poder discutir os riscos e as possibilidades com o profissional.
 
Zero Hora

Saiba como a obesidade afeta a circulação sanguínea

Saiba como a obesidade afeta a circulação sanguínea Charles Guerra/Agencia RBS
Foto: Charles Guerra / Agencia RBS
Mau funcionamento das veias e sobrepeso podem causar varizes e outros problemas
 
Cuidar da alimentação e praticar atividades físicas diariamente são atitudes importantes para quem deseja evitar a obesidade. Afinal, essa é a doença que tem crescido nos últimos anos no Brasil, conforme aponta uma pesquisa divulgada pelo Ministério da Saúde.
 
Os dados mostram que, em 2012, pela primeira vez, o porcentual de pessoas com excesso de peso superou mais da metade da população brasileira. Mais especificamente, 51% dos brasileiros acima de 18 anos estão com sobrepeso.
 
O problema é que a obesidade é um fator de risco para o desenvolvimento de diversas doenças, entre elas: cardíacas, diabetes do tipo 2 e colesterol alto. Mas o excesso de peso também é vilão da saúde das nossas pernas. Segundo o angiologista Ary Elwing, especialista em cirurgia vascular periférica e tratamento a laser, pessoas obesas têm maior disposição de desenvolver varizes por causa da quantidade de volume sanguíneo dentro das veias.
 
Ou seja, com um maior volume de sangue circulando no corpo, aumenta a pressão sanguínea dentro das veias, favorecendo a dilatação das mesmas.
 
— Como quem está acima do peso retém muito sódio no organismo, isso contribui para o acúmulo de líquidos e dificulta a circulação. Além disso, a gordura acumulada dentro dos vasos sanguíneos também acarreta em uma má circulação — descreve Elwing.
 
Como funciona a circulação?
A circulação sanguínea é ativada através da contração muscular das pernas que manda o sangue de volta para o coração. As veias levam o sangue ao coração, impulsionado pela bomba muscular das panturrilhas. Dessa forma, as válvulas venosas impedem que o sangue conduzido não retorne para as extremidades.
 
Porém, se o sangue que passa pelas pernas e não consegue voltar para o coração é em decorrência de uma falha nas válvulas venosas.
 
— Devido a essa falha, o volume sanguíneo circulante nas pernas aumenta. Com as válvulas sobrecarregadas, as veias se dilatam e causam dores — informa o médico.
 
Problemas circulatórios decorrentes do sobrepeso
O mau funcionamento das válvulas venosas e o aumento do peso podem causar o surgimento de varizes.
 
— Trata-se de veias dilatadas e deformadas que aparecem nas pernas que causam queimação, formigamento persistente, câimbras noturnas, coceiras e inchaço nos membros inferiores — esclarece o especialista.
 
Além destas, outra complicação que pode ocorrer entre obesos é a trombose em decorrência do mau bombeamento do sangue para o corpo, gerando doenças ligadas ao sistema vascular.
 
— Caracterizada pela formação de um coágulo sanguíneo em uma veia localizada no interior de uma região do corpo, normalmente nas pernas, a trombose venosa profunda, chamada de tromboflebite profunda, ocorre devido a um bloqueio no fluxo sanguíneo — diz Elwing.
 
Prevenção e tratamento
Para evitar a incidência de problemas circulatórios, a recomendação é manter o controle do peso corporal sempre em dia. Fuja dos alimentos industrializados, pois contêm grandes quantidades de sódio, gordura trans, açúcar e conservantes e cooperam para o aumento do peso. Faça atividades físicas pelo menos três vezes na semana. A caminhada ou natação, por exemplo, estimulam a circulação sanguínea e atuam no controle do peso.
 
O tratamento das microvarizes ou telangiectasias pode ser feito com aplicação de raio laser ou injeções após avaliação dos vasos.
 
— Quando a variz atinge tamanho acima de 4mm de diâmetro e tanto laser quanto as aplicações por injeção não fazem mais efeito, o mais indicado é recorrer à cirurgia — orienta.
 
O procedimento cirúrgico pode ser realizado tanto pelo método convencional como pelos métodos mais modernos, como cirurgia com laser endovascular e radiofrequência. No caso da trombose, procure um médico o quanto antes para que ele indique o melhor tratamento.
 
Zero Hora

Qual é o melhor método anticoncepcional para você?

