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quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Impacto de droga descriminalizada na saúde pública varia entre países

Permissão de venda de maconha na Holanda diminuiu consumo de heroína. Descriminalização do uso em Portugal aumentou procura por tratamento 

No momento em que o senado do Uruguai aprova o projeto de lei que permite venda e cultivo da maconha, experiências de outros países em que a população tem fácil acesso à erva não permitem estabelecer uma relação direta entre a permissão e o aumento do consumo de drogas. 

"Quem já fez coisa parecida (ao que o Uruguai aprovou) foi a Holanda, mas não fez igual, e alguns estados dos Estados Unidos para uso medicinal. Nesses dois países não teve nenhuma mudança radical nem no consumo, nem nos programas de saúde", afirma Tarso Araújo, jornalista e autor do "Almanaque das Drogas", ao G1. 

A permissão de venda de certa quantidade de maconha em coffee shops na Holanda nos anos 70, por exemplo, não desencadeou um aumento no consumo de outras drogas. Pelo contrário, estudo das "Open Society Foundations" aponta que o consumo de heroína diminuiu significativamente nas décadas seguintes. E o principal objetivo da iniciativa holandesa foi diminuir o consumo desta droga mais pesada, comenta Araújo. 

“O objetivo da política da Holanda era controlar problemas com heroína e hoje é um dos países da Europa que tem o menor índice de consumo dessa droga”, diz Araújo. Ele também comenta que a média de idade dos consumidores de heroína no país é de 50 anos, e que não houve aumento de novos usuários. 

Descriminalização 
Diferente da Holanda, onde a venda de maconha foi permitida em certas condições, outros países descriminalizaram apenas seu consumo, mas seguiram com a ilegalidade da venda. É o caso de Portugal, que em 2001 deixou de considerar crime o uso de qualquer tipo de droga. 

Segundo estudo do "Cato Institute", dos EUA, sobre o caso português, desde a descriminalização das drogas em geral, o número de pessoas que consome um ou mais entorpecentes ao longo de sua vida diminuiu em vários grupos de idade (13-15 anos; 16-18 anos; 19-24 anos). Também aumentou a disposição da população em procurar tratamento e a do governo em oferecer serviços de prevenção de doenças para a população. Entre 1999 e 2003, o aumento do número de pessoas em tratamento por drogas em geral foi de 147%. 

O índice de novos casos de infecção por HIV entre usuários de drogas injetáveis diminuiu significativamente a cada ano desde 2001. As taxas de novos casos de hepatite B e C também vêm diminuindo desde então. Esse fato é atribuído ao aumento de programas de tratamento permitido pela descriminalização.

Mortes
A evolução do consumo de drogas e das mortes por uso delas foi estudada na Espanha, Itália e Alemanha, entre 1985 e 1995, aponta Araújo. Segundo ele, neste período de dez anos, o uso na Espanha, que já não era considerado crime, permaneceu descriminalizado. Na Itália era crime e deixou de ser. Na Alemanha, permaneceu proibido por lei. “Como esses indicadores sobem e descem do mesmo modo nos três países, apesar das diferentes políticas de cada um, o autor conclui que criminalizar ou não os usuários não tem uma influência significativa sobre o consumo de drogas ou sobre as mortes causadas por elas”, afirma Araújo. Fins medicinais 

Quanto ao efeito da regulação do uso recreativo da maconha em dois estados americanos (Washington e Colorado), no fim de 2012, ainda não foi analisado seu impacto sobre a saúde pública. Mas estima-se que o mercado legal de maconha no país, impulsionado pela legalização do uso medicinal da erva, chegue a US$ 100 bilhões. 

“O que está acontecendo nos Estados Unidos, nos estados que mais flexibilizaram a lei, é que está surgindo um sistema legal muito forte”, comenta Ronaldo Laranjeira, professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), ao G1. “A grande jogada nos EUA foi que começou com a liberação para fins medicinais. Hoje mesmo na Califórnia, que é permitido uso para fins medicinais, é uma piada. A pessoa vai com uma receita fajuta para comprar maconha na farmácia”, critica.

G1

Uruguai aprova projeto de lei que regula venda de maconha

Senadores debatem a criação do primeiro mercado nacional de maconha (Foto: Matilde Campodonico/AP)
Foto: Matilde Campodonico/AP
Senadores debatem a criação do primeiro mercado nacional de maconha
Com 16 votos a favor e 13 contra, projeto passa pelo Senado. Proposta ainda tem de ser sancionada pelo presidente José Mujica

O Senado uruguaio aprovou nesta terça-feira (10), por 16 votos a favor e 13 contra, um projeto de lei que regulará a produção e a venda de maconha no país, uma experiência ainda inédita no mundo. Agora a proposta deve ser sancionada pelo presidente José Mujica em dez dias e ser implementada depois de outros 120 dias.

O texto, aprovado em julho pela Câmara dos Deputados do país, foi proposto pelo governo, cuja coalizão esquerdista Frente Ampla controla as duas Casas.

O projeto dá ao governo uruguaio o controle e a regulamentação da importação, do cultivo, da colheita, da distribuição e da comercialização da maconha. Não haverá restrição para o consumo. Para plantar, os residentes maiores de 18 anos terão que se cadastrar e poderão cultivar até seis plantas. O acesso ao produto poderá ser feito em clubes de usuários ou em farmácias, com limite de 40 gramas.

Após mais de dez horas de discussão, os 29 senadores iniciaram a votação nominal, e alguns pediram para justificar seus votos. O oposicionista Pedro Bordaberry, contrário ao projeto, afirmou que “não se pode fazer experiência com isto, são coisas sérias demais. Como não posso combater o narcotráfico, o legalizo. Parece-me que este não é o caminho”. 

