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quarta-feira, 31 de maio de 2017

Casos de depressão aumentam 18,4% em uma década, e doença é o mal do século para a OMS

Foto: Reprodução da Internet
Médicos defendem que o tema seja mais discutido para acabar com o estigma e esclarecer os mitos comuns ao debate

São Paulo - O jovem Orestes está triste. Sentado em uma posição displicente, ele parece olhar para o nada, cabisbaixo. Ao seu redor, o sacerdote tenta curá-lo, em uma cerimônia de purificação. Sabe-se, pela peça de Eurípedes, que ele é atormentado pelas Fúrias. São espíritos que roubaram do príncipe de Micenas a fome, a motivação (até para tomar banho) e o vigor. Desde que, estimulado pelo deus Apolo, Orestes matou a própria mãe, ele só quer saber de dormir, chora frequentemente, sente-se exausto e desesperançoso. Em um vaso grego de 400 a.C., a representação visual da tragédia não deixa dúvidas: ele sofre de depressão.

Escolhida como tema do ano pela Organização Mundial de Saúde (OMS), essa é uma doença crônica tão antiga, que textos babilônicos e egípcios de 4 mil anos atrás já faziam referências aos sintomas. Naquela época, qualquer perturbação da mente era atribuída à possessão demoníaca. Hoje, esses “demônios” internos atormentam 320 milhões de pessoas pelo globo, um aumento de 18,4% no número de diagnósticos em comparação com 2005. Apesar de milenar e de atingir tanta gente, a depressão ainda é mal compreendida pela população em geral. Mitos sobre uma condição que por muito tempo foi conhecida por melancolia (bílis preta, em grego) perduram e podem afastar o paciente do tratamento.

“As pessoas não falam de depressão, têm vergonha e preconceito.Elas são estigmatizadas, tratadas como inúteis, preguiçosas, inseguras, descontroladas”, lamenta o psiquiatra Teng Chei Tung, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) e membro da comissão científica da Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Transtornos Afetivos (Abrata). “O primeiro conceito que as pessoas confundem é o de ser algo só psicológico, uma espécie de sofrimento maior. Esse é um fato parcial. A depressão é uma síndrome, com aspectos psicológicos e biológicos”, afirma.

Não se pode, inclusive, falar de depressão como uma única doença. Há nove tipos descritos até agora, incluindo a pós-parto. Hoje, já se sabe que processos neurodegenerativos também estão envolvidos, e a depressão é considerada fator de risco para Alzheimer. Além disso, pesquisadores investigam a influência mútua de alterações metabólicas: aparentemente, problemas cardíacos e diabetes podem levar à depressão, e vice-versa.

De acordo com Tung, isso se deve a substâncias tóxicas geradas pelas inflamações crônicas. “Um infarto lesiona as células do coração. Quando isso acontece, as células liberam fatores inflamatórios que chegam ao cérebro, para sinalizar que o corpo não está aguentando. Mas, se é algo crônico, o cérebro fica sofrendo e não dá conta”, diz. Por sua vez, a química cerebral alterada também pode desencadear doenças metabólicas. Fatores genéticos/hereditários e alterações hormonais também estariam por trás da doença.

Não à toa, as mulheres são as mais afetadas. Segundo o Ministério da Saúde, 25% da população adulta feminina sofre de depressão— para cada homem com a doença, há duas mulheres. Aquelas entre 20 e 40 anos são as mais vulneráveis. “A mulher passa por muita oscilação hormonal. É gravidez, puerpério, menopausa”, enumera a psiquiatra e sexóloga Carmita Abdo, presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria.

As oscilações hormonais têm um impacto tão forte que, na gestação, até 26% das mulheres podem desenvolver o problema; de 10 a 15% sofrerão no puerpério e entre 3 e 8% sofrerão durante o período pré-menstrual. Não se trata de TPM, esclarece Abdo. “O transtorno disfórico pré-menstrual (TDPM) é muito mais grave. A mulher fica irascível e descontrolada”, diz. Na quarta década de vida, com o início da perda de produção hormonal, o risco de recorrência de episódios depressivos aumenta.

Tratamentos
O psiquiatra Kalil Duailibi, professor da Universidade de Santo Amaro, alerta que as recaídas estão associadas também à descontinuidade no tratamento, independentemente do sexo do paciente. Segundo o médico, a depressão pode ser leve, moderada e severa. No primeiro caso, psicoterapia e exercícios físicos cinco vezes por semana (a atividade aeróbica eleva a produção de neurotransmissores) conseguem bons resultados. Já os pacientes com sintomas mais severos precisam ser medicados. “A terapia é importante, mas as pessoas muito deprimidas não conseguem se beneficiar porque têm de estar com a cognição melhor para absorver o processo psicoterápico.”

Segundo Duailibi, é um erro acreditar que, ao desaparecerem os sintomas, o tratamento pode ser suspenso. Ele explica que, no primeiro episódio depressivo, é preciso acompanhar o paciente por mais seis meses, ainda que ele esteja assintomático. No segundo, esse tempo passa para 18 meses a dois anos. Se a pessoa tem, ao longo da vida, uma terceira crise, provavelmente, terá de usar o medicamento para o resto da vida. “No quadro depressivo, o paciente sofre muito. Para que ele não volte a passar por isso, é importante que continue o tratamento quando estiver bem. Infelizmente, há uma pressão social e os mitos. Por exemplo, de que o antidepressivo causa dependência, e isso não é verdade”, esclarece.

As inverdades e os estereótipos sobre a depressão só amenizam quando o tema é colocado às claras, insiste o psiquiatra Teng Chei Tung. “O silêncio é o pior. Tem de falar corretamente, sem sensacionalismo ou glamour. Esse é um problema de saúde pública e tende a aumentar caso seja negligenciado.”

Depoimento
"Acham que é frescura"
Fabiana (nome fictício), 30 anos, estudante universitária

“Acho que eu tinha 22 anos na primeira vez em que tive depressão. Foi quando eu me vi sozinha pela primeira vez. Eu nunca fui uma pessoa cheia de amigos e nem popular, desde criança sempre estava pelos cantos, mas, aos 22, eu terminei um namoro de quatro anos, no qual vivi uma relação abusiva, daquelas que nem podia passar chapinha, maquiagem ou usar vestidos...

Mas quando fiquei só, parecia que meu mundo tinha acabado, porque eu não tinha amigos, nem perspectiva de nada. Eu dormia o dia todo, e só acordava quando meus pais chegavam do trabalho, para disfarçar, e logo voltava a dormir... Logo, as pessoas começaram a me chamar de preguiçosa, dizer que eu não fazia nada... E eu só queria não acordar mais.

Um dia, fui à missa ao lado de casa, e foi meu refúgio. Eu ia para a igreja todos os dias, quando não tinha na católica, ia na evangélica, ia no Lar São Francisco de Assis, que é espírita. Fazia uma maratona. Ninguém me entendia. Eu só queria fugir. Essa depressão, foi literalmente Deus quem me tirou dela. Eu e Ele, sozinhos... Porque nem perdendo 10kg em um mês meus pais notaram...

Aos 27, a depressão voltou. Essa, sim, eu precisei de ajuda, pois somatizei as doenças que não tinha. Essa depressão veio seguida de crise de ansiedade (dessa eu ainda não consigo me livrar) e pânico. Eu passava mais dias internada do que em casa, ninguém descobria o que tinha, até entrar um anjo na minha vida, foi um neurologista que entendeu o que de fato eu tinha, me mandou para um psicólogo e receitou remédios para dormir.

Sabe aquela dor que parece não ter fim? Eu sentia que meu coração e minha cabeça iam explodir a cada momento... Sabe como é uma mente ansiosa? Ela trabalha muito mais, e até as palavras você fica pensando que podia ter dito diferente, ter feito diferente, se culpa 24 horas por dia por tudo... As pessoas que estão de fora sempre acham que é frescura, que analista é coisa de quem não tem uma ocupação.

Esse médico também disse sobre cachorros aos meus pais. Desde que o meu chegou, eu não sinto tanta dor. A ansiedade é a mesma, mas a tristeza não, porque eu sei que ele depende de mim. É incrível como ele transformou minha vida. Não sei se seria capaz de viver sem ele.

E sabe o que é mais engraçado? As pessoas ao redor nunca notam, por isso o alto índice de suicídio. Eu fui voluntária do CVV (Centro de Valorização à Vida) entre essas duas crises por uns oito meses. As pessoas ligam, entram no chat só pra desabafar, falar do que elas sentem e que ninguém em casa ou nenhum amigo repara.

Eu já tomei rivotril e fluoxetina, mas eles ou me faziam dormir demais, ou me davam insônia. Parei por conta própria. Ainda tenho dificuldade para dormir, mas tenho melhorado com a ajuda de chás e das caminhadas com o cachorro. Também estou tentando exercícios de respiração que uma colega ensinou. Tem dado certo para parar um pouco a mente, que funciona demais.”

