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terça-feira, 4 de agosto de 2015

Todas as doenças podem ser tratadas com homeopatia? Veja mitos e verdades

Ame-a ou deixa-a. Este é o sentimento que a homeopatia causa tanto em especialistas quanto em pacientes
 
Reconhecida desde 1980 pelo Conselho Federal de Medicina (Resolução CFM 1000/80), a especialidade médica já é aplicada na rede pública de saúde desde 2006, mas aparece, geralmente, como matéria optativa em poucas universidades brasileiras, como a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP).
 
O tipo e a gravidade da doença limitam o uso da homeopatia, sendo mais indicada para um tratamento complementar e coadjuvante, já que os efeitos colaterais são muito baixos, quando o medicamento é bem prescrito. "O grande papel da homeopatia é junto a doenças crônicas, como alergias e enxaqueca. Na homeopatia, a gente [médicos] consegue modular os aspectos emocionais, que não são tarjados como doenças, mas que interferem na manifestação das doenças, como nas alergias", diz o médico e pesquisador homeopata, pós-doutorando da FMUSP Marcus Zulian Teixeira.
 
Criada em 1796 pelo médico alemão Samuel Hahnemann (1755-1843), a homeopatia é fundamentada no princípio dos semelhantes, isto é, o tratamento da homeopatia, tanto para sintomas físicos quanto para psicológicos, é feito por meio de substâncias que causam sintomas "semelhantes" aos da doença que será tratada e estimulam o organismo a reagir contra a enfermidade.
 
Estas substâncias provocam uma série de sintomas físicos e mentais no paciente, por isso, segundo Teixeira, o médico precisa ter o conhecimento dos sinais e sintomas objetivos e subjetivos do paciente, a fim de encontrar um medicamento individualizado e que leve em consideração a totalidade de sintomas.
 
Placebo?
Um estudo de 2014 publicado na "Systematic Reviews" analisou o resultado das cinco últimas revisões de ensaios clínicos sobre a eficácia da homeopatia: quatro chegaram à conclusão de que ela tem um pequeno efeito que difere do placebo. E a mais recente concluiu que as evidências não indicam compatibilidade entre os medicamentos homeopatas e placebos.
 
A tendência atual da medicina é buscar tratamentos personalizados para cada indivíduo, como dietas e remédios feitos com base no DNA do paciente. E essa é exatamente a base da homeopatia, onde o remédio para ter efeito deve ser feito para a pessoa, pensando em como o paciente é e como reage a situações cotidianas, ao meio e às pessoas que o cercam.
 
O que falta, de acordo com especialistas, são pesquisas de alta qualidade em homeopatia individualizada, que possa permitir uma interpretação mais clara sobre a eficácia da especialidade e um debate científico mais informado.
 
Não há contraindicações para usar homeopatia. MITO
O tratamento da homeopatia é feito por meio de substâncias que causam sintomas "semelhantes" aos da doença que será tratada e estimulam o organismo a reagir contra a enfermidade. A potência do remédio, conhecida como dinamização, pode provocar reações adversas no paciente, por isso, o presidente da Associação Paulista de Homeopatia, Sérgio Eiji Furuta, alerta para o risco de uma automedicação.
 
Pode consumir álcool durante um tratamento com homeopatia. VERDADE
O consumo de álcool moderado não atrapalha o tratamento homeopata, diz Sérgio Eiji Furuta, presidente da Associação Paulista de Homeopatia.
 
Não é preciso receita médica para usar homeopatia. MITO
A homeopatia é uma especialidade médica reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina desde 1980, logo necessita e exige prescrição para compra de medicamentos, alerta o médico e pesquisador homeopata, pós-doutorando da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) Marcus Zulian Teixeira. "O remédio tem que ser individualizado segundo o conjunto de aspectos do indivíduo, ou seja, dez indivíduos com a mesma doença teoricamente irão receber dez medicamentos únicos. Isto acontece porque além da doença se manifestar com aspectos diferentes em cada um deles, cada pessoa tem diversos aspectos emocionais, psíquicos, alimentares, entre outros, que mexem com o sistema imunológico de forma particular", explica.
 
Homeopatia não deve ser usada com remédios tradicionais. MITO
Segundo Marcus Zulian Teixeira, médico e pesquisador homeopata, pós-doutorando da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), desde que os remédios tradicionais tenham uma prescrição correta, levando em contra os efeitos colaterais, ambas as medicações (homeopata e alopata) podem ser tomadas de forma simultânea, sem ter interferência nas ações. "Uma pessoa da terceira idade que esteja tomando um remédio para pressão arterial ou um diabético que toma medicamentos não deve deixa de tomar as drogas, mas pode fazer um tratamento homeopata concomitantemente", exemplifica Sérgio Eiji Furuta, presidente da Associação Paulista de Homeopatia.
 
