Aplicativos, carreira, concursos, downloads, enfermagem, farmácia hospitalar, farmácia pública, história, humor, legislação, logística, medicina, novos medicamentos, novas tecnologias na área da saúde e muito mais!



terça-feira, 19 de julho de 2011

Dicionário de termos médicos E


  • Edema: líquido acumulado nos tecidos
  • Enurese: Incontinência urinária
  • Epistaxe: Sangramento do nariz
  • Equimose: estrias roxas pela pele
  • Eritema multiforme: lesões avermelhadas na pele
  • Eructação: Arroto
  • Erupção cutânea: Lesão na pele
  • Escotoma: Área comprometida no campo visual
  • Estomatite: Inflamação na cavidade bucal

Medicamentos genéricos e similares: Você sabe a diferença?

Medicamentos genéricos, similares, de referência, manipulados e fitoterápicos. Diferenças que podem afetar a sua saúde.

A prescrição de um medicamento é responsabilidade do médico após uma avaliação diagnóstica adequada. Mas é sua responsabilidade a compra e o uso consciente do medicamento.

Para esclarecer dúvidas comuns sobre medicamentos, principalmente a questão dos medicamentos genéricos, foi criado este guia utilizando as resoluções mais recentes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).

O que são medicamentos de referência ou de marca?

São, normalmente, medicamentos inovadores, cuja eficácia, segurança e qualidade foram comprovadas cientificamente, por ocasião do registro junto ao Ministério da Saúde, através da Anvisa. São os medicamentos que, geralmente, se encontram há bastante tempo no mercado e têm uma marca comercial conhecida.
Estes medicamentos são produtos de anos de pesquisa, e geralmente, seus laboratórios descobriram as substâncias e realizaram exaustivos testes para avaliar segurança e eficácia.
Juntamente com os custos de divulgação da marca, os custos de pesquisa e desenvolvimento, de maneira geral, encarecem o medicamento de referência. 

O que são medicamentos similares?

Os similares são medicamentos que possuem o mesmo fármaco, a mesma concentração, forma farmacêutica, via de administração, posologia, indicação terapêutica e qualidade do medicamento de referência, mas não são intercambiáveis com este. São identificados por um nome de marca e também não são intercambiáveis com os genéricos e vice-versa.

O que são medicamentos manipulados?

Medicamentos manipulados são feitos em uma farmácia de manipulação autorizada pela Vigilância Sanitária e contém o princípio ativo e a dose definida pelo médico que prescreveu.

As farmácias de manipulação apresentam estes medicamentos como alternativas às doses padrões disponibilizadas pela indústria, ou seja, existe a possibilidade de personalização da dose ou mesmo da combinação de princípios ativos em uma única cápsula. A ANVISA está buscando a consolidação das resoluções sobre medicamentos manipulados.

O que são medicamentos fitoterápicos?

Também conhecidos como medicamentos naturais.

Plantas medicinais são aquelas que possuem tradição de uso em uma população ou comunidade e são capazes de aliviar sintomas ou mesmo prevenir ou curar doenças. Ao serem processadas para a obtenção de um medicamento, tem-se como resultado o medicamento fitoterápico.

O medicamento fitoterápico é uma extração da matéria prima vegetal.

Não são medicamentos fitoterápicos:
  • Partes de plantas como folhas, pós, macerados,
  • Chás,
  • Garrafadas,
  • Florais,
  • Manipulados,
  • Homeopáticos.
Os cuidados a serem tomados com o uso de fitoterápicos são os mesmos destinados aos outros medicamentos:
  • Deve-se buscar informações com os profissionais de saúde;
  • Informar ao médico o uso de plantas medicinais ou fitoterápicos, principalmente antes de cirurgias, além do aparecimento de reações desagradáveis, caso estas aconteçam;
  • Observar os cuidados especiais com gestantes, lactantes, crianças e idosos;
  • Adquirir fitoterápicos apenas em farmácias e drogarias autorizadas pela Vigilância Sanitária;
  • Seguir as orientações de validade, nunca utilizar medicamentos vencidos e
  • Ter cuidado ao associar medicamentos.