Já o senador Ernesto Agazzi, um dos que votaram a favor, expressou opinião diferente. “Creio que esta lei não é uma lei de legalização, é uma lei que regula, não é branda como dizem aqui”, disse. “Se o consumo está permitido, por que criminalizar o usuário?”, questionou ainda. 

A aprovação no Senado do Uruguai do projeto que legaliza a produção e a venda da erva promoverá o apoio da opinião pública latino-americana neste sentido, estimou a ONG Drug Policy Alliance (DPA). 

"Acredito que há uma boa possibilidade de que a iniciativa do Uruguai tenha um impacto similar na opinião pública da América Latina", disse Ethan Nadelmann, fundador e diretor-executivo da DPA. 

A iniciativa foi apresentada há um ano e meio pelo governo do presidente José Mujica junto a uma série de medidas para frear o aumento da insegurança pública e desencorajar a violência associada ao narcotráfico. 

"Este é um experimento", admitiu Mujica em agosto passado, em entrevista à AFP. "Podemos fazer uma verdadeira contribuição à humanidade", disse.

G1

Médicos criticam política nacional de combate ao HIV

Apesar de verem avanço na nova estratégia de enfrentamento à Aids lançada pelo governo federal, médicos fazem críticas à política nacional de combate à doença.

A maior preocupação é com a forma como o governo lida com a epidemia entre jovens gays e prostitutas. O tema mobiliza a bancada evangélica do Congresso, que pressiona contra campanhas que vê como inadequadas.

No dia 1º, o Ministério da Saúde anunciou que vai oferecer antirretrovirais a todas as pessoas infectadas com o vírus, independentemente do estágio da doença. O governo também vai testar, no Rio Grande do Sul, a oferta dos antivirais para pessoas que não têm HIV mas pertencem a grupos de risco --como prostitutas e gays. 

Alexandre Grangeiro, pesquisador da Faculdade de Medicina da USP, vê a política de ampliar a testagem e a oferta de tratamento como adequada, mas critica a abordagem feita à população.

"Como a gente levaria [mais pessoas] a realizarem o teste? Com políticas de afirmação, de direitos humanos. E o governo interrompe essas políticas, suspendendo a propaganda do Carnaval [de 2012, focada nos jovens gays] e a das prostitutas [em 2013]."

Caio Rosenthal, infectologista do hospital Emílio Ribas, diz que é preciso mais investimento. "Faltam mais especialistas, fazer mais campanhas. A questão dos homossexuais é gravíssima."

Outro ponto controverso é a proposta de fazer a rede de atenção básica do SUS participar do atendimento a pacientes com HIV --hoje feito em centros especializados.

Jarbas Barbosa, secretário de vigilância em saúde do ministério, diz que a ideia é aproveitar a rede básica para ampliar a realização dos testes de HIV. A proposta, diz, não prevê acabar com os centros de especialidade, mas integrar os dois serviços.

Rodrigo Pinheiro, presidente do Fórum de ONGs/Aids do Estado de São Paulo, diz que há pacientes preocupados com a eventual migração, diante da falta de estrutura da rede básica, e com a ampliação do tratamento. "[É preciso] discutir se os serviços estão preparados para essa demanda. O diagnóstico que temos é que não."

O ministério afirma que há estrutura para absorver a nova demanda e que há campanhas focadas em segmentos vulneráveis.

Folhaonline

Fabricante de implantes de silicone PIP é condenado à prisão na França

O fundador da fábrica de prótese mamária, Jean-Claude Mas; silicone adulterado continua aditivo de combustível
Eric Estrade/France Presse
O fundador da fábrica de prótese mamária, Jean-Claude Mas; silicone
adulterado continua aditivo de combustível
O fundador da marca de implantes de silicone PIP (Poly Implant Prothèse), Jean-Claude Mas, 74, foi condenado a quatro anos de prisão por esconder informações sobre a natureza do material de baixa qualidade usado nos implantes vendidos a 300 mil mulheres no mundo todo.

No Brasil, segundo a Anvisa, 25 mil dessas próteses foram usadas.

Ele foi condenado depois do escândalo mundial ocorrido em 2011, quando a França recomendou que mulheres com silicone PIP removessem os implantes por causa de uma taxa maior de ruptura. Autoridades francesas interditaram a fábrica, que posteriormente faliu.

No julgamento, ocorrido em Marselha, Jean-Claude Mas também foi condenado a pagar uma multa de 75 mil euros por fraude. O advogado dele, Yves Haddad, disse que apelaria da decisão.

O silicone usado pela marca PIP nunca foi aprovado por autoridades regulatórias e custavam um sétimo do preço de silicones autorizados para uso médico.

O fundador da marca, porém, insistiu em dizer que o gel usado na empresa desde 1991 não era tóxico. Ele disse ainda que as mulheres que reclamaram de seus implantes PIP eram "pessoas frágeis ou que estavam em busca de dinheiro".

Outros quatro executivos da empresa foram condenados a penas que variam de um ano e meio a três anos na prisão.

A presidente de um grupo de vítimas dos implantes PIP, Alexandra Blachere, chamou a sentença de "simbólica".

O julgamento durou dois meses e foi feito em um centro de exibições para acomodar 7.400 pessoas (a maioria mulheres francesas que processaram a empresa) e 300 advogados. O evento foi transmitido em telões, e Mas foi vaiado quando sua imagem foi exibida.

Folhaonline

Exercício físico reduz risco de demência, diz estudo

Os cientistas, que analisaram mais de 2.000 homens do Sul de Gales, concluíram que a prática de esporte, acompanhada de uma dieta equilibrada, não ser fumante e não ingerir álcool também têm impacto importante na prevenção desta doença.