Homeopatia causa reação alérgica. VERDADE
Toda substância pode causar efeito colateral, e na homeopatia não é diferente. Levando em conta a individualidade do paciente e a totalidade dos sintomas, se o medicamento homeopata não for bem prescrito, ele pode ter reações adversas, como a alérgica.
 
Todas as doenças podem ser tratadas com homeopatia. MITO
O tipo e a gravidade da doença limitam o uso da homeopatia, sendo mais indicada para um tratamento complementar e coadjuvante, já que os efeitos colaterais são muito baixos, caso o medicamento seja bem prescrito. "A homeopatia não tem nenhum medicamento que possa substituir a insulina de um paciente diabético, por exemplo, então nem todas as doenças são tratáveis pela especialidade", exemplifica Sérgio Eiji Furuta, presidente da Associação Paulista de Homeopatia.
 
Remédio homeopata potencializa o tratamento com remédios tradicionais. PARCIALMENTE VERDADE
Ambos os remédios, alopata e homeopata, são prescritos de forma diferente, não se excluem e podem agir de forma complementar ou coadjuvante. O paciente tem uma renite alérgica forte, por exemplo, e precisa tomar um antialérgico, conforme ele vai tomando de forma simultânea um remédio homeopático, cada vez menos ele melhorará mais. De acordo com Sérgio Eiji Furuta, presidente da Associação Paulista de Homeopatia, "o tratamento homeopático pode ser associado beneficamente ao tratamento convencional".
 
Homeopatia é a mesma coisa que placebo. MITO
O "efeito placebo", que, de maneira geral, são comprimidos que não têm nenhum princípio ativo, mas produz no paciente a convicção de ter recebido um tratamento, é observado, segundo Marcus Zulian Teixeira, em qualquer remédio. Uma revisão de cinco estudos feita em 2014 concluiu que a homeopatia tinha resultados um pouco maiores do que do placebo para algumas doenças específicas.
 
Homeopatia cura as doenças. PARCIALMENTE VERDADE
"O grande papel da homeopatia é junto a doenças crônicas, como alergia e enxaqueca. Com um bom remédio prescrito com base nos aspectos individuais e levando em conta a totalidade de sintomas físicos e psíquicos, a homeopatia consegue mudar o curso natural da doença para uma melhora, levando em conta o tempo de tratamento e o tipo da doença", explica Marcus Zulian Teixeira, médico e pesquisador homeopata, pós-doutorando da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP).
 
Se tocar com as mãos o remédio de homeopatia, ele perde o efeito. MITO
Ao contrário do que muita gente acredita, o toque das mãos não interfere no efeito do remédio homeopata. Este deve receber os mesmos cuidados de uma droga tradicional, como não ser exposto ao calor excessivo para não desnaturar as proteínas presentes e, consequentemente, perder a atividade biológica.
 
UOL

Governo vai lançar plano nacional de prevenção de acidentes de trânsito

O governo federal vai implementar um plano de ação nacional para o enfrentamento das mortes em decorrência da violência no trânsito
 
Segundo o Sistema de Informação Hospitalar, foram registradas, em 2013, mais de 169,7 mil internações por conta de acidentes no trânsito, sendo as motos responsáveis por 88 mil delas – com 12 mil mortes. Em cinco anos, de 2008 a 2013, o número de internações em decorrência de acidentes de motos cresceu 114%.
 
A proposta do plano Segurança no Trânsito em Defesa da Vida, que envolve sete ministérios, foi apresentada aos governadores durante encontro promovido em Brasília, na última quinta-feira (30). “Nas urgências, nos hospitais de traumas e nas unidades de reabilitação, estamos acompanhando uma crescente demanda de pacientes vítimas de acidentes de motos. Precisamos de uma ação nacional, envolvendo diversos setores da sociedade e do poder público, para barrar essa epidemia de mortes e traumas”, afirmou o ministro da Saúde, Arthur Chioro.
 
O eixo Gestão prevê a articulação integrada entre as três esferas de governo. Sobre Informação, a proposta é promover a integração das informações de trânsito dos vários órgãos responsáveis. As medidas abrangem, ainda, projetos de lei como o que permitiria a aquisição de motos somente por condutores habilitados. Já no eixo Educação, o objetivo é ampliar a capacitação dos agentes de trânsito.
 