O que são medicamentos homeopáticos?

Medicamentos homeopáticos são medicamentos preparados com base nos fundamentos da homeopatia, cujos métodos de preparação e controle estejam descritos na Farmacopéia Homeopática Brasileira, edição em vigor, outras farmacopéias homeopáticas, ou compêndios oficiais reconhecidos pela ANVISA, com comprovada ação terapêutica descrita nas matérias médicas homeopáticas, estudos clínicos, ou revistas científicas.

Os medicamentos homeopáticos são preparados a partir de substâncias que são submetidas a triturações sucessivas ou diluições seguidas de agitação ritmada, com finalidade preventiva ou curativa a serem administrados conforme a terapêutica homeopática.

O medicamento homeopático pode ser derivado de plantas, animais ou minerais. O farmacêutico homeopata transforma essas substâncias em medicamentos homeopáticos através de uma técnica especial chamada dinamização. Essa técnica libera as propriedades medicinais da substância original.

Existem aproximadamente 2000 substâncias cujos efeitos específicos no corpo foram testados. Os medicamentos homeopáticos estão disponíveis em diferentes formas farmacêuticas (preparações): tabletes, glóbulos, líquidos, pós, comprimidos, entre outras.

O medicamento homeopático é prescrito pelo médico homeopata.

Não são medicamentos homeopáticos:
  • Essências florais,
  • Cromoterapia,
  • Aromaterapia,
  • Acupuntura,
  • Reiki,
  • Iridologia,
  • Shiatsu, dentre outros.
Fonte: Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA 2008)

Herança sem dono pode ser transferida para santas casas


O Projeto de Lei 259/11, em tramitação na Câmara, determina que, na falta de herdeiros, os bens da chamada herança vacante passarão a incorporar o patrimônio das santas casas de misericórdia localizadas no estado da sucessão. Conforme a proposta, do deputado Carlos Bezerra (PMDB-MT), a mesma norma será aplicada quando os herdeiros renunciarem à herança.

O Código Civil (Lei 10.406/02) determina que, na falta de herdeiros, a herança é declarada vacante e os bens serão incorporados definitivamente ao patrimônio do município, do Distrito Federal ou da União após cinco anos da abertura da sucessão. Os bens também são estatizados se os herdeiros habilitados abdicarem da herança.

Conforme a proposta, se não houver santa casa no estado, a sucessão obedece às normas atuais, ou seja, os bens serão incorporados ao município ou ao Distrito Federal.

Carlos Bezerra argumenta que a proposta é uma alternativa para a manutenção dessas instituições. “Trata-se de permitir que as santas casas de misericórdia, entidades filantrópicas sem fins lucrativos que reconhecidamente prestam relevantes serviços, possam oferecer mais e melhores serviços de saúde aos usuários, que são principalmente as pessoas integrantes das camadas populacionais de menor renda”, afirma.

Tramitação

O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Seguridade Social e Família; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Fonte SaudeWeb

Teva Pharmaceutical adquire Taiyo Indústria Pharmaceutical por US$ 934 milhões


A empresa israelense Teva Pharmaceutical Industries Ltd. concluiu a compra da Taiyo Indústria Pharmaceutical Co. Ltd. com US$ 934 milhões em cash. Com essa operação, espera-se que a Taiyo passe a dar lucro dentro de um ano.

A Taiyo é a terceira maior fabricante de medicamentos genéricos do Japão, com US$ 530 milhões em vendas em 2010. Sua aquisição traz para a Teva uma carteira de mais de 550 produtos e uma forte presença em todos os principais canais no mercado farmacêutico japonês. A Teva também ganha a forte equipe de P&D da Tayio, conhecimento de normas locais e instalações modernas. A expectativa é que as vendas da Teva no Japão atinjam US$ 1 bilhão antes de 2015.

Segundo a Teva, este é um marco importante na execução da estratégia da empresa. E representa uma garantia de que a Teva se tornará um dos grandes players do setor no Japão. A empresa também atua no Brasil no mercado de genéricos.

