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quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Menina de 4 anos tem QI de 159, apenas um ponto a menos do que Einstein

Você deve estar se sentindo muito burro. A mais nova integrante do clube dos super inteligentes é uma menina de apenas 4 anos, com um QI de 159, apenas um ponto abaixo de famosos gênios como Einstein e o físico Stephen Hawking.
 
Heidi Hankins, de Winchester, Inglaterra, lê em um nível de 8 anos de idade, e já podia contar até 40 com 2 anos. Ela é sem dúvida especial. Mas se ela vai ser um gênio, mais inteligente que Einstein ou Hawking, só o tempo poderá dizer.
 
Segundo especialistas, não é possível comparar QI entre grupos etários. “Testes de QI comparam dentro de uma determinada faixa etária. Estamos dizendo que essa menina é mais esperta do que 99,5 ou 99,8% das pessoas da sua idade, mas isso não significa que você pode compará-la a um outro grupo etário”, disse Frank Lawlis, psicólogo americano.
 
Na verdade, as pontuações de QI em geral têm aumentado ao longo do tempo. Eles sempre foram padronizados para que a pontuação média fosse de 100. Pontuações mais elevadas são de pessoas, em teoria, mais brilhantes, pelo menos nos domínios medidos por meio de testes de QI.
 
Mas, em um fenômeno amplamente conhecido, chamado de “efeito Flynn”, as novas gerações normalmente têm pontuação superior a 100, em média.
 
Existem várias teorias para este efeito, incluindo melhor nutrição na infância, ambientes cada vez mais estimulantes, e um maior número de crianças que estão familiarizadas com testes padronizados e, portanto, se saem melhor.
 
“Este é um pensamento teórico, mas quem sabe um dia todos nós seremos tão inteligentes quanto Einstein, e Einstein se tornaria médio”, disse Lawlis.
 
Vida de gênio
Heidi faz parte da Mensa, uma sociedade formada pelas pessoas com QIs excepcionais. Ela reúne os 2% da população com maior QI. Victoria Liguez, coordenadora de marketing da Mensa Americana, disse que o mais novo membro da Mensa nos EUA tem 3 anos, tendo entrado para a sociedade aos 2.
 
O mais jovem membro em todo o mundo, Oscar Wrigley, supostamente entrou para a sociedade com 2 anos e meio, com um QI de 160. No geral, cerca de 110.000 pessoas em 100 países são membros Mensa.
 
Para os adultos, a Mensa oferece oportunidades de networking e grupos de interesse. Não é tão diferente para as crianças.

 Eles oferecem passeios a museus, jogos de matemática legais e outros enigmas para professores e pais com dificuldade de desafiar uma criança superdotada.
 
Liguez e Lawlis não acreditam no estereótipo de “gênios esquisitos”, pois as crianças Mensa que eles interagiram são muito normais.
 
“A inteligência de uma criança é muitas vezes invisível”, disse Lawlis. “Você geralmente não sabe o que um garoto sabe a menos que você lhe pergunte. É mais como uma descoberta do que o cérebro de uma criança é capaz de responder”.

Hypescience

O estranho caso do feto de 60 anos

A história parece lembrar um pouco “O curioso caso de Benjamin Button”: uma velha senhora chinesa, com 92 anos, dá à luz um feto com 60 anos, mas o paralelo com a ficção termina por aí.
 
Huang Yijun ficou grávida em 1948, quando recebeu dos médicos a triste notícia que seu filho havia morrido na sua barriga. Sem dinheiro para pagar a cirurgia para extrair o feto morto, ela resolveu deixar tudo como estava e seguir sua vida. Anos mais tarde, ao sentir uma dor na barriga, a “criança” foi identificada como a causa do desconforto.
 
Em casos em que o feto morre no corpo da mãe, geralmente o tecido se desfaz e é absorvido pelo organismo da mulher, ou expulso. Não foi o que aconteceu com o feto da senhora Yijun, que foi calcificado — um dos métodos de defesa do corpo contra corpos estranhos —, um fenômeno raro conhecido como litopédio (de lito – pedra, pedo – criança; “criança de pedra”).
 
Litopédios começam normalmente como uma gravidez ectópica, quando o óvulo se fixa fora do útero, o que geralmente significa gravidez tubária. Em situações raríssimas, o feto se fixa na cavidade abdominal, como nos intestinos, no ovário, ou até mesmo na aorta, condições perigosas.
 
Um trabalho publicado no Journal of the Society of Medicine, em 1996, apontou apenas 260 casos de litopédio conhecidos pela medicina. O mais antigo deles era de uma senhora francesa que faleceu em 1582, com 68 anos, Madame Colombe Chatri, que se queixou de dores de barriga por 28 anos.
 
Usando os dados disponíveis, o trabalho apontou que a “gravidez pétrea” dura em média 22 anos. Em alguns casos, a mulher não fica sabendo que tem um litopédio. Ela fica grávida, os sinais da gravidez somem, ela pensa que teve um aborto e deixa tudo como está.
 