O plano está sendo elaborado conjuntamente pelos ministérios da Saúde, Cidades, Justiça, Trabalho e Emprego, Previdência, Educação e Transportes – coordenados pela Casa Civil. A proposta foi apresentada aos governadores com o objetivo de destacar a necessidade da participação dos estados na coordenação de ações e mobilização intersetorial e da sociedade para reduzir a violência no trânsito.
 
“No eixo Fiscalização, a ideia é intensificar as ações, priorizando aspectos como a mistura álcool/direção, excesso de velocidade, uso dos equipamentos obrigatórios de segurança, habilitação válida e condição segura do veículo”, explicou o ministro.
 
Álcool e direção
De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), realizada em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2014, 24% dos motoristas do Brasil dizem associar ou já ter associado álcool e direção. Ainda segundo a PNS, metade da população (49,8%) admite nem sempre usar o cinto de segurança no banco de trás dos veículos. Nas áreas rurais do País, 41% afirmam que nem sempre usam capacete quando estão na garupa das motos.
 
As medidas devem abordar, ainda, Comunicação, Participação Social, Infraestrutura, Novas Tecnologias e Atenção às Vítimas. “Para a Atenção às Vítimas, daremos destaque à importância do SAMU e das UPAs, para garantir o resgate de urgência e o serviço de atendimento às vítimas de trânsito”, ressaltou Chioro.
 
Os gastos do SUS com acidentes de motos foram de R$ 112,9 milhões – uma fatia de mais de 49% do total investido para tratar sequelas de acidentes de trânsito. De acordo com os dados mais recentes do Sistema de Informações de Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde, 42,2 mil pessoas morreram no Brasil por conta de acidentes de trânsito em 2013, sendo 12.040 envolvendo motocicletas.
 
Conferência Global
A segurança no trânsito será debatida este ano em Brasília por 1,5 mil participantes de cerca de 150 países membros da Organização das Nações Unidas (ONU) na “2ª Conferência Global de Alto Nível sobre Segurança no Trânsito – Tempo de Resultados”. O evento, marcado para os dias 18 e 19 de novembro, terá entre seus objetivos avaliar o andamento das iniciativas para redução das mortes e lesões ocorridas no trânsito em todo o mundo em meio à Década de Ação para a Segurança no Trânsito 2011-2020.
 
O Brasil, que se voluntariou para sediar o evento, é um dos Amigos da Década – um grupo informal comprometido com o sucesso do plano global cuja meta é salvar cinco milhões de vidas no planeta até 2020 por meio da adoção, pelos países comprometidos, de políticas, programas, ações e legislações que aumentem a segurança nas vias especialmente para pedestres, ciclistas e motociclistas, que correspondem à metade das estatísticas de mortes no trânsito, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).
 
Blog da Saúde

Medicamentos inovadores: como reduzir custos com P&D?

Por Luis Lopez Martinez*
 
O setor farmacêutico possui o desafio de manter um fluxo constante de inovações e dificuldades em registrar e lançar novos produtos. Estima-se uma redução da receita do setor em até 40% até o ano de 2015, devido à expiração de patentes e o lançamento de produtos genéricos (1)
 
No passado, os medicamentos eram produzidos com base na química e os chamados blockbusters poderiam facilmente atingir vendas anuais superiores a US$10 bilhões. Era a geração de medicamentos que tratavam problemas comuns de grandes populações e permitiam o tratamento em massa. O desenvolvimento destes medicamentos levava em média 10 anos de pesquisa e consumia menos recursos financeiros. Estes medicamentos possuíam estruturas mais simples e consequentemente, a partir da queda de sua patente, eram facilmente copiáveis pelos genéricos. Com isso, passavam a ter menor valor agregado.
 
Atualmente a maioria dos medicamentos inovadores é produzida com base na biologia, farmacogenética ou nanotecnologia. Com o aumento da expectativa de vida e o com o envelhecimento da população, buscam-se terapias especializadas ou personalizadas, principalmente com foco em doenças crônicas como câncer, Diabetes e Alzheimer. São medicamentos mais complexos, podendo um anticorpo possuir mais de 25 mil átomos. A indústria farmacêutica investe em média um total de quinze anos de pesquisa para obter a aprovação de um medicamento inovador. De cada 5.000 moléculas de fármacos promissores, apenas cinco entram na fase de pesquisa em humanos e desses cinco, apenas um é aprovado como medicamento para uso comercial.
 