Esses quatro fatores foram analisados durante mais de três décadas nas pessoas e o estudo determinou que o mais influente deles para diminuir o risco de demência é o exercício físico.

"A redução dos casos de demência a partir desses passos simples e saudáveis realmente nos surpreendeu e é de enorme importância no envelhecimento da população", disse Peter Elrood, professor da Escola de Medicina de Cardiff e um dos autores do estudo.

Para Elrood, esta é uma "evidência que muita gente não segue um estilo de vida saudável".

O trabalho, publicado na mais recente edição da revista científica "PLOS One", mostra que, embora o número de fumantes tenha diminuído nos últimos 35 anos, os cidadãos que seguem um estilo de vida saudável se mantém em "níveis estagnados".

As pessoas participantes do estudo, submetidas a um nível de vida saudável durante mais de três décadas, estiveram expostas a 60% menos de possibilidades de ter demência e a 70% menos de ter diabetes ou ataques ao coração, se comparado aos que não seguem esses princípios saudáveis.

"Esse estudo, essencial para compreender como se pode prevenir a demência, é evidência de que a vida saudável poderia reduzir significativamente as probabilidades de desenvolvê-la", destacou Doug Brown, da Sociedade do Alzheimer do Reino Unido.

Enquanto isso, um grupo de médicos e especialistas em saúde atestou em carta dirigida hoje ao ministro da Saúde britânico, Jeremy Hunt, que uma dieta mediterrânea saudável poderia prevenir a doença.

Na carta foi ressaltado que conscientizar os cidadãos a consumir alimentos saudáveis é "possivelmente, a melhor estratégia que há atualmente disponível" para combater esta doença. A previsão é que em 2050 135 milhões de pessoas no mundo sejam afetados por ela.

Londres recebe amanhã a primeira Cúpula sobre a Demência do G8, organizada pela presidência britânica. 

EFE

Dieta restritiva não emagrece a longo prazo e traz riscos, diz especialista

Varejão irá vender por unidade frutas e verduras na Ceasa em Campinas (Foto: Reprodução/ EPTV)
Foto: Reprodução/ EPTV
Mesmo o consumpo de apenas frutas pode causar problemas
 à saúde; ideal é comer todos os grupos de alimentos
Eliminar grupos de alimentos traz série de sintomas, segundo nutricionista. Conheça outros exemplos de dietas radicais que seguem essa ideia
 
Restringir a dieta a um só tipo ou grupo de alimentos pode levar à perda rápida de peso, mas causa complicações à saúde e produz o efeito “sanfona”. É o que comentam especialistas sobre adotar regimes muito restritivos com o objetivo de emagrecer rapidamente, prática muito comum com a chegada do verão.
 
Em entrevista ao Fantástico de domingo, Padre Marcelo Rossi revelou que adotou dieta em que ingeria apenas alface, cebola e hambúrgueres. Os riscos de eliminar completamente a ingestão de carboidratos, segundo a nutricionista Simone Martens, são fraqueza, mal estar e alterações na pressão, que podem levar a taquicardia e alterações de hormônios.
 
“Qualquer dieta que restringe a ingestão energética vai levar à perda de peso. Mas essa não é a maneira correta de emagrecer, especialmente se a pessoa precisa perder grande quantidade e não tem interesse em ganhar novamente”, diz ao G1 Daiana Quintiliano Dourado, nutricionista doutoranda da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP). Ela explica que a baixa ingestão de energia causa perda de massa muscular e não de gordura, quando o objetivo das dietas deveria ser o contrário.
 
“Não podemos perder massa magra porque ela nos confere o tônus muscular. Você tem mais saúde e mais força para fazer as atividades com a massa muscular preservada”, afirma Daiana.
 
Sintomas típicos da falta de grupos de alimentos nas refeições, segundo a nutricionista, seriam pele ressecada, queda de cabelo, fragilidade nas unhas, mau humor (porque faltam nutrientes importantes para o funcionamento do cérebro), mau hálito, insônia, dores de cabeça e desidratação. “De maneira geral, a alimentação correta deve conter todos os grupos de alimentos. Essas dietas não priorizam a mudança de hábito alimentar, que é você aprender a comer adequadamente para o resto da vida”.
 
Veja abaixo outras dietas radicais que ganharam popularidade, inclusive entre celebridades, e foram motivo de alerta de especialistas para potenciais perigos que representam à saúde:
 
Dukan
Seguida por celebridades como a duquesa de Cambridge Kate Middleton e a cantora Jennifer Lopez, o regime proposto pelo nutricionista francês Pierre Dukan, autor de best-sellers sobre dietas, também privilegia o consumo de proteínas. A proposta é começar pela alimentação exclusiva de carne e, em outras fases, acrescentar o consumo de legumes, frutas e pequenas porções de pães e massas integrais.
 
Bolinhas de algodão
Com muita popularidade nos Estados Unidos, a febre da ingerir bolas de algodão mergulhadas em suco é a mais recente moda entre jovens. A ideia é obter saciedade e perder o apetite para refeições.
 
“Essa prática é a mais absurda. Primeiro que algodão não é um alimento. Naturalmente o nosso organismo não foi preparado para digerir o algodão. Ele chega ao estômago e produz saciedade, mas também existem alimentos que produzem a mesma sensação”, afirma Daiana, que também é mestre em Saúde Pública pela USP. “Existe até um risco de intoxicação por algum produto tóxico que as empresas podem colocar no algodão e que é totalmente permitido em sua fabricação. Também pode levar a uma constipação intestinal e o intestino pode ficar obstruído”, diz.
 