Thinkstock/Getty Images
DIU - dispositivo é indicado para mulher que não pretende
 engravidar no médio prazo
Há uma variedade de métodos contraceptivos no mercado: escolha, junto com o seu médico, o que melhor combina com a sua rotina e fase da vida; mas, antes, veja algumas opções
 
A escolha do método contraceptivo mais apropriado para cada estilo de vida pode ser difícil devido a quantidade de opções no mercado. Para tornar a escolha mais fácil, nada melhor do que muita informação para junto como médico decidir o que mais combina com sua fase da vida ou rotina.
 
O médico Jarbas Magalhães, presidente da Associação de obstetrícia e ginecologia do Estado de São Paulo, já avisa de antemão que mulheres que fumam ou têm pressão alta não devem usar estrógeno.
Vale destacar, também, que nenhum método destacado abaixo protege de doenças sexualmente transmissíveis. Para a proteção de DSTs só mesmo a camisinha.
 
Veja abaixo algumas opções para evitar a gravidez:
 
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Adesivo contraceptivo - método pode ajudar mulheres que não
 conseguem lembrar de tomar a pílula diariamente
Pílula – São as mais prescritas pelos médicos. Ao ser ingerido um comprimido diariamente no período de 21 dias, com interrupção de uma semana para menstruar, a pílula libera hormônios que impedem a ovulação. Como precisa ser consumida diariamente, não é indicada para mulheres esquecidas, ou que mudam muito de rotina. Mulheres que viajam muito devem evitar este método, pois a simples mudança de fuso horário pode prejudicar o efeito. Existem no mercado opções de pílulas sem estrógeno, mais indicadas para fumantes e hipertensas.
 
DIU – O dispositivo feito de polietileno ou cobre é inserido na cavidade uterina da mulher, evitando a gravidez. O DIU não libera hormônio e, portanto é ideal para mulheres que sentem náuseas ou dores de cabeça com contraceptivos como a pílula, ou que têm contraindicações ao uso do hormônio como, por exemplo, fumantes, hipertensas, ou mulheres que estão amamentando. Tem duração de 5 a 10 anos e não deve ser usado para mulheres que pretendem engravidar dentro deste período.
 
DIU hormonal – Também chamado de sistema intrauterino (SIU), tem duração de cinco anos. Libera o hormônio progesterona. Um dos destaques deste método é reduzir a quantidade de sangramento.
 
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Injeções - método é prático, as injeções tem duração de 3 meses,
mas elas estão associadas ao ganho de peso e ciclo desregulado
Anel contraceptivo – Transparente e flexível, o anel deve ser inserido pela própria mulher uma vez ao mês, permanecendo na vagina por 21 dias, com interrupção de uma semana para menstruar. Ele libera os hormônios estrogênio e progesterona de forma gradual e contínua, inibindo a ovulação. É indicado para mulheres que se esquecem de tomar a pílula oral.
 
Adesivo - Tem a absorção mais rápida do hormônio estrogênio e evita náuseas e cefaleias. O adesivo deve ser fixado na pele durante sete dias, sendo trocado depois desse período. A cada três semanas, é preciso dar uma pausa para menstruar.
 
Injetáveis – A injeção mensal é o método mais indicado para quem viaja muito, tem uma rotina corrida ou simplesmente se esquece de tomar comprimidos. De acordo com o médico Jarbas Magalhães, o método tende a acarretar a diminuição do ciclo. Há ainda as injeções com duração de 3 meses, mas elas estão associadas ao ganho de peso e irregularidades menstruais.
 
iG

Escolha o colchão certo para você

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O segredo do colchão certo é saber escolher
Você já pensou que para escolher o colchão ideal é preciso prestar atenção ao seu peso? Aqui no Brasil, as pessoas dormem, em média, 23 anos, 9 meses e 7 dias durante toda a vida

Para manter a saúde e a qualidade de vida, os especialistas recomendam de 6 a 8 horas de sono por dia. Pode parecer simples para alguns, mas, para outros, como os que sofrem com a insônia, por exemplo, é uma tarefa muito complicada.  Durante o sono, o cérebro libera hormônios que equilibram o corpo e estabilizam todas as novas informações.