O valor médio para lançar um novo medicamento no mercado, considerando todas as fases de pesquisa, é ao redor de 1 bilhão de dólares, sendo a maior parte desse valor empregado nas pesquisas clínicas (2).
 
Cerca de 80% dos estudos clínicos com novos fármacos não terminam no tempo previsto e 20% deles atrasam 6 meses ou mais (3). Antecipar o lançamento de um novo medicamento em um dia pode significar para a indústria farmacêutica US$ 1 milhão de faturamento/dia (3).
 
Se por um lado estes medicamentos inovadores possuem alto valor agregado, podendo o ciclo de tratamento completo de um oncológico chegar a US$ 50 mil, e sua complexidade dificultar a produção de biogenéricos, por outro lado, a alta complexidade do processo de desenvolvimento destes produtos gera uma alta taxa de insucesso em comprovar sua eficácia e segurança.
 
Consequentemente, as exigências regulatórias para a aprovação e registro destes produtos aumentaram. Portanto, devido a maior complexidade do próprio processo de P&D, rigorosas exigências regulatórias e a pressão dos pagadores (públicos e privados) por mais provas de eficácia e segurança, o desenvolvimento de produtos inovadores torna-se cada vez mais um investimento de alto risco com longo prazo de retorno.
 
Seja devido à pressão dos acionistas ou pelas linhas específicas de fomento à pesquisa, cada vez mais os recursos financeiros destinados ao P&D serão focados para projetos de elevada possibilidade de sucesso. A compra de empresas de biotecnologia, visando a transferência ou compra de tecnologia já desenvolvida, tem sido uma estratégia de algumas indústrias no intuito de encurtar este processo de inovação.
 
Outras empresas buscam nos estudos incrementais com medicamentos já existentes, uma alternativa de curto prazo para garantir seu faturamento enquanto a venda de produtos inovadores não consegue atingir o grande faturamento dos antigos blockbusters. Devido ao alto custo e risco do negócio, cada vez mais os projetos serão de alta complexidade e maior valor agregado, porem em menor quantidade.
 
Com a necessidade de protocolos de pesquisa cada vez mais longos e complexos e populações de estudo maiores, o processo de controle de qualidade e monitoria durante a condução do estudo também se adaptará as novas necessidades para a viabilidade financeira dos projetos. Alternativas como monitoria por amostragem e monitoria à distância utilizando e-CRF e outras soluções de TI já são amplamente utilizadas em alguns casos. O impacto do uso de 100% de SDV (source data verification) e sua relação com a garantia de qualidade dos dados vem sendo discutido (4). A adaptação do plano de monitoria durante o decorrer do estudo com diferentes % de SDV para diferentes centros e de acordo com os achados iniciais de monitoria ou monitoria focada nos pontos mais críticos e problemáticos do estudo ou do produto teste já são objeto de discussão até mesmo por parte das agências regulatórias (5).
 
Além do foco em moléculas promissoras, encontrar alternativas para a redução de custos na condução dos estudos clínicos tornou-se vital para a viabilidade financeira dos projetos. Estudos que antecedam os projetos principais, como por exemplo, estudos epidemiológicos que caracterizem diferentes populações locais, podem gerar mais informações importantes para o planejamento e desenvolvimento de um protocolo de estudo adequado para as questões pretendidas. Muitas vezes o que a primeira vista possa parecer um gasto inicial desnecessário, poderá representar uma economia maior no processo como um todo, diminuindo os insucessos dos grandes estudos, cuja população de estudo estará melhor caracterizada.
 
Outra alternativa na geração de mais informação necessária ao melhor planejamento dos grandes estudos clínicos são os estudos observacionais. Estes retratos podem gerar informações muito úteis na caracterização de doenças e seus diferentes tipos de tratamento, bem como, dados sobre a adesão ao tratamento, tanto por parte dos pacientes como dos prescritores, mapeando assim o potencial local de um determinado produto e de seus concorrentes. Estudos de farmacovigilância e farmacoeconomia serão cada vez mais exigidos pelas agências reguladoras e pagadores, pois dados de segurança e custo-benefício de uma determinada terapêutica são indispensáveis para sua aceitação.
 