Pacientes de médicos velhos morrem mais do que os de médicos mais novos

O senso comum nos ensina que um profissional é mais confiável conforme mais cabelos brancos tiver na cabeça. Afinal, o tempo é senhor da razão, correto? No entanto, uma pesquisa da Universidade de Harvard quebra esse preceito

Os cientistas notaram que pacientes de médicos mais velhos morrem mais do que os pacientes de doutores novinhos.

Conforme o estudo, publicado no prestigiado “British Medical Journal” na semana passada, a exceção se dá apenas para médicos mais velhos bastante ativos, que continuam a atender muitas pessoas no hospital – estes tinham uma mortalidade entre seus pacientes abaixo da média.

Leia a matéria completa aqui no site da Uol

Terapia genética regenera ossos e promete ser mais eficaz que os enxertos

Tratamento combina injeção de gene e irradiação de ultrassom no local fraturado. Em testes com porcos, a recuperação durou oito semanas

Ossos fraturados são tratados com enxerto, procedimento demorado e passível de complicações. Em busca de uma alternativa mais eficaz, cientistas norte-americanos criaram uma técnica de regeneração óssea que une terapia genética e ultrassom. A combinaçãosurtiu resultados positivos em testes com porcos e foi detalhada na edição da última semana da revista Science Translational Medicine. A aposta da equipe é que, se funcionar em humanos, o tratamento melhore consideravelmente as intervenções ortopédicas.

Segundo os autores, todos os anos, mais de 2 milhões de enxertos ósseos são realizados no mundo. As lesões nesse tecido humano, porém, podem gerar lacunas largas no local da quebra, o que dificulta a regeneração por meio do procedimento usual. “Infelizmente, os enxertos ósseos trazem desvantagens. Há grandes necessidades não satisfeitas no reparo do esqueleto”, destacou, em comunicado, Dan Gazit, professor de cirurgia no Centro Médico Cedars-Sinai, nos Estados Unidos, e um dos pesquisadores do estudo.

No teste para o novo tratamento, inicialmente, os cientistas desenvolveram uma matriz de colágeno - proteína usada pelo corpo para reconstruir ossos - e implantaram a peça entre os dois lados de ossos fraturados em pernas de porcos. A matriz recrutou as próprias células tronco do membro lesionado após duas semanas. Em uma segunda etapa do experimento, os pesquisadores aplicaram, nos ossos lesionados, um gene indutor de osso, para provocar a regeneração, e microbolhas, para facilitar a entrada do gene nas células. O ultrassom foi usado para facilitar ainda mais a inserção do material.

Oito semanas depois, a abertura óssea estava fechada e a fratura da perna curada em todos os animais que participaram do teste. Além disso, os ossos repostos pelo organismo eram tão fortes quanto os produzidos por enxertos ósseos cirúrgicos. “Esse estudo é o primeiro a demonstrar que a entrega de genes mediada por ultrassom pode ser efetivamente usada no tratamento de fraturas de ossos não cicatrizantes. Ele aborda uma grande necessidade ortopédica não satisfeita e oferece novas possibilidades de tradução clínica”, destacou Gadi Pelled, professor-assistente de cirurgia no Cedars-Sinai e coautor do estudo.

Menos Complicações
Para Michal Alexander Danin, ortopedista do Hospital Brasília, o trabalho tem resultados empolgantes, principalmente para os brasileiros. “Nos Estados Unidos e na Europa, existem enxertos com uma qualidade melhor, que são retirados de cadáveres. Mas a nossa política não permite usar esse recurso”, explicou o especialista, que não participou do estudo. Danin também ressaltou as vantagens do método em comparação ao enxerto. “Quando o espaço da lesão é pequeno, o enxerto consegue resolver o problema, mas, quando essa falha óssea tem mais de dois centímetros, a situação fica mais difícil. Na pesquisa, o uso do gene que ajuda a reconstruir o osso é impulsionado, o que acelera totalmente a regeneração, rendendo, assim, resultados mais eficazes e rápidos”, detalhou.

O ortopedista destacou ainda a possibilidade de reduzir as complicações durante o tratamento ortopédico com o uso da nova técnica. “Outra vantagem é que, para fazer o enxerto, você precisa tirar um pedaço do quadril dos pacientes, por exemplo, e usá-lo em outro local. Mas isso pode trazer incômodos e até o risco de infecção.” Segundo Danin, os cientistas precisam repetir os testes em animais maiores e ter certeza da eficácia da técnica. “Acho importante ver como funcionaria em animais de grande porte, como cavalos, cordeiros, já que eles têm uma mobilidade maior. Outro ponto interessante é saber se o osso regenerado tem a mesma força que o original. Também é necessário ter a certeza de que problemas genéticos não possam surgir, como um câncer ósseo”, listou.

Mesmo cientes dos novos desafios, os autores estão otimistas com os resultados já alcançados e preveem avanços históricos. “Estamos no início de uma revolução em ortopedia. Combinamos uma abordagem de engenharia com uma biológica para avançar na engenharia regenerativa, que acreditamos ser o futuro da medicina”, ressaltou Gazit. “Nosso projeto demonstra como cientistas de diversas disciplinas podem combinar forças para encontrar soluções para os desafios médicos de hoje e ajudar a desenvolver tratamentos para os pacientes de amanhã”, complementou Bruce Gewertz, coautor e presidente do Departamento de Cirurgia em Cedros -Sinai.

Reforço
O procedimento consiste na retirada de uma quantidade de osso de outro ponto do esqueleto para ajudar a tratar a parte lesionada. O material pode ser retirado do próprio paciente e ser obtido de um doador. Há ainda a possibilidade de uso de um material artificial. Geralmente, os médicos utilizam os ossos da costela ou do quadril.

Saúde Plena

terça-feira, 30 de maio de 2017

Suspensos dois lotes de vacina para hepatite B

Componente diftérico apresentou resultado insatisfatório para lotes da vacina conjugada contra hepatite B e Haemophilus Influenzae B (Hib)

A Anvisa suspendeu a importação de dois lotes de vacinas conjugadas contra hepatite B e Haemophilus Influenzae tipo B (Hib). Ambos os lotes da vacina conjugada adsorvida antidiftérica, antitetânica, anticoqueluche eram fabricadas pela empresa indiana Serum Institut of India Ltd e foram suspensas em todo território nacional.

Segundo laudos de análise técnica emitidos pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS), os lotes 137Q6010B e 137Q6010C da vacina apresentaram resultado insatisfatório para o ensaio de potência do componente diftérico.

Considerando o possível comprometimento da eficácia antidiftérica da vacina em questão, a Agência publicou a resolução RE 1.413 de 26 de maio de 2017 que suspende a importação, distribuição e uso dos dois lotes.

Lotes suspensos:
137Q6010B (Val. 02/2018)
137Q6010C (Val. 02/2018)

Confira a suspensão da vacina na integra, publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira (29/5). 

ANVISA

Pessoas ‘mais espertas’ fumam menos, diz estudo

Um novo estudo descobriu 52 genes ligados à inteligência e concluiu que pessoas “mais espertas”, nunca haviam fumado ou tinham conseguido parar

Afinal, a inteligência é hereditária? Segundo um estudo publicado na revista científica Nature, sim. A equipe de pesquisa da Universidade Livre de Amsterdã, na Holanda, identificou 52 genes ligados à inteligência humana, sendo 40 deles inéditos. A pesquisa revelou também que pessoas “mais espertas” – leia-se, que tiveram melhor desempenho em testes de QI – nunca haviam fumado.

A pesquisa
A equipe analisou amostras de cerca de 80.000 pessoas selecionadas a partir do banco de dados biológico do Reino Unido. Para identificar como os genes atuavam na inteligência, os cientistas estudaram as similaridades das sequências genômicas entre gêmeos e suas pontuações de QI. Os testes mostraram que os gêmeos idênticos tendem a ter resultados mais parecidos entre si do que entre os gêmeos fraternos. Com o uso de tecnologia avançada, os cientistas puderam identificar os marcadores genéticos por trás dos bons resultados.

Foram encontrados 52 genes ligados à inteligência humana, sendo 40 deles inéditos. Curiosamente, as variações genéticas “mais inteligentes” foram mais frequentes entre aqueles que nunca fumaram. Elas também foram observadas entre aqueles que fumaram, mas conseguiram parar. Porém, os genes identificados representam apenas uma parcela das variações obtidas nos exames. “Isso significa que temos um longo caminho a percorrer e ainda existem muitos outros genes importantes a serem descobertos”, explicou Danielle Posthuma, principal autora do estudo.