O segredo do colchão certo é saber escolher, não é preciso gastar rios de dinheiro. Segundo o Dr. Vinicius Benites, que é neurocirurgião e especialista em doenças da coluna, dormir em colchões não adequados para o peso, faz com que o produto se deforme e o peso do corpo não seja distribuído de maneira homogênea. “Alguns pontos do corpo ficam sob maior tensão e podem ser prejudicados”, explica.

Para casais, vale a dica: “Quando se trata de colchão de casal, a escolha deve ser feita levando-se em conta o peso da pessoa mais pesada”, esclarece.
 
 
 
 
E nada de dormir desajeitado no sofá. Além do colchão, a posição na hora de dormir pode causar dores na coluna. De acordo com o especialista, pessoas que já tenham algum tipo de dor nas costas e aquelas que ficam nas mesmas posições por muito tempo ou costumam dormir no sofá devem ficar atentas.
 
 
 
“O ideal é dormir de lado, com um travesseiro que deixe o pescoço alinhado e com uma almofada entre as pernas. Nesta posição, a coluna está em linha reta”, indica. O neurocirurgião conta que o uso de travesseiro muito alto pode causar dor e que causa o mesmo efeito que dormir mal posicionado em um sofá.

No quadro abaixo, você pode conferir qual o colchão mais indicado:


Universo Jatobá / Revista Época / G1

10 passos para você trabalhar menos e produzir mais

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Trabalhar horas e horas a mais que o expediente de trabalho nem
sempre é sinônimo de produtividade
Nem sempre trabalhar muito é sinônimo de produtividade. Veja as dicas de especialistas para aproveitar melhor o tempo
 
Você chega ao seu escritório e começa a ler seus e-mails para resolver as pendências. Enquanto um e-mail mais pesado carrega, abre o projeto que precisa terminar até sexta-feira. Nesse meio tempo, o seu telefone toca e seu chefe lhe pede para preparar uma apresentação para a reunião de quinta-feira. Você então começa a esboçar a apresentação, até ser interrompido por um colega do setor financeiro que está cobrando as notas fiscais de um projeto já finalizado. Você deixa de lado o que está fazendo e vai atrás das notas. Ao todo, já se passou uma hora do expediente e você ainda não chegou perto de concluir qualquer tarefa.
 
Ainda que as atividades do exemplo acima não sejam nada semelhantes ao que você vive no seu dia a dia, esta situação de ter várias coisas para realizar e não conseguir finalizar nenhuma é comum à muitos todos os profissionais. Como consequência, muitos sacrificam a vida pessoal e trabalham mais de 10 horas por dia para terminar o seu trabalho. Ou seja, o famoso workaholic (do “work-a-holic”, em inglês, ou viciado em trabalho) do seu escritório pode, na verdade, ser apenas alguém que não consegue organizar o seu tempo e melhorar a produtividade.
 
No entanto, não é preciso sentir-se culpado por isso. Não conseguir aproveitar bem o seu tempo de trabalho é reversível e, em alguns casos, não é só uma questão de personalidade dispersa. “Tem uma questão de ferramenta. Às vezes, a pessoa não consegue focar e aumentar a produtividade porque ela não conhece as ferramentas que podem ajudá-la a fazer isso”, conta o coach especialista em administração de tempo, Daniel Burd, da Call Daniel.
 
Para ajudá-lo a trabalhar menos e produzir mais, o iG ouviu especialistas em administração de tempo e criou uma lista com dez dicas práticas e fáceis de serem aplicadas no dia a dia do ambiente de trabalho.
 
No entanto, a coach Jaqueline Weigel, sócia-fundadora da Weigel Coaching, lembra que o trabalhar menos não significa diminuir a sua carga horário. “É você ser mais eficiente, ou seja, você conseguir aproveitar melhor o tempo e ter uma qualidade melhor de produção. Por 'menos', a gente quer dizer menos preço a ser pago, menos exaustão e sacrifício. E produzir mais é ter mais resultado e ser capaz de fazer isso com qualidade e satisfação", lembra Jaqueline.
 
Veja abaixo 10 dicas para você trabalhar menos e produzir mais no seu dia de trabalho:
 
1 - Tenha uma agenda
Parece simples, mas ter o costume de utilizar uma agenda ou um calendário pode otimizar, e muito, o seu dia a dia. Seja de papel ou eletrônica, a agenda vai tirar do seu cérebro a responsabilidade de armazenar todas as atividades que você precisa realizar. “Quando você anota uma coisa em algum lugar, você se foca na sua tarefa do dia e não no que você tem que fazer amanhã”, conta Jaqueline.
 
