por Saúde Business Web 26/01/2011 Operadora terá um ano para apresentar um plano de recuperação à Agência A operadora de plano de saúde Samcil está sob intervenção Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), segundo notificação no Diário Oficial da União na última segunda-feira (24). A empresa está com problemas financeiros e a ANS vai tentar ajudar a administração a sair da crise e evitar a falência. A Samcil - operadora com 244 mil beneficiários na Grande São Paulo - terá um ano para apresentar um plano de recuperação à Agência. Se a crise financeira for sanada, a empresa continuará atuando normalmente. Caso não seja possível recuperar a companhia, a empresa poderá ter de vender ou doar a sua carteira de clientes a outro convênio. A Samcil, até o momento, não se pronunciou sobre a intervenção. http://www.saudebusinessweb.com.br/noticias/index.asp?cod=75302
segunda-feira, 31 de janeiro de 2011
Ministro planeja criar equipe nacional de resgate
por Verena Souza 28/01/2011 Padilha quer aproveitar a solidariedade do brasileiro e profissionalizar ajuda emergencial O Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou nesta sexta-feira (28) em cerimônia realizada pelo Sindicado dos Médicos de São Paulo (Simesp), que pretende criar uma equipe nacional de resgate do Sistema Único de Saúde (SUS). Os mais de 4 mil profissionais voluntários que se candidataram para ajudar a região Serrana do Rio de Janeiro - fortemente afetada pelas recentes enchentes - reforçam, segundo Padilha, que uma iniciativa como essas seria bem sucedida. "O povo brasileiro é muito solidário por natureza. Queremos profissionalizar isso e, em breve, aprimoraremos essa ideia de uma equipe nacional de resgate", disse. Durante a cerimônia, o presidente do Simesp, Cid Carvalhaes, reforçou a expectativa que as entidades médicas têm em relação ao governo da Dilma Rousseff juntamente com Padilha. Entre elas, estão: regulamentação da Emenda Constitucional 29, carreira de Estado para médicos, piso salarial definido, orçamento próprio para a saúde, entre outras. Homenagem Durante o encontro entre os representantes da classe médica e os representantes do Ministério da Saúde, Padilha recebeu a Comenda Flamínio Fávero - criada pelo sindicato em reconhecimento aos médicos que se destacaram em sua vida profissional. Alexandre Padilha foi - até o final do mandato do governo Lula - ministro da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República. Comenda De acordo com o Simesp, Flamínio Fávero foi escolhido por ser considerado um dos maiores médicos legistas do Brasil. Fávero foi professor da Faculdade de Medicina de São Paulo e teve papel fundamental na organização sindical da categoria médica no estado de São Paulo. Foi um dos seus fundadores e o primeiro presidente deste Sindicato. Também ajudou a criar o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo, sendo o primeiro presidente da entidade, inaugurando a numeração de identificação profissional, com o CRM número 1. http://www.saudebusinessweb.com.br/noticias/index.asp?cod=75404
Saúde suplementar reduz reembolso ao SUS
por Saúde Business Web 28/01/2011 Segundo as operadoras de saúde, lei que obriga o reembolso é inconstitucional O ressarcimento feito pelas operadoras de saúde ao Sistema Único de Saúde (SUS) caiu 31,7% entre 2007 e 2009, passando de R$8,23 milhões para R$5,62 milhões segundo levantamento feito pelo jornal Folha de S. Paulo. As operadoras alegam que a lei que obriga os planos de saúde a reembolsarem o SUS, criada em 1998, é inconstitucional, uma vez que o direito de acesso à saúde é garantido pela constituição federa, sendo um direito de todos. Para evitar o pagamento ao governo as operadoras recorrem à justiça e estão movendo uma ação de inconstitucionalidade, ainda não julgada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). No período de 2007 a 2009 os valores cobrados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) - que não seriam necessariamente repassados ao SUS - sofreram uma redução de 80%, passando de R$ 64 milhões para R$ 12 milhões. Uma auditoria feita pelo Tribunal de Contas da União (TCU) apontou, também, que nos últimos cinco anos, a ANS deixou de cobrar das organizações cerca de R$ 2,6 bilhões. http://www.saudebusinessweb.com.br/noticias/index.asp?cod=75407