Fatores ambientais
No entanto, as influências externas também representam um papel fundamental nas habilidades mentais. O ambiente exerce seus próprios efeitos no aprendizado e funcionamento do cérebro. Em locais insalubres, por exemplo, com presença de chumbo na água potável e a deficiência de iodo podem prejudicar o desenvolvimento intelectual das crianças, sendo necessária a suplementação. “Entender a biologia de algo não significa reduzi-la ao determinismo”, explicou Stuart Ritchie, geneticista da Universidade de Edimburgo. A miopia, por exemplo, apesar de seus fatores genéticos, pode ser corrigida com o uso de óculos.

Genes descobertos
O próximo passo é entender os genes descobertos. Quatro dos genes identificados são conhecidos por controlar o desenvolvimento de células e outros três por atuar no funcionamento dos neurônios. Para entender o que torna esses genes especiais na formação do intelecto, os cientistas afirmaram que serão necessários experimentos em células cerebrais.

Os pesquisadores acreditam que muitos outros genes relacionados à inteligência ainda são desconhecidos e para entendê-la é preciso considerar suas variações genéticas. No recente estudo, a equipe avaliou apenas uma amostra da população europeia. No entanto, estudos anteriores mostraram que as variações dentro de um grupo podem limitar a compreensão em relação a outras populações. Comparar variações genéticas entre diferentes grupos pode ser uma linha de pesquisa importante.

O cérebro
Durante séculos cientistas têm estudado a inteligência humana a partir de testes cognitivos que avaliam habilidade mental, raciocínio e memorização. Cada teste representa diferentes habilidades mentais, mas juntos, eles podem determinar a inteligência de um indivíduo, determinando seu QI. Segundo os especialistas, quem pontua menos em algum dos testes, tende a ir mal nos outros, mas ainda não é claro como a inteligência atua no cérebro.

Em estudos anteriores, neurocientistas compararam cérebros de pessoas com pontuações de QI altas e baixas e descobriram que o tamanho cerebral pode ter alguma influência. Outro estudo também mostrou que a eficiência com que o cérebro envia sinais de uma região a outra pode ter relação com o intelecto. Apesar da influência na inteligência humana, ainda não se sabe como esses fatores atuam individualmente. De acordo com informações do The New York Times, a genética pode tornar possível novos estudos sobre os mecanismos biológicos do raciocínio e da solução de problemas, assim como melhores intervenções para crianças com dificuldade de aprendizado.

Veja

Como um relógio criado pela Microsoft ajuda pessoas com Parkinson

Pequenos choques gerados pelo dispositivo ajudam a diminuir os tremores das mãos


A Microsoft desenvolveu um relógio capaz de melhorar a qualidade de vida de pessoas com Mal de Parkinson.

O time de inovação da empresa, liderado por Haiyan Zhang, criou um relógio capaz de diminuir um dos sintomas mais comuns da doença: o tremor das mãos.

O dispositivo, chamado de Emma, tem pequenos motores de vibração que enviam sinais para distrair o cérebro. Dessa forma, o órgão “esquece” de enviar informações para as mãos, o que ajuda a controlar os tremores originados pelo Mal de Parkinson.

Confira no link o vídeo para entender como surgiu a ideia de desenvolver o relógio e como ele funciona: exame.abril.com.br

Exame

segunda-feira, 29 de maio de 2017

Profissão de auxiliar de farmácia poderá ser regulamentada

Proposta foi aprovada em Comissão
A Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público aprovou a proposta que regulamenta o exercício da profissão de auxiliar de farmácias e drogarias.

O profissional poderá exercer a atividade se tiver nível médio completo e curso profissionalizante. Será exigido registro na Carteira de Trabalho que comprove o ofício.

O texto aprovado é um substitutivo do deputado Daniel Almeida (PCdoB-BA) ao Projeto de Lei 668/11, do ex-deputado Policarpo e a outra proposta apensada (3360/12). “A aprovação se justifica pelo mais alto interesse público, uma vez que ampliará a qualidade e segurança dos serviços oferecidos à sociedade”, diz Almeida.

A proposta retirou o detalhamento das atribuições do auxiliar, previstas no texto original, como a organização do ambiente de trabalho e o zelo pela ética profissional e comercial na venda de produtos prescritos por profissionais de saúde.

Uma das respostas do auxiliar será orientar o consumidor sobre fórmulas, bulas, prescrição medicamentosa, indicação e contraindicação de tipos de fármacos, nomes de laboratórios, distribuição, controle e conservação de medicamentos e de outros produtos correlatos.

Foi retirada a previsão de os órgãos de saúde firmarem convênios com as entidades de classes de auxiliares de farmácias e drogarias para participação desses profissionais em campanhas educacionais de saúde e de vacinação.

O projeto, que tramita em caráter conclusivo, ainda será analisado pelas comissões de Seguridade Social e Família; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Agência Câmara/Guia da Farmácia

Cientistas criam ovário 3D que recupera a fertilidade de ratas e pode ser esperança para mulheres

Bioprótese faz com que ratas inférteis ovulem e procriem. Segundo pesquisadores norte-americanos, o procedimento poderá beneficiar mulheres que perderam a capacidade de engravidar após tratamentos contra cânceres

Um ovário impresso em 3D e com baixo risco de rejeição surge como solução promissora para mulheres que sofrem com a infertilidade. A solução foi criada por pesquisadores dos Estados Unidos e testada em ratas inférteis. Depois de submetidas ao implante, as cobaias tiveram filhotes saudáveis. Os autores da pesquisa, publicada na última edição da revista Nature Communications, ressaltam que o novo dispositivo precisa de mais testes, mas a equipe está otimista com os resultados obtidos até agora e aposta que mulheres que sonham com a maternidade poderão ser beneficiadas pela técnica.

O objetivo inicial era criar uma réplica de ovário que fosse completamente funcional e aceita sem riscos pelo corpo feminino. Os cientistas utilizaram como matéria-prima o hidrogel biológico, substância gerada a partir da quebra do colágeno, com uso seguro em humanos. Os pesquisadores explicam que o material também se destaca por ser rígido o suficiente para ser manipulado durante a cirurgia de implante e pela porosidade, propriedade necessária para que a prótese possa interagir naturalmente com os tecidos do paciente.

“A maioria dos hidrogéis é muito fraca, uma vez que são compostos principalmente por água. Mas nós encontramos uma temperatura que permite que o material tenha sustentação, levando à construção de camadas múltiplas”, explica, em comunicado à imprensa, Ramille Shah, pesquisadora da Universidade de North-western, nos Estados Unidos, e participante do estudo. A peça impressa é uma espécie de empilhamento de pequenas placas quadradas de hidrogel biológico.

No experimento, ratas tiveram os ovários retirados e receberam o implante de ovário bioprotético. Como resultado, as cobaias voltaram a ovular, concluíram a gestação e tiveram filhotes saudáveis. Os cientistas explicam que o sucesso do procedimento se deu graças à forma com que a estrutura foi construída, o que permitiu uma ligação direta com folículos ovarianos — células que ajudam na produção de hormônios e são responsáveis pela formação do óvulo.

Design facilitador
Os investigadores também perceberam que o design do ovário garantiu espaço suficiente para que vasos sanguíneos se formassem dentro do implante, o que fez com que os hormônios circulassem na corrente sanguínea das cobaias, desencadeando a lactação após o parto. “Este é o primeiro estudo que demonstra que a arquitetura do produto faz a diferença na sobrevivência do folículo. Não seríamos capazes de fazer isso se não tivéssemos usado uma plataforma de impressoras 3D”, ressalta a autora Shah.

Cientista e diretora do Instituto de Pesquisa em Saúde Feminina de Feinberg, nos Estados Unidos, Teresa K. Woodruff antecipa a aplicação do dispositivo. “A pesquisa mostra que o ovário bioprotético tem função duradoura. Usando a bioengenharia, conseguimos criar a estrutura de um órgão, fazer ele funcionar e restaurar a saúde do tecido ovariano”, diz. Para a equipe, mulheres submetidas a tratamentos contra câncer e que se tornaram inférteis poderão ser as maiores beneficiadas do procedimento.

Genevieve Coelho, ginecologista especialista em reprodução humana e diretora da clínica IVI Salvador, na Bahia, também acredita que a técnica ajudará pacientes oncológicas. “Aquelas que enfrentaram o câncer muitas vezes têm a necessidade de retirar os ovários. Há também as mulheres que nascem sem eles, nesses casos, a réplica seria uma boa opção.” Para outros casos de infertilidade, Coelho conta que uma técnica em teste tem surtido resultados positivos. “O grupo de pesquisa do qual participo injetou células-tronco diretamente na artéria ovariana, recuperando, assim, a ovulação, sem a necessidade de uma réplica do órgão”, detalha.

Coelho também destaca que, apesar de interessante, o uso de uma cópia ovariana está longe de se tornar realidade. “É um projeto que pode render resultados, mas daqui a 20 anos, provavelmente. Hoje, a maioria dos trabalhos tem buscado maneiras de rejuvenescer os ovários, uma forma de fazer com que os óvulos possam ser renovados quando a mulher chega à menopausa, depois da idade reprodutiva”, explica.