As propostas de iniciativa de investigadores (Investigator-driven study – IDS) e as parcerias entre a indústria e a universidade serão cada vez mais constantes, pois além de compor a gestão de relacionamento com centros de pesquisa, líderes de opinião e sociedades médicas, tais projetos podem ser uma das fontes de novas moléculas e de inovação. Se por um lado a indústria necessita desta aproximação tanto por questões de tecnologias, patentes ou de marketing junto aos prescritores e formadores de opinião, por outro lado a universidade também poderá se beneficiar da experiência, profissionalização e boas práticas dos processos em larga escala por parte da indústria. Sem esta parceria é muito difícil que uma molécula, mesmo que nova e promissora, saia da bancada da universidade antes da expiração de sua patente.
 
Portanto, maior atenção e investimentos nas fases iniciais de planejamento, viabilidade e gestão do projeto reduzem os custos extras, desperdício de recursos físicos e humanos, atrasos e insucessos na condução dos estudos clínicos. Neste aspecto, a realização de estudos epidemiológicos, observacionais e a caracterização de doenças e populações locais serão pré-requisitos fundamentais para o P&D de medicamentos inovadores focados em farmacogenética, doenças crônicas e medicina personalizada.
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. PwC/Sanford C. Bernstein.

2. SINGH,M.; DELHI,N. Should Clinical Trials Be Outsourced?. TIME, 2008.

3. KILPATRICK, F. Rev Up Patient Recruitment, 2002.

4. The High Cost and Questionable Impact of 100% SDV. A CenterWatch Publication: volume 18, Issue 02; February 2011 (http://www.centerwatch.com).

 5. Guidance for Industry Oversight of Clinical Investigations — A Risk-Based Approach to Monitoring. U.S. Department of Health and Human Services; Food and Drug Administration; Center for Drug Evaluation and Research (CDER); Center for Biologics Evaluation and Research (CBER) and Center for Devices and Radiological Health (CDRH). August 2011.
 
*Autor: Dr. Luis Lopez Martinez – Professor da Fundação Instituto de Administração (FIA). Gerente de Pesquisa do Núcleo de Apoio à Pesquisa Clínica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP).
 
Saúde Business

Exercícios físicos reduzem sintomas da asma, conclui estudo

Por muitos anos, pacientes com asma recebiam de seus médicos a orientação de evitar exercícios físicos e assim reduzir as chances do broncoespasmo, o conhecido fechamento das vias aéreas que gera dificuldades de respirar. No entanto, estudo da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) mostra que os sintomas da asma diminuem em até 70% quando o paciente pratica exercícios aeróbicos
 
“Pode dançar, caminhar na praia, andar de bicicleta, o que mais agradar à pessoa”, destacou o fisioterapeuta e professor da USP Celso Carvalho, que coordenou a pesquisa.
 
O estudo testou a reação de 58 pacientes asmáticos, divididos entre os que se exercitavam por 35 minutos em esteira, duas vezes por semana, e um grupo que não fazia atividade física. “Avaliamos a hiperresponsividade brônquica, que é quando o asmático tem as vias aéreas irritadas pelo ácaro, pó, poeira”, explicou o professor. O experimento durou três meses.
 
Os cientistas observaram que era necessária quantidade maior de alérgenos (pó, poeira, ácaro) para fazer a via aérea fechar. A conclusão do estudo foi que a inflamação diminuiu significativamente entre aqueles que praticaram exercícios. “Isso sugere de maneira bem importante que o exercício é anti-inflamatório e melhora a qualidade de vida do paciente”, ressaltou.
 
A prática de atividades físicas também reduziu pela metade a ida ao pronto-socorro, que costuma ocorrer durante crises de asma, mesmo em pacientes que usam medicação adequadamente. De acordo com Carvalho, todos os participantes do estudo tomavam remédio para asma, uma condição que também deve ser observada pelos asmáticos interessados em iniciar a prática de exercícios.
 
Segundo Celso Carvalho, o broncoespasmo pode acontecer no momento da atividade física de alta intensidade, por isso o acompanhamento médico e o uso de medicação são essenciais.
 
Agência Brasil

Anvisa proíbe venda e uso de composto de fibras naturais e farinha de linhaça

Resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicada ontem (3) no Diário Oficial da União proíbe a fabricação, a distribuição e a comercialização dos lotes do produto Composto de Fibras Naturais Psyllium e Farinha de Linhaça Dourada, da marca Belly Shape, fabricado por PHZ Indústria e Comércio de Produtos Naturais Ltda.
 
De acordo com o texto, laudo emitido pelo Laboratório Central Noel Nutels apresentou resultado insatisfatório por ausência de registro sanitário na Anvisa e rotulagem em desacordo com a legislação.
 
A resolução entrou em vigor ontem.
 