Reembolso ao SUS pela saúde privada é prioridade
por Verena Souza 28/01/2011 Ministro da Saúde defende maior diálogo entre saúde suplementar e pública, inclusive no que se refere ao ressarcimento ao SUS Consolidação do SUS, pedidos prioritários da presidente Dilma Rousseff, integração da saúde pública e privada foram alguns dos assuntos comentados pelo Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, nesta sexta-feira (28), durante café da manhã com representantes do setor de todas as esferas no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. "Vamos retomar o diálogo entre a saúde suplementar e a privada para concretizarmos ações complementares entre elas, inclusive o que é garantido por lei como o ressarcimento que tem que ser feito ao Sistema Único de Saúde (SUS)", disse Padilha. http://www.saudebusinessweb.com.br/noticias/index.asp?cod=75412
Saúde: o perigo que vem de fora
por *Antonio Carlos Lopes 31/01/2011 Presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica critica política brasileira de revalidação de diplomas de médicos formados no exterior Há alguns anos o Governo Federal tenta criar subterfúgios para revalidar, com facilidades, os diplomas de brasileiros formados em Cuba, na Escola Latino-Americana de Medicina (ELAM). Foram diversas as tentativas de estabelecer privilégios. A cada uma delas a classe médica reagiu firmemente, alertando sobre os riscos que profissionais sem comprovação de formação adequada representariam à vida dos cidadãos. As entidades médicas brasileiras sempre defenderam que os formados no exterior passem por prova para demonstrar que estão de fato aptos para exercer a medicina no Brasil. Trata-se de uma segurança para a população. E a regra deve valer para graduados em quaisquer lugares do mundo, seja nos Estados Unidos, Inglaterra, China, Rússia, França, Japão, Argentina, Cuba e por aí vai. Diante da resistência dos médicos e das denúncias da imprensa, o Governo, de certa forma, recuou. Criou exame especial para os formados em Cuba, uma espécie de avaliação piloto para revalidação de diplomas. Aplicado recentemente, o tal teste teve resultados desastrosos: de 628 médicos, 626 foram reprovados, ou seja, quase 100% deles. O problema é que a lição não foi aprendida. Em vez de acender as luzes de perigo e dar um breque nas fórmulas mágicas para revalidar os diplomas dos brasileiros graduados na ELAM, surge agora a notícia de que a Secretaria de Educação Superior do Ministério da Educação pode preparar novo edital para dar a eles mais uma oportunidade, com nota de corte mais baixa; e ainda estudaria fazer com que o teste teórico deixe de ser eliminatório. É lamentável que a cabeça de nossos gestores esteja tão desconectada dos anseios dos brasileiros. No conforto de seus luxuosos gabinetes, bacharéis em medicina que nada sabem, de fato, de medicina, ditam regras esdrúxulas sem ter a mínima noção dos estragos que podem causar. Dessa forma, todos os dias, vemos absurdos diversos, como a abertura indiscriminada de faculdades médicas sem condições de oferecer formação de qualidade. Ganham os empresários da educação, ganham os lobistas, e só quem perde é a população. É assim, com profissionais de formação insuficiente no Brasil e no exterior, que o Governo enche o mercado de "médicos", como se quantidade fosse o remédio para os males de nossa saúde. É o mais puro engodo. Na verdade, precisamos de qualidade, tanto quanto precisamos de responsabilidade e de espírito público de nossos políticos. Será que um dia chegaremos lá? *Antonio Carlos Lopes, presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica **As opiniões dos artigos/colunistas aqui publicadas refletem unicamente a posição de seu autor, não caracterizando endosso, recomendação ou favorecimento por parte da IT Mídia ou quaisquer outros envolvidos nesta publicação http://www.saudebusinessweb.com.br/noticias/index.asp?cod=75431