As autoras do estudo trabalham, agora, para criar um órgão que possa ser usado em qualquer idade da vida. “A finalidade dessa réplica é recapitular como um ovário funcionaria. Estamos pensando em uma opção que possa reproduzir cada estágio da vida da mulher, a puberdade, a idade adulta e até a menopausa natural”, detalha Monica Laronda, coautora do trabalho e professora assistente no Instituto de Pesquisa Infantil Stanley Manne.

Técnicas promissoras
Liderado por especialistas do Instituto Valenciano de Infertilidade (IVI) e do Hospital La Fe de Valência, ambos na Espanha, um grupo internacional de cientistas conseguiu fazer com que quatro mulheres engravidassem de forma natural após submetidas à técnica de aplicação de células-tronco na artéria ovariana. Outro procedimento em que a equipe trabalha é a fragmentação do tecido ovariano, na qual uma amostra desse tecido é retirada por meio da laparoscopia, fragmentada e, depois, devolvida ao local de origem, com o objetivo de ativar os óvulos adormecidos.

Estatina reduz risco de infarto, derrame e insuficiência cardíaca

Um novo estudo mostrou que pessoas que tomam estatinas são menos propensas a terem corações anormalmente grandes

Um novo estudo acaba de comprovar mais um benefício das estatinas para a saúde cardíaca. Além de ter o colesterol controlado, pessoas que tomam estatinas têm menor probabilidade de terem o músculo do coração espesso, condição conhecida como hipertrofia ventricular esquerda, que aumenta o risco de infarto, insuficiência cardíaca e derrame no futuro.

Menor volume e espessura
No estudo, apresentado durante o EuroCMR 2017, conferência sobre exames de imagem cardíaca realizada em Praga, na República Tcheca, pesquisadores da Universidade de Londres analisaram, por meio de exames de ressonância magnética, o coração de 4.622 pessoas na Inglaterra, das quais 17% tomavam estatinas. Os resultados mostraram que, em comparação com quem não fazia tratamento com o medicamento, aqueles que faziam tinham câmaras ventriculares esquerdas com uma porcentagem de massa muscular 2,4% menor. Seu volume de massa ventricular esquerda e direita também eram menores.

Mas, na prática, o que isso significa? De acordo com Nay Aung, autor do estudo, essas características correspondem a uma redução no risco de desfechos adversos associados a um coração grande e espesso, como infarto, insuficiência cardíaca e derrame, em pacientes que, teoricamente já estavam em risco mais alto de desenvolver problemas cardíacos, em comparação com aquelas que não usam o medicamento. Os resultados foram confirmados mesmo após os cientistas contabilizaram outros fatores que podem afetar o coração, como etnia, gênero, idade e índice de massa corporal (IMC)

Possível explicação
Segundo informações do jornal britânico The Guardian, outros benefícios já comprovados das estatinas incluem melhoria da função dos vasos sanguíneos, redução da inflamação e estabilização dos depósitos de gordura nas paredes das artérias. Embora o estudo atual não tenha analisado o porquê desse efeito benéfico das estatinas na estrutura e função cardíaca, pesquisas anteriores já haviam mostrado que o medicamento reduz o stress oxidativo e a produção de fatores de crescimento, químicos naturais que estimulam o crescimento celular. Essas características podem ter influência em seu efeito sobre a estrutura cardíaca. As estatinas também ajudam a dilatar as veias sanguíneas, levando a uma melhora no fluxo e redução do stress do coração.

Medicina personalizada
Apesar dos resultados, Aung ressaltou que isso não significa que todas as pessoas acima dos 40 anos devem tomar estatinas.”As recomendações sobre quem deve ou não tomar estatinas são claras. Há um debate sobre se deveríamos reduzir o ‘corte’ e, o que nós descobrimos é que para pacienteis que já estão tomando o medicamento, existem efeitos benéficos que vão além da redução do colesterol, e isso é bom. Mas, em vez de liberar a prescrição, precisamos identificar as pessoas que mais se beneficiaram desse tratamento, algo conhecido como medicina personalizada“, finalizou.

Veja

sexta-feira, 26 de maio de 2017

Em MS, 40% do índice de intoxicação por medicamentos é por descuido, diz Civitox

No período de 2014 a 2016, Mato Grosso do Sul apresentou o índice de 40% em intoxicações por medicamentos, em sua maioria por acidente individual ou descuido

Os números estão no levantamento realizado pelo Centro Integrado de Vigilância Toxicológica (Civitox) publicado no relatório de orientações de prevenção e notificação das intoxicações medicamentosas. De acordo com a publicação, além dos acidentes envolvendo medicamentos, o índice de intoxicações por tentativa de suicídio também registram o índice igual (40%) no mesmo período.

Relacionando os casos de intoxicação por faixa etária, os registros são maiores em crianças de até nove anos, com 45% de ocorrências. Já crianças de 10 a 14 anos, com 5%, adolescentes de 15 a 19 anos, 8%, na faixa dos 20 aos 39 anos, 24%, faixa dos 40 a 59 anos, 13% e, acima dos 60 anos, 5%. Do total de registros, a maioria das notificações é em mulheres (61%) e em zona urbana (82%).

De acordo com o Civitox, os trabalhos de orientação sobre medicamentos tem sido intensificados, em especial, nas orientações básicas para se evitar as intoxicações. Entre eles estão: cuidados no acondicionamento dos medicamentos, não os deixando à vista e acesso de crianças e animais. Atenção quanto à leitura da prescrição e da bula dos medicamentos. Observação quanto ao nome, forma e concentração do medicamento a ser administrado, a dose e horário do mesmo. Guardar o medicamento na caixa com a bula e observar sempre a validade.

Orientações nas prescrições
Por parte dos profissionais de saúde, o Civitox também orienta que durante a prescrição do medicamento, o profissional avalie o perfil socioeconômico do paciente, optando por medicamentos eficazes na forma farmacêutica ideal, concentração, dose e horários corretos, com letra legível (tanto para o dispensador, administrador, como para a leitura do paciente), onde o preço agregado seja viável ao estilo de vida do paciente, poupando transtornos financeiros e, consequentemente, à saúde do paciente.

Para mais informações sobre os riscos e os efeitos das substâncias químicas, sejam de origem natural ou sintética, acidentes com animais peçonhentos e venenosos e teleconsultoria sobre o diagnóstico, prognóstico, tratamento e acompanhamento dos casos notificados, tanto em humanos como em animais, o Civitox disponibiliza seu Plantão 24h/dia: 0800 722 6001 ou (67) 3386-8655.

MS Notícias

Muito tempo no trânsito aumenta o risco de depressão

Mais de 1 hora de deslocamento e falta de flexibilidade nos horários podem afetar a saúde mental e a capacidade produtiva

Quanto tempo você demora para ir ou voltar do trabalho? De acordo com pesquisa da empresa britânica VitalityHealth, especializada em seguro médico privado, pessoas que passam horas no trânsito, seja no volante ou no transporte público, estão mais propensas ao stress e à depressão, além de enfrentar problemas no sono e na produtividade. O estudo foi feito em parceria com a Universidade de Cambridge.

A pesquisa
O estudo analisou 34.000 trabalhadores de indústrias do Reino Unido para avaliar como um deslocamento diário superior a 30 minutos poderia afetar a saúde e a produtividade da população. Os resultados mostraram que aqueles que enfrentavam viagens com mais de uma hora de duração tinham pior saúde mental: 33% apresentaram risco de depressão e 12% maior probabilidade de relatar stress relacionado ao trabalho. Além desses riscos, 46% mostraram tendência de dormir menos do que as sete horas de sono recomendadas por noite.

Benefícios do horário flexível
Segundo os pesquisadores, esses fatores podem fazer com que esses trabalhadores sejam menos produtivos do que aqueles que possuem horários mais flexíveis. Os participantes que levavam menos de 30 minutos na ida e na volta ao trabalho tinham uma semana extra de produtividade.

Essas conclusões sugerem que uma melhor qualidade do sono e estado mental dos trabalhadores refletem no aumento da produtividade e satisfação com o trabalho. No entanto, ao contrário do que se imagina, trabalhar de casa não ajuda a combater os efeitos negativos do trânsito. As pessoas que faziam home office, mas não tinham regimes de trabalho flexível eram, na verdade, os menos produtivos. Eles perderam, em média, 29 dias de trabalho por ano, mais do que os que não podiam trabalhar em casa e dos que tinham horários flexíveis.