Fonte Saudeweb

RS – Ação judicial faz Santa Casa pagar salários de maio


As medidas movidas pelo Sindicato Médico do RS (SIMERS) na Justiça do Trabalho deram resultado e fizeram a Santa Casa de Uruguaiana pagar os salários de maio dos médicos. A quitação ocorreu na semana passada, um mês depois do prazo da legislação trabalhista. Agora a direção do Sindicato já prepara uma nova cobrança judicial, pois desta vez o vencimento de junho está novamente atrasado.

O ingresso do pedido para o imediato pagamento, restabelecendo o que é um direito dos profissionais, ocorrerá esta semana e integrará as mesmas ações que já tramitam no município e atingem os especialistas com e sem vínculo formalmente reconhecido. O Sindicato também exige o pagamento de juros e correção monetária dos dias atrasados de todos os meses que tiveram a demora. O comportamento da direção da Santa Casa, nomeada pelo prefeito Sanchonete Felice, verifica-se como regra desde fevereiro.

“Os atrasos viraram rotina e isso precisa de um basta. Nossa intenção é assegurar que o corpo clínico tenha garantia de que receberá a remuneração pelo seu trabalho no prazo que manda a lei”, ressalta o representante do Sindicato Edson Prado Machado. O hospital só saldou a folha de maio ao ser intimado pela Justiça a explicar as razões da conduta, que só atinge o quadro médico. Os demais funcionários recebem em dia.

Fonte SaudeWeb

Transplante de medula com doador anônimo cresce 6 vezes em 10 anos


O número de transplantes de medula óssea realizados no Brasil aumentou 169% nos últimos cinco anos em relação ao começo da década. E o de procedimentos feitos com doadores encontrados no País em pessoas não aparentadas foi seis vezes maior no período. O crescimento é atribuído principalmente às campanhas para captação de doadores e à maior segurança do processo.

Entre 2006 e 2010, o Brasil registrou 676 transplantes – 403 deles com doadores localizados no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome). Entre 2001 e 2005, foram 251 transplantes, apenas 68 com doadores nacionais. Os outros foram encontrados em bancos internacionais.

O registro nacional de doadores tem hoje 2,2 milhões de inscritos e está integrado com a Rede BrasilCord, que reúne bancos de sangue de cordão umbilical e placentário. Eles foram responsáveis pelos doadores em 68% dos transplantes realizados no País no ano passado.

O transplante de doador nacional permite que o procedimento seja feito de forma mais rápida e barata. O valor para importar o material a ser transplantado está entre R$ 45 mil e R$ 50 mil. O transplante realizado com doador nacional sai por R$ 12 mil.

A busca nos bancos nacionais e internacionais é feita simultaneamente. O critério para a escolha do doador é o grau maior de compatibilidade.

Segundo o Centro de Transplante de Medula Óssea do Inca, houve melhoria da distribuição genética do registro em relação à população. Isso significa importante, por causa da nossa miscigenação

Perfil

Levantamento do Instituto Nacional do Câncer (Inca) mostra que a maioria dos doadores voluntários é mulher (56%) e 88% têm menos de 45 anos – pessoas que, pela idade, tendem a ficar mais tempo no cadastro.

O Sudeste também concentra o número maior de doadores (48%), mas a participação das outras regiões está crescendo. “Sul e Sudeste são regiões mais populosas, mas o perfil de quem nasce no Nordeste é diferente daquele de quem nasce no Sul”, diz Bouzas. Quanto maior a diversidade dos doadores, maior a chance de encontrar compatibilidades.

Pacientes com leucemia, linfoma e anemias graves hoje têm 72% de chance de encontrar um doador “6 de 6″ no Redome. Isso quer dizer que o possível doador tem seis características genéticas iguais às do receptor. Essa é a primeira triagem feita no banco.

É preciso apurar a compatibilidade – o transplante é feito se forem encontradas semelhanças genéticas em pelo menos oito de dez parâmetros.