Estado é condenado a aplicar mínimo de 12% em saúde
por Saúde Business Web 31/01/2011 Média de investimento no setor era de apenas 7%, segundo Ministério Público Federal da Paraíba De acordo com decisão da Justiça Federal da Paraíba, o Estado terá de observar os critérios da Resolução 322/2003, do Conselho Nacional de Saúde, para definir as despesas em ações e serviços que farão parte do piso constitucional de 12% para aplicar no setor. Além disso, o Estado terá que depositar os recursos destinados ao Fundo Estadual de Saúde, diretamente na conta específica do fundo, onde deve permanecer até sua retirada para pagamento de despesas, sem qualquer trânsito ou movimentação em outras contas pertencentes à administração estadual. A Ação Civil Pública foi apresentada pelo Ministério Público Federal da Paraíba, em maio de 2008. Na ação, o MPF argumentou que o Estado não estava investindo o mínimo de 12% da receita em ações e serviços de saúde, de acordo com a obrigação prevista na Constituição, sendo a média de investimento de apenas 7%. O MPF também alertou que, de 2003 a 2008, a Paraíba figurou como um dos Estados que menos investiu em saúde no Brasil. Destacou, ainda, que o governo usava de artifícios para burlar o percentual de 12%, ampliando o conceito do que seriam ações e serviços de saúde com despesas que não tinham a ver com o tema. Um dos artifícios, segundo o órgão, era o repasse de informações erradas, quanto à receita, para o Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Saúde (Siops), diminuindo a base de cálculo para o valor da porcentagem obrigatória. Outro recurso, sustentou o MPF, era incluir como despesa em ações e serviços de saúde os gastos com a Casa Civil do governador, Polícia Militar, Secretaria de Estado da Administração, Secretaria de Estado do Turismo, Secretaria de Estado da Infra-estrutura e Secretaria de Estado do Desenvolvimento da Agropecuária e da Pesca. Também eram indevidamente considerados como despesas do Sistema Único de Saúde os gastos com previdência e atendimento de saúde à clientela fechada, como servidores públicos estaduais, em desacordo com o artigo 198 da Constituição, que só admite na conta as despesas com o SUS referentes à generalidade da população. Para o procurador da República Duciran Farena, que assinou a ação, a decisão "é importante porque o desatendimento da previsão constitucional na Paraíba já deixou grandes marcas, que foram principalmente sentidas pela população carente, dependente da saúde pública, cidadãos esses que sofreram - e continuam sofrendo, a exemplo da atual falta de medicamentos excepcionais - por causa do histórico desinvestimento do governo estadual". Ainda conforme Duciran Farena, "trata-se de uma das poucas ações desta natureza no Brasil que chegou a decisão de mérito". "Espero que a atual administração, que tem afirmado seu compromisso com investimentos na saúde, não recorra, para que o critério da sentença se torne imediatamente obrigação para o atual e todos os futuros governos da Paraíba". http://www.saudebusinessweb.com.br/noticias/index.asp?cod=75436
Metade dos partos em cidade da Grande SP é em adolescentes