2 - Divida o seu dia em blocos
Por uma semana, anote o tempo que você leva para fazer todas as atividades do seu trabalho. Depois, divida estas atividades em três blocos: as que realmente são importantes e trazem resultados, as que são emergenciais, ou seja, atividades que surgiram durante o dia e precisaram ser resolvidas naquele momento e as circunstanciais, que são as tarefas que não trazem resultados muito relevantes, como olhar e-mails, organizar o escritório e atender o telefone. No final, verifique se não está gastando tempo demais fazendo coisas que não vão lhe trazer nenhum resultado. Para o especialista Júlio Amorim, da consultoria Great Group, o ideal é que o profissional gaste, pelo menos, 60% do tempo dela fazendo as atividades do primeiro grupo, que são as mais relevantes. Em seguida, as atividades emergenciais e, por último, as circunstanciais.
 
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Tenha um grande objetivo para o dia
3 - Tenha um grande objetivo para o dia
Ao chegar no escritório, priorize uma grande atividade para dedicar mais tempo, seja um grande projeto no qual está trabalhando ou a apresentação de uma reunião importante no dia seguinte. "Não faça uma lista de cinco ou de sete objetivos. Tudo o que você fizer a mais que o objetivo principal é lucro. O que acontece é que as pessoas colocam várias metas e não conseguem atingir tudo, depois ficam frustradas", ressalta Burd.
 
4 - Estipule um prazo para todas as tarefas
Toda atividade precisa de um bom planejamento para ser executada de maneira assertiva e sem tomar mais tempo que o necessário. Desta maneira, a primeira coisa que se deve fazer antes de começar a trabalhar em cima de uma tarefa é estipular um prazo para que ela acabe. Quando o profissional inicia uma atividade sem um prazo para terminar ele está mais suscetível a se dispersar com outras demandas que surgirem durante o processo. Para Amorim, é imprescindível que o funcionário negocie com o líder o horário ou data de entrega de um projeto que ele tenha lhe passado, pois sem este limite o profissional corre o risco de levar mais tempo que o desejado pelo seu chefe.
 
5 – Organize o seu e-mail em pastas
Em alguns casos, o profissional recebe dezenas e até centenas de e-mails durante um único dia de trabalho, facilitando a dispersão e a perda de tempo com uma atividade que, a princípio, parece simples. Segundo Daniel Burd, o recomendável é que a pessoa crie quatro pastas em seu sistema de e-mails, para melhorar o uso da ferramenta.

Pasta 1 –“Aguardando resposta” – Coloque nesta pasta os e-mails que você mandou para alguém e ainda está aguardando o retorno. Pelo menos uma vez por semana entre nesta pasta e exclua os e-mail que você já obteve resposta.

Pasta 2 – “Ações não-urgentes” – Nesta pasta, deixe os e-mails que você pretende responder, mas que não são tão urgentes, como um documento que você precisa ler ou uma demanda que pode ser respondida na próxima semana.

Pasta 3 – “Arquivo” – Deixe nesta pasta os e-mails que não demandam nenhuma ação, que já foram respondidos e que você deseja guardar apenas para uma futura pesquisa e referência.

Pasta 4 – “Caixa de Entrada” – Nesta pasta, a mais importante, você deve deixar apenas os e-mails que precisam ser respondidos à curto prazo.
 
6 – Reserve um tempo do dia para o imprevisto
Antes de criar o hábito de organizar o tempo que dedicará do seu dia de trabalho para cada atividade, lembre-se que nem tudo está sob o seu controle e que imprevistos acontecem. Uma reunião pode demorar mais do que o agendado anteriormente, uma negociação com um cliente pode ser mais trabalhosa do que o imaginado ou, simplesmente, uma queda de energia pode interromper o seu trabalho por alguns minutos. Segundo o especialista em produtividade e administração de tempo Christian Barbosa, o ideal é que o profissional reserve de duas a três horas do dia para as atividades não planejadas. “Dessa forma, você terá um dia com atividades importantes e, quando eventuais urgências aparecem, entrarão em seu dia no espaço previsto, sem necessidade de um acúmulo extra de trabalho. Quanto mais você se planejar, menos urgências você terá e as situações fora da programação serão menos frequentes”, diz ele.
 