Estratégias dos empregadores
O estudo examinou tanto o impacto do trajeto diário de ida e volta do trabalho como a flexibilidade e as horas trabalhadas em casa. “Os resultados demonstram que a rotina diária tem importância e influência direta na saúde e produtividade dos indivíduos. Permitir estratégias de gerenciamento e flexibilidade aos empregados, para que evitem a hora do rush ou ajustem o trabalho à sua rotina pode ajudar a reduzir o stress e promover estilos de vida mais saudáveis que irão impactar diretamente na produtividade das empresas.”, disse Shaun Subel, diretor estratégico da VitalityHealth, ao Daily Mail.

Veja

Transtorno do Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH)

O transtorno de déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) é um problema comum na população e se inicia na infância. Algumas crianças melhoram os sintomas ao longo de seu desenvolvimento e outras crianças podem continuar apresentando dificuldades na adolescência e até na idade adulta

O principal problema do TDAH é a dificuldade em manter o foco nas atividades ou prestar atenção. Existe o tipo predominantemente Hiperativo e o tipo predominantemente Desatento. As crianças predominantemente hiperativas são muito agitadas e impulsivas, o que traz problemas nos relacionamentos e uma maior propensão a acidentes. Geralmente, com o passar da idade, a hiperatividade e impulsividade diminuem, enquanto os problemas de atenção tendem a durar até a idade adulta.

Os adultos com TDAH tendem a ter problemas de memória e concentração. Eles podem ser desorganizados e ter dificuldade em cumprir compromissos no trabalho ou em casa. Como consequência deste mau funcionamento podem manifestar problemas com ansiedade, baixa autoestima e depressão.

Embora nenhum tratamento único elimine completamente o TDAH, existem opções úteis nestes casos. O objetivo do tratamento é ajudar crianças e adultos a melhorar as relações sociais, a serem mais competentes em suas tarefas e minimizar os comportamentos prejudiciais. O tratamento baseado em medicação e psicoterapia geralmente produz os melhores resultados.

A psicoterapia visa modificar o comportamento e treinar habilidades sociais, sendo a TCC (terapia cognitivo comportamental) a abordagem mais estudada e utilizada. Medicamentos estimulantes têm sido utilizados há décadas e, apesar da controvérsia, são seguros e eficazes para a maioria das crianças e adultos para ajudá-los a concentrar seus pensamentos e controlar seu comportamento.

Veja mais artigos sobre o TDAH em nosso site oficial: www.oficinadepsicologia.com

Júnea Chiari – Psiquiatra da OP

SUS oferece em até 180 dias antirretrovirais para "bloquear" infecção por HIV

Acesso será restrito a grupos de risco. Brasil é o primeiro país da América Latina a adotar a profilaxia


Brasília - O Sistema Único de Saúde (SUS) vai passar a ofertar para pessoas consideradas de comportamento de alto risco para HIV o uso preventivo de antirretrovirais. Os remédios hoje são indicados para tratar a infecção ou, em casos de acidente, para evitar a contaminação depois da exposição a uma situação de risco. Essa terceira estratégia, conhecida como Profilaxia Pré-Exposição (PrEp), é feita a partir do uso diário do remédio. O antirretroviral serviria, portanto, como um “bloqueador” da infecção.

O protocolo sobre a forma do uso do medicamento deverá ser publicado no Diário Oficial da União na próxima segunda-feira. No mesmo dia, será publicada a autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para que o antirretroviral, o truvada, possa ser usado também na pré-exposição. A oferta do medicamento, no entanto, não será imediata. Serviços de referência começam a distribuir o remédio para pacientes selecionados em 180 dias. No primeiro momento, a distribuição dos antirretrovirais para PrEP será feita em 11 capitais e também em Ribeirão Preto (SP). A expectativa é de que, decorrido um ano do início do programa, a oferta já esteja em todas as capitais.

“A PrEP não é uma pílula mágica”, alertou a diretora do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, Adele Benzaken. “Pessoas que iniciarem a estratégia devem manter o uso da camisinha.” O Brasil é o primeiro país da América Latina a incorporar a estratégia. Desde 2013, cinco estudos foram conduzidos no país para avaliar a eficácia da medida. O objetivo principal é reduzir o número de pessoas infectadas e, com isso, de circulação do vírus.

A indicação da PrEP não é para a população em geral. Seu uso será permitido para pessoas com mais de 18 anos que sejam consideradas de maior risco, como profissionais do sexo, transexuais, homens que fazem sexo com homens e casais sorodiscordantes – quando um é HIV positivo e o outro não. O uso também não será automático. Pessoas que se encaixam nesse perfil devem fazer exames para verificar se já não são portadoras do vírus e, sobretudo, se estão dispostas a manter o uso do medicamento por um período de tempo.

“A proteção contra o HIV não é imediata. As pessoas que vão fazer uso da terapia precisam tomar o remédio todos os dias. A proteção começa a partir do 7º dia para exposição por relação anal e a partir do 20º dia para exposição por relação vaginal”, disse Adele.

Custo
A estimativa é de que 7 mil pessoas façam o tratamento por PrEP por ano. O custo anual do tratamento é estimado em US$ 275 por paciente. O investimento inicial será de US$ 1,9 milhão na aquisição de 2,5 milhões de comprimidos.

Adele disse que a população atendida não é pequena. “Nem todos se encaixam nesse perfil. Além disso, com o acompanhamento, algumas pessoas podem reduzir o número de parceiros e considerar que já não é mais necessária a prevenção por meio de antirretrovirais”, completou.

As primeiras cidades que vão receber o medicamento são: Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Rio, São Paulo, Fortaleza, Recife, Manaus, Brasília, Florianópolis, Salvador e Ribeirão Preto (SP). Esses municípios foram escolhidos porque já participaram dos cinco projetos desenvolvidos com PrEP no Brasil ao longo dos últimos anos. “Os profissionais já estão capacitados”, disse Adele.

HIV no Brasil
Dados do último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde revelam que 827 mil pessoas vivem com HIV/Aids no Brasil atualmente. Desse total, 372 mil ainda não estão em tratamento, sendo que 260 mil já sabem que estão infectadas e 112 mil não sabem que têm o vírus. A Aids, no país, é considerada uma doença estabilizada, com taxa de detecção em torno de 19,1 casos para cada 100 mil habitantes. Ainda assim, o número representa cerca de 40 mil novos casos ao ano.

quinta-feira, 25 de maio de 2017

Heinz faz recall molho de tomate por fragmentos de pelo de roedor

Convocação abrange 22 mil produtos produzidos em janeiro e com vencimento em 25 de julho de 2017

Heinz faz recall molho de tomate por fragmentos de pelo de roedor (Foto: Reprodução)

A empresa de alimentos Heinz Brasil anunciou um recall de mais de 22 mil unidades de molho de tomate devido a "identificação de não conformidade" com as regras da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Em comunicado divulgado nesta quarta-feira (24), a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) do Ministério da Justiça e Segurança Pública, a Heinz informou ter sido constatada a "existência de fragmentos de pelo de roedor acima do limite máximo de tolerância".

A convocação envolve 22.008 unidades do "Molho de tomate com pedaços" na embalagem sachê com conteúdo líquido de 340g, produzidos em 25 de janeiro de 2016, com vencimento em 25 de julho de 2017. Os produtos foram colocados no mercado de consumo com numeração de lote L25 20:54 M3-1.

"O Laboratório Central de Saúde Pública de Santa Catarina - LACEN/SC informou que a perícia, realizada nos produtos "apresentou resultado insatisfatório ao detectar matéria estranha indicativa de risco à saúde humana (pelo de roedor) acima do limite máximo de tolerância estabelecido", informou a Senacom, em comunicado, acrescentando que a campanha de recall foi apresentada em 12 de maior de 2017.

No aviso de recall estampado em sua página, a Heinz Brasil "reafirma seu foco total na rigidez do controle de qualidade em toda a sua cadeia produtiva".

A empresa pede que os consumidores que tiverem produtos deste lote entrem em contato pelo telefone 0800 773 7737 ou pelo site www.heinzbrasil.com.br para "substituição das unidades sem custos".

Em nota enviada por sua assessoria de imprensa após a publicação desta reportagem, a Heinz Brasil informou que "se trata do mesmo caso já amplamente divulgado no início do mês, quando a companhia anunciou voluntariamente o recolhimento do lote" e reiterou "seu rigor com o mais alto padrão de qualidade em todo o seu processo produtivo".

Os limites para a presença de "matérias estranhas macroscópicas e microscópicas em alimentos e bebidas", incluindo limites de tolerância para roedores e insetos, são definidos por resolução da Anvisa de 28 de março de 2014. Para fragmentos de pelos de roedor, o limite de tolerância estabelecido é de 1 em 100 g para produtos de tomate.

No ano passado, a Anvisa interditou um lote de extrato de tomate da Heinz após encontrar pelo de roedor em amostras do produto. Na ocasião, a empresa informou que todos os produtos foram recolhidos, "não havendo qualquer contraindicação ao consumo dos lotes presentes nos mercados".