Vanessa Selicani, do Metro Metade dos partos realizados no Hospital da Mulher, em Santo André, na Grande São Paulo, foi em garotas entre 12 e 19 anos em 2009. Foram atendidas 2.258 meninas em trabalho de parto na unidade, 968 delas na faixa dos 12 e 17 anos. Os dados de 2009 são os mais recentes sobre o perfil das grávidas que usam o sistema público na cidade. O Hospital da Mulher centraliza hoje os partos da rede pública. O perfil das jovens mães de Santo André, de acordo com a Secretaria de Saúde, são garotas que vivem na periferia e estão na primeira gestação. O Poder Público iniciou no segundo semestre de 2010 um plano emergencial para conter o alto número de gestações na adolescência. A Secretaria de Saúde Municipal criou um grupo formado por médicos e educadores que, além de palestras sobre sexo seguro, distribui camisinhas nas escolas públicas municipais e estaduais. O programa tem apoio da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura). “A ordem para este ano é intensificar as ações e circular por todas as unidades. Sabemos que é um trabalho a longo prazo, de que vamos colher o resultado a partir de 2012”, disse o secretário-adjunto de Saúde, Antônio de Giovanni Neto. A intenção é quebrar paradigmas na educação e envolver pais e professores nas discussões. http://www.band.com.br/jornalismo/saude/conteudo.asp?ID=100000394132
Estudo liga pedra no rim a obstrução arterial em jovens
Pesquisa americana aponta que 60% dos pacientes com o problema renal tinham mais chances de desenvolver alterações nas artérias Jovens que tiveram pedra no rim correm mais riscos de desenvolver um quadro de obstrução arterial. De acordo com uma pesquisa publicada no periódico americano Journal of Urology, isso não significa, no entanto, que um problema seja a causa do outro. Para os especialistas, os resultados da pesquisa apontam em outra direção: as duas condições possuem uma causa em comum. Segundo Marshall Stoller, da Universidade da Califórnia e autor do estudo, tende-se a pensar na ocorrência de pedras no rim apenas como um problema urinário. “Mas nós precisamos estar cientes de que o rim tem o papel de filtrar o sangue. Assim, ele pode alertar também para problemas que estão acontecendo nas artérias”, diz Stoller. Das 5.000 pessoas avaliadas durante o estudo, todas entre 18 e 30 anos de idade, menos de 4% tiveram pedras no rim durante os 20 anos de pesquisa. Dessas, cerca de 60% apresentaram mais chances de enfrentar o quadro de obstrução arterial – o afinamento das artérias é o indicador mais comum. Colesterol alto, pressão sanguínea elevada, cigarro e diabetes são fatores de risco já conhecidos que podem levar ao entupimento. Após a obstrução, a interrupção no fluxo sanguíneo pode culminar em ataques cardíacos e derrames. Dúvida científica - Estudos anteriores já haviam relacionado a presença de pedras no rim ao aumento da pressão sanguínea, o que, por consequência, eleva riscos de obstrução arterial. Os cientistas ainda não conseguiram determinar, entretanto, qual dos dois fatores leva ao entupimento arterial: a pressão alta ou as pedras. Para prevenir o surgimento de pedras, os médicos recomendam a ingestão de água e a redução do consumo de sal e carne.
Virose de verão sobe a serra e chega à capital paulista
BRUNO RIBEIRO LAIS CATTASSINI Prontos-socorros de alguns dos principais hospitais de São Paulo registraram, nas primeiras semanas de janeiro, aumento de até 80% em seus atendimentos em razão de doenças intestinais. As ocorrências começaram na sequência dos surtos de virose que atingiram algumas cidades da Baixada Santista, como Guarujá e Praia Grande. Pelo menos quatro unidades de Assistência Médica Ambulatorial (AMA), uma Unidade Básica de Saúde, todas da rede pública, e cinco hospitais particulares da capital relatam aumento significativo de pacientes com diarreia e vômitos – cerca de um terço dos locais com os quais o Jornal da Tarde fez contato. Em uma dessas unidades, o Hospital Beneficência Portuguesa, o número de pessoas atendidas nas primeiras semanas de 2011 praticamente dobrou com relação ao mesmo período de 2010. Na maior parte desses atendimentos, os pacientes passaram as festas de final de ano e o último feriado em cidades litorâneas. “Depois do feriado prolongado, praticamente 100% de nossos atendimentos foram por causa de viroses”, afirma a pediatra do hospital, Wylma Mariko Hossaka. O clima quente favorece a proliferação de vírus e