Papinha de bebê
Comer apenas papinhas de bebê industrializadas também chegou a conquistar adeptos do emagrecimento rápido. A dieta é totalmente restrita a esse alimento com a "promessa" de que a pessoa volte a ter um estômago de criança. Mas as proporções de nutrientes não estão de acordo com a recomendada para adultos, como alerta Daiana, e pode haver falta de minerais e vitaminas.
 
“Essa regressão fisiológica (do organismo) não vai acontecer. Por isso as pessoas têm que parar de buscar um milagre e saber que o caminho para perda de peso adequada é comer todos os alimentos de forma controlada. Não devem restringir a um alimento nem consistência.”
 
A mudança da consistência dos alimentos é outro problema da dieta das papinhas. “Nessa você não estimula a mastigação, que é totalmente associada com saciedade e digestão. Quanto mais você mastiga, mais o organismo libera ácidos e enzimas para a digestão do alimento”, afirma a nutricionista.
 
Frutas e vegetais
Steve Jobs, por exemplo, chegou a passar um ano comendo apenas frutas. Para filmar a história do empresário da Apple, o ator Ashton Kutcher seguiu a dieta de Jobs, mas foi parar na emergência de um hospital. "Eu não recomendo essa dieta para ninguém. Eu queria seguir a mesma disciplina com a alimentação que ele seguiu, mas eu tive um problema sério no pâncreas e senti muita dor”, disse o ator em entrevista ao Fantástico, em setembro.
 
Daiana Dourado explica que fruta é um alimento saudável, mas apenas se associado a outros grupos. “Todo mundo deveria comer em média três frutas ao dia. Contudo quando você pega algo que é saudável, mas tira do contexto de todos os alimentos, ela não fica saudável. São saudáveis desde que fazem parte de dieta que inclui carne, cereais, laticínios”, diz.
 
A falta desses grupos de alimentos podem causar muita perda de massa muscular, de micronutrientes e levar à anemia, explica.
 
Jejum
Daiana conta que alguns pacientes chegam para uma consulta se dizendo dispostas a adotar períodos de jejum para perder peso de forma rápida. O regime consiste em escolher dois dias na semana para ficar em jejum absoluto. “Na 'dieta zero' as pessoas utilizam essa ideia em moda agora do 'zero'.  O jejum prolongado vai levar à maior degradação de massa muscular e a pessoa pode ter tontura, cansaço e chegar a desmaiar”, diz.

G1

Estudo sugere que leitura excessiva sobre tragédias pode traumatizar

Imagem de fotógrafo amador mostra pânico logo após explosão durante Maratona de Boston.  (Foto: Ben Thorndike / AP Photo)
Foto: Ben Thorndike / AP Photo
Imagem de fotógrafo amador mostra pânico logo após explosão
durante Maratona de Boston
Cientistas analisaram quem buscou notícias sobre a Maratona de Boston.Trauma em quem leu foi pior do que naquele que viveu incidente
 
Depois dos atentados na maratona de Boston, pessoas que passaram seis horas ou mais por dia vasculhando a mídia em busca de atualizações sobre o ataque ficaram mais traumatizadas do que aquelas que estavam no local, sugere um estudo publicado nesta semana na revista da Academia Americana de Ciências, a "PNAS".
 
A pesquisa levantou questões sobre o impacto psicológico da exposição repetida à violência através da mídia digital e tradicional no primeiro grande ataque terrorista em solo americano depois de 11 de setembro de 2001.
 
As descobertas se basearam em uma consulta com 4.675 adultos americanos, feita logo após os mortais ataques de 15 de abril e à frenética caçada humana de cinco dias que se seguiu e após a qual um suspeito, Tamerlan Tsarnaev, foi morto, e seu irmão, Dzhokhar, foi preso.
 
Dzhokhar Tsarnaev é acusado de plantar bombas caseiras feitas com panelas de pressão na linha de chegada da maratona, matando três pessoas e ferindo 260, algumas das quais tiveram pernas e braços arrancados pelo impacto das explosões.
 
Muitas das imagens mais sangrentas foram cortadas ou editadas pelos grandes veículos, mas fotos e vídeos sem edição, feitos por testemunhas, circularam amplamente no Twitter, YouTube, Facebook e outras mídias sociais, explicou a co-autora do estudo, Roxane Cohen Silver.
 
"O chocante foi o impacto desta exposição à mídia mesmo até mesmo nas pessoas que não conheciam ninguém e que não estavam lá naquele dia", declarou Silver, professora de psicologia da Universidade da Califórnia em Irvine. "A exposição à mídia foi um indício de reação aguda ao estresse mais forte do que ter estado lá", continuou.
 
Ápice do estresse
A reação aguda ao estresse é definida como um conjunto de sintomas, que inclui pensamentos invasivos e repetitivos, flashbacks, sentimento de estar no limite ou hipervigilância e tentativa de evitar a lembrança do evento.
 
De duas a quatro semanas após os ataques, os estudiosos perguntaram às pessoas que participaram da consulta sobre seu consumo de mídia na semana que se seguiu ao atentado e seus sintomas de estresse psicológico.
 
As pessoas que estiveram no local ou que conheciam alguém que estava eram mais propensas a experimentar sinais de estresse agudo do que as pessoas que não estiveram lá e também mais propensas a assistir mais a notícias sobre os ataques, revelou o estudo.
 
Mas um indicador mais forte ainda de estresse psicológico foi se uma pessoa assistiu ou leu mais de seis horas ou mais por dia sobre os ataques, disse Silver. "Não é que a exposição direta não tenha sido importante, mas mais do que ter estado lá, a exposição à mídia foi um indicador até mesmo mais forte de reação aguda ao estresse", afirmou.
 