Ao se inscrever como doador, o voluntário coleta uma pequena quantidade de sangue e os dados são inseridos no Redome. Se as características genéticas forem compatíveis com as de um paciente, esse voluntário é procurado pelo banco. A recusa, hoje, está entre 3% e 5%.

Voluntários

Sudeste 48%
Sul 25%
Nordeste 14%
Centro-Oeste 8%
Norte 5%

Fonte SaudeWeb

Projeto obriga planos de saúde a justificar recusa por escrito


A Câmara analisa o Projeto de Lei 394/11, do deputado Marcelo Aguiar (PSC-SP), que exige dos planos de saúde a fundamentação por escrito da recusa de cobertura total ou parcial em procedimentos médicos hospitalares.

Conforme o projeto, em caso de negativa de cobertura parcial ou total de procedimento médico, cirúrgico ou de diagnóstico, bem como de tratamento e de internação, a operadora do plano ou seguro de à saúde é obrigada a fornecer ao consumidor justificativa por escrito, de forma imediata e independente de solicitação.

A justificativa deverá trazer o motivo e a fundamentação legal e contratual da negativa de procedimento, de forma clara e completa, e a razão e/ou a denominação social da operadora ou seguradora, o número do Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), o endereço completo e atual, a assinatura do responsável, o local, a data e a hora da negativa de cobertura.

Caso o consumidor interessado não possa receber a justificativa, o documento pode ser entregue, independentemente de procuração, a parente, ao acompanhante do paciente ou a qualquer advogado, sem necessidade de comprovação de interesse.

Falta de informação

O autor da proposta destaca que, atualmente, milhares de consumidores são afetados pela negativa de cobertura de doenças e/ou tratamentos, seja por falta de informação ou de orientação. Segundo ele, muitas vezes, essa negativa se baseia em cláusulas contratuais ilegais de exclusão de determinados procedimentos médicos.

“É necessário que os consumidores de planos e seguros de saúde de obtenham todas as informações sobre seus direitos e seus deveres, compreendendo os procedimentos cobertos, a sua forma de solicitação e os mecanismos para uma eventual reclamação”, defende o deputado Marcelo Aguiar.

Regra atual

A proposta altera a Lei dos Planos e Seguros Privados de Assistência à Saúde (9.656/98). A lei estabelece algumas coberturas mínimas por meio de um plano-referência de assistência à saúde, com cobertura assistencial médico-ambulatorial e hospitalar, compreendendo partos e tratamentos, realizados exclusivamente no Brasil. A amplitude das coberturas, inclusive de transplantes e de procedimentos de alta complexidade, é definida por normas editadas pela ANS.

A Resolução 08/98 do Conselho Nacional de Saúde Suplementar impõe às operadoras de planos de saúde o dever de “fornecer ao consumidor laudo circunstanciado, quando solicitado, bem como cópia de toda a documentação relativa às questões de impasse que possam surgir no curso do contrato”.

Tramitação

A proposta foi apensada ao PL 4076/01, que será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania e pelo Plenário.

Fonte SaudeWeb

Procura por reprodução assistida cresce no país

 
O nascimento recente de uma menina no Paraná concebida com o uso do semêm do pai já falecido colocou holofotes sobre as técnicas de reprodução assistida. Para ter o direito de engravidar, a mãe, Kátia Lenerneier, 39 anos, precisou vencer uma batalha judicial, já que, antes de morrer, vítima de câncer, seu marido, Roberto Jefferson, não deixou por escrito a autorização para o uso de seu sêmen.

A maternidade de Kátia entra nas estatísticas dos nascimentos auxiliados pelas técnicas de reprodução assistida, como a inseminação artificial e a fertilização in vitro. Estimativas indicam que, por ano, nascem no Brasil entre 4 mil e 6 mil crianças a partir desses procedimentos.

– A procura pela reprodução assistida cresce entre 15% e 20% ao ano. Cresce muito em função do estilo de vida da mulher atual, que costuma ter filhos com idade mais avançada – explica o ginecologista João Sabino da Cunha Filho, pós-doutor em reprodução humana.

