Aplicativos, carreira, concursos, downloads, enfermagem, farmácia hospitalar, farmácia pública, história, humor, legislação, logística, medicina, novos medicamentos, novas tecnologias na área da saúde e muito mais!



domingo, 2 de dezembro de 2012

Consumo diário de pão previne aparecimento de doenças cardiovasculares

Pessoas que ingerem alimento branco ou integral têm baixos níveis de colesterol ruim e menor concentração de insulina no sangue
 
Estudo realizado por pesquisadores da , na Espanha, mostrou que o consumo de pão, especialmente integral, pode prevenir doenças cardiovasculares.
 
O estudo identificou os fatores metabólicos que são possivelmente relacionados aos efeitos benéficos do pão sobre o perfil lipídico e sobre a saúde cardiovascular de seus consumidores.
 
A equipe, liderada por Rafael Llorach, examinou o impacto do consumo de pão (branco e integral) em 275 voluntários mais velhos com alto risco de problemas cardiovasculares.
 
Os resultados mostraram que o consumo diário de pão, especialmente de farinha integral, tal como um elemento de uma dieta equilibrada, é associado a um perfil lipídico saudável, com níveis mais baixos de insulina no sangue.
 
"O estudo metabolômico nos levou a identificar os fatores metabólicos potenciais escondidos por trás dos efeitos positivos que o consumo do pão tem sobre o perfil lipídico e que pode ser determinante para uma melhor saúde cardiovascular", afirma a pesquisadora Cristina Andrés-Lacueva.
 
Os autores identificaram um metabólito relacionado à atividade de PPAR-alfa, receptor nuclear envolvido no metabolismo lipídico que é gerado nos consumidores de pão integral.
 
O estudo sugere que as pessoas que consomem diariamente pão, branco ou integral, mostram um perfil lipídico saudável, com baixos níveis de colesterol LDL (ruim) e níveis mais elevados de colesterol HDL (bom) do que as pessoas que consomem esporadicamente ou não consomem o alimento.
 
A equipe notou ainda que o consumo regular de pão está associado a uma menor concentração de insulina. "Este é um dos dados realmente importantes, quando o corpo não responde de forma correta para a ação da insulina, a glicose não pode atingir a parte interior das células e se acumula no sangue", explica Andrés-Lacueva. Este mecanismo de resistência à insulina, é um processo patológico fundamental no desenvolvimento do diabetes e também foi associado a um risco elevado de doença cardiovascular.
 
Os resultados do estudo coincidem com trabalhos científicos anteriores que mostraram um efeito preventivo derivado do consumo de fibras.
 
Fonte isaude.net

Pesquisa revela nova origem celular para o câncer de pâncreas

Testes com camundongos demonstram papel fundamental das células acinares nos estágios iniciais da doença
 
Pesquisadores da Universidade da Califórnia, nos EUA, descobriram novas células que dão origem ao câncer de pâncreas, ou adenocarcinoma pancreático ductal.
 
Estudo com camundongos, publicado na Cancer Cell, pode ajudar no desenvolvimento de métodos de detecção precoce e melhores tratamentos.
 
"Antes, acreditava-se que esse tipo de câncer surge a partir das células epiteliais em dutos pancreáticos. Mas neste estudo, mostramos que os dutos não têm quase nenhuma resposta a mutações oncogênicas, mutações que dão origem aos tumores cancerígenos", afirma a pesquisadora Maike Sander.
 
O estudo revelou que outro tipo de células no pâncreas, chamadas células acinares, converte-se em uma célula do tipo do duto que inicia tumores. Os investigadores também demonstraram que a inflamação do pâncreas, o que é um fator de risco significativo para a doença, promove a conversão das células acinares em precursores de tumores.
 
Kras é um gene que pode causar câncer quando é mutado. Ele forma a proteína Kras, que está envolvida nas vias de sinalização celular, crescimento celular e apoptose, ou morte celular. Os agentes que bloqueiam a atividade do gene Kras mutante ou de sua proteína pode parar o crescimento do câncer.
 
A pesquisa mostrou que o oncogene Kras pode facilmente induzir lesões pré-malignas, chamadas PanIN, nas células acinares pancreáticas adultas, mas não nas células ductais.
 