G1

Condicionador da marca Cocoricó é proibido pela Anvisa

O condicionador Cabelos Normais da marca Cocoricó não possui registro ou notificação da Anvisa 

O condicionador Cabelos Normais, da marca Cocoricó foi suspenso pela Anvisa.

De acordo com o Laudo de Análise Fiscal da Fundação Ezequiel Dias (FUNED/MG), o condicionador trazia em seu rótulo o número de processo de autorização de outro produto.

O problema foi identificado no rótulo do lote 92307, mas na prática o produto é considerado clandestino.

Com isso, fica proibida a distribuição, divulgação, comercialização e uso do produto, em território nacional.

A empresa deverá recolher o condicionador Cabelos Normais, da marca Cocoricó do mercado.

ANVISA

Inscrições abertas para o curso Regulação das Urgências

Profissionais de saúde interessados em ampliar os seus conhecimentos sobre processos regulatórios dos serviços de saúde já podem se inscrever no mais novo curso Regulação das Urgências desenvolvido pela Universidade Federal de Pernambuco, integrante da Rede UNA-SUS (UNA-SUS/UFPE), em parceria com a Coordenação Geral de Regulação e Avaliação do Ministério da Saúde. As inscrições podem ser realizadas até 21 de julho, pelo site

Voltado para os trabalhadores do Sistema Único de Saúde (SUS), especialmente àqueles que exercem atividades operacionais de regulação nas unidades de regulação das gestões municipais e estaduais, o curso, que integra o Programa de Qualificação para Profissionais de Regulação do Sistema Único de Saúde, tem carga horária de 45h.

A versão com certificação da capacitação é direcionada aos trabalhadores previamente indicados por gestores estaduais, mas os demais interessados podem se matricular e acessar os conteúdos como visitantes pelo site do programa.

Segundo o médico Paulo Abrahão, que colaborou na construção dos conteúdos do curso, a relevância desse Programa de Qualificação está na possibilidade de muitos profissionais terem o conhecimento técnico do processo regulatório e de sua importância no acesso equânime e humanizado aos serviços de saúde de nosso país.

Abrahão explica que o curso tem como objetivo mostrar que o processo de trabalho da regulação desponta com enorme potencial de organização dos fluxos de atenção às urgências e, mais do que isso, como poderosa ferramenta de inclusão, de defesa dos direitos dos pacientes e garantia de acesso equânime aos acometidos por agravos agudos, de qualquer natureza.

“O curso destaca a necessidade de se ter profissionais qualificados para a determinação e orientação do atendimento, com o encaminhamento adequado dos casos agudos e agudizados para os serviços disponíveis na região, ponderando questões como gravidade, valência social, disponibilidade, complexidade e localização dos recursos. Sendo assim, sensibiliza os profissionais para o conceito imperativo das necessidades humanas como agudização de processos, e não somente com o conceito de urgência e emergência”, enfatiza o médico.

Para tanto, o curso orienta a aplicação de conceitos e ferramentas apresentados na Política Nacional de Atenção às Urgências; capacita os trabalhadores de saúde na utilização de dispositivos da Rede de Atenção à Saúde no processo de trabalho da regulação das urgências e também no gerenciamento das centrais de regulação das urgências em conformidade com a Política Nacional de Humanização.

Na visão de Paulo Abrahão, esses conteúdos são importantes para os profissionais de saúde porque “regular é ter um olhar ininterrupto das necessidades e das potencialidades imediatas e futuras, em um determinado território e para uma determinada população. Nas urgências, além disso, ainda tem a importância de acolher 100 % das demandas dos usuários e dar uma resposta sempre”.

De acordo com o consultor técnico do Ministério da Saúde e, também, conteudista do curso, Antonio Onimaro, os conteúdos trazem um conhecimento aprofundado da regulação no âmbito do SUS, contemplando todos os profissionais que fazem parte das centrais de regulação, que trabalham com internações, vagas, alta complexidades, centrais de acesso de maneira geral.

“O Brasil é muito grande, as pessoas vivem realidades muito diferentes e há que se considerar isso. A decisão do médico tem que ser bem tomada. Ele decide a vida do paciente e em uma regulação, ele pode minimizar os erros de tomada de decisão inadequada para o bem da população, melhorar o fluxo dos pacientes dentro do SUS”, reflete.

Para atender aos diferentes estilos de aprendizado dos trabalhadores-estudantes, os conteúdos são apresentados em formatos variados: vídeos, textos, hiperlinks, materiais para aprofundamentos dos estudos, infográficos e ilustrações. Além disso, para estimular a colaboração entre os participantes, no fórum de discussões são disponibilizadas uma série de questões para debate acerca dos temas tratados no curso e que têm relação direta com o dia a dia de quem atua na regulação das urgências.

Fonte: Assessoria de Comunicação Social da Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS)

Hospital São Lucas cria um novo serviço especializado em atendimento às vítimas de traumas

Equipe multidisciplinar com mais de 15 especialidades para atendimento de traumas penetrantes, contusos, queimaduras e afogamentos; atendimento integral e ágil com equipamentos de diagnóstico por imagem de ponta; cirurgias de emergência 24 horas; suporte de monitoramento intensivo e profissionais atualizados nas mais recentes técnicas e protocolos do país e do exterior são alguns dos diferenciais do primeiro centro privado de trauma da zona sul do Rio de Janeiro, criado pelo Hospital São Lucas, em Copacabana

O cirurgião Paulo Silveira, coordenador do serviço, destaca: “Num centro de trauma, conseguimos ter uma visão global do paciente, ou seja, atendê-lo em sua totalidade, pois além de cirurgiões gerais, contamos com ortopedistas, cirurgiões torácicos, vasculares, plásticos, neurocirurgiões e toda a estrutura de um hospital de grande porte para atendimento de forma integral às vitimas de politraumas”, enfatiza.

Com capacidade de acolher o paciente durante toda a cadeia de atendimento ao trauma – emergência; diagnóstico; cirurgias e internações -, o hospital implantou protocolos internacionais de qualidade para atuar desde o atendimento, com acompanhamento multidisciplinar em todas as etapas até a alta hospitalar.

O Centro de Trauma já está em funcionamento 24 horas por dia e habilitado a receber as vítimas de politraumatismo que procuram diretamente o hospital ou as transferidas de outras unidades de saúde.

A médica Teresa Navarro Vannucci, chefe da Emergência do São Lucas, destaca que o novo Centro de Trauma está inserido na maior emergência da região: “Nosso pronto-socorro tem infraestrutura moderna e um fluxo de atendimento pensado para dar mais agilidade a procedimentos médicos. Nosso espaço conta com oito consultórios médicos, 14 boxes de repouso, salas cirúrgicas emergenciais com equipamentos de alta tecnologia e integração com o serviço de diagnóstico por imagem e a UTI do hospital”, explica a médica.

“O trauma é considerado uma doença que afeta todos os sistemas do corpo e uma epidemia mundial, no nosso país é a terceira causa de morte em geral e na faixa etária mais jovem, abaixo de 40 anos, ocupa, destacadamente, o primeiro lugar” relata o cirurgião Paulo Silveira.

Foto: Divulgação

Rachel Lopes
Assessoria de Imprensa
rachel@saudeempauta.com.br

Saúde de ex-fumante melhora em apenas 20 minutos após abandono do vício

O Dia Mundial sem Tabaco reforça os benefícios do abandono do tabagismo

Foto: Reprodução

Foi-se o tempo em que o hábito de fumar era visto como algo sofisticado e até mesmo uma forma de contestação social. Recentemente, pesquisas do Ministério da Saúde indicaram que o número de fumantes no Brasil caiu em 33,8% nos últimos 10 anos, por causa, principalmente, da maior conscientização da população em relação aos cuidados relacionados à saúde do corpo e da mente. Mais e mais pessoas estão deixando o cigarro de lado, o que traz muitos benefícios para o organismo em geral, aumentando até mesmo a qualidade e a expectativa de vida em relação ao que é esperado de uma pessoa que se mantém no tabagismo. E no Dia Mundial sem Tabaco, comemorado em 31 de maio, a endocrinologista Rosita Fontes, integrante do corpo clínico do laboratório Bronstein, relembra os efeitos positivos que acontecem no corpo de um ex-fumante com o abandono do vício.

As notícias já começam muito otimistas: depois de apenas 20 minutos que uma pessoa para de fumar, seu corpo já inicia a recuperação dos malefícios das substâncias nocivas à saúde, já que a pressão sanguínea e a frequência cardíaca voltam aos níveis normais e estabilizam o ritmo do organismo. Em duas horas, não há mais resquícios da nicotina no sangue e, depois de oito horas sem fumar, o nível de oxigênio na circulação já está normal. Parece promissor, não? Ao longo dos dias e das semanas seguintes, os aromas e sabores estão mais nítidos para o ex-fumante e a respiração melhora ainda mais.