7 – Compartilhe as responsabilidades
Alguns profissionais têm dificuldade de atender a tantos pedidos de seus líderes por dependerem da ação de terceiros para concluírem suas tarefas. Quando estas pessoas se atrasam, o profissional acaba passando horas a mais no escritório para conseguir entregar tudo no tempo estipulado pelo seu chefe. Para evitar que isto aconteça, o diálogo é a melhor solução. Além de deixar claro para as outras pessoas qual é o seu próprio prazo, crie, em conjunto com elas, um limite para que cada uma entregue o que precisa a tempo de você finalizar o projeto. Dessa forma, todos estarão comprometidos e você não se sobrecarrega minutos antes da entrega.
 
8 - Reserve um tempo para não fazer nada
Isso mesmo. Para obter uma melhor produtividade dentro do ambiente profissional não é preciso ficar horas seguidas em frente ao computador, atendendo o telefone e respondendo e-mails. Pelo contrário, quando fazemos isso, forçamos o nosso cérebro a trabalhar intensamente e o nosso raciocínio começa a ficar confuso. De acordo com Jaqueline, o tempo ocioso colabora para uma melhor concentração do profissional quando ele sentar e voltar a trabalhar. Faça intervalos de dez minutos a cada hora para conversar com colegas, comer alguma coisa e descansar.
 
9 – Organize o seu ambiente de trabalho
Segundo Christian Barbosa, “ambiente bagunçado é um convite para a improdutividade”. Isto não significa que o profissional precisa ser metódico e compulsivo por uma mesa ou gaveta organizada. Na verdade, se mesmo não reservando um espaço específico para cada tipo de documento você consegue encontrar o que precisa sem perder tempo, ótimo. O problema se cria quando o ambiente está tão desorganizado que a pessoa gasta mais de meia hora vasculhando o escritório para encontrar uma pasta. No entanto, Barbosa lembra que não é preciso organizar tudo em um dia, pois provavelmente você irá se cansar e desistirá. Reserve um tempo de cada dia para organizar as gavetas, depois em outro dia para organizar as pastas e assim por diante.
 
10 – Saiba dizer não
Sabe aquele pedido que o seu chefe faz para ser entregue daqui meia hora e que você sabe que levará pelo menos duas horas? Pois então, é esse o momento em que você precisa admitir que não conseguirá concluir a tarefa no tempo estipulado e que precisará de mais tempo ou de ajuda. Sem deixar isso claro para o seu líder, ele entenderá que você concorda em entregar o que lhe foi pedido no prazo que ele lhe passou. Desta maneira, ou você vai fazer um trabalho ruim, ou vai ultrapassar o prazo e deixar que seu chefe interprete o seu atraso de uma maneira equivocada. "Você precisa admitir que o tempo é limitado e que a sua capacidade é limitada. A chave do sucesso não é você fazer mais coisas do que consegue. As pessoas têm dificuldade de admitir que não conseguem. Essa é a maior barreira para conseguir produzir mais em menos tempo”, aponta Jaqueline Weigel.
 
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Cinco sinais de que você não está preparado para ser chefe

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O chefe é a figura com a pior fama no escritório. Mas será
que você seria melhor do que ele?
O chefe é a figura com a pior fama no escritório. Mas será que você seria melhor do que ele ocupando um cargo de liderança?
 
Quem nunca falou mal de um chefe? Por ele ser arrogante, por lhe sobrecarregar de tarefas, por dar sinais de que não sabe o que está fazendo ou simplesmente porque o “santo não bateu”. A figura mais temida do escritório é assunto de muitas conversas na área do cafezinho e, normalmente, nunca é boa coisa. No entanto, quando você se tornar chefe, será que vai ser tão melhor assim?
 
De acordo com um estudo da consultoria global de gestão de negócios Hay Group, realizado a partir de informações de 3.089 líderes brasileiros, 63% não conseguem criar um bom clima em suas equipes. Isso porque, ainda hoje, a maioria das empresas não investe no desenvolvimento das competências de liderança de seus funcionários. Isso afeta diretamente a produtividade das equipes e, consequentemente, os resultados das organizações.
 
Felizmente, para a diretora de Gestão de Carreiras da Right Management, Simone Leon, a tendência é que as empresas invistam mais na criação de bons gestores, apesar de ainda existir uma grande lacuna a ser preenchida. “Ainda falta preparar o gestor de negócios que consegue desenhar estratégias, um plano prático, enxergar o papel de cada colaborador na entrega dessa estratégia e fazer o desdobramento das metas individuais”, observa.
 