Ao comparar as pessoas que viram notícias sobre o atentado durante uma hora e meia e aqueles que consumiram seis horas ou mais, este último grupo demonstrou ser nove vezes mais propenso a apresentar estresse agudo, destacou o estudo.
 
Silver disse que o consumo midiático médio das pessoas que participaram do estudo foi de 4,7 horas por dia e incluiu, tipicamente, navegar por mídias sociais, assistir a vídeos sobre os ataques, ler novas matérias e assistir a noticiários na televisão.
 
Discussão sobre divulgação de imagens
Bruce Shapiro, diretor-executivo do Centro Dart para Jornalismo e Trauma, da Universidade de Columbia, disse que as descobertas do estudo levantam importantes questões éticas para as empresas noticiosas.
 
No entanto, ele indicou que o estresse agudo visto no curto prazo não é necessariamente um indicador de distúrbio de estresse pós-traumático (PTSD, na sigla em inglês). "É preciso fazer mais estudos antes que saibamos se o aumento de sintomas de estresse agudo nas pessoas se torna ou alimenta o dano psicológico de longo prazo", disse Shapiro.
 
"Não vira PTSD até que os problemas característicos permaneçam por mais de seis semanas e interfiram de alguma forma significativa na vida das pessoas", declarou.
 
Silver disse que a mídia moderna tornou mais fácil do que nunca que as pessoas acessem imagens que podem ser perturbadoras, especialmente se vistas repetidamente, e a nova paisagem digital permite com frequência que o indivíduo decida olhar ou não. "As pessoas deveriam se conscientizar de que não há benefício psicológico na exposição repetida a imagens de horror", concluiu.
 
G1

Games 'ativos' ajudam a controlar diabetes, diz estudo

Pacientes que participaram da pesquisa conseguiram diminuir os níveis de glicose no sangue (Foto: PA/BBC)
Foto: PA/BBC
Pacientes que participaram da pesquisa conseguiram diminuir os
 níveis de glicose no sangue
Pesquisa observou redução de níveis de glicose em voluntários que se exercitavam com Nintendo Wii Fit
 
Um teste clínico indicou que jogar jogos de computador que requerem movimento pode ajudar pessoas com diabetes tipo 2 a controlar melhor o nível de açúcar no sangue.
 
Pesquisadores alemães recrutaram 220 pacientes diabéticos para o estudo e pediu que metade deles usassem o jogo de Nintendo Wii Fit Plus.
 
Os jogadores não só perderam peso como também conseguiram diminuir os níveis de glicose. Quando o outro grupo passou a jogar o Wii Fit eles apresentaram benefícios bastante similares, segundo a publicação científica BMC Endocrine Disorder.
 
Especialistas disseram que qualquer forma de exercício pode ser benéfica, mas reforçou que algumas atividades oferecem maiores benefícios que outras.
 
Alternativa
Se manter ativo é particularmente importante para pessoas com diabetes. Ajuda o corpo a processar insulina de forma mais eficaz, assim como ajuda a manter a forma e um peso saudável.
 
Para alguns, fazer exercício e seguir uma dieta saudável pode ser suficiente para manter a diabetes controlada.
 
Stephan Martin e seus colegas do Centro para Diabetes e Saúde da Alemanha Ocidental, responsáveis pelo estudo, dizem que jogos de computador que focam na prática de exercício oferecem uma alternativa para manter pessoas fisicamente ativas.
 
Mas eles também observaram que fazer com que as pessoas permaneçam fiéis à prática através dos jogos pode ser difícil - um terço dos participantes do estudo abandonaram a pesquisa.
 
Aqueles que permaneceram viram melhoras significativas no HbA1c, uma medida de controle do açúcar. E eles relataram melhorias no bem-estar e na qualidade de vida.
 
Mais pesquisas
Richard Elliott, da entidade filantrópica Diabetes UK, disse: 'Atividade física e uma dieta saudável balanceada, junto com os medicamentos necessários prescritos pelo médico, podem ajudar pessoas com diabetes tipo 2 a controlar sua condição e minimizar os riscos de complicações relacionadas à diabetes ao longo dos anos'.
 
"Para tornar o exercício físico parte da rotina diária é importante encontrar uma maneira que funcione pra você e seja algo agradável, o que tornará mais fácil se manter ativo a longo prazo."
 
"Jogos de computador que promovem um estilo de vida saudável podem ser uma maneira de alcançar isso, mas diferentes formas de atividades física podem funcionar melhor para diferentes pessoas."
 
Elliott reforçou que "mais pesquisas serão necessárias para identificar se a longo prazo os efeitos desses jogos se comparam com outras abordagens."

G1

Litoral de São Paulo tem mais de 5 casos de dengue por hora

Santos é a cidade do litoral com o maior número absoluto de casos no ano, com 9.782 registros no período avaliado
 
As cidades do litoral paulista estão vivendo uma explosão do número de casos de dengue. Segundo dados do Centro de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde, de 1.º de janeiro a 7 de outubro deste ano, último dado disponível no site do órgão, as 16 cidades da região litorânea registraram 36.990 casos da doença (mais de 5 por hora, em média).
 
Em todo o ano passado, o número de registros foi de apenas 1.471 (média de 4 por dia). O aumento é equivalente a 2.400%. Conforme os dados do Centro de Vigilância Epidemiológica, Santos é a cidade do litoral com o maior número absoluto de casos no ano, com 9.782 registros no período avaliado. No ano passado, o município da Baixada Santista havia registrado um só caso da doença.
 
Em seguida, na segunda colocação, aparece Praia Grande, com 9.343 pessoas infectadas. Em todo o ano de 2012, o município havia relatado 66 registros da doença.
 