Levando em conta o fato de que as células acinares são muito mais abundantes do que as células ductais no pâncreas de ratos adultos, a diferença na capacidade das células acinares de gerar PanIN permaneceu mais de 100 vezes maior do que a capacidade das células ductais.
 
Além disso, o estudo demonstrou que, quando PanIN se origina das células acinares, elas ativam o fator de transcrição dutal Sox9. Os cientistas mostram que a ativação de Sox9 é necessária para converter as células acinares em lesões pré-malignas.
 
Segundo os pesquisadores, os resultados demonstram um papel fundamental das células acinares nos estágios iniciais de câncer de pâncreas, e apontam para Sox9 como um alvo potencial para a prevenção precoce dos tumores.
 
Fonte isaude.net

Aparelhos de pressão da rede estadual de saúde da BA vão passar por avaliação

Objetivo é medir qualidade e evitar diagnósticos equivocados. O trabalho será iniciado na próxima segunda-feira
 
A partir de uma parceria firmada entre a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) e o Instituto Baiano de Metrologia e Qualidade (Ibametro), todos os tensiômetros (aparelho de pressão) usados nas unidades da rede estadual de saúde serão avaliados. O objetivo é garantir a qualidade dos equipamentos e, consequentemente, evitar diagnósticos equivocados.
 
O trabalho será iniciado na próxima segunda-feira (3), no Almoxarifado Central da Sesab (Alcen). Inicialmente, os técnicos do Ibametro vão avaliar os tensiômetros novos, estocados no almoxarifado. Estes aparelhos vão substituir os que estão em uso nas unidades, que por sua vez serão recolhidos para também serem verificados.
 
A manutenção adequada dos tensiômetros, segundo o diretor de Regulação de Mercado do Ibametro, Edson Sales, garante seu bom funcionamento. "Do contrário, torna-se arriscado utilizá-los para fazer o diagnóstico do paciente, já que o resultado da medição provavelmente não refletirá a realidade," revela.
 
O diretor Tecnologia da Sesab, Handerson Leite, explica que existem estudos demonstrando que o diagnóstico errado de pessoas com pressão normal (normotensas) como hipertensas, custa para o sistema de saúde cerca de U$ 50,00 entre a realização de exames complementares e o consumo de medicamentos.
 
Nas situações em que o diagnóstico de hipertensos é feito erroneamente, como normotensos, o problema é ainda mais grave, e tornando-se impossível avaliar os custos para o sistema de saúde, pois a hipertensão arterial é patologia prevalente para casos de infarto, acidente vascular encefálico, insuficiência renal crônica, dentre outras.
 
Fonte isaude.net

Droga usada para tratar doença cardíaca causa morte de pessoas com arritmia

Estudo levanta preocupações sobre o uso amplo da Digoxina por longos períodos em pacientes com fibrilação atrial
 
Pesquisadores da Universidade de Kentucky, nos EUA, descobriram que uma droga comum usada no tratamento de doenças cardíacas aumenta o risco de morte em pacientes com fibrilação atrial (FA), ou arritmia cardíaca.
 
Os resultados, publicados no European Heart Journal, indicam sérias preocupações sobre o uso amplo da Digoxina por longos períodos em pacientes com ritmo cardíaco descoordenado.
 
"A pesquisa levanta questões importantes sobre a segurança da digoxina, uma das drogas mais antigas e controversas. Apesar de ser considerada obsoleta por algumas autoridades, a digoxina é muito utilizada", afirma o pesquisador Steven E. Nissen.
 
A digoxina é extraída da planta dedaleira e ajuda o coração a bater mais fortemente, e a uma taxa mais lenta. É comumente utilizado em pacientes com FA e em pacientes com insuficiência cardíaca.
 
Apesar de a digoxina ter sido usada por médicos que tratam FA por décadas, até agora, são limitadas as evidências demonstrando o efeito da digoxina em pacientes com esta condição. "A digoxina em pacientes com FA foi pouco estudada. Os principais potenciais ensaios clínicos disponíveis foram realizados em pacientes com insuficiência cardíaca e ritmo sinusal, e rotineiramente excluíram pacientes com FA", afirma o líder da pesquisa Samy Claude Elayi.
 
