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quinta-feira, 18 de maio de 2017

Biomarcadores apoiam a decisão médica no tratamento de sepse

A sepse, ou infecção generalizada, é mais mortal do que se imagina. Estudos epidemiológicos brasileiros, coordenados pelo Instituto Latino Americano de Sepse (ILAS), apontam que a taxa de mortalidade em nosso país pode chega a 55% dos pacientes que apresentam sepse nas UTIs

Por Rosana Monteiro-Vero Press

Na última década, a taxa de incidência da doença aumentou entre 8% e 13%, e causou mais óbitos do que câncer de mama e de intestino.

A Sepse pode ser definida como a resposta sistêmica a uma doença infecciosa, causada por bactérias, vírus, fungos ou protozoários. Como a doença pode estar relacionada a qualquer foco infeccioso, as infecções mais comumente associadas à sua ocorrência são a pneumonia, a infecção intra-abdominal e a infecção urinária. A pneumonia responde por metade dos casos.

A Sepse é uma das principais causas de mortalidade em UTIs e o maior gerador de custos no setor público e privado.

Dependendo da eficácia do diagnóstico e do tratamento, a Sepse pode ser curada com antibióticos – maioria dos casos –, ou evoluir para um quadro grave e até matar. Por isso se diz que, em termos de Sepse, um minuto faz muita diferença, ou seja, detecção precoce e intervenção clínica rápida são fundamentais para salvar vidas.

Diante desse desafio, a bioMérieux, empresa francesa líder mundial em diagnóstico in vitro, oferece no Brasil um biomarcador que permite auxiliar o diagnóstico, chamado Procalcitonina (PCT).

A Procalcitonina é uma substância que não é encontrada no sangue de uma pessoa saudável. Ela é liberada por diversos órgãos quando há infecção bacteriana. Quanto maior a presença de PCT no plasma sanguíneo, maior a gravidade desta infecção.

O teste para detectar a Procalcitonina no Sistema VIDAS®, da bioMérieux, é realizado em apenas 20 minutos, por meio de amostra de sangue, sendo possível obter os primeiros resultados que são decisivos para que o paciente receba o tratamento adequado nesse curto período de tempo.

Dosagens de procalcitonina podem ajudar no diagnóstico precoce e no estabelecimento do prognóstico, na avaliação clínica e na orientação do tratamento, e ainda diminuir a incidência de bactérias multirresistentes a antibióticos nos hospitais, as chamadas superbactérias.

Estudos têm mostrado também que o investimento para medir a PCT de forma frequente é muito baixo e compensa a possibilidade de redução expressiva nos custos com antibióticos e UTI.

Na sepse, o aumento dos níveis de PCT pode ser observado de 3 a 6 horas após o início da infecção. Em infecções virais, doenças inflamatórias, doenças crônicas ou processos autoimunes, os níveis da PCT são baixos, permitindo, assim, o diagnóstico diferencial entre infecções bacterianas e as diversas condições clínicas.

O diagnóstico precoce da Sepse e o tratamento apropriado fazem a diferença. Um paciente que recebe a terapia antimicrobiana adequada na primeira hora do diagnóstico tem 80% de chance de sobreviver. Essa chance diminui 7,6% a cada hora que passa sem a terapia antimicrobiana. Se ao contrário, o paciente receber a terapia inadequada, ele tem cinco vezes mais chances de morrer, segundo os especialistas.

Saúde Business

Wearable devices podem revolucionar a assistência

Em 2021, os dispositivos vestíveis, ou wearable devices, devem chegar a 97 milhões de unidades, contra 2,5 milhões contabilizados em 2016, e a receita total gerada no mesmo período será de aproximadamente US$ 18 bilhões

Por SAP


É o que aponta pesquisa da Tractica, empresa de inteligência de mercado. E ao que tudo indica boa parte desse montante será destinado a auxiliar os profissionais da Saúde em suas tarefas rotineiras e no monitoramento de pacientes com doenças crônicas.