Apesar dos avanços, o sucesso das técnicas também está relacionado à idade – a partir dos 35 anos a fertilidade feminina começa a cair.
 
Fonte Zero Hora

Depressão será a doença mais comum do mundo em 2030

Estima-se que de 30% a 50% dos pacientes com depressão não são diagnosticados

Dados da Organização Mundial da Saúde indicam que a depressão será a doença mais comum do mundo em 2030. Em 2020 ela será a segunda causa de incapacitação em países desenvolvidos e a primeira nos países em desenvolvimento.

Estudos indicam que as mulheres são de duas a três vezes mais afetadas pela depressão do que homens. Idosos e pacientes com doenças crônicas, como acidente vascular encefálico, cardiopatias, hipotireoidismo, câncer, entre outras, também têm maior risco de desenvolver depressão, assim como pessoas solitárias.

Outro dado que chama atenção no relatório divulgado pela OMS é a falta de diagnóstico. Estima-se que de 30% a 50% dos pacientes com depressão não são diagnosticados.

Fonte Zero Hora

Elas fazem a vida ficar melhor em SP



Mulheres predominam no Programa de voluntários da Secretaria de Saúde, que ajuda de crianças a cães

Em São Paulo, ninguém tem tempo para nada. Mas há quem consiga encontrar espaço nas atividades do dia a dia para ajudar os outros e ganhar sorrisos, carinho ou simplesmente a satisfação por ter feito o melhor, sem cobrar nada por isso. Entre os voluntários espalhados pela capital paulista estão 735 pessoas de um programa da Secretaria Municipal de Saúde que ajudam como podem crianças, idosos e animais do Centro de Controle de Zoonoses.

O programa Voluntários da Saúde, coordenado pela secretaria, foi premiado internacionalmente no ano passado, durante o Encontro Sul-Americano de Recursos Humanos. Quase a totalidade dos participantes é formada por mulheres (90%), três quartos já passaram dos 40 anos e 60% dessas pessoas têm o ensino médio como escolaridade máxima.
A cabeleireira Kelly Lopes de Souza, de 35 anos, é uma delas. Pelo menos três vezes por semana, ela troca o salão de beleza por ‘lambidas’ de satisfação. É assim que os cães do CCZ agradecem cuidados e passeios desde dezembro de 2009, quando ela se tornou voluntária. “Costumo dizer que eu sou do setor de paparicação. Cachorro quer atenção. Eles ficam carentes enquanto não são adotados. Antes de ir embora, coloco cobertor, roupinha, principalmente agora no inverno”, afirma. “É uma terapia. Aqui não fico nervosa. Descarrego tudo. A cada lambida, esqueço alguma bronca que recebi no meu serviço.”

Não são apenas os animais que ganham com o trabalho voluntário. A estudante Angélica Maria Barbosa Camerino, de 25 anos, trocou o curso de Educação Física por Enfermagem e buscou no contato com as crianças a satisfação de que tanto precisava. É na brinquedoteca do Hospital Municipal Artur Ribeiro de Saboya, no Jabaquara, na zona sul, que ela se realiza duas vezes por semana. “Só pelo fato de amenizar os problemas das crianças já me sinto feliz. Elas sofrem muito, ficam ansiosas, chegam com uma carinha triste. Fico feliz por gastar o meu tempo investindo em outras vidas.”

Quem chega antes das 7 horas das quintas-feiras ao prédio do Atendimento Médico Ambulatorial (AMA) Fábio Gianotti, no Ipiranga, na zona sul, encontra Carmela Aparecida Rossatti, de 53 anos, abrindo as portas da unidade, bem-disposta e falante. Ela conversa, orienta, tranquiliza e faz amigos durante toda a manhã. “Os pacientes chegam tensos. Falo que aquilo não é nada, que já fiz o exame que eles vão fazer, que já passei pela experiência. Tem de dar uma quebrada no ambiente, que é de dor. É preciso trazer alegria.”