Elayi e seus colegas analisaram dados de 4.060 pacientes com FA inscritos em um estudo a fim de determinar a relação entre a digoxina e mortes neste grupo de pacientes com fibrilação atrial, e se a digoxina foi diretamente responsável por alguns óbitos.
 
Os resultados mostraram que a digoxina foi associada com um aumento de 41% da mortalidade por qualquer causa após o controle de outras medicações e os fatores de risco.
 
Segundo os pesquisadores, o aumento no número de mortes ocorreu independentemente do gênero ou da presença ou não de insuficiência cardíaca subjacente.
 
A digoxina também foi associada com aumento de 35% no número de mortes por causas cardiovasculares, e um aumento de 61% das mortes por arritmias ou problemas com a velocidade ou ritmo do batimento cardíaco.
 
"Dentro de cinco anos de uso, um paciente com FA que toma digoxina vai morrer de qualquer causa. Este estudo põe em questão a utilização generalizada de digoxina em pacientes com FA, particularmente quando usado para controlar a taxa de FA", afirma Elayi.
 
Segundo os pesquisadores, os resultados sugerem que os médicos devem tentar controlar o ritmo cardíaco dos pacientes usando alternativas, tais como betabloqueadores ou bloqueadores do cálcio, como tratamentos padrão.
 
A equipe ressalta que o mecanismo pelo qual a digoxina aumenta a mortalidade entre pacientes com FA não é claro. "Nosso estudo destaca a importância de uma reavaliação do papel da digoxina na gestão contemporânea da FA em pacientes com ou sem insuficiência cardíaca", concluem os autores.
 
Fonte isaude.net

Aids continua sendo epidemia grave apesar da queda da mortalidade

Relatório da Unaids revela que a África é o continente mais afetado
 
O total mundial de soropositivos, 34 milhões, reflete uma grave epidemia, embora tenha sido possível reduzir a mortalidade graças aos tratamentos antirretrovirais e os índices estejam "estáveis" na América Latina.
 
Às vésperas da celebração do Dia Mundial de Luta Contra a Aids, o Programa Conjunto da ONU para o HIV/Aids (Unaids) divulgou seu relatório anual em que se destaca que o continente mais afetado é a África. Cerca de 70% dos portadores do HIV — 23,5 milhões — vivem na África Subsaariana, onde 3,1 milhões de crianças estão infectadas (94% do total mundial das crianças infectadas).
 
Apesar da força desses números, a região também viu uma grande diminuição das mortes relacionadas à Aids, 32% entre 2005 e 2011 — ano em que o número de mortos foi de 1,2 milhão. Graças aos investimentos em tratamentos antirretrovirais o número de mortes anuais por essa doença caiu e passou de 2,2 milhões em 2005 a 1,7 milhão em 2011.
 
Só nos dois últimos anos, o acesso aos tratamentos contra o vírus HIV aumentou 63% no mundo todo. Atualmente, 8 milhões de pessoas recebem tratamento antirretroviral, o que significa que mais pacientes do que nunca recebem ajuda para ter vidas mais prolongadas, mais saudáveis e mais produtivas, segundo a Unaids.
 
Na América Latina, onde a epidemia da Aids, que afeta 1,4 milhão de pessoas, se encontra em uma fase "estável", as pesquisas também revelam uma leve queda de casos de novos infectados.
 
A América Latina se mantém como a região — entre as de renda média e baixa — com a maior cobertura de tratamento para portadores do HIV, com uma taxa de 68% em comparação a uma média mundial de 54%, segundo a Unaids. Além disso, as mortes relacionadas à Aids também caíram na América Latina e no Caribe 10% entre 2005 e o ano passado.
 
No Caribe, a prevalência do HIV chega a 1%, acima de qualquer outra região do mundo exceto a África Subsaariana, embora a epidemia seja relativamente restrita e o número de pessoas com o vírus tenha se mantido relativamente baixo (230 mil) e quase não tenha variado desde o final da década de 1990.
 
Outros casos de sucesso são os do Peru e México, onde o número de mortes por Aids baixou em 55% e 27%, respectivamente. Por outro lado, na Europa Oriental e na Ásia Central (com 1,4 milhão de portadores do HIV), e no Oriente Médio e o norte da África houve "preocupantes aumentos na mortalidade relacionada à Aids", com porcentagens entre 17% e 21%.
 
