Thinkstock - HIV reapareceu em criança no Mississipi |
Um bebê que nasceu nos Estados Unidos com HIV e que se acreditava ter sido curado após tratamento voltou a apresentar sinais de que ainda abriga o vírus.
A criança de quatro anos, que é do Estado de Mississipi, passou por
testes na semana passada que indicaram que o vírus ressurgiu, dizem
médicos.
Em março ela parecia estar livre do vírus, depois de ficar quase dois anos sem receber tratamento.
A notícia reduz as esperanças de que o tratamento precoce possa reverter a infecção permanentemente.
Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças
Infecciosas, disse à mídia americana que os novos resultados foram
"obviamente decepcionantes" e teria possíveis implicações em um iminente
estudo nacional sobre o HIV.
— Nós vamos dar uma boa olhada no estudo e verificar se ele precisa de alguma mudança —disse.
A criança, apelidada de "bebê Mississippi", não recebeu nenhum cuidado pré-natal anti-HIV antes do nascimento.
Ela passou a receber um intenso tratamento contra o vírus poucas horas após o parto.
O bebê continuou a receber o tratamento até os 18 meses de idade, mas
foi interrompido quando os médicos perderam contato com a família.
Quando retornou, 10 meses depois, nenhum sinal de infecção pelo HIV foi
encontrado e sua mãe disse que não havia fornecido nenhuma medicação
contra o vírus para a filha no período.
Repetidos testes não tinham detectado indícios do vírus HIV na menina
até a semana passada. Os médicos ainda não sabem por que o vírus
ressurgiu.
Outra criança
Uma segunda criança recebeu tratamento anti-HIV precoce, poucas horas após o nascimento, em Los Angeles, em abril de 2013.
Testes indicam que ela não possui sinais do vírus, mas seu tratamento
não foi interrompido, como ocorreu com o "bebê Mississipi".
Atualmente, acredita-se que apenas um adulto tenha sido curado do HIV.
Em 2007, Timothy Ray Brown recebeu um transplante de medula óssea de um
doador com uma mutação genética rara que é resistente ao vírus. Ele não
tem mostrado sinais de infecção há mais de cinco anos.
R7