Mulheres que vivem em países onde o cuidado obstétrico não é amplamente disponível podem nem ficar sabendo de sua condição, até que a massa calcificada cause algum tipo problema de saúde, como uma obstrução intestinal, abcesso pélvico, problemas de fertilidade, entre outros. Foi o caso recente de uma mulher de 82 anos em Bogotá, na Colômbia, que teve um feto de 40 anos removido de seu corpo. Inicialmente, pensava-se que algum vírus era o que estava causando sua dor de estômago. 

Hypescience

China investiga morte de oito bebês após vacinação

Autoridades suspendem uso de vacina contra hepatite B de fabricante chinês (Foto: BBC)
Foto: BBC
Autoridades suspendem uso de vacina contra hepatite B de
fabricante chinês
Mortes ocorreram no sul do país; uso de vacinas de fabricante suspeita foi suspenso
 
O número de bebês que morreram na China depois de serem vacinados contra a hepatite B subiu para oito, segundo a agência oficial de notícias Xinhua.
 
Um bebê recém-nascido morreu na segunda-feira em um hospital na província de Sichuan (centro-sul) depois de receber a vacina na tarde de domingo.
 
Especialistas de saúde chineses estão investigando as mortes de diversos bebês que receberam o medicamento em um programa de imunização do governo.
 
Investigadores foram mandados para a empresa que produz as vacinas, a Biokangtai, com sede na cidade de Shenzhen (sul do país).
 
Outra companhia
No total, quatro mortes foram registradas na província de Guangdong, onde fica Shenzhen. Mas ainda há dúvidas sobre as causas relacionadas a uma delas.
 
Nesse caso, a vítima pode ter morrido em decorrência de uma pneumonia, segundo a agência de notícias Associated Press.
 
A Comissão Nacional de Saúde e Planejamento Familiar afirmou que dois bebês morreram de forma similar na província de Hunan (sul do país) e um outro em Sichuan.
 
A vítima fatal registrada na segunda-feira estava na cidade de Meishan, em Sichuan. Ela morreu após receber vacina fabricada por outra companhia, a Tiantan Biological Products.
 
Medida de segurança
O uso das vacinas da Biokangtai foi suspenso. A empresa disse que afirmou que realizou todas as checagens de segurança e atribuiu as mortes a outras doenças.
 
Muitos chineses estão céticos sobre as garantias dadas pelo governo devido a numerosos casos passados nos quais as autoridades abafaram notícias sobre grandes epidemias.
 
A hepatite B é uma infecção crônica no fígado que é transmitida por meio do sangue e de fluídos corporais.
 
Ela pode causar inflamação do fígado e icterícia.

G1

Grã-Bretanha testa vacina contra câncer no cérebro

Vacina visa ensinar sistema imunológico do paciente a combater câncer no cérebr (Foto: BBC)
Foto: BBC
Vacina visa ensinar sistema imunológico do paciente a combater
câncer no cérebro
Tratamento 'ensina' sistema imunológico a encontrar e combater tumores
 
Começaram os testes de uma vacina que se propõe a tratar uma forma agressiva do câncer de cérebro.
 
O primeiro paciente europeu recebeu o tratamento no hospital King's College, em Londres. Robert Demeger, 62, foi diagnosticado da doença neste ano.
 
A vacina é personalizada e foi desenvolvida para ensinar o sistema imunológico a lutar contra as células de um tumor.
 
O King's College faz parte de um grupo de mais de 50 hospitais - os outros estão nos Estados Unidos - que estão testando o tratamento.
 
Demeger, um ator de televisão e teatro, teve que desistir de seu papel de Otelo, no aclamado Teatro Nacional, depois que começou a ter convulsões.
 
Otelo
Ele disse que chegou a ter um substituto, para o caso de se sentir mal no palco, mas não precisou usar esse recurso.
 
'Eu fui diagnosticado com um tumor no cérebro e marcaram uma cirurgia em uma questão de dias'.
 
Porém, antes de sua operação ele foi convidado para ser o primeiro paciente na Europa a participar do experimento internacional.
 
Vacina
Cirurgiões removeram o máximo possível de seu tumor - que foi depois levado a um laboratório onde foi incubado com células dendríticas (células imunológicas tiradas de seu sangue).
 
O objetivo foi ensinar as células a reconhecer o tumor. A vacina personalizada que resultou do processo foi injetada no braço dele, com a esperança de que aquelas células treinariam o sistema imunológico dele sobre como localizar e destruir o câncer.
 
Ele receberá dez doses da vacina nos próximos dois anos.
 
Keyoumars Ashkan, um neurocirurgião do King's College, está liderando a parte britânica da pesquisa. Ele diz que há uma grande necessidade de novos tratamentos para o câncer de cérebro.
 
Glioblastoma
'Mesmo que um tumor pareça igual em dois pacientes, na realidade ele varia muito'.
 
'Por isso, a terapia padrão provavelmente não é a melhor. Há uma necessidade de fornecer tratamento individualizado baseado no tipo de câncer de cada paciente'.
 
O tratamento envolve pacientes com glioblastoma, a forma mais agressiva de um tumor primário de cérebro, que afeta cerca de 1.500 pessoas por ano na Grã-Bretanha.
 
A média de sobrevivência desses pacientes é de 12 a 18 meses. Dois estudos anteriores menores da terapia DCVax, nos Estados Unidos, descobriram que o tratamento aumentava essa sobrevida para três anos, sem efeitos colaterais. Vinte pacientes participaram dos testes e dois deles estão vivos há mais de dez anos.
 