Assim, na China a Aids causou 17.740 mortes de janeiro a outubro deste ano, o que representa um aumento de 8,6% em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo o Ministério da Saúde chinês.
 
No entanto, o país quadruplicou suas despesas contra a Aids, dos US$ 124 milhões em 2007 para US$ 530 milhões em 2011, investimento que foi elogiado neste ano pela ONU quando a China se tornou um dos cinco países que mais contribuem para a campanha global para combater a síndrome. Ao menos uma pessoa a cada hora contrai HIV na Tailândia, onde o número de pessoas infectadas durante as últimas duas décadas supera 1 milhão.
 
Na Rússia, o número de portadores do vírus dobrou nos últimos cinco anos. O país experimenta um aumento contínuo de casos de infecção: foram 60 mil somente em 2012. Em relação a grupos de risco, a infecção por HIV é sistematicamente superior entre os profissionais do sexo (em torno de 23% de infectados) e entre os que consomem drogas injetáveis (com ocorrência 22 vezes maior do que na população geral).
 
Mas a situação também é preocupante entre as crianças, já que menos de um terço dos que convivem com o HIV recebem tratamento antirretroviral o que impede de alcançar o objetivo de conseguir uma geração livre da Aids, segundo denunciou a Unicef.
 
No entanto, a Unicef destacou o "excepcional" avanço conseguido nos últimos anos, quando se registrou uma queda de 24% das novas infecções em crianças: das 430 mil confirmadas em 2009 às 330 mil em 2011. Um dos problemas em relação à doença é que dos 34 milhões de portadores do HIV, apenas 50% sabem que estão infectados pelo vírus.
 
Apesar de tudo, os dirigentes da Unaids asseguraram que pela primeira vez, os investimentos nacionais superaram as doações globais para a Aids, passando de US$ 3,9 bilhões anuais em 2005 para quase 8,6 bilhões em 2011.
 
Fnte R7

70% dos contratos de OS em SP terminam entre 2014 e 2015

Fernando Haddad (PT) assumirá a Prefeitura de São Paulo com 70% dos contratos de OS amarrados. Pelo menos até o meio de seu mandato. Dos 30 contratos que tiveram vigência neste ano, ele herdará 29 (porque 1 foi encerrado em maio). Desses, 21 estão previstos para durar até 2014 ou 2015. Juntos, eles custam R$ 932 milhões aos cofres públicos.
 
O valor representa também cerca de 70% do recurso global que a Prefeitura gasta com o custeio das OSs: R$ 1,3 bilhão. Isso significa que, se Haddad quiser modificar a administração das unidades de saúde e voltar com a gestão pública, como setores do PT e o coordenador do plano de governo na área - o médico e vereador Carlos Neder (PT) - defendem historicamente, ele terá de romper os contratos unilateralmente. Ou apenas fazer ajustes pontuais com termos aditivos.
 
Outro ponto que pode ser impeditivo do fim unilateral é que uma cláusula dos contratos de gestão obriga a Prefeitura a assumir os custos de dispensa de funcionários das OSs - fora eventuais indenizações às instituições privadas. Isso vale se o rompimento do contrato não for motivado por “má gestão, culpa ou dolo” da entidade contratada. Campanha O tema entrou em pauta durante o 2.º turno das eleições.
 
A Prefeitura afirma que os contratos com OSs, firmados a partir de 2007, dão “mais flexibilidade e dinamismo gerencial”. Um exemplo é a autonomia para contratação de médicos com salários diferenciados. Também diz que “o modelo de parcerias possibilita a ampliação do acesso da população aos serviços”.
 
Então candidato e favorável às parcerias, o ex-prefeito José Serra (PSDB) passou a dizer que Haddad pretendia “acabar com a gestão por OS na saúde”. Houve panfletagem em AMAs e UBS. Uma corrente do PT também divulgou que Haddad acabaria com as OSs - o que ele negou, ao dizer que renovaria os bem executados.
 
O próximo secretário de Saúde, José de Filippi (PT), não quis dar entrevista, porque ainda está em “início de transição”. Ele já se reuniu duas vezes com o atual, Januário Montone (PSDB).
 
O Estado não conseguiu contato com Neder. No blog, ele divulgou sugestão do grupo de Saúde do PT com “as primeiras medidas” de Haddad na área, entre elas obter prazos, pagamentos pendentes e responsáveis pela execução dos contratos com OS.
 