Epidemia
Nenhum representante da prefeitura de Santos foi localizado até as 21h30 dessa segunda-feira (9), para comentar os dados. Já a prefeitura de Praia Grande informou, por meio da assessoria de imprensa, que a Secretaria de Estado da Saúde já havia alertado sobre o caráter epidêmico da infecção em 2013.
 
De acordo com a prefeitura, os agentes municipais têm realizado ações contra a doença em todos os bairros de Praia Grande, incluindo medidas preventivas, como campanhas educativas em locais de grande circulação e ações de combate aos criadouros do mosquito Aedes aegypti nas residências, borracharias e cemitérios.
 
A prefeitura de Praia Grande informou ainda que investiu em equipamentos de combate à dengue, como máquinas para nebulização e roupas especiais para os agentes, além de quatro novos veículos.
 
A gestão afirma que, apesar dos investimentos realizados, o trabalho dos agentes está sendo dificultado pelo grande número de casas de veraneio na cidade - que ficam fechadas por muito tempo - e pela resistência de alguns moradores em deixar os funcionários da prefeitura entrarem nas residências.
 
Estado
Considerando os dados de todo o Estado de São Paulo, o aumento do número de casos de dengue entre 2012 e 2013 foi de 805%. Neste ano, até 7 de outubro, o Estado registrou 198.897 casos, ante 21.967 em todo o ano de 2012.
 
A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo não informou quantas pessoas já morreram neste ano em decorrência da doença nas cidades paulistas. No mês passado, levantamento do Ministério da Saúde mostrou que 157 municípios do País estão em situação de risco para a dengue.
 
O conceito é aplicado quando mais de 4% dos imóveis pesquisados na cidade apresentaram larvas do mosquito Aedes aegypti. Outros 523 municípios foram colocados em alerta, por ter entre 1% e 3,9% de imóveis com larvas.
 
Agência Estado

Confira novo manual da ONA para 2014

Entre as melhorias estão a formulação mais apurada de padrões e requisitos, com seções e subseções mais objetivas Entre as melhorias estão a formulação mais apurada de padrões e requisitos, com seções e subseções mais objetivas

O Manual Brasileiro de Acreditação das Organizações Prestadoras de Serviços de Saúde – versão 2014, da Organização Nacional de Acreditação (ONA), traz melhorias, entre elas: a formulação mais apurada de padrões e requisitos, com seções e subseções mais claras e objetivas.

O novo manual incorpora também conceitos emitidos pela OMS, como a taxonomia utilizada internacionalmente e as diretrizes para a segurança do paciente, a partir de um processo constante de identificação e gestão de risco que permita seu controle contínuo. Segundo a ONA, os avanços obtidos contribuíram para que o manual recebesse a certificação internacional da ISQua em agosto último.

As seções do manual agora são cinco: Gestão e Liderança, que ganhou mais uma subseção, passando de cinco para seis, com a incorporação da estrutura fisico-funcional; Atenção ao Paciente/Cliente, com subseções reduzidas de 19 para 15; Diagnóstico e Terapêutica, seção renomeada, que passa de cinco para 9 subseções; Apoio Técnico, que mantém quatro subseções; Abastecimento e Apoio Logístico, com a redução de cinco para quatro subseções.

As inovações incluem as dimensões da qualidade (aceitabilidade, adequação, efetividade, eficácia, eficiência, equidade, integralidade e legitimidade) que orientam o desempenho organizacional em relação aos padrões e devem estar presentes em todos os processos.

Destacam-se também as alterações nos fundamentos da gestão em saúde, reduzidos de 11 para nove, mas apresentando maior objetividade: visão sistêmica, liderança, orientação por processos, desenvolvimento de pessoas, foco no paciente, foco na segurança, responsabilidade socioambiental, cultura da inovação e melhoria contínua.

“O foco na segurança e o cuidado centrado no paciente, reforçando a importância de sua participação e dos familiares nas decisões sobre seu tratamento, a identificação das necessidades em relação ao atendimento e a continuidade do cuidado em todos os processos organizacionais relacionados também são abordados de forma mais direta, ganhando maior ênfase no manual”, informou a organização em comunicado.

A administração segura de medicamentos e a assistência farmacêutica, por sua vez, passam a ser avaliados em todos os processos assistenciais; o mesmo acontecendo com o programa de higienização das mãos e as medidas de cirurgia segura, que devem estar em pleno funcionamento na organização de saúde que busca a certificação.

Novo manual está disponível no site da ONA.

Fonte: Imprensa/ONA

SaudeWeb

Fotografar prejudica a memória, mostra estudo

Reprodução
O avanço tecnológico permitiu o acesso a diversos
dispositivos fotográficos
Experimento com visitantes de museu revela que registrar fatos cotidianos todo o tempo arruína a capacidade humana de guardar recordações em sua mente
 
Em tempo de redes sociais e da ultraexposição da vida pessoal, fotografar se tornou mais do que um passatempo. Pois essa brincadeira, descobre agora a ciência, pode ser muito nociva para a memória humana.
 
Um estudo publicado pela Universidade de Fairfield na revista Psychological Science aponta que a obsessão por registrar momentos do cotidiano está diretamente ligada à gradual perda de capacidade de guardar, na lembrança, recordações desses eventos.
 
"Quando as pessoas confiam na tecnologia para lembrar por elas, contando com a câmera para registrar acontecimentos e, portanto, sem precisar ficar atento totalmente a eles, isso tem um impacto negativo na forma como recordamos nossas experiências", afirma a psicóloga Linda Henkel, responsável pelo grupo que realizou a pesquisa.
 
O estudo, realizado num museu, consistiu em enumerar o quanto de obras de arte em exposição as pessoas - vorazes fotógrafas - se lembravam de terem visto em comparação a outro grupo, que não fotografou dentro do museu. O resultado é devastador para os amantes do registro da vida em tempo real.
 