A Agência Brasil não conseguiu contato com a empresa PHZ Indústria e Comércio de Produtos Naturais Ltda. A empresa não disponibiliza telefone ou e-mail no site.
 
Agência Brasil

Governo federal promete ampliar tratamento preventivo contra doenças tropicais

Embora elogiado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil tem um longo caminho a percorrer caso queira alcançar o compromisso de controlar doenças tropicais negligenciadas (DTNs)
 
Entre os principais desafios estão esquistossomose e hanseníase, cujos indicadores são piores do que os da meta proposta para o país.
 
Estimativas indicam haver cerca de 7 milhões de pessoas contaminadas por esquistossomose. No caso da hanseníase, os números estão em queda, mas alguns Estados apresentam dados preocupantes, como Mato Grosso, com 9,03 casos a cada 10 mil habitantes; e Maranhão, com 5,29. O ideal é prevalência inferior a 1.
 
"Acho possível acabar com o problema no prazo determinado", afirma o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Antonio Carlos Nardi. Para tentar reduzir novos casos de hanseníase, a pasta promete ampliar a oferta de medicamentos de uso preventivo para aqueles que têm contato não tão próximo com pacientes. Hoje, o uso da quimioprofilaxia preventiva, como é chamada, é para pessoas consideradas mais próximas, como parentes ou habitantes da mesma casa. "É uma maneira de se reduzir a cadeia de transmissão", diz Nardi.
 
A localização de casos de hanseníase em São Cristóvão, em Sergipe, mostra que a estratégia pode ter bons resultados. Em um mesmo bairro, a reportagem encontrou três doentes. "Nunca conheci ninguém com o problema", conta a dona de casa Maria da Gloria. Ela diz que procurou o médico há cinco meses, após apresentar manchas nos braços, que coçavam. Seus cinco filhos fizeram tratamento preventivo. "Fiquei assustada, mas agora, passada a primeira fase do tratamento, estou mais tranquila."
 
Nardi reconhece que investimentos na área ambiental são importantes para o controle de parte das DTNs e diz que a tarefa vem sendo cumprida, com as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). São Cristóvão, porém, está longe de ter condições mínimas de saneamento. Não é raro ver esgoto despejado em córregos que desembocam em lagos em que crianças brincam. Bicas são compartilhadas para lavar roupas, tomar banho ou encher vasilhas para beber. Andreia dos Santos, de 34 anos, que já teve esquistossomose e outras parasitoses, usa essa água, pois em casa costuma faltar.
 
Márcia de Souza Lima, uma das autoras do estudo da OMS, destaca dois resultados importantes do Brasil: a redução dos casos de filariose e a contenção da oncocercose, parasitose sem novos casos desde 2012.
 
As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".

Anvisa determina suspensão do produto Carrefour Álcool Gel Lavanda

A Anvisa determinou a suspensão da distribuição, comercialização e uso do lote 10, do produto Carrefour Álcool Gel Lavanda
 
O item, que é fabricado pela empresa Luar Mágico Indústria e Comércio de Produtos de Limpeza Ltda-ME, apresentou resultados insatisfatórios nos ensaios de rotulagem primária e teor de álcool etílico no lote citado conforme o Laudo de Análise Fiscal n° 3-31/2014, emitido pelo Laboratório Central de Saúde Pública do DF.
 
Além da suspensão a Anvisa determinou que a empresa deve promover o recolhimento do estoque existente no mercado.
 
A medida está na Resolução 2.173/2015 publicada nesta segunda- feira (03/08) no Diário Oficial da União (DOU).
 
ANVISA

Anvisa suspende lote de medicamentos do Laboratório Vitamed

A Anvisa determinou a suspensão dos medicamentos efervescentes Biofor C, Biovita Zinco, Biovita C 1g, Biovita C 2g, fabricados entre os meses de janeiro e dezembro de 2014, , válidos por 24 meses, entre janeiro e dezembro de 2016
 
A determinação ocorreu porque o fabricante, Laboratório Farmacêutico Vitamed Ltda., confirmou desvio de qualidade nas embalagens dos medicamentos, o que causou alteração no aspecto e efervescência.
 
Com isso, a Anvisa decidiu ainda que a empresa deve promover o recolhimento do estoque existente no mercado, relativo aos lotes dos medicamentos citados.
 
A medida está na Resolução 2.170/2015 publicada nesta segunda- feira (03/08) no Diário Oficial da União (DOU).
 