Fonte R7

Descobertos neurônios relacionados ao excesso de peso

Pesquisadores da Johns Hopkins University School, dos Estados Unidos, descobriram neurônios produzidos no hipotálamo que, em excesso, dificulta a perda de peso.
 
O estudo foi realizado com camundongos submetidos a uma dieta calórica.
 
Os pesquisadores verificaram que nestas cobaias, diferentes de outras que consumiam uma dieta normal, a produção de neurônios e células em uma parte particular do hipotálamo quadruplicou.
 
Quando a equipe eliminou os novos neurônios produzidos no cérebro dos camundongos, os bichos ganharam menos peso e gordura se comparados aos animais que tiveram a mesma dieta e as novas células ativas.
 
Eles sugerem, assim, que esses neurônios tiveram um papel crítico na regulação do peso e no armazenamento de gordura.
 
Fonte R7

Alimentos responsáveis pela perda de cálcio no organismo

O tabaco também favorece a perda de cálcio e eleva
 o risco de fratura óssea.
Segundo o Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia, a carência de cálcio pode levar a espasmos musculares e nervosos, raquitismo, osteoporose, entre outros distúrbios.
 
Para se proteger contra eles, é importante uma dieta adequada, evitando o excesso dos maiores responsáveis pela perda de cálcio através da urina, fezes e suor.
 
O sal, por exemplo, aumenta significativamente a perda de cálcio na urina. Ter a quantidade de sal diária reduzida a uma ou duas gramas pode ser uma boa alternativa para reter o cálcio no organismo.
 
Já o excesso de cafeína provoca a libertação de cálcio nos músculos, aumentando a contração muscular e a acumulação de cálcio, inibindo a sua recaptação para o sangue.
 
O tabaco também favorece a perda de cálcio e eleva o risco de fratura óssea.
 
A nicotina compete com o organismo na absorção deste mineral, pois inibe a produção de osteoblastos, que são responsáveis pela síntese de componentes orgânicos na matriz óssea.
 
Fonte R7

Cinco perguntas que podem prever obesidade infantil, segundo estudo

Peso da criança ao nascer e status profissional da mãe são algumas das questões
 
Pesquisadores britânicos afirmam que uma fórmula simples com cinco perguntas é capaz de prever o risco de obesidade de uma criança logo após seu nascimento.
 
Os cientistas do Imperial College de Londres analisaram 4.032 crianças finlandesas nascidas em 1986 e as informações de outros dois estudos, com 1.053 crianças italianas e 1.032 crianças americanas.
 
Eles descobriram que apenas a análise de algumas medidas simples já é o bastante para prever a obesidade.
 
A lista tem cinco perguntas: o peso da criança ao nascer, o índice de massa corporal dos pais, se a mãe fumou ou não durante a gravidez, o número de pessoas que moram na casa da criança recém-nascida e o status profissional da mãe.
 
Os dois últimos itens estão relacionados ao ambiente social no qual a criança nasce e que pode elevar o risco de obesidade. A professora do Imperial College Marjo-Riitta Jarvelin, que participou do estudo, afirmou à BBC Brasil:
 
— Quanto menor o número de pessoas morando na residência, maior o risco de obesidade da criança, pois este número está ligado à mães solteiras. E quanto ao status profissional da mãe, sabemos que uma mãe com maior (nível de) educação é mais bem preparada, sabe mais a respeito da saúde da criança.
 
'A equação é baseada em dados de um recém-nascido que todos podem obter e descobrimos que pode prever cerca de 80% (dos casos de) crianças obesas', afirmou Philippe Froguel, do Imperial College de Londres, que liderou o estudo.
 
Anteriormente, os especialistas acreditavam que fatores genéticos eram os maiores determinantes de problemas de peso em crianças, mas apenas cerca de um em cada dez casos de obesidade é resultado de uma mutação genética rara que afeta o apetite.
 
A pesquisa foi publicada na revista especializada PLos One.
 
Risco conhecido
Os fatores de risco para obesidade já eram muito conhecidos, mas esta é a primeira vez que estes fatores foram colocados juntos em uma fórmula.
 
Para Philippe Froguel, a prevenção da obesidade é a melhor estratégia para a infância.
 