Ashkan ressaltou que a atual pesquisa, que envolverá 300 pacientes, é necessária para mostrar se o tratamento é realmente eficiente. Metade deles receberá a vacina real e os demais tomarão placebos.
'Até obtermos os resultados desta pesquisa não saberemos se a terapia deve ser oferecida a todos os pacientes', ele disse.
 
Demeger afirma que está encantado em fazer parte dessa pesquisa. 'Qualquer coisa que me dê uma chance melhor, mas também por outros fatores, vale a pena participar disso'.
 
Fala
A cirurgia para remover o câncer afetou sua fala, porque o tumor estava localizado próximo da parte do cérebro que lida com a linguagem.
 
Assim Demeger, que tinha a voz como seu meio de vida, teve que reaprender a se comunicar.
'Eu adoraria voltar a atuar. Esse é o meu trabalho'.
 
'Tenho trabalhado com um terapeuta da fala e com o chefe das vozes no National (Theatre)'.
 
'Não sei se poderei voltar aos palcos em semanas ou meses, mas estou esperançoso'.

G1

Nutricionistas dão dicas de como lidar com a comilança de fim de ano

Chester com pasta de pequi e queijo parmesão  (Foto: Adriano Zago)
Foto: Adriano Zago
Aves como peru e chester, típicas da época, têm pouca gordura
Para especialistas, é possível comer os pratos típicos de forma saudável. Confraternizações contribuem mais para ganho de peso do que ceia
 
Para nutricionistas ouvidos pelo G1, as principais responsáveis pelo ganho de peso no final de ano são as comidinhas servidas nas confraternizações que antecedem o Natal, e não a ceia propriamente dita. Pratos típicos dessa ocasião, como peru, chester e lombo de porco, tem pouca gordura e podem ser comidos sem culpa.

A nutricionista Camila Gracia, do Hospital do Coração (HCor), observa que as pessoas costumam entrar em um “processo de engorda” nessa época. “Tem amigo secreto da empresa, festa do condomínio, festa do filho na escola... Nesses eventos, a pessoa acaba exagerando e é isso que leva ao ganho de peso”, diz. A especialista lembra que ceia e almoço de Natal são só duas refeições que, sozinhas, tendem a não provocar grande impacto.
 
Outro costume que contribui para a engorda é o hábito de fazer uma quantidade de comida muito maior do que o necessário para essas refeições especiais. “As pessoas fazem muita comida e continuam comendo isso ao longo dos dias. Se na ceia teve pudim, por exemplo, a pessoa vai comer pudim de sobremesa a semana inteira”, diz Camila.

Ceia e almoço de Natal
Para essas ocasiões, uma forma de evitar o exagero é limitar o número de opções na mesa. “Uma boa dica é servir um tipo de carne, dois acompanhamentos diferentes e uma bela salada com legumes e folhas variadas”, diz a nutricionista Ariana Fernandes, da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso).
 
O lombo de porco e o peru são considerados saudáveis. Mas, no caso de a pessoa não poder comer gordura alguma, o ideal é retirar a pele do peru. Isso pode ser feito no prato ou até antes de assá-lo. Nesse caso, é indicado acrescentar azeite e colorau por cima da ave, para que ela fique mais dourada.
 
Algumas substituições simples também podem reduzir a contagem de calorias. Em vez de optar pela maionese caseira, feita com ovo e óleo, pode-se optar pela industrializada, que tem bem menos gordura. Na maionese, também é interessante colocar menos batata e mais legumes como vagem, cenoura e ervilha, segundo Camila. Para uma farofa mais saudável, o bacon e os embutidos devem ser substituídos por legumes, frutas secas e castanhas.
 
Segundo os nutricionistas, é importante que uma salada também faça parte das refeições. Ariana sugere que o prato seja feito com folhas verdes e legumes ralados, além de frutas coloridas para decorar.
 
Para a sobremesa, a dica da nutricionista Alline Cristina Schüncke é escolher as que são feitas com fruta. “As pessoas não devem abrir mão da sobremesa porque é uma época especial do ano. Claro que vai ter açúcar e gordura, mas por que não torná-la mais saudável?”, diz. Como exemplo de doces refrescantes, ela cita mousse de maracujá e iogurte natural com calda de frutas vermelhas.
 

Suco desintoxicante, feito com frutas e folhas, pode ser uma opção para quem exagerou nas comidas e bebidas de fim de ano. (Foto:  Raphael Gunther/Vitalin)
Foto: Raphael Gunther/Vitalin
Suco desintoxicante, com frutas e folhas, é opção para
quem exagerou
Álcool
Segundo Alline, as pessoas geralmente esquecem que o álcool é responsável por grande parte das calorias consumidas nessas ocasiões.

“O álcool contribui bastante para o ganho de peso. Ele tem em torno de sete calorias por grama. Para quem quer uma dieta saudável, a gente recomenda que se limite a uma dose de destilado ou uma dose de vinho ou duas latas de cerveja”, diz. Entre uma bebida e outra, é importante tomar água para diminuir os efeitos da ressaca.
 