"O grupo que fotografou teve muito mais dificuldades de apontar objetos expostos", disse Linda.
 
Um desdobramento do estudo também chegou a um resultado inesperado: fotografar, por meio da função zoom, detalhes de um objeto ajuda na memorização total dele, não apenas da parte escolhida pelo fotógrafo. "Esse resultado mostra que o olho da câmera não é igual ao da mente", disse Linda.
 
iG

Saiba quantas calorias têm algumas guloseimas de Natal

Ceia de natal no Brasil é sinônimo de mesa farta, família reunida... e calorias a mais. Saiba qual é o valor calórico de algumas delícias natalinas e planeje-se se controlar
 
Final de ano, época festiva.
 
A preocupação de quem quer manter uma dieta balanceada é saber quantas calorias vai ingerir numa ceia de natal.
 
Fazendo boas escolhas, é possível não derrapar muito na dieta e aproveitar muito bem a festa familiar.
 
Se algum deslize acontecer, é perfeitamente possível começar a compensar o erro logo no dia seguinte, sem esperar o novo ano chegar. 
 
Veja as calorias de algumas guloseimas natalinas:
 
Uvas passas: 110 calorias a cada 40 gramas
 
Panetone: essa delícia natalina contém 280 calorias a cada 80 gramas (1 fatia)
 
Peru: carrega 160 calorias por fatia
 
Lombo: tem cerca de 90 calorias por fatia média
 
Lentilha: excelente opção, é rica em fibras, fósforo, ácido fólico, selênio e proteínas, e tem 160 calorias por concha
 
O chester tão tradicional no natal carrega cerca de 55 calorias por fatia
 
Champagne: uma taça tem cerca de 90 calorias
 
Rabanada: doce típico da época natalina, a guloseima é bem calórica: por conta do leite condensado e o açúcar, ela tem cerca de 160 calorias por fatia
 
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Hospital da Baixada promove curso gratuito para gestantes

Já estão abertas as inscrições para o curso gratuito para gestantes da Casa de Saúde São José, em Duque de Caxias, Baixada Fluminense, que acontecerá dia 19 de dezembro, das 13h às 17h. As vagas são limitadas e as inscrições deverão ser feitas pelo telefone (21) 2535-7307.
 
O encontro reunirá as futuras mães para passar orientação sobre pré-natal, parto e puerpério; postura e respiração; nutrição na gestação e aleitamento materno; audição e linguagem; cuidados com o bebê e preparo emocional durante a gestação.
 
Ministrada por uma enfermeira e uma nutricionista, a aula é teórica e prática para que as gestantes conheçam de verdade a rotina de cuidados com o recém-nascido. “O principal objetivo do projeto é dar informação às mães e tranquilizá-las para esse momento especial, pois elas receberão orientação desde o pré-natal até o pós-parto”, afirma Ilana Menezes, enfermeira da São José.
 
Confira a programação completa
 
13h – abertura e entrega do caderno da gestante.
 
13h30 – Alimentação Saudável na Gestação e no Pós-parto.
 
13h45 – Como Introduzir a Alimentação Complementar.
 
14h – Aleitamento Materno: Verdades e Mitos.
 
14h30 – Principais Técnicas para a Amamentação: Ato e Manejo.
 
15h - Intervalo e coffee break.
 
15h30 – Cuidados Imediatos com o Recém-nascido.
 
16h30 – A Chegada do Bebê na Nova Família.
 
17h – Encerramento e entrega de brindes.
 
Serviço
 
Data/horário: 19 de dezembro, quinta-feira, das 13h às 17h.
 
Local: Centro Médico
 
(Rua Etelvina Chaves, 83/4º andar, Duque de Caxias)
 
Inscrições gratuitas pelo telefone (21) 2535-7307
 
As vagas são limitadas

Defensoria Pública aciona Ministério da Saúde por atrasos em cirurgias no Rio

Foto: EBC
Rio de Janeiro – Aproximadamente 13 mil pacientes aguardam por cirurgias em hospitais federais do Rio de Janeiro, segundo a Defensoria Pública da União (DPU). De acordo com o órgão, 730 crianças estão entre os pacientes. Diante dessa situação, a Defensoria entrou com uma ação civil pública para obrigar o Ministério da Saúde a apresentar no prazo de 60 dias, um cronograma para atender essas pessoas.
 
A ação também pede a realização de concurso público para resolver a carência de profissionais de saúde na rede. A DPU quer uma multa de R$ 1,2 bilhão para o Ministério da Saúde, por dano moral coletivo. Segundo nota divulgada pela defensoria, alguns pacientes aguardam até sete anos por intervenções cirúrgicas em especialidades como cirurgia vascular, cardíaca, ortopédica e oftalmológica, nas redes de Bonsucesso, Andaraí, Cardoso Fontes, Servidores do Estado, Lagoa e Ipanema.
 
Por meio da nota, o defensor público federal, Daniel Macedo disse que “os dados refletem as consequências de diversos fatores que contribuem para esta situação de calamidade, dentre os quais a falta generalizada de insumos e medicamentos, os baixos salários, a alta rotatividade dos profissionais de saúde, o sucateamento dos hospitais, a má administração de recursos públicos e a ausência de concursos públicos periódicos”.
 
A Agência Brasil entrou em contato com a assessoria de imprensa do Ministério da Saúde, mas, até a publicação da matéria não recebeu resposta.