— Infelizmente, as campanhas de prevenção tem sido muito ineficazes para evitar a obesidade entre crianças em idade escolar. Ensinar aos pais sobre o risco do excesso de alimentação e maus hábitos nutricionais seria muito mais eficaz. A mensagem é simples. Todas as crianças em risco devem ser identificadas, monitoradas e bem aconselhadas, mas isto custa caro.
 
'A prevenção deve começar o mais cedo possível, pois perder peso é muito mais difícil', afirmou Marjo-Riitta Jarvelin.
 
Paul Gately, especialista em obesidade infantil na Leeds Metropolitan University, afirmou que uma ferramenta como esta pode ajudar o sistema público de saúde britânico a alcançar especificamente pessoas que tem risco de obesidade, ao invés da abordagem sem foco e única para todos os casos, 'que nós sabemos que não funciona'.
 
— Em vez de gastar com um número enorme de pessoas, podemos ser mais específicos e gastar de forma apropriada. Podemos não economizar no curto prazo, mas gastaremos com mais sabedoria e poderemos reduzir os gastos (relativos a obesidade) do NHS (sistema público de saúde britânico) no futuro. Fizemos um ótimo trabalho destacando que a obesidade é uma questão séria mas deixamos o público em geral paranoico (pensando que) todos correm o risco (de ficar obesos).
 
Fonte R7

Caso Cachoeira: estresse causa o envelhecimento precoce

No caso de Cachoeira, a geriatra explica que o quadro é
resultado da depressão e taquicardia supraventricular
Especialista afirma que tratamento de doenças crônicas e boa alimentação retardam o quadro
 
No último domingo (25) Carlos Augusto Ramos de Almeida, o contraventor Carlinhos Cachoeira, foi internado com diarreia e transtorno de conduta (alteração de personalidade e comportamento). Além disso, os médicos também diagnosticaram um quadro de envelhecimento precoce. A geriatra Dra. Ana Lúcia de Sousa Vilela, da SBG (Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia), explica que o estresse é a principal causa dessa condição.
 
— Quando a pessoa está muito estressada, ela aumenta a produção de um hormônio chamado adrenalina, que em grandes quantidades pode causar problemas no cérebro, coração, estômago e artérias. Além disso, a adrenalina aumenta o número de plaquetas no sangue podendo desencadear um quadro de trombose.
 
A presença de doenças crônicas — artrose, problemas cardíacos, atrofia cerebral, osteoporose — também contribui para acelerar o envelhecimento. No caso de Cachoeira, a geriatra explica que o quadro é resultado da depressão e taquicardia supraventricular (distúrbio do ritmo cardíaco).
 
— Alguns sintomas como cansaço, falta de raciocínio, perda da concentração e memória são comuns no envelhecimento e na depressão.
 
A médica também destaca que os péssimos hábitos de vida, como sedentarismo, excesso de álcool e cigarro, poucas horas de sono e má alimentação, são fatores de risco para o envelhecimento precoce.
 
Reversão do quadro
De acordo com a geriatra, a adoção de hábitos saudáveis é o segredo para prevenir o envelhecimento. Controlar o estresse, praticar exercícios físicos regularmente, ter uma boa alimentação, evitar o consumo de álcool e cigarro e dormir de seis a oito horas por noite são atitudes fundamentais para viver com qualidade.
 
— Além disso, a pessoa que tem doença crônica deve seguir o tratamento prescrito pelo médico. Isso também ajuda a retardar o envelhecimento precoce.
 
Fonte R7

Tratamento da aids inclui até sexo, dizem especialistas

Tratamento da aids envolve medicamentos, hábitos saudáveis e até sexo
Além do coquetel, médicos incentivam que portador de HIV mantenha vida normal
 
Foi-se o tempo que a aids era considerada uma sentença de morte e o paciente podia ser reconhecido pela aparência magra e deprimida. Nos últimos anos, a chegada de novos medicamentos proporcionou mais tempo e qualidade de vida aos soropositivos. Para o infectologista Dr. Ralcyon Teixeira, do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, em São Paulo, o tratamento da doença vai muito além do uso diário de comprimidos.
 
— Outras atitudes contribuem significativamente para o bem-estar do paciente, como prática de exercício físico, adoção de cardápio balanceado, abandono do cigarro e de outras drogas, moderação no consumo de bebidas alcóolicas e até uma vida sexual ativa, desde que com camisinha.
 