Os wearable devices possuem biossensores – que podem estar no smartphone, em um relógio, em um chip implantado sob a pele ou ingerido como uma pílula – que monitoram a pressão arterial e diversos outros biomarcadores. Além de coletar os dados vitais mais simples, poderão rastrear até alterações hormonais ou no sangue, por exemplo, abrindo margem à prevenção de possíveis doenças e, em larga escala, à criação de indicadores sanitários.

No futuro, espera-se que os médicos possam usar biossensores para determinar o quão bem um fármaco é metabolizado pelo organismo e ajustar a dose e a frequência em conformidade com o estado de saúde do paciente, além de monitorar os pacientes remotamente, com braceletes que controlam os sinais vitais e dispositivos sem fio que determinem dados sobre os corações da mãe e do feto durante o parto.

Por outro lado, a tecnologia impulsiona a mudança da função tradicional dos pacientes, permitindo escolhas mais embasadas em relação à sua saúde e bem-estar. Ele poderão, por exemplo, acessar prontamente informações de saúde e diagnosticar suas próprias condições ou facilmente obter resultados de exames e, até, receber assistência mais eficaz. Segundo pesquisa feita pela consultoria PwC, 80% dos consumidores acreditam que um importante benefício da tecnologia vestível é seu potencial de tornar o tratamento mais conveniente.

Fora do Brasil, já existem alguns wearable devices que fomentam essa tendência, como a solução de monitoramento cardíaco criada pela startup Biotricity, que permite aos médicos diagnosticar doenças coronárias e cardiovasculares, além de monitorar e detectar arritmias remotamente; e o sensor vestível da Sano Intelligence, que, sem nenhuma incisão, pode ler e transmitir dados químicos do sangue para qualquer dispositivo, e monitorar o metabolismo.

Os wearable devices, ao lado de tecnologias como Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP) e checagem à beira leito otimizam a gestão hospitalar, desempenhando um papel fundamental na transformação e melhora da assistência. Porém, o acesso a informações tão individualizadas dos pacientes ainda incorre em questões éticas, que envolvem o sigilo médico e de segurança da informação.

Saúde Business

Teste rápido para HIV ganha registro no Brasil

Exame detecta a presença do anticorpo do vírus HIV a partir da coleta de gotas de sangue. Resultado demora de 15 a 20 minutos para sair

Teste rápido para detectar HIV é registrado pela Anvisa (Foto: Divulgação/ Orange Life)
Teste rápido para detectar HIV é registrado pela Anvisa (Foto: Divulgação/ Orange Life)

Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) divulgou nesta quarta-feira (17) que registrou o primeiro autoteste para detectar exposição ao vírus da Aids que será vendido em farmácias e drogarias do Brasil.

Segundo o órgão, o exame detecta a presença do anticorpo do vírus HIV a partir da coleta de gotas de sangue, e o resultado demora de 15 a 20 minutos para sair. Segundo Marco Colovatti, presidente da Orange Life, fabricante do teste, no momento estão sendo feitas as negociações com as redes de farmácias para distribuir o produto. Ele acredita que estará disponível para o consumidor em cerca de 30 dias. O fabricante não tem como informar o preço final ao consumidor, que depende dos intermediários, mas Colovatti acredita que será ao redor de R$ 50 por unidade.

A fábrica da Orange Life, no estado do Rio de Janeiro, tem capacidade para fabricar 100 mil testes por mês.

O exame rápido funciona para os dois subtipos do vírus que provocam a Aids e, de acordo com a Anvisa, demonstrou sensibilidade e efetividade de 99,9%. No entanto, só pode indicar a presença do HIV após 30 dias da exposição ao vírus.

Se o resultado der positivo, recomenda-se confirmá-lo com um teste de laboratório. Em caso de resultado negativo, o teste deve ser repetido após 30 dias e outra vez depois de mais 30 dias até completar 120 dias após a primeira exposição.

Até o momento, testes de HIV eram feitos somente com intermédio de profissionais de saúde em laboratórios, centros de referência e unidades de testagem móvel.

A Anvisa definiu as regras para a venda de testes rápidos de HIV em novembro de 2015.

G1