Saúde do coração
Camila Gracia, do HCor, alerta para um hábito perigoso de quem tem de tomar diariamente remédios para pressão alta.

“Tem muita gente que pensa: ‘como vou exagerar, não vou tomar o remédio’. Isso está errado. Pelo contrário, quando se exagera, aí é que tem que cuidar para tomar o medicamento direito”, diz a nutricionista.
 
No dia seguinte
Se o exagero for inevitável, ainda é possível por em prática um plano de “redução de danos”. A nutricionista Alline diz que uma boa opção para o café da manhã do dia seguinte aos exageros é preparar um suco desintoxicante.

Feito com suco de laranja, couve, alface, salsinha, fibra de maracujá e açúcar mascavo, a bebida é nutritiva e contribui para o bom funcionamento do intestino. O líquido também pode ajudar a curar os efeitos da ressaca.
 
“Se a pessoa acabou exagerando na ceia de Natal, o importante é no outro dia voltar à rotina alimentar em vez de comer tudo o que sobrou do dia anterior. É importante não achar que está tudo perdido e continuar comendo em grandes quantidades”, diz Ariana.
 
G1

Cientistas “não aguentam mais” a Anvisa

É difícil passar uma semana sem que eu escute, direta ou indiretamente, alguma reclamação de algum cientista sobre problemas com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A reclamação mais comum: burocracia e atraso excessivos na liberação de reagentes importados e amostras biológicas nos aeroportos.
 
Seja qual for a causa, é um problema antigo, que impacta diretamente a competitividade da ciência brasileira e que precisa ser seriamente discutido e resolvido, com urgência, pelas autoridades científicas e sanitárias do País.
 
Copio abaixo um relato da pesquisadora Lygia Pereira, da USP, que acredito sintetizar o sentimento de muitos pesquisadores brasileiros com relação ao tema. Já ouvi muitos relatos parecidos com esse nos últimos meses e até anos. O texto foi postado no site As Meninas Online, com o título “Eu não aguento mais!!”.
 
Nota: Veja a resposta da Anvisa  e a situação atualizada do caso no final do post.
 
Eu não aguento mais!!
 
por Lygia Pereira
 
“Temos que aumentar o impacto de nossas pesquisas!” e “Temos que nos internacionalizar!” dizem o Governo, Ministério de Ciência e Tecnologia, da Saúde, os órgãos de fomento à pesquisa. Aí a gente vai e faz uma colaboração com o Harvard Stem Cell Institute, um dos maiores centros de pesquisa em células-tronco do mundo. Como parte da colaboração, eles nos mandam amostras preciosas de células-tronco para estudarmos aqui na USP. As células vêm congeladas e precisam ser mantidas em gelo seco – não tem problema, eles mandam por FedEx em um isopor com 5 quilos de gelo seco, e em 2 dias elas chegam aqui. Ou deveriam chegar…
 
Como vocês podem ver na imagem abaixo do site da FedEx, as células foram enviadas de Boston na 3ª feira dia 3/12 à noite, chegaram a Campinas na tarde do dia seguinte, 4ª feira, e aí… Começa o pesadelo: “ATRASO NA LIBERAÇÃO”…

image

Nenhuma notícia 4ª, 5ª, e na 6ª feira às 11:00 recebemos um email da FedEx dizendo que a remessa “foi selecionada para inspeção pelo Ministério da Saúde (ANVISA), que solicita os seguintes documentos:

Declaração de Uso e Finalidade

(segue modelo anexo).

- A declaração deve estar completamente preenchida (campos amarelos) e assinada caso contrário, não será aceita.

- Para entendimento e liberação por parte da Anvisa é fundamental esclarecer em detalhes a descrição do produto, uso e a finalidade da importação

Obs: Orientamos ao preencher a declaração, evitar termos muito técnicos ou nomes de difícil entendimento para facilitar a compreensão..

Pagamento da guia GRU

(instruções anexa).

- De acordo com a nova resolução da Anvisa (RDC 81-08) a guia GRU que apresentar valor abaixo de R$ 50,00, além da guia e comprovante de pagamento, deve ser enviado também as duas páginas do peticionamento eletrônico com o número de transação e assinatura

Termo de Responsabilidade

(segue modelo anexo).

- Deve ser completamente preenchido e ter reconhecimento das assinaturas em cartório.

- É obrigatório o preenchimento de todos os campos.

CRT ou ART

(do Responsável Técnico que assina o capítulo acima.)

(*CRT – Certificado de Responsabilidade Técnica)

(*ART – Anotação de Responsabilidade Técnica)
Favor enviar os documentos até: 13 de Dezembro de 2.013

*****Após este prazo a mercadoria estará sujeita a retorno ao exportador com base legal na IN SRF 560/05 art.29 e 30.***** “
Fiz questão de reproduzir as instruções do email para vocês sentirem um pouco na pele a loucura disso tudo! Saímos correndo, preenchemos os documentos, conseguimos milagrosamente a assinatura do Diretor do Instituto no mesmo dia, reconhecemos a minha assinatura e a dele (em dois cartórios diferentes…), conseguimos heroicamente que a funcionária do financeiro do Instituto emitisse a tal GRU no mesmo dia, corremos no banco para pagá-la, e às 16:50 daquela mesma 6ª feira dia 6/12 estávamos no correio enviando isso tudo por Sedex10 para o FedEx no aeroporto de Viracopos.