Em caso de rompimento do preservativo, a recomendação é avisar o médico com urgência para prevenir a contaminação do parceiro. O acompanhamento psicológico também se faz necessário para o paciente manter a autoestima e vencer seus medos, preconceitos e culpa.
 
O infectologista Dr. Ricardo Diaz, chefe do Laboratório de Retrovirologia da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), ressalta que iniciar o tratamento de forma precoce é um dos segredos para o bem-estar e segurança do infectado.
 
— Sem remédio, o vírus do HIV acelera o envelhecimento e antecipa o aparecimento de algumas doenças que costumam surgir com o avanço da idade, entre elas osteoporose, câncer, diabetes e infarto.
 
Além disso, ele cita outra vantagem da medicação: "a redução para quase zero de o paciente transmitir o vírus para outra pessoa, especialmente numa relação sexual”.
 
Coquetel de medicamentos
Antigamente, o paciente com diagnóstico de aids chegava a tomar, em alguns casos, mais de 20 comprimidos por dia para tentar controlar o HIV e as doenças relacionadas a baixa imunidade. Isso dificultava a adesão ao tratamento e causava incontáveis efeitos colaterais.
 
Com a evolução da Medicina e realizando o diagnóstico precoce da infecção, esse número caiu para até três pílulas diárias com menos “contratempos”. O governo brasileiro também estuda a produção nacional de um comprimido contendo três princípios ativos em uma única pílula diária, o que facilitaria ainda mais o tratamento.
 
A medicação, segundo o Dr. Teixeira, impede a multiplicação do vírus HIV e, consequentemente, evita o enfraquecimento do sistema imunológico e previne o aparecimento das chamadas infecções oportunistas — pneumocistose e neurotoxoplasmose, por exemplo . É importante também manter a vacinação em dia, especialmente contra gripe e pneumonia.
 
O tratamento é caro, mas desde 1991, o Brasil oferece gratuitamente o coquetel antiaids e distribui camisinha para toda a população. Mesmo assim, ainda há muita resistência das pessoas em fazer sexo seguro e o teste de HIV, conforme lamenta o infectologista do Emílio Ribas.
 
— Uma a cada quatro pessoas não sabe que tem aids, sendo que com o diagnóstico precoce é possível ter qualidade de vida. Se uma gestante, por exemplo, descobrir a doença cedo é possível tratá-la evitando que o bebê também seja contaminado. Sem falar que os jovens estão se esquecendo do sexo seguro.
 
Efeitos colaterais
As novas drogas conseguiram melhorar o tratamento, mas não isentam o paciente dos temidos efeitos colaterais. Entre os mais comuns, o Dr. Ralcyon destaca a lipodistrofia — alterações na distribuição da gordura corporal.
 
— Há uma diminuição da gordura nas pernas, braços e bochechas e um aumento de gordura na região do abdômen, mama, pescoço e nuca. Essas modificações acabam deformando a aparência física da pessoa e algumas vezes precisamos intervir com preenchimentos e próteses.
 
O médico acrescenta pressão alta, diabetes tipo 2, alteração de colesterol e anemia como outras consequências da medicação. Mesmo assim, o especialista da Unifesp defende o tratamento em qualquer estágio da doença.
 
— É verdade que desconhecemos os efeitos da medicação em médio e longo prazo, mas já avançamos muito nesse quesito e, como ainda estamos distantes da cura, temos que priorizar uma vida melhor. Isso só será possível com os comprimidos.
 
Para o Dr. Diaz, superar o medo e fazer o teste de HIV pelo menos uma vez por ano é o primeiro passo de uma vida mais longa.
 
—Admitir que está contaminado pelo vírus HIV, aderir ao tratamento e adotar hábitos saudáveis é o caminho do sucesso. Apesar da melhoria do tratamento, prevenir a doença ainda deve ser a prioridade de qualquer pessoa.
 
Fonte R7

Fita gigante na África do Sul no Dia Mundial da Luta contra a Aids

Uma fita de 1,5 km com 6.000 camisas vermelhas foi formada neste sábado em Joanesburgo, com o objetivo de conscientizar a população da África do Sul para a luta contra a Aids, batendo assim o recorde anterior, de uma fita de 1km na Índia.
 