Segundo a Dra. Rosita, os grandes benefícios vêm depois dos quatro meses de abstinência do fumo: a fadiga, a falta de ar e a tosse, comuns entre os fumantes, ficam mais leves e controláveis, melhorando o bem-estar pessoal. Ao completar um ano sem fumar, o risco de morte por doença cardiovascular cai pela metade, assim como acontece com o risco de morte por câncer de pulmão – que também diminui bastante depois dos cinco anos sem a nicotina.

Parar de fumar pode não ser uma tarefa fácil, mas seus benefícios a curto e longo prazos para o organismo valem o esforço. Segundo a Dra. Rosita, alguns hábitos que ajudam na transição para se livrar do vicio são beber bastante água para distrair o cérebro, mudar a rotina diária que incluía os momentos dedicados ao fumo e começar – ou intensificar – uma atividade física para que o corpo produza endorfina, gerando a mesma sensação de prazer e bem-estar vinda da nicotina.

Paula Borges
Assessoria de Imprensa
paula@saudeempauta.com.br

quarta-feira, 24 de maio de 2017

Exposição ‘Corpo, Saúde e Ciência' ganha tour virtual

Peças anatômicas, objetos e conteúdos de cunho histórico-científicos que compõem o acervo do Museu da Patologia do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) agora estão acessíveis a todos com apenas um clique

tour virtual

Lançado na última sexta-feira (19/5), durante sessão do Centro de Estudos do IOC/Fiocruz, o ambiente virtual retrata a exposição Corpo, Saúde e Ciência: o Museu da Patologia do Instituto Oswaldo Cruz, que expõe itens e oferece informações referentes a três Coleções Biológicas mantidas pela Unidade: a Coleção da Seção de Anatomia Patológica, criada por Oswaldo Cruz em 1903; a Coleção de Febre Amarela (1930 – 1970), que registra a história das epidemias da doença no Brasil; e a Coleção do Departamento de Patologia, que teve início em 1984, composta por material biológico e documental a partir de amostras humanas e animais. O evento integrou a programação da 15ª Semana Nacional de Museus, promovida pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram). O ambiente virtual é uma realização do Laboratório de Patologia do IOC/Fiocruz em parceria com a Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz).


“Vamos levar os visitantes a uma viagem rumo ao conhecimento da patologia, explorando contextos históricos, científicos e tecnológicos. Pretendemos ampliar o acesso de estudantes, pesquisadores e demais interessados na área a assuntos de ciência e saúde, oferecendo informações precisas e de qualidade”, destaca Barbara Cristina Dias, do Laboratório de Patologia do IOC/Fiocruz, curadora da mostra juntamente com Marcelo Pelajo Machado, chefe do Laboratório, e Pedro Paulo Soares, da COC/Fiocruz.

Barbara explica que a visita virtual tem como referência a exposição Corpo, Saúde e Ciência, realizada em 2013, no Castelo da Fiocruz. “A ideia de possibilitar um passeio online surgiu a partir da demanda do público. A partir do empenho de uma grande equipe conseguimos tornar a exposição permanente e acessível a todos, sejam moradores do Rio, de outras cidades, estados e até países”, comemorou. O projeto conta com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj).

A navegação é dividida em três módulos temáticos. O primeiro reúne informações sobre as primeiras descobertas da anatomia e destaca curiosidades, em especial a relação entre corpo, ciência e arte – nos séculos 15 e 16 era comum que anatomistas também fossem pintores, o que contribuiu para que a tentativa de representação anatômica ganhasse inspirações artísticas. No segundo, é traçado um panorama do Museu da Patologia, com destaque aos renomados especialistas que contribuíram para a construção do espaço, como Gaspar de Oliveira Vianna, Carlos Burle de Figueiredo e Emmanuel Dias. Esta etapa também ressalta a importância das atividades atuais de preservação do patrimônio, pesquisa, desenvolvimento tecnológico, ensino e divulgação científica. O último módulo traz uma breve passagem sobre os primeiros passos da anatomia no Brasil, bem como da histologia patológica, que se desenvolveu, inicialmente, relacionada à atuação da saúde pública diante das doenças parasitárias e infecciosas enfrentadas no país.

Multimídia No tour virtual, a função do guia fica a cargo do pesquisador Marcelo Pelajo. Por meio de vídeos explicativos o material aborda, por exemplo, o processo de digitalização das lâminas histológicas, que amplifica a consulta ao acervo por pesquisadores brasileiros e estrangeiros; a evolução da tecnologia de análise e armazenamento do material; a descrição de peças anatômicas de pulmões, cérebro, artérias, rins e de fragmentos representativos de outros órgãos que compõem o museu. O visitante virtual também tem acesso a uma série de arquivos complementares à mostra, como artigos e textos sobre anatomia, produção da vacina contra a febre amarela, trajetória de Rocha Lima e teoria da história celular. Confira aqui.

Fonte: Lucas Rocha (IOC/Fiocruz)

Medicamento clandestino é proibido pela Anvisa

O produto não possui registro na Agência e era comercializado em um site irregular

O produto Cáscara Sagrada EC, da empresa As Ervas Curam Ind. Ftca. Ltda., não possui registro na Anvisa, o que põe em xeque a eficácia e a procedência do medicamento. Além disso, o Cáscara Sagrada era comercializado em um site que não tem autorização da Anvisa para fazer propagandas de medicamentos.

Por conta das irregularidades, a Agência proíbe a fabricação, distribuição, comercialização e uso do produto. Agora, a empresa As Ervas Curam terá que recolher o estoque do Cáscara Sagrada existente no mercado.

A decisão foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) da última sexta-feira (19/05) e entrou em vigor no momento da publicação.

ANVISA

Produtos para leucemia e antibiótico têm lotes restritos

Medicamentos Norfloxacino e Trisenox tiveram lotes suspensos e interditados por problemas no processo produtivo. Produtos disponíveis no mercado devem ser recolhidos

A Anvisa publicou nesta sexta-feira a interdição e a suspensão de dois medicamentos. A primeira medida foi contra o medicamento genérico Norfloxacino 400mg, da empresa Cimed Indústria de Medicamentos Ltda. O lote interditado é o de número 1615200, com validade até 10/2018.

O Norfloxacino é indicado para infecções do trato urinário, febre tifoide, gastroenterites, entre outros problemas. A interdição foi motivada porque o lote em questão apresentou resultado insatisfatório no teste de dissolução. A análise foi feita pelo Laboratório de Saúde Pública de Goiás, “Dr. Giovanni Cysneiros”. Os demais lotes do produto estão liberados para uso.

No caso da interdição, Norfloxacino, a medida é preventiva e tem validade por até 90 dias. Durante este período o produto não pode ser comercializado ou utilizado.

Suspensão definitiva
A outra medida foi a suspensão do medicamento Trisenox (trióxido de arsênio), 1mg/ml, solução injetável, indicado para o tratamento de leucemia promielocítica aguda (câncer do sangue e medula óssea). da empresa Zodiac Produtos Farmacêuticos S/A. 

Neste caso, foram suspensos dois lotes, o PP40286-1 e o PP40286-1A. A própria empresa percebeu uma contaminação microbiológica no produto e comunicou o recolhimento voluntário para a Anvisa. 

A Resolução proíbe de forma definitiva os dois lotes de Trisenox, os quais deverão ser recolhidos do mercado.

ANVISA

Haldol tem lotes suspensos por erro no rótulo

Medicamento Haldol (haloperidol), utilizado para esquizofrenia saiu com rotulagem incorreta que trazia indicação pediátrica

Vinte e dois lotes do medicamento Haldol (haloperidol) foram suspensos nesta segunda-feira (22/5) por erro na rotulagem. Os lotes suspensos traziam no rótulo a indicação pediátrica, o que está incorreto. O medicamento Haldol injetável tem indicação somente para adultos.

O produto é utilizado para tratamento de casos psicóticos em pacients com esquizofrenia. O erro foi identificado pelo fabricante, Janssen-Cilag Farmacêutica, e comunicado à Anvisa. A suspensão atinge o Haldol (haloperidol) injetável, 5mg/mL. Agora cabe ao fabricante fazer o recolhimento do produto no mercado.

