A sepse, ou infecção generalizada, é mais mortal do que se imagina. Estudos epidemiológicos brasileiros, coordenados pelo Instituto Latino Americano de Sepse (ILAS), apontam que a taxa de mortalidade em nosso país pode chega a 55% dos pacientes que apresentam sepse nas UTIs
Por Rosana Monteiro-Vero Press
Na última década, a taxa de incidência da doença aumentou entre 8% e 13%, e causou mais óbitos do que câncer de mama e de intestino.
A Sepse pode ser definida como a resposta sistêmica a uma doença infecciosa, causada por bactérias, vírus, fungos ou protozoários. Como a doença pode estar relacionada a qualquer foco infeccioso, as infecções mais comumente associadas à sua ocorrência são a pneumonia, a infecção intra-abdominal e a infecção urinária. A pneumonia responde por metade dos casos.
A Sepse é uma das principais causas de mortalidade em UTIs e o maior gerador de custos no setor público e privado.
Dependendo da eficácia do diagnóstico e do tratamento, a Sepse pode ser curada com antibióticos – maioria dos casos –, ou evoluir para um quadro grave e até matar. Por isso se diz que, em termos de Sepse, um minuto faz muita diferença, ou seja, detecção precoce e intervenção clínica rápida são fundamentais para salvar vidas.
Diante desse desafio, a bioMérieux, empresa francesa líder mundial em diagnóstico in vitro, oferece no Brasil um biomarcador que permite auxiliar o diagnóstico, chamado Procalcitonina (PCT).
A Procalcitonina é uma substância que não é encontrada no sangue de uma pessoa saudável. Ela é liberada por diversos órgãos quando há infecção bacteriana. Quanto maior a presença de PCT no plasma sanguíneo, maior a gravidade desta infecção.
O teste para detectar a Procalcitonina no Sistema VIDAS®, da bioMérieux, é realizado em apenas 20 minutos, por meio de amostra de sangue, sendo possível obter os primeiros resultados que são decisivos para que o paciente receba o tratamento adequado nesse curto período de tempo.
Dosagens de procalcitonina podem ajudar no diagnóstico precoce e no estabelecimento do prognóstico, na avaliação clínica e na orientação do tratamento, e ainda diminuir a incidência de bactérias multirresistentes a antibióticos nos hospitais, as chamadas superbactérias.
Estudos têm mostrado também que o investimento para medir a PCT de forma frequente é muito baixo e compensa a possibilidade de redução expressiva nos custos com antibióticos e UTI.
Na sepse, o aumento dos níveis de PCT pode ser observado de 3 a 6 horas após o início da infecção. Em infecções virais, doenças inflamatórias, doenças crônicas ou processos autoimunes, os níveis da PCT são baixos, permitindo, assim, o diagnóstico diferencial entre infecções bacterianas e as diversas condições clínicas.
O diagnóstico precoce da Sepse e o tratamento apropriado fazem a diferença. Um paciente que recebe a terapia antimicrobiana adequada na primeira hora do diagnóstico tem 80% de chance de sobreviver. Essa chance diminui 7,6% a cada hora que passa sem a terapia antimicrobiana. Se ao contrário, o paciente receber a terapia inadequada, ele tem cinco vezes mais chances de morrer, segundo os especialistas.
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