Agência Brasil

Projeto do Pnud vai investir R$ 16 milhões para estimular a atividade física infantil

Rio de Janeiro - As crianças brasileiras são as menos ativas da América Latina, segundo estudo feito pela Universidade de São Paulo (USP), como parte do projeto global Desenhado para o Movimento
 
Para mudar esse panorama e a perspectiva de que o país chegue a 2030 com o nível de atividade da população 34% menor do que era em 2002, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), com mais três agências da ONU (Unicef, Unesco e ONU Habitat), além de parceiros públicos e privados, vai investir R$ 16 milhões para agitar a criançada.
 
O representante do Pnud e coordenador do Sistema ONU no Brasil, Jorge Chediek, explica que o mundo passa pelo que ele considera uma epidemia de inatividade física, problema que gera diminuição na expectativa de vida e aumento dos gastos com saúde e redução de produtividade.
 
“Essa pesquisa mostrou que o mundo está cada vez com menos movimento, mais sedentário e menos ativo. E isso está resultando em consequências de saúde, psíquicas, no desempenho escolar etc. E, no caso do Brasil, uma pesquisa feita exclusivamente para o Brasil mostrou que as crianças brasileiras estão se movimentando menos do que há cinco anos, e, de fato, elas são as crianças com menos atividade física da América Latina. Então é preciso fazer um movimento conjunto, uma série de parcerias, para mudar essa tendência”.
 
De acordo com o levantamento, o custo da falta de atividade física pode chegar a US$ 12 bilhões por ano, no Brasil. A iniciativa Desenhado para o Movimento foi lançada hoje (10) no Brasil, depois de ser apresentada nos Estados Unidos e no Reino Unido. Chediek informa que a parceria no Brasil já tem cerca de 30 instituições envolvidas, como os ministérios do Esporte e da Educação, além de empresas públicas e privada.
 
“Primeiro, é o momento de criar consciência. Segundo, que esse problema não tem uma solução simples, que precisa soluções múltiplas, porque não é só um assunto das escolas, é também um assunto das cidades, é um assunto da mobilidade urbana, da segurança, então precisamos desenvolver parcerias para resolver esse problema. E, então, o próximo passo é aumentar o compromissos, para que cada organização, dentro da sua possibilidade, contribua para a solução do problema”.
 
Ele lembra que o objetivo não é recomendar um determinado número de horas por semana dedicadas à atividade física, mas sim incorporar o movimento ao cotidiano. “Nós estamos desenhados para nos movimentar, então precisamos que a atividade física seja constante. A chave é incorporar o conceito da mobilidade em todas as atividades, incluindo a educação, as atividades lúdicas, os jogos”, explicou.
 
O compromisso é para criar experiências positivas para as crianças se movimentarem mais e se tornarem adultos ativos, integrando a atividade física ao dia a dia, com ênfase nas crianças com até 10 anos. O estudo mundial foi iniciado em 2010 com patrocínio da Nike e enfoca a atividade física como fonte de vantagem competitiva, que pode contribuir para a liderança, produtividade e inovação. Mais informações da campanha estão disponíveis no site www.designedtomove.org.

Agência Brasil

Inmetro prepara normas para venda de mamadeiras sem bisfenol

Rio de Janeiro – O Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) lançou uma consulta pública para aperfeiçoar e rever a regulamentação para a fabricação e venda de mamadeiras. Entre os requisitos, está a proibição do uso do bisfenol A na composição desses produtos.
 
Em 2011, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou que mamadeiras fabricadas no Brasil ou importadas não poderão mais ter a substância bisfenol A. A decisão da agência reguladora teve como base estudos que apontam riscos à saúde decorrentes da exposição à substância – mesmo em níveis inferiores aos que atualmente são considerados seguros. O bisfenol A é usado na fabricação de produtos plásticos, como potes, escovas de dente, copos, cadeiras e no revestimento interno de latas. Quando o plástico é aquecido ou congelado, moléculas do bisfenol podem se desprender.
 
O chefe substituto da Divisão de Programas de Avaliação de Conformidade do instituto, Leonardo Rocha, informou que a proposta de revisão dos Requisitos de Avaliação da Conformidade (RAC) está em consulta pública desde o dia 2 de dezembro, e ficará por 60 dias para receber sugestões que serão analisadas pelo órgão até a elaboração do texto final, previsto para ser publicado em 2014.
 
Leonardo Rocha informou que depois da divulgação da portaria, os fabricantes e importadores terão 12 meses para cumprir as determinações. “Quando o produto for submetido a ensaio vai ser verificado se de fato não contém o bisfenol A, se contiver, é reprovado e a certificação não é concedida. Como o produto é de certificação compulsória, só poderá estar no mercado se ostentar o selo do Inmetro. Aquele fabricante que não conseguir comprovar que produz uma mamadeira livre do bisfenol A não vai obter a certificação e nem o selo do Inmetro, e se botar o produto sem selo no mercado, o fiscal vai apreender e multar”, disse.
 
Na época em que a Anvisa anunciou a proibição, a Associação Brasileira de Produtos Infantis (Abrapur) divulgou comunicado informando que a maior parte da indústria não usa bisfenol desde 2010.
 
Ele explicou que a regulamentação tem dois documentos. Um define os critérios técnicos que devem ser seguidos na fabricação, como a proibição da Anvisa para o uso de bisfenol na composição de mamadeiras e bicos de mamadeiras. O outro se refere aos requisitos de avaliação de conformidade, de competência do Inmetro. “É a forma como as empresas, os organismos de certificação e os laboratórios vão ter que atuar para demonstrar que os produtos estão atendendo aos critérios definidos pela Anvisa. É isso que estamos botando em consulta agora para espelhar a determinação da Anvisa”, esclareceu.
 
Conforme o representante do Inmetro, a nova regulamentação obrigará ainda que fabricantes e importadores indiquem a presença de látex natural nos produtos, além disso, a portaria vai trazer a certificação de mamadeiras de vidro.

Agência Brasil