Sábado, Domingo, 2ª, 3ª, 4ª feira dia 11/12, exatamente uma semana após as células congeladas terem chegado a Viracopos, e NENHUMA NOTÍCIA sobre a liberação delas. A FedEx nos diz que a ANVISA tem até 4 dias úteis para analisar a documentação enviada – e só. Enquanto isso, os quilos de gelo seco há muito já viraram vapor (a FedEx jura que todo dia repõe o gelo seco – veremos…), as preciosas células-tronco podem já ter virado mingau, a nossa pesquisa está parada, e os colaboradores de Harvard estão nos cobrando o recebimento do material. E agora, como traduzir esse pesadelo para o inglês? Ora, dirão meus colegas, é sempre assim, Lygia. Eles têm razão, é mesmo sempre assim. E querem saber? EU NÃO AGUENTO MAIS!!!! … (FIM)
Atualização às 17h15 do dia 17/12: A pesquisadora Lygia Pereira recebeu hoje a remessa de células-tronco de Harvard. Ela informa que o pacote chegou com o gelo seco em dia e que agora vai colocar as células em cultura para ter certeza de que elas chegaram vivas. Ela publicou um novo texto sobre o caso: http://asmeninasonline.com/colunista/lygiaveiga/

A Fedex afirma que trocou o gelo seco regularmente enquanto o pacote aguardava liberação.

Atualização, às 17h30 do dia 18/12: A assessoria de imprensa da Anvisa acaba de responder a uma solicitação de informações do blog, com um posicionamento oficial sobre este o específico da Dra. Lygia Pereira e outras considerações:

Resposta:

De acordo com a RDC 01/2008, o prazo de liberação de material para pesquisa atualmente é de 24h e tem sido cumprido pela Anvisa. Isto só não é possível quando não há informação correta de identificação do material que o classifique como material de pesquisa e identifique o seu conteúdo.

No caso da importação de interesse da pesquisadora Lygia Pereira, feita pela empresa Fedex e identificada pelo número 797297353609, esclarecemos que a carga foi apresentada pela empresa Fedex para inspeção da Anvisa somente na manhã do dia 10 e liberada na tarde do mesmo dia.

A liberação da carga no Brasil levou 12 dias entre a sua chegada e seu desembaraço. É totalmente inverídico afirmar que este tempo se deu por conta da ação da Anvisa, já que a Agência realizou a liberação em um período inferior a 12h.

A classificação do material para análise da Anvisa é feita de forma automática, assim como a solicitação da documentação de identificação do material. Naturalmente, o importador deve ter à disposição os documentos de identificação da carga.

É importante destacar que quando a encomenda vem por remessa expressa (exemplo: Fedex, UPS) ela cai na fila comum de importação. Ao contrário do que ocorre quando ela vem por via Postal ou Siscomex, identificada como material de pesquisa, e recebe prioridade de análise.

É importante ressaltar que a ANVISA tem pouquíssimos questionamentos de pesquisadores sobre este assunto, normalmente são demandas que chegam pela imprensa.

No link abaixo você encontra as normas sobre importação para pesquisa científica

http://s.anvisa.gov.br/wps/s/r/cDI

Atualmente, estamos trabalhando na atualização das regulamentações de controle sanitário na importação o que inclui a RDC nº 1/2008

Estadão

Saiba como evitar a sesamoidite, doença que pode afetar quem adora sapatos altos

Foto: AgNews
Xuxa teve de recorrer a bota ortopédica
Apresentadora Xuxa está usando botas especiais para tratar a doença
 
Fã de saltos altíssimos, Xuxa terá que deixar os sapatos preferidos no armário para tratar uma inflamação nos ossos do pé, conhecida como sesamoidite.

A lesão aparece em quem usa saltos com frequência. O ortopedista Luciano Keiserman, do Hospital Mãe de Deus, explica que ela afeta os sesamoides, localizados na planta do pé.

— Os sesamoides ajudam na propulsão do caminhar e absorvem o impacto da pisada. Eles recebem muita força quando a pessoa coloca o pé no chão. Se estiver usando salto, esse impacto é muito maior — diz o médico, que é especialista em pé e tornozelo.

Mas não é só quem adora andar nas alturas que pode ser afetada pela sesamoidite: rasteirinhas também podem ser prejudiciais, já que o solado fino não ajuda a suavizar a força com que o pé encontra o chão.  Além dos sapatos altos ou baixos demais, algumas atividades físicas como corrida e as que envolvem pulo também podem afetar a região, que recebe mais carga que o normal.


Diagnóstico
Quem usa salto com frequência sabe que é normal ter algum desconforto ao longo do dia. Mas se o incômodo não passar ao tirar as sandálias quando chegar em casa, vale ficar alerta. O ortopedista explica que as dores são fortes e não vão passar depois de um simples escalda-pés.

— É importante que o diagnóstico seja rápido. Se a doença se tornar crônica, é muito mais difícil resolver.

A sesamoidite ainda pode evoluir para uma fratura, osteonecrose ou ainda pseudoartrose, que é quando o osso quebra e não consolida. Vale lembrar que pessoas com pé cavo (aumento na curvatura interna) têm mais predisposição a desenvolver o problema.

