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sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Ser 'hipocondríaco' pode elevar risco de doenças cardíacas, diz estudo

Pesquisadores noruegueses monitoraram 7 mil pessoas por pelo menos uma década

Ser "um poço de preocupações" pode realmente aumentar o risco de doenças cardíacas, sugere um estudo.

Pesquisadores noruegueses analisaram os níveis de preocupação com a saúde de 7 mil pessoas, que foram acompanhadas por pelo menos dez anos.

O estudo, publicado pelo "BMJ Open", sugere que, embora a ansiedade em geral já seja reconhecida como um dos fatores de risco, o estresse em relação à saúde também pode ser um problema.

Segundo os cardiologistas, se você acha que está sofrendo com "excesso de preocupação com a saúde" deve procurar um médico.

A ansiedade com a saúde se caracteriza pela "preocupação contínua" em ter ou pegar uma doença grave, o que leva a pessoa a procurar ajuda médica imediata, sem ter qualquer sintoma da doença.

A pesquisa
As pessoas avaliadas neste estudo, todas nascidas entre 1953 e 1957, estavam participando do Norwegian Hordaland Health Study (HUSK).

De 1997 a 1999, elas responderam questionários sobre saúde, estilo de vida e educação, além de terem sido submetidas a exames de sangue regulares. Também tiveram o peso, a altura e a pressão arterial monitorados.

Os pesquisadores adotaram uma escala conhecida, chamada de Whiteley Index, para avaliar os níveis de ansiedade. Foram usados ainda dados nacionais para acompanhar o tratamento hospitalar e os óbitos no grupo até 2009.

Dos 7 mil avaliados, 234 (3,3%) tiveram um ataque cardíaco ou crise de angina aguda durante o monitoramento.

Mesmo após levar em conta os fatores de risco conhecidos, o percentual dos que sucumbiram à doença cardíaca (pouco mais de 6%) foi mais de duas vezes maior entre os 710 que sofreriam de ansiedade com a saúde.

E, quanto maior a pontuação de ansiedade, maior o risco de desenvolver doença cardíaca.

'É natural se preocupar
 Em artigo para o "BMJ Open", os pesquisadores, liderados pelo médico Line Iden Berge, afirmam:

"(Nossa pesquisa) indica ainda que o comportamento padrão das pessoas preocupadas demais com a saúde, que monitoram os sintomas e fazem check-ups frequentes, não reduz o risco (de doença coronárias)".

"Os resultados ilustram o dilema vivido pelos médicos entre tranquilizar o paciente dizendo que os sintomas físicos de ansiedade não significam doença cardíaca, e, ao mesmo tempo, de saber que a ansiedade, com o tempo, pode estar associada ao aumento do risco de doenças coronarianas".

Para Emily Reeve, enfermeira cardíaca da British Heart Foundation, "é natural que as pessoas se preocupem se elas acham que podem estar doentes".

"Mas a ansiedade e o estresse podem desencadear hábitos não saudáveis, como fumar ou comer mal, o que coloca você em maior risco de ter uma doença cardíaca.

"Embora não saibamos se as pessoas preocupadas em excesso estão se colocando na mira de um ataque cardíaco, é claro que a redução da ansiedade desnecessária pode trazer benefícios para a saúde".

"Se você está sofrendo de ansiedade com a saúde, deve falar com o seu médico", recomenda.

G1

Ministério da Saúde debate gerenciamento e uso de medicamentos no SUS

Mais de 250 profissionais, estudantes e pesquisadores da saúde pública lotaram o auditório do Hospital Federal dos Servidores do Estado (HFSE) nesta última terça-feira (08/11), onde debateram questões relacionadas à segurança no gerenciamento e uso de medicamentos nas unidades do Sistema Único de Saúde (SUS), bem como as novidades e desafios que a academia científica tem realizado acerca do tema

Oriundos dos Hospitais Federais (Andaraí, Bonsucesso, Cardoso Fontes, Ipanema, Lagoa e Servidores do Estado) e Institutos Nacionais (de Cardiologia, do Câncer, e de Traumatologia e Ortopedia) do Ministério da Saúde (MS) no Rio de Janeiro e de instituições de ensino públicas e privadas, os presentes participaram do “V Seminário da Qualidade e Segurança do Paciente - Segurança no gerenciamento e uso de medicamento”, um evento realizado pela Câmara Técnica da Qualidade e Segurança do Paciente (CTQS) do Departamento de Gestão Hospitalar (DGH).