A fita foi montada nas ruas de Constitution Hill, onde se encontra o Tribunal Constitucional.
 
"Através deste evento, seremos mais conscientes" da necessidade de lutar contra o vírus da Aids na África do Sul que, com uma população de 51,8 milhões de habitantes, possui seis milhões de HIV soropositivos, declarou Amanda Blankfield, membro da Afrika Tikkun, uma ONG co-organizadora desta iniciativa.
 
A fita representa "um símbolo visual do compromisso do país para erradicar a Aids", segundo os organizadores.
 
Os organizadores optaram pelo Constitution Hill para receber a fita gigante porque este lugar está ligado aos "direitos humanos", disse Blankfield.
 
Os organizadores da iniciativa vão apresentar ao Livro Guinness de Recordes um registro com fotografias aéreas para que o recorde seja aprovado.
 
A África do Sul é o país com o maior número de portadores da Aidas e também de pacientes tratados graças aos tratamentos com antiretrovirais.
 
Fonte R7

Campanha quer alertar população sobre importância do preservativo feminino

Brasília - Para marcar o Dia Mundial de Luta contra a Aids, lembrado ontem (1º), uma campanha da Secretaria de Saúde e da Secretaria da Mulher do Distrito Federal (DF) queria alertar a população sobre a importância do uso do preservativo, principalmente o feminino, como forma de evitar a contaminação pelo vírus HIV.
 
Durante todo o dia, profissionais de saúde e voluntários distribuíram aos frequentadores do Parque da Cidade, camisinhas e folhetos informativos sobre os meios de transmissão da doença e as formas de prevenção.
 
De acordo com a secretária da Mulher do DF, Olgamir Amancia, é preciso desassociar a ideia do uso do preservativo à infidelidade conjugal e reforçar a importância de as pessoas se cuidarem, independentemente do gênero.
 
“Vivemos em cultura ainda machista, em que muitas vezes é o homem que dita as regras nos relacionamentos. Com isso, muitas mulheres acabam não pedindo aos companheiros que usem o preservativo, às vezes porque têm medo de que eles desconfiem de infidelidade por parte da mulher”, disse.
 
“Mas se as mulheres têm acesso à camisinha feminina, conquistam um instrumento de força e de luta, ganham autonomia e empoderamento”, completou, acrescentando que o governo está fazendo um levantamento para verificar o nível de conhecimento das mulheres sobre o preservativo feminino e a satisfação com seu uso.
 
Ainda como parte da mobilização de ontem, os frequentadores do Parque da Cidade também fizeram testes para detecção do HIV e da hepatite C, doença transmitida pelo contato com sangue contaminado que compromete o funcionamento do fígado. Os resultados saem, no máximo, em 30 minutos.
 
A advogada Mariana Salomão, 25 anos, interrompeu a caminhada para fazer os dois testes. “O resultado sai rápido e como durante a semana a gente não tem muito tempo para pensar sobre isso, vale a pena dar uma paradinha para ver se está tudo bem”, disse, enquanto esperava para ser atendida.
 
O militar Jorge Michel Ferreira, 33 anos, também se exercitava quando viu a mobilização e resolveu fazer o teste. Ele também levou 50 folhetos sobre a transmissão do vírus HIV para distribuir no condomínio em que mora, no Guará, região administrativa de Brasília. “Além de sair tranquilo daqui, sabendo que está tudo bem com a minha saúde, vou levar o material para incentivar meus vizinhos a se prevenirem. É importante todo mundo ficar alerta e se cuidar”, disse.
 
 Durante a mobilização, representantes de organizações não governamentais voltadas à luta contra a aids fincaram na terra cruzes com o símbolo do combate à doença em preto para lembrar as mortes ocorridas por causa do vírus HIV. Eles também reivindicaram investimentos e intensificação das ações por parte do governo do Distrito Federal.
 
A diretora de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde do DF, Sônia Geraldes, admitiu que a pasta enfrenta dificuldades para executar o orçamento repassado pelo governo federal, no valor de R$ 1,5 milhão por ano, e informou que estão sendo estudadas parcerias com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) para acelerar a aplicação dos recursos na área, principalmente, em ações de prevenção e conscientização.
 
Fonte Agência Brasil