Um dos desafios é convencer quem frequenta a faculdade a investir sua boa vontade no auxílio ao próximo. “Nos Estados Unidos, 80% dos voluntários são universitários. Queremos que eles venham não só para cumprir um simples estágio, mas que participem e se envolvam pela importância da atividade em si”, afirma a gerente de Desenvolvimento de Projetos da Secretaria Municipal de Saúde, Cláudia de Crescenzo.

Segundo ela, o interessado em colaborar voluntariamente não pode exercer atividade relacionada diretamente à profissão que tem, porque isso envolveria acesso a informações restritas do paciente. Se é médico, não pode exercer a Medicina no programa de voluntariado. “Mas ele pode fazer atividades lúdicas em grupos e oficinas”. O trabalho voluntário não é remunerado.

Fonte Estadão

São Paulo terá de fornecer transporte para pessoas com autismo

O estado de São Paulo vai ser obrigado a fornecer transporte especializado para pessoas com autismo no trajeto entre a residência e o local onde recebem tratamento. A decisão liminar foi obtida esta semana pela Defensoria Pública de São Paulo.

“A pessoa com autismo tem dificuldade de ficar aglomerada ou com muitas pessoas. Elas também podem ter comportamentos que, muitas vezes, não são compreendidos pelas pessoas. E esses comportamentos podem ser aflorados em situação de grande aglomeração, como no metrô e no ônibus”, disse a defensora pública Renata Tibyriçá.

A defensora disse, em entrevista à Agência Brasil, que decidiu entrar com uma ação civil pública na Justiça após mães de filhos com autismo relatarem a deficiência na prestação de serviço oferecido principalmente por uma das várias entidades conveniadas ao estado de São Paulo instalada na zona leste da capital paulista.

A entidade, segundo Renata Tibyriçá, atendia 42 pessoas com autismo e apresentava várias deficiências, entre elas, o fato de não separar os pacientes por faixa etária. “O tratamento para uma pessoa com autismo deve ser individualizado ou em grupos que tenham a mesma necessidade”, disse.

Em sua decisão, o juiz Henrique Rodriguero Clavisio, da 10ª Vara da Fazenda Pública, declarou ser obrigação do Estado a elaboração de políticas públicas que atendam às necessidades específicas das pessoas com deficiência. “Deve o Estado, além de garantir o acesso à saúde e à educação, também o oferecimento de transporte especial para pessoas portadoras de necessidades especiais”, disse o juiz.

Para a defensora, a decisão liminar da Justiça é um passo importante para que o Estado possa começar a pensar em adotar políticas públicas voltadas para os autistas. “Com essa decisão, podemos esperar dias melhores para as pessoas com autismo. Podemos esperar que se comece a olhar e a se pensar na importância de garantir um atendimento adequado a essas pessoas”, declarou. Segundo ela, há cerca de 2 milhões de autistas no Brasil, sendo 100 mil só na cidade de São Paulo.

Fonte Estadão

Apneia do sono pode causar impotência sexual


Noites mal dormidas podem causar mais do que olheiras e bocejos. A apneia do sono --distúrbio que atinge quase 33% dos moradores da cidade de São Paulo-- também provoca impotência sexual. E muitos dos afetados não fazem ideia disso.

"A maioria das pessoas com apneia não sabe que tem a doença. Que ela pode causar disfunção erétil, então, menos ainda", diz Geraldo Lorenzi Filho, diretor do Laboratório do Sono do Incor (Instituto do Coração) da USP (Universidade de São Paulo).

SXC
Caracterizada por ronco forte e irregular, a apneia é marcada por paradas respiratórias que ocorrem durante o sono
Caracterizada por ronco forte e irregular, a apneia é marcada por paradas respiratórias que ocorrem durante o sono


Caracterizada por um ronco forte e irregular, a apneia é marcada por diversas paradas respiratórias de pelo menos dez segundos durante o sono. Em uma noite, podem ocorrer dezenas delas.