ANVISA

Consumo excessivo de medicamentos afeta a saúde bucal

consumo medicamento 31077Grande parte dessas drogas tem efeitos colaterais que podem afetar essa região

À medida que as pessoas envelhecem, aumenta o número de medicamentos ingeridos diariamente. Quando a idade avança, maiores são as chances de adoecer, novas doenças são descobertas, e isto, faz com que o consumo de medicamentos aumente proporcionalmente entre os indivíduos nas diferentes idades.

Grande parte dessas drogas manifestam efeitos colaterais que podem afetar a saúde bucal. Um dos exemplos mais comuns é a xerostomia (secura da boca), associada a diferentes classes de medicamentos.

O cirurgião dentista da Clínica SM Oral Care, Dr.Luís Marcelo Sêneda, alerta: “a secura da boca favorece alterações das funções fonéticas e de deglutição, bem como processos inflamatórios da mucosa bucal e facilita a instalação de infecções oportunistas”. Além disso, é sinal de que algo no organismo não funciona bem e precisa ser corrigido.

A produção de saliva é importante para a prevenção de cárie, do mau hálito e para a limpeza da cavidade oral, entre outras. Se a secura na boca for um problema crônico, a prevenção bucal é o melhor caminho. Segundo Luís Marcelo, a prevenção deve ser considerada sempre quando pensamos em saúde.
 
Revista Incorporativa / Guia da Pharmacia

Suspenso lote do medicamento Aldosterin 100mg comprimido

O lote D713005 do medicamento Espirinolactona 100mg, comprimido, da marca Aldosterin com validade até abril de 2016, foi suspenso nesta segunda-feira
 
O medicamento fabricado por Aspen Pharma Indústria Farmacêutica Ltda. é usado no tratamento de hipertensão.
 
A determinação ocorreu considerando os Laudos de Análise Fiscal de amostra única 2821.00/2014, 2822.00/2014, 2820.00/2014, 2819.00/2014 e 2818.00/2014, emitidos pelo Instituto Adolfo Lutz.
 
Os Laudos apresentaram resultados insatisfatórios nos ensaios de descrição da amostra e aspecto, foi constatada presença de vários comprimidos com pontos escuros para o lote citado.
 
A Anvisa determinou que a empresa deve promover o recolhimento do estoque existente no mercado relativo ao A medida está na Resolução 2.172/2015 publicada nesta segunda- feira (03/08) no Diário Oficial da União (DOU).
 
ANVISA

Equipos de infusão da empresa Compojet Biomédica estão suspensos

A Anvisa suspendeu a distribuição, comercialização, divulgação e uso dos Equipos de infusão gravitacional e para uso com bomba de infusão fabricados pela empresa Compojet Biomédica Ltda. discriminados na tabela abaixo
 
Os produtos não obedecem as normas técnicas da ABNT NBR ISO 8536-4:2011 e ABNT NBR ISO 8536-8:2012 que estabelece que os equipos devem possuir filtros de fluido, o que determinou a decisão.
 
Com isso a empresa deve promover o recolhimento do estoque existente no mercado.
 
A medida está na Resolução 2.174/2015 publicada nesta segunda- feira (03/08) no Diário Oficial da União (DOU).
 