Mesmo que a companhia para a qual você trabalha não seja uma das que já prezam pela boa qualidade dos gestores, talvez seja a hora de fazer uma auto avaliação e descobrir se você tem ou não as características de um bom líder.
 
Veja abaixo os sinais de que você não está preparado para ser chefe:
 
1 - Você quer ser promovido pelo status
Mudar de cargo não é uma premiação e, por mais que a ideia de delegar tarefas lhe pareça tentadora, ser líder é muito mais do que isso. “Normalmente, a expectativa de ter um aumento de salário, de benefícios e ter um outro status cega os profissionais. Ele acha que é só isso que vem com o novo cargo”, comenta Simone.
 
A promoção é um depósito de confiança que a companhia faz no profissional, acreditando que ele tem a capacidade de entregar mais resultados e motivar outras pessoas a fazerem o mesmo.
 
Consequentemente, a cobrança passa a ser maior. Portanto, é preciso desejar ser um líder quando se tem plena consciência de que tem capacidade para isso, não pelo simples prazer de chefiar.
 
2 – Você não tem uma visão macro do negócio
Para o especialista em RH, Rodrigo Evangelista, sócio da Hprojekt, um bom ponto a ser observado para saber se você está pronto para liderar é o seu grau de conhecimento sobre o negócio. Na maioria dos cargos operacionais, o profissional volta a sua atenção para os detalhes técnicos da sua tarefa, limitando a sua visão a uma pequena parte da empresa.
 
É comum que gestores de primeira viagem tenham dificuldade de ampliar a sua visão. O ideal é que o profissional deixe que o seu time se encarregue dos detalhes e passe a gerenciar pensando no impacto dos seus resultados na estratégia de negócio da empresa como um todo. Porém, um líder
 
3 - Você não gosta de pessoas
Ser um bom chefe não significa ser o melhor amigo do seu funcionário, mas também não há liderança efetiva se você não souber nem ao menos o nome do seu subordinado. Uma de suas principais funções será justamente a de administrar pessoas e, para isso, é preciso ter um mínimo de interesse em conhecer a sua equipe e as capacidades específicas de cada um, de forma natural.
 
Ao se aproximar mais dos funcionários, além de criar um ambiente mais agradável, o gestor conseguirá delegar as tarefas certas para cada perfil de profissional, aumentando a produtividade. “Se for uma pessoa mais analítica e observadora, eu vou delegar atividades mais técnicas. Se for comunicativa, eu vou passar atividades voltadas para negociação”, exemplifica Evangelista.
 
Além disso, ele também terá a oportunidade de identificar os pontos fracos de seus liderados e pensar em como desenvolver estas novas capacidades.
 
É preciso saber lidar com as burocracias:
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4 - Você não lida bem com burocracia
Por mais criativo e despojado que seja o seu emprego, sempre há regras a serem seguidas – desde as leis trabalhistas, como o direito a férias, pagamento de horas extras, até mesmo as políticas de conduta da própria empresa. Se você boceja só de pensar em ter de lidar com isso, talvez seja melhor não aceitar uma promoção a chefia.
 
Muitas vezes, o gestor de cada equipe é quem fica encarregado de supervisionar se todos os seus subordinados estão trabalhando de acordo com as regras. Além disso, ele é uma ponte entre o funcionário e os outros setores. Assim, se alguém da sua equipe não recebeu um dos benefícios neste mês, por exemplo, você terá de se envolver, mesmo que não faça parte do setor financeiro.
 
5 - Você acha que ninguém trabalha tão bem quanto você
Sabe aquele ditado “Se quer bem feito, faça você mesmo”? Com certeza não foi dito por um chefe. “Se você não confia que você pode desenvolver e orientar alguém a fazer tão bem ou melhor que você, você nunca vai poder ser um líder, porque você não vai mais poder fazer aquele trabalho, quem vai fazer está abaixo de você”, diz Simone.
 
No entanto, mesmo que você tenha identificado esses sinais em si mesmo, lembre-se que essas características são reversíveis. Buscar desenvolver essas qualidades aumentará as suas chances de promoção e, quando isso acontecer, você estará melhor preparado para ocupar o cargo de chefia que tanto deseja. “É possível mudar. O medo do novo é normal. Você passa a ter responsabilidades pessoais e da sua equipe, então a ansiedade da pessoa tende a aumentar mesmo”, tranquiliza Evangelista.
 