— Quando a dor é aguda, a inflamação provavelmente é recente. Nesse caso, recomendamos uma ressonância ou tomografia computadorizada, já que a sesamoidite não é diagnosticada com um raio-X — explica Luciano Keiserman.

O principal é que o paciente proteja a região afetada. Xuxa está usando botas ortopédicas com espécie de buraco na área onde ficam os sesamoides, logo abaixo da cabeça do primeiro metatarso. Ainda pode ser necessário fisioterapia, imobilização ou até cirurgias.

Fica a dica:
- Evite salto alto diariamente. Se usar, tente ficar pouco tempo em pé. Se for indispensável, vale ir de sapatilhas até o trabalho e levar o sapato na bolsa para trocar.

- Dispense rasteirinhas com o solado muito fino. Elas podem ser tão prejudiciais quanto o salto alto, já que não auxiliam a absorver o impacto.

- Para caminhadas prolongadas, aposte em tênis confortável.

- Modere a frequência de atividades que depositam muita força na região dos sesamoides, como corrida e as que envolvem pulo.
 
Zero Hora

Conheça os alimentos que ajudam a melhorar a constipação intestinal

Conheça os alimentos que ajudam a melhorar a constipação intestinal divulgação/divulgação
Foto: Divulgação
Grão de bico está entre os alimentos que melhoram o fluxo intestinal
Problema afeta principalmente as mulheres e pode ter origem na má alimentação
 
Hábitos errados como a má alimentação, sedentarismo e estresse são os principais causadores do problema da constipação intestinal, conhecida como prisão de ventre. Mais comum entre as mulheres, muitas sentem extrema dificuldade para evacuar e podem passar mais de três dias sem ir ao banheiro.
 
— O consumo excessivo de alimentos industrializados e uma dieta pobre com pouca ingestão de fibras contribuem para a ocorrência da prisão de ventre. Não consumir pelo menos dois litros de água por dia também pode colaborar para um comprometimento do fluxo intestinal — esclarece a nutricionista Ana Huggler.
 
Em alguns casos, a prisão de ventre pode decorrer da ingestão de medicamentos, na implicação de doenças como a Síndrome do Intestino Irritável (SII) e diabetes, falta da prática de exercícios físicos ou durante o período gestacional.
 
— Usar laxantes não é recomendado, pois em longo prazo pode ocasionar dependência e não surtir mais efeitos no organismo. O ideal é mudar a alimentos e optar por alimentos ricos em fibras e que ajudam no funcionamento do intestino — indica Ana.
 
A especialista lista os alimentos que melhoram o fluxo intestinal:
 
Frutas: laranja, acerola, ameixa preta seca, pêssego, abacaxi, manga, banana nanica, morango, caqui, melancia e figo
 
Verduras e legumes: quiabo, almeirão, mandioca, inhame, cará, milho verde, alface, couve manteiga, couve-flor, repolho, cenoura, mandioquinha e tomate
 
Leguminosos: ervilha, lentilha, grão de bico e soja
 
Fibras: Bbarras de cereais, aveia, farelo de trigo e cereal matinal
 
Alimentos integrais: pães, arroz, biscoitos e macarrão
 
Sementes: linhaça, girassol, gergelim e quinoa
 
Outros: iogurtes ou leites fermentados, coalhadas e azeite de oliva
 
Zero Hora

Veja cinco passos para reduzir o consumo de álcool nas festas de fim de ano

iG Arte
Dormir melhor e ter menos dores de cabeça estão entre os benefícios
 da redução do consumo
Dicas simples ajudam quem pretende beber sem culpa e comemorar 2014 sem ressaca
 
O consumo excessivo de álcool nas festas de fim de ano vem frequentemente acompanhado do dissabor do arrependimento.
 
Afinal, quem nunca fez um pedido para beber menos no ano que inicia?
 
A lista dos benefícios relacionados à redução do consumo de bebidas alcóolicas é extensa e vai desde dormir melhor a ter menos dores de cabeça.
 
Segundo os médicos, a ingestão excessiva de álcool também pode prejudicar o trabalho, a família e os relacionamentos de um indíviduo.
 
Com base em recomendações de especialistas, a BBC lista abaixo cinco passos para reduzir o consumo de álcool.
 
1. Pense no tamanho de seu copo
Um dos mandamentos para quem está de dieta é diminuir o tamanho do prato.
 
O mesmo princípio vale para quem quer reduzir a ingestão de álcool.
 
Uma taça grande de vinho pode conter até três unidades de álcool. A recomendação dos especialistas é escolher, invariavelmente, um copo menor.
 
Lembre-se também de que as doses que costumamos usar em casa são normalmente maiores do que de restaurantes ou bares.
 
2. Siga à risca as diretrizes para a ingestão de álcool
Não tome álcool durante dois dias da semana. A escolha desses dias fica a critério de cada um, mas essa pausa é necessária, segundo os médicos, para permitir a recuperação do corpo.
 
As mulheres não devem beber mais de dois ou três unidades por dia (e não mais de 14 unidades por semana).
 