Modelos comerciais
EQUIPO MACRO STANDARD RÍGIDO;
EQUIPO MACRO ELASTÔMERO RÍGIDO;
EQUIPO MACRO INJETOR LATERAL RÍGIDO;
EQUIPO MACRO STANDARD FLEXÍVEL;
EQUIPO MACRO ELASTÔMERO FLEXÍVEL;
EQUIPO MACRO INJETOR LATERAL ; FLEXÍVEL;
EQUIPO MACRO LUER SLIP; EQUIPO MACRO SPIN LOCK;
EQUIPO MACRO FILTRO AR LUER SLIP; EQUIPO MACRO FILTRO AR SPIN LOCK;
EQUIPO MACRO INJ. LATERAL LUER SLIP; EQUIPO MACRO INJETOR LATERAL SPIN LOCK;
EQUIPO MACRO INJETOR LATERAL FILTRO AR LUER SLIP;
EQUIPO MACRO INJETOR LATERAL FILTRO AR SPIN LOCK;
EQUIPO MACRO INJETOR LATERAL FILTRO DE AR PROTETOR C/ FILTRO LUER SLIP;
EQUIPO MACRO INJETOR LATERLA VALVULADO LUER SLIP; EQUIPO MACRO INJETOR LATERAL VAVULADO SPIN LOCK;
EQUIPO MACRO FILTRO DE AR INJETOR LATERAL VALVULADO LUER SLIP;
EQUIPO MACRO FILTRO DE AR INJETOR LATERAL VALVULADO SPIN LOCK;
EQUIPO MACRO C/ INJETOR C/ PROTETOR C/ FILTRO SPIN LOCK;
EQUIPO MACRO C/ INJETOR C/ PROTETOR C/ FILTRO LUER SLIP;
EQUIPO MICRO STANDARD RÍGIDO; EQUIPO MICRO ELASTÔMERO RIGIDO;
EQUIPO MICRO INJETOR LATERAL RÍGIDO;
EQUIPO MICRO STANDARD FLÉXÍVEL;
EQUIPO MICRO ELASTÔMERO FLEXÍVEL;
EQUIPO MICRO INJETOR LATERAL FLEXÍVEL;
EQUIPO MICRO LUER SLIP;
EQUIPO MICRO SPIN LOCK;
EQUIPO MICRO FILTRO AR LUER SLIP;
EQUIPO MICRO FILTRO AR SPIN LOCK;
EQUIPO MICRO INJETOR LATERAL LUER SLIP;
EQUIPO MICRO INJETOR LATERAL SPIN LOCK;
EQUIPO MICRO INJETOR LATERAL FILTRO AR LUER SLIP;
EQUIPO MICRO INJETOR LATERAL FILTRO AR SPIN LOCK;
EQUIPO MICRO INJETOR LATERAL FILTRO AR PROTETOR C/ FILTRO SPIN LOCK;
EQUIPO MICRO INJETOR LATERAL FILTRO DE AR PROTETOR C/ FILTRO LUER SLIP;
EQUIPO MICRO INJETOR LATERAL VALVULADO LUER SLIP;
 EQUIPO MICRO INJETOR LATERAL VAVULADO SPIN LOCK;
EQUIPO MICRO FILTRO DE AR INJETOR LATERAL VALVULADO LUER SLIP;
EQUIPO MICRO FILTRO DE AR INJETOR LATERAL VALVULADO SPIN LOCK;
EQUIPO MICRO C/ INJETOR C/ PROTETOR C/ FILTRO SPIN LOCK;
EQUIPO MICRO C/ INJETOR C/ PROTETOR C/ FILTRO LUER SLIP;
EQUIPO MACRO INJETOR LATERAL FILTRO AR PROTETOR C/ FILTRO SPIN LOCK.

ANVISA

SDS Detox da marca Nutrition tem publicidade suspensa pela Anvisa

O produto SDS Detox da marca Nutrition teve a publicidade suspensa em todos os veículos de divulgação
 
Fabricado por Shopping da Saúde, o item está registrado na Anvisa como alimento, e faz alegações com propriedades terapêuticas e de saúde, não permitidas pela Agência.
 
Entre as irregularidades das propagandas estão indicações para “facilitar o processo de emagrecimento, melhorar o funcionamento do intestino, ativação do sistema imunológico e aumento na hidratação do corpo”.
 
A medida está na Resolução 2.168/2015 publicada nesta segunda- feira (03/08) no Diário Oficial da União (DOU).
 
ANVISA

Fumar maconha é 4 vezes mais perigoso para homens

 Foto: iStock
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É mais provável que homens que consomem cannabis tenham doenças psicológicas
 
Fumar maconha é quatro vezes mais perigoso para homens em relação às mulheres, quanto ao risco de desenvolver doenças psicológicas, segundo descoberta de cientistas da Universidade de Iorque.

Ao analisar dados do levantamento de crimes britânicos, os pesquisadores reviram estudos epidemiológicos para comparar as diferenças de gênero e perceberam que pessoas do sexo masculino usam duas vezes mais maconha do que o feminino. As informações são do Daily Mail.
 
Apesar das constatações, não é claro porque o cérebro masculino parece ser mais suscetível aos efeitos da substância. De acordo o líder da pesquisa, Ian Hamilton: "é possível que os serviços de saúde mental e de tratamento de drogas, que têm um número desproporcional de homens, estejam identificando e tratando mais homens com problemas de saúde mental e de maconha combinados”, explicou ele, que acredita na possibilidade de mulheres com dependência na droga não serem identificadas, e portanto, não receberem o atendimento indicado.
 
O uso da maconha pode ter um efeito relaxante, mas se consumida em grandes quantidades, pode aumentar a ansiedade . Em alguns casos, o usuário tem alucinações, paranóia e delírios.
 
Terra