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Revolução genética na saúde vai gerar dietas personalizadas

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Especialistas afirmam que é preciso conhecer genes para montar
uma dieta mais eficaz
Pessoas que seguiram um regime baseado em perfis genéticos individuais tiveram perda de peso 33% maior, diz estudo
 
A dieta vai ficar cada vez mais personalizada. Pesquisadores italianos defenderam na conferência da Sociedade Europeia de Genética Humana que com a maior compreensão de genes relacionados à percepção do gosto e às preferências alimentares será possível criar dietas mais eficientes. Um estudo mostrou que pessoas que seguiram um regime baseado em perfis genéticos individuais tiveram uma perda de peso 33% maior do que aqueles que seguiram um plano não-personalizado.

Os  pesquisadores aplicaram o conhecimento de 19 genes diferentes para personalizar as dietas. Os cardápios foram estipulados para a perda de peso padrão subtraindo 600 calorias das necessidades nutricionais individuais. As 191 pessoas obesas que participaram do estudo foram divididas em dois grupos: 87 no grupo de teste e 104 no controle.

As dietas foram moduladas de acordo com os perfis genéticos individuais. Pessoas cujo perfil genético mostrava que elas tinham metabolismo lipídico menos eficiente, receberam menos lipídeos em sua dieta, por exemplo. A quantidade total de calorias foi igual o grupo teste e o grupo controle. No fim de dois anos, a dieta baseada na genética se mostrou muito mais eficiente que a não personalizada. 
 
Bom para a saúde
Os pesquisadores afirmam que os benefícios não estão apenas na perda de peso, mas também na prevenção de doenças como o câncer, depressão e hipertensão. "Descobrindo as bases genéticas das preferências de gosto e comida, seremos capazes de aumentar não só a eficácia das intervenções nutricionais, mas também a conformidade com os alimentos ", disse Nicola Pirastu, pesquisador da Universidade de Trieste, na Itália.
 
Com base em vários experimentos, Pirastu e Antonietta Robino, do Instituto de saúde materno-infantil, propõem uma nova abordagem no que se refere a dietas. Eles acreditam que é preciso identificar novos genes e suas implicações em distúrbios alimentares como sobrepeso, obesidade e diabetes.
 
Para tentar desvendar as bases genéticas para determinadas preferências alimentares, eles analisaram o genoma de 2.311 italianos, 1.755 indivíduos de outros países da Europa e da Ásia Central. Os pesquisadores descobriram 17 genes independentes relacionados ao gosto de certos alimentos, incluindo alcachofras, bacon, café, chicória, chocolate escuro, queijo azul, sorvete, fígado, óleo ou manteiga no pão, suco de laranja, iogurte, vinho e cogumelos. Surpreendentemente, nenhum dos genes identificados pertencia à categoria dos receptores de gosto ou cheiro.
 
"Até agora, a maioria dos estudos têm se centrado apenas nos receptores de gosto específico, especialmente amargos. Os resultados têm sido bem sucedidos em parte na tentativa de compreender a genética por trás da percepção de compostos específicos, tais como a cafeína e quinino," diz Antonietta Robino, do Instituto de saúde materno-infantil, em Trieste, na Itália. "Nosso trabalho expandiu esta abordagem para o genoma, com o objetivo de esclarecer quais genes específicos conduzem as diferenças individuais na percepção de gosto e preferências alimentares."
 
Os cientistas afirmaram que saber por que indivíduos preferem determinados gostos de comida e conseguir personalizar as intervenções irá ajudar a saúde pessoas mais velhas. A dieta saudável e personalizada pode melhorar sua qualidade de vida, bem como fazer economias consideráveis para os sistemas de saúde.
 
"Há ainda muito que precisa ser feito para entender quais características fazem certos alimentos afetarem a composição genética de um indivíduo," diz o Pirastu. "Por exemplo, encontramos uma forte correlação entre o gene HLA-DOA e o gosto de vinho branco, mas não fazemos ideia do que, nas características do vinho branco, este gene influencia. Nossos estudos serão importantes para a compreensão da interação entre o ambiente, estilos de vida e o genoma na determinação de resultados em saúde”, completa.

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