Confira os lotes suspensos:


MedicamentoLotes Suspensos
Haldol (haloperidol) infetável, 5mg/mL6003 (val. 01/2021), 6004 (val. 01/2021), 5012 (val. 08/2020), 5015AA (val. 09/2020), 5014 (val. 09/2020), 5015A (val. 09/2020), 5015 (val. 09/2020), 5013 (val. 09/2020), 5006A (val. 03/2020), 5005B (val. 03/2020), 5006 (val. 03/2020), 5005A (val. 03/2020), 5003A (val. 01/2020), 5004 (val. 01/2020), 5001 (val. 01/2020), 5002 (val. 01/2020), 4017 (val. 10/2019), 4015 (val. 08/2019), 4011 (val. 06/2019), 4006 (val. 02/2019), 3011 (val. 09/2018) e 2011 (val. 10/2017)

ANVISA

terça-feira, 23 de maio de 2017

Vigilância sanitária suspende 52 lotes de medicamentos

Produtos da Cosmed também são fabricados pela Brainfarma, responsável pela linha de produção
Produtos da Cosmed também são fabricados pela Brainfarma,
responsável pela linha de produção.
Foram interditados dois produtos da Brainfarma Indústria Química e um da Cosmed Indústria de Cosméticos e Medicamento

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu, nesta segunda-feira (22), 52 lotes de medicamentos das empresas Brainfarma Indústria Química, que teve dois produtos suspensos, e da Cosmed Indústria de Cosméticos e Medicamento, responsável por um medicamento proibido pela agência.

Os produtos interditados da Cosmed também são fabricados pela Brainfarma, responsável pela linha de produção dos medicamentos.

Os produtos interditados são Colírio Neo Brasil (38 lotes), Gastrol TC suspensão oral (9 lotes), Bisuisan pó oral (4 lotes) e Bisuisan granulado simples (1 lote).

Os lotes foram suspensos por conta de avaliação da própria Brainfarma, que identificou desvio em inspeção para investigar boas práticas do laboratório de controle de qualidade.

Fonte: Portal Brasil, com informações da Anvisa

Mulheres estão usando pasta de dente para fazer testes de gravidez

Fazer um teste de gravidez de farmácia é a forma típica de confirmar se uma mulher está ou não esperando um bebê, mas algumas mulheres estão usando outro método – pasta de dente

O “teste da pasta de dentes” está ganhando popularidade rapidamente na internet e não é tão maluco quanto parece.

O Google Trends revelou que o termo “teste de gravidez com pasta de dentes” tem sido cada vez mais pesquisado, e vários tutoriais no YouTube já demonstram o funcionamento da técnica.

De acordo com o site negativepregnancytest.com, as mulheres estão procurando alternativas para o teste tradicional, com o objetivo de economizar dinheiro.

Para realizar o teste, as mulheres precisam colocar uma quantidade moderada de pasta de dentes em um prato ou copo, adicionando algumas gotas de sua urina.

Caso a mulher esteja grávida, a pasta de dentes irá mudar de cor ou começar a espumar.

Se não for o caso, nada acontecerá. Mas uma discussão sobre o uso desse teste no Quora, revela que as pessoas têm um nível saudável de ceticismo com relação a sua eficiência.

“Independente de quantos sites digam que é possível confirmar uma gravidez com urina e pasta de dentes, é preciso lembrar que nem tudo que está na internet é verdade”, escreveu uma mulher.

“É melhor gastar o dinheiro em um teste de gravidez e usar a pasta para escovar os dentes”, disse outra usuária.

Anshu Bhimbat, farmacêutico da LloydsPharmacy, também acredita que o teste da pasta de dentes não deve ser levado muito a sério, pois não há quaisquer evidências científicas que o apoiem.

“O teste da pasta de dentes se baseia numa reação química entre a urina e o carbonato de cálcio na pasta”, ele explica. “No entanto, esta não é uma maneira exata ou científica de comprovar se uma mulher está grávida”.

“A forma mais segura de determinar uma gravidez é através das alterações hormonais, de testes que confirmem a presença de um hormônio chamado gonadotrofina coriônica”, Bhimbat continua.

“Este hormônio é utilizado após a fertilização do óvulo. A fertilização não ocorre sempre no mesmo dia da relação sexual. Fazer um teste de farmácia ou procurar um ginecologista são formas muito mais precisas de avaliar se uma mulher está grávida.

O teste da LloydsPharmacy é barato e conta com uma taxa de acerto de 99% quando usado a partir do primeiro dia de atraso da menstruação (o pacote com dois testes custa £6.19, o equivalente a quase R$25,00 na LloydsPharmacy)”.

Marie Claire Dorking
Yahoo Style UK

Estudo encontra problemas de segurança em um de cada três remédios nos EUA

Quase um de cada três novos fármacos aprovados nos Estados Unidos apresenta um problema de segurança após sua entrada no mercado ser autorizada, afirmaram pesquisadores americanos no último dia 9 deste mês

 Cerca de um terço dos medicamentos aprovados nos EUA têm problemas de segurança nos anos seguintes a sua entrada no mercado, segundo estudo (Foto: CDC/ Amanda Mills)
Cerca de um terço dos medicamentos aprovados nos EUA têm problemas de segurança nos anos seguintes 
a sua entrada no mercado, segundo estudo (Foto: CDC/ Amanda Mills)

Embora raramente esses problemas sejam graves o suficiente para determinar a retirada do medicamento do mercado, os pesquisadores avaliam que os novos produtos deveriam ser monitorados durante anos depois de serem disponibilizados ao público.

Essas são as conclusões de um estudo publicado na revista "Journal of the American Medical Association" (JAMA). Segundo a pesquisa, terapias inovadoras conhecidas -- como medicamentos biológicos, medicamentos psiquiátricos e remédios que foram aprovados pela via rápida da Agência de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA), órgão equivalente à Anvisa -- são mais propensos a necessitar de advertências de segurança adicionais após sua aprovação.

Para o estudo, pesquisadores da Universidade Yale analisaram 222 novos medicamentos aprovados entre 2001 e 2010, acompanhando-os até fevereiro de 2017. No total, 32% (71) dos novos remédios tiveram algum resultado deficiente de segurança após a aprovação, segundo a pesquisa.

Três fármacos foram retirados do mercado por motivos de risco para a saúde: Valdecoxib, um anti-inflamatório; Tegaserod, utilizado para o tratamento da síndrome do intestino irritável; e Efalizumab, uma droga usada para tratar a psoríase.

"Muito raramente há uma retirada de drogas (do mercado), mas existe, mais comumente, uma caixa preta de advertência, ou um comunicado para avisar sobre a segurança de um fármaco emitido pela FDA", disse Joseph Ross, professor de medicina e saúde pública na Universidade de Yale.

Segundo os pesquisadores, os resultados do estudo indicam que a frequência de problemas de segurança encontrados após a aprovação de um medicamento apontam para a necessidade de monitorar com mais atenção os remédios depois que eles são lançados no mercado.

G1

Defensoria Pública conseguiu que medicamentos sejam incluídos na lista do SUS. Mais de 1.300 pacientes aguardavam decisão da justiça para obter os medicamentos

A Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro conseguiu uma liminar que obriga a União a fornecer remédios para tratamento de pacientes com diabetes tipo 1, insuficiência renal crônica e hepatite C.

Muitos desses medicamentos são caros e pacientes que deveriam tomar, estão sem.

Para o aposentado João Barbosa, de 59 anos, primeiro veio o diabetes, aos 51 anos. Depois a deficiência na visão, aos 54. E agora ele desenvolveu insuficiência renal crônica. Pelo histórico dá para ver que os últimos anos não foram fáceis. Mas ficou pior. Tem pelo menos quatro meses que ele precisa tomar um remédio chamado Cinacalcet. Na farmácia, um medicamento desse pode custar até R$ 2.000. E Barbosa não tem condições.

“Ficou muito difícil porque sou aposentado, assalariado, não tenho como pagar R$ 2.000 para medicamento e talvez não seja só um medicamento. Não sei como vai ser e fica muito difícil”, disse Barbosa.

O remédio Cinacalcet está na lista dos medicamentos fornecidos pelo SUS desde 2015. Só que quem vai à Rio Farmes, a farmácia estadual de medicamentos especiais, em busca desse remédio, sai de mãos vazias.

“Não tenho condição. Aí, o médico me deu uma carta para eu ir na cidade para tentar liberar e o juiz não liberou”, contou Barbosa.

No mês passado a Defensoria Pública do Rio entrou com a ação de João Barbosa na justiça pedindo o fornecimento do remédio. Assim como ele, outros 1.363 pacientes também aguardam uma decisão.

"O Cinacalcet, ele foi incorporado em setembro de 2015, mas desde então a União retarda fornecimento. Centralizou a aquisição e os estados distribuem. Isso não vem sendo feito nem o fornecimento desse medicamento", disse a defensora pública Samantha Oliveira.

A liminar que a Defensoria Pública conseguiu obriga a União a fornecer o Cinacalcet e outros remédios para o tratamento de hepatite C e diabetes tipo 1. Essa é única saída para João Barbosa poder começar o tratamento. Há oito anos que ele gasta R$ 600 por mês comprando sete remédios. Ele já perdeu tanta coisa. Agora está na hora de ganhar.

“Dia 15 saiu uma decisão da juíza para que esse medicamento seja incorporado na lista do SUS e a partir de então a União tem 20 dias pra fazer a compra e abastecer as farmácias aqui do estado", disse a defensora.

G1