Durante a mesa de abertura, a coordenadora da CTQS e representante da Coordenação Geral de Assistência Hospitalar (CGA) do DGH, Adélia Quadros, destacou o trabalho da Câmara que está completando cinco anos de atuação em 2016, na implantação do Programa Nacional de Segurança do Paciente na rede federal, e na divulgação e fortalecimento das metas internacionais de segurança do paciente estabelecidas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) - uma delas, justamente, o cuidado no gerenciamento e uso de medicamentos.

Para a coordenadora da Câmara Técnica da Qualidade e Segurança das Unidades Federais do RJ/DGH, Adélia Quadros, o evento tem com objetivo sensibilizar os profissionais para a segurança do paciente, mas principalmente, estimular a produção científica como mais uma forma de compartilhar esse conhecimento.

“Esse foi sempre um esforço da CTQS no sentido de qualificar e premiar os nossos profissionais. Estamos enfatizando e valorizando a produção científica nos nossos hospitais, tanto que este ano, os profissionais puderam contar também com um curso de metodologia científica”, destacou.

A presidente da CTQS, Cláudia Regadas, destacou que este será o primeiro ano em que os trabalhos registrados, através de publicação dos anais desse evento, pela editora do Ministério da Saúde. De acordo com ela, desde o primeiro seminário, em 2012, houve um incentivo para que esses profissionais pudessem apresentar a sua produção científica através de pôsteres, banners e relatos de experiências.

“O resultado veio através dos 60 trabalhos inscritos, com focos e formatos bem diferentes. Alguns da forma tradicional e outros em forma de relatos de experiências. Isso é também um ótimo exercício de transformar a prática do dia a dia em um material científico”, explicou Cláudia.

Participantes reforçam importância das metas de segurança para diminuir riscos
A residente do primeiro ano em Farmácia do Hospital Federal da Lagoa – (HFL), Jackeline dos Santos, 24 anos, ponderou que o evento permitiu aos profissionais conhecer as metas para diminuir os riscos dos eventos adversos provocados pela equipe. “O seminário trouxe a possibilidade de começarmos a criar os protocolos dentro do hospital. Estamos descobrindo os focos que precisam ser observados. Por exemplo: o cansaço do profissional, a falta de atenção. Isso é a garantia do nosso comprometimento com o atendimento de assistência.

 Outro registro importante do evento foi a participação de 19 alunos da turma do Curso de Auditoria em Saúde como Ferramenta de Gestão, da Escola de Saúde do Exercito, todos militares, médicos, dentistas e farmacêuticos, que acompanharam atentos às apresentações. Entre elas, a médica militar, Jacqueline Oliveira Braga.

“O tema tem tudo a ver com o curso que estamos fazendo. Auditoria em saúde tem como objetivo maior, melhorar a qualidade do atendimento ao paciente. A relação entre a proposta do curso e o evento se dá mediante a necessidade de promover ações que resultem em melhorias na área de saúde, como a revisão dos prontuários, a constatação de eventos adversos etc. Tudo isso está relacionado à segurança do paciente”, concluiu Jacqueline.

Programação – o seminário contou com a mesa redonda “erros de medicação” que reuniu Flávia Almeida, do INC, abordando a temática “farmácia clínica e prevenção dos erros de medicação”; e Renata Flavia Abreu (Unirio), que falou sobre “preparo e administração dos medicamentos”. Contou ainda com a participação dos profissionais do HFSE, Ana Paula Antunes, que fez a mediação, e Valter Maluly, que abordou a temática “segurança na prescrição”.

Realizado em paralelo ao “IV Fórum de Segurança do Paciente do HFSE” e o “II Seminário de Erros de Medicação”, o encontro proporcionou ainda a apresentação de trabalhos selecionados, cuja moderação foi realizada pela presidente da CTQS, Cláudia Regadas.

Além disso, o seminário ofereceu o painel interativo “Segurança no Gerenciamento e Uso de medicamentos”, com a participação de especialistas multiprofissionais, como a farmacêutica do INC, Michele Mytsuiasu, o médico do HFSE Márcio Guimarães e a enfermeira Liliana Amaral do HFB. O painel foi moderado por Priscila Marieto (Inca), Cássio Pessanha (HFCF) e Valéria Almeida (INC). Encerrando o evento, a programação contou com debates e sorteio de brindes.

Texto e Fotos: Aluízio de Azevedo e Geiza Araújo / Ascom/MS/RJ