Já os homens não devem beber mais de três a quatro unidades por dia (e não mais de 21 unidades por semana).
 
Os corpos das mulheres reagem ao álcool de uma maneira diferente da dos homens.
 
As mulheres têm, em média, 10% mais gordura que os homens, o que significa menos fluídos corporais para diluir o álcool.
 
Isso significa que a substância percorre o corpo feminino de forma mais concentrada e causa mais danos.
 
Além disso, os fígados das mulheres produzem menos da substância que o corpo usa para quebrar as moléculas de álcool.
 
Na prática, isso significa que as mulheres não só ficam bêbadas mais rápido, como os efeitos em seus organismos perduram por mais tempo.
 
3. Conheça o teor de sua bebida
O teor alcóolico varia de bebida para bebida. Uma dose de uísque, por exemplo, pode ter até dez vezes mais álcool do que um copo de cerveja tradicional.
 
Portanto, pense em quantas unidades de álcool você está ingerindo e não se esqueça de contar as doses.
 
4. Sempre faça uma boa refeição antes de começar a beber, ou saboreie aperitivos enquanto estiver ingerindo álcool
A dica passa de geração em geração. Quem nunca recebeu o conselho acima dos pais ou dos avós?
 
A recomendação faz sentido, pois a comida ajuda a diminuir os efeitos do álcool no corpo.
 
5. Saiba a hora de parar
Se você não estiver pronto para outro drink, saiba a hora de parar. Nunca é demais pedir um refrigerante ou um copo d’água para recarregar as energias.
 
Isso ajudará a cortar o número de unidades de álcool que você ingerir e, claro, evitar a tão temida ressaca.
 
BBC Brasil/iG

Pesquisador muda convicções científicas após descobrir ter cérebro de psicopata

Reprodução/Daily Mail
Fotos do página do neurocientista James Fallon na rede social Facebook
Para James Fallon, amor da família e educação o livraram de realizar 'potencial' e se tornar um criminoso violento
 
Casado e pai de três filhos, James Fallon, professor de psiquiatria e comportamento humano da University of California, Irvine (UCI), disse à BBC Brasil que a descoberta fez com que ele reavaliasse seus conceitos a respeito de quem era. E transformou suas convicções enquanto cientista.
 
A experiência de Fallon, descrita no livro The Psychopath Inside, teve grande repercussão na internet.
 
Comentando o caso, um neurologista ouvido pela BBC disse que estamos interpretando os conhecimentos gerados pela genética de maneira "perigosa".
 
"Os profissionais estão atribuindo importância excessiva para a carga genética de uma pessoa, como se isso, por si só, fosse capaz de determinar o futuro de um ser humano", disse Eduardo Mutarelli, professor do Departamento de Neurologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).
 
Para ele, a experiência de Fallon ajuda a reequilibrar o debate que contrapõe a influência da herança genética à do meio (nesse caso em particular, a influência civilizadora da família e da sociedade sobre o indivíduo).
 
Revelação perturbadora
A descoberta de Fallon aconteceu em 2005, quando ele analisava tomografias de cérebros de assassinos em série na universidade. Ele queria ver se encontrava alguma relação entre os padrões anatômicos dos cérebros desses pacientes e seu comportamento.
 
Fallon explicou que, para ter uma base de comparação, tinha colocado na pilha tomografias de membros de sua própria família – a ideia era usá-los como modelos de cérebros "normais".
 
Ao chegar ao fim da pilha, onde estavam os exames de sua família, o cientista viu uma tomografia que mostrava um padrão claro de patologia. "O exame mostrava baixa atividade em certas áreas dos lobos frontal e temporal que estão associadas à empatia, moralidade e ao autocontrole."
 
Fallon contou que, no começo, pensou que fosse um engano. Mas feitas as checagens, o neurocientista, que estudava psicopatas há mais de duas décadas, viu-se às voltas com uma realidade um tanto quanto incômoda: o cérebro representado naquele exame era seu.
 
"As mesmas áreas do cérebro estavam completamente apagadas, como nos piores casos que eu tinha visto", disse Fallon. Para se certificar, Fallon fez mais algumas investigações.
 
Exames do seu DNA confirmaram que ele tinha genes alelos associados à ausência de empatia e comportamento agressivo e violento.
 
Fallon também se submeteu a um teste usado por muitos pesquisadores e psicólogos para avaliar tendências antissociais e psicopáticas, a Robert Hare Checklist.
 
"Psicopatas alcançam acima de 30 pontos no teste de Robert Hare", disse Fallon. "A pontuação máxima é 40. Eu alcanço 18, 20 ou 22. Tenho vários traços em comum com psicopatas, só não sou criminoso. Nunca matei nem estuprei ninguém e prefiro vencer uma discussão com argumentos do que com força física", diz.
 
Charme perigoso
Fallon contou que quando compartilhou suas descobertas com a família e com amigos, eles não se surpreenderam. Gradualmente, o neurologista começou a se ver do ponto de vista das pessoas que o conheciam bem.
 
"Tive várias conversas reveladoras com minha mãe. Ela me disse que sempre percebeu um lado sombrio em mim e tomava cuidado especial para neutralizar essas tendências e incentivar outras, mais positivas", conta.
 