Com a interrupção da respiração, ocorre um microdespertar. A pessoa passa de um estágio mais profundo do sono para um mais leve e também menos revigorante. "É como se a pessoa, em vez de dormir, apenas cochilasse", explica Lorenzi.

A combinação de paradas respiratórias e sono menos relaxante é catastrófica para o organismo. Além de ficar naturalmente mais cansado e sem disposição, quem tem o distúrbio acaba com mais chances de desenvolver doenças cardiovasculares e outros males. A impotência é apenas mais um item nesse pacote.

Segundo Monica Andersen, professora da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e pesquisadora do Instituto do Sono, a relação entre apneia do sono e disfunção erétil é evidente, mas os fatores exatos que contribuem para isso ainda não são bem compreendidos.

"Por ser um fenômeno hemodinâmico [ligado à circulação do sangue nos vasos], a ereção depende da integridade dos tecidos, bem como de fatores psicológicos. Qualquer variação nesses componentes, alterados ainda mais pela apneia do sono, podem levar à disfunção erétil", diz.

Além disso, diz a pesquisadora, há estudos que ligam a impotência sexual à redução dos níveis de hormônio masculino provocada pela apneia do sono. "Essa redução no nível de testosterona pode ser causada pela idade, excesso de peso, além de outros fatores, como a hipoxia [diminuição das taxas de oxigênio no sangue arterial ou nos tecidos] e a fragmentação do sono."

Lorenzi lembra ainda que as pessoas com apneia normalmente têm outros fatores de risco --como obesidade, hipertensão e diabetes--, o que pode tornar a disfunção erétil, na verdade, uma combinação de vários fatores.

"Mas, além de tudo isso, tem a falta de disposição mesmo. O homem com apneia está sempre mais cansado. À noite, antes da mulher apagar a luz, ele já está dormindo. Essa fadiga também é um fator", disse Lorenzi.

TRATAMENTO

Para recuperar a normalidade respiratória durante o sono, os especialistas indicam o CPAP, uma espécie de máscara que deve usada durante a noite. Ela projeta o ar e facilita a respiração.

O preço, no entanto, costuma ser um impedimento. O aparelho não custa menos de R$ 1.000 em sua versão mais simples. Consegui-lo na rede pública também não costuma ser tarefa fácil.

Segundo Andersen e Lorenzi, o uso do CPAP resolve, em muitos casos, o problema da disfunção erétil associada à apneia. Eles recomendam, no entanto, investigar possíveis problemas relacionados.

"Emagrecimento, atividade física regular e uma boa qualidade de vida e do sono também são extremamente importantes. Observamos no nosso estudo que praticar atividade física pelo menos uma vez por semana já é um fator protetor", diz Andersen.

Fonte Folhaonline

Estudo aponta maior risco de Alzheimer em atletas do futebol americano


Os jogadores aposentados da NFL (liga americana de futebol americano) têm maior risco de desenvolver problemas cognitivos leves que podem ser um precedente para a ocorrência de mal de Alzheimer.

É o que concluiu um estudo publicado nesta segunda-feira na Universidade Loyola, em Chicago. Os resultados da investigação foram apresentados na Conferência Internacional de Associação do Alzheimer em Paris, neste ano.

Foram examinados 513 ex-jogadores da NFL, que tinham média de idade de 61 anos. Segundo a pesquisa, em 35% deles foram detectados problemas cognitivos leves, como problemas de memória ou de linguagem que não interferem na rotina diária, mas que, como já foi comprovado, são precursores para a aparição do mal de Alzheimer.

"Parece que há uma alta taxa de problemas cognitivos entre esses jogadores de futebol americano em relação à população em geral de mesma idade", disse Christopher Randolph, diretor do estudo, para quem o resultado da pesquisa ainda é "preliminar".

O estudo reaviva a polêmica nos EUA sobre as consequências dos golpes, especialmente na cabeça, a que se submetem os jogadores de futebol americano. Segundo pesquisas com jogadores que usavam medidores em seus capacetes, a cada temporada os jogadores da NFL recebem em média 1.000 golpes na cabeça.

Fonte Folhaonline