Nessas conversas, a mãe também contou ao filho que vários antepassados dele pelo lado paterno tinham sido criminosos temidos. Entre eles, Lizzie Borden, acusada de matar o pai e a madrasta em 1892.
 
Para a esposa, era como se existissem dois James Fallon convivendo num único homem.
 
"Sou casada com duas pessoas, uma é inteligente, engraçada e afetuosa. A outra é um sujeito perverso, de quem eu não gosto", disse a mulher do neurologista em uma entrevista para a TV.
 
"Tenho muito jeito para lidar com estranhos, faço muita caridade. Mas sou uma decepção como marido. Posso ver um bebê que não conheço e ficar com os olhos cheios de lágrimas, mas não sinto uma conexão emocional profunda com minha própria família", diz.
 
Fallon descreveu alguns dos traços típicos de um psicopata: "Psicopatas possuem um narcisismo agressivo, charme, desenvoltura aliada à superficialidade, senso de superioridade, tendência a manipular, são emocionalmente rasos, não sentem culpa, remorso ou vergonha."
 
"Podem ser magnânimos e generosos, mas são emocionalmente frios", afirma.
 
Teria Hitler, por exemplo, sido um psicopata? "Não. Hitler era capaz de sentir empatia pelas pessoas e tinha relacionamentos próximos, então eu diria que ele não era um psicopata. Já Stalin, por exemplo, tenho quase certeza de que sim. Ele não era próximo nem dos próprios filhos", observa.
 
"A capacidade – ou não - de sentir empatia é essencial para se estabelecer se uma pessoa é um psicopata", diz o neurologista.
 
Amor de mãe
James Fallon diz não ter dúvidas de que foi o amor da família que impediu que ele realizasse seu "potencial" e se tornasse um criminoso violento.
 
"Sou uma pessoa agressiva e vingativa, gosto de manipular as pessoas, sinto prazer no poder. Mas todos foram tão amorosos comigo, tenho uma mãe afetuosa e uma esposa maravilhosa", afirma.
 
"Além disso, não tive experiências de abandono, abuso ou traumas violentos na infância. Tudo isso neutralizou minha biologia", relata.
 
O neurologista confessou que não teria feito essa afirmação cinco anos antes. "Eu costumava achar que a genética era tudo. Hoje, estou convencido de que a biologia é importante, mas a genética pode ser modificada pelo meio ambiente", diz.
 
Gene x Meio
As revelações de James Fallon, descritas no seu livro e em palestras - algumas disponíveis na internet - revivem um debate que há muito intriga especialistas: somos produto da nossa herança genética ou do meio em que vivemos?
 
Para o neurologista da USP e do Hospital Sírio Libanês Eduardo Mutarelli, o caso de Fallon reforça o papel da sociedade (ou seja, do meio) na formação do indivíduo. E ajuda a combater uma certa tendência "determinista" na forma como nosso potencial genético vem sendo interpretado por médicos hoje.

"A genética hoje trabalha muito com probabilidades, com potencial genético e fatores de risco", disse Mutarelli.
 
O médico citou como exemplo doenças como o Mal de Alzheimer ou o Mal Parkinson.
 
"Com o conhecimento atual, sabemos que existe uma certa carga genética associada a essas doenças.
 
Mas você carrega um certo fator de risco e isso vai se transformar em doença caso outras coisas contribuam para isso", explicou.

"Você não se cuida, não come direito, esses são fatores de risco para que a pessoa venha a desenvolver a doença", observa.
 
Mas trazendo a discussão de volta para o caso de James Fallon, Mutarelli faz uma ressalva: "No caso dele, se ele tem um exame de imagem de cérebro que é igual ao de um psicopata, ele só não é psicopata porque foi bem educado."
 
"O lobo frontal está desregulado, a alteração existe na experiência dele e a ressonância mostra a alteração, ou seja o gene foi ativado. Ele só não é um serial killer por causa da família", reforçou o professor. E concluindo: "O jeito de mudar o mundo é educando."

BBC Brasil

Médico é suspeito de marcar iniciais no fígado de paciente

Divulgação
Administração do hospital Queen Elizabeth, em Birmingham,
está investigando a acusação
Marcas feitas com gás foram encontradas por colega operação de rotina no mesmo paciente, na Inglaterra
 
Um cirurgião da cidade de Birmingham, na região central da Inglaterra, foi suspenso sob a alegação de que ele marcou suas iniciais no fígado de um paciente, durante uma operação. O médico trabalha no hospital Queen Elizabeth, um dos mais importantes da cidade, a segunda mais populosa da Inglaterra.
 
As iniciais teriam sido encontradas por um colega do médico durante uma operação de rotina no mesmo paciente, que passara por um transplante. Segundo reportagem do jornal britânico Daily Mail, o cirurgião tenha marcado as letras no fígado da pessoa usando gás argônio.
 
Experiente
A administração do hospital confirmou que está investigando as alegações. Em um comunicado, ela diz que "após uma alegação de má conduta", um médico foi suspenso "enquanto um inquérito interno é concluído".
 
Uma fonte próxima ao cirurgião acusado, citada na reportagem do Daily Mail, disse que ele já realizou "centenas de transplantes". "Eu espero que isso seja só um erro."
 
BBC Brasil