bactérias nas superfícies e exige também um maior cuidado no manuseio e conservação de alimentos (leia mais ao lado). “Isso costuma acontecer no verão e em épocas mais quentes. O clima é muito propício para o surgimento dessas doenças”, afirma o infectologista Gustavo Johanson, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). O aumento das viroses nessa época do ano motivou a Prefeitura a criar uma seção especial no site da Secretaria Municipal de Saúde para alertar a população sobre os cuidados com a alimentação e a higiene. No site www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/saude/vigilancia_em_saude/, a categoria “É Verão” traz dicas de como comprar peixes, como lavar frutas e legumes e como conservar os alimentos refrigerados. De transmissão oral, as doenças são adquiridas a partir de alimentos, objetos e, principalmente, água contaminada com resíduos de fezes, por exemplo. “Quando o tratamento da água não é adequado, a ingestão da bebida pode transportar um agente para o estômago. Esse agente também pode ser uma bactéria, que causará vômitos e diarreia”, afirma o infectologista do Hospital Igesp, Marcos Antônio Cyrillo. Segundo ele, os atendimentos no pronto-socorro do hospital por conta de doenças estomacais duplicou nas últimas semanas em relação aos meses anteriores. De acordo com a pediatra e infectologista do Hospital Santa Catarina, Claudia Maria Menezes, o rotavírus é o agente mais comum. “A gente nota uma incidência grande nas crianças que foram à praia ou que tiveram contato com quem viajou. Apesar de mais comum em crianças, entretanto, o vírus não é exclusivamente pediátrico”, explica a médica. Para evitar a contaminação é preciso ficar atento à limpeza das mãos dos alimentos. Vítima da virose, a administradora Rebeca Guedes, de 22 anos, teve problemas de saúde nos últimas dias. Ela não sabe se o que provocou a doença foi algo que comeu no litoral ou na Rua 25 de Março, no centro. “Voltei da praia no domingo e na segunda fui à 25. Na terça, já acordei com náuseas”, conta. Desde então, Rebeca tem sofrido com os sintomas da doença, que duram de três a sete dias – além de diarreia e vômito, pode haver febre. “Me disseram que não há nada que possa fazer e que uma hora o organismo mesmo resolve e os sintomas passam”, diz. “É uma doença que chamamos de benigna. A cura é espontânea”, afirma o médico Gustavo Johanson. Segundo ele, para evitar complicações é importante manter o paciente hidratado. http://blogs.estadao.com.br/jt-cidades/virose-de-verao-sobe-a-serra-e-chega-a-capital/
Enfermeira decepa dedo de menina
Camila da Silva Bezerra - Jornal da Tarde SÃO PAULO - Uma menina de 1 ano teve um dedo decepado na manhã de ontem por uma enfermeira do Hospital Estadual do Mandaqui, na zona norte da capital. A criança estava internada no local desde sexta-feira por causa de uma crise provocada por uma anemia falciforme. "Ela estava de alta, era só tirar o esparadrapo da mão dela. Não havia necessidade de usar a tesoura. Mas, em vez de tirar o curativo com cuidado, a enfermeira pegou a tesoura e cortou a metade do dedo da minha filha a sangue frio", afirmou o pai, David Jefferson Bahia Príncipe, de 21 anos. De acordo com testemunhas, tratava-se de uma tesoura escolar, inadequada para uso médico. A enfermeira Maria de Fátima Custódio também não estaria usando luvas cirúrgicas. Os médicos tentaram fazer uma cirurgia corretiva, mas tiveram de amputar a primeira falange do dedo da menina (onde fica a unha). A criança passa bem, mas ficou traumatizada. "Ela não pode ver alguém de branco que já começa a chorar. Está assustada. Depois de um caso desses, quem não fica?", disse o pai. A menina ainda não tem previsão de alta. O caso comoveu outros pacientes e acompanhantes que estavam no hospital. "Ocorreu o início de um tumulto. Para preservar a integridade da enfermeira, nós a retiramos do local escoltada, pois o fato em si causou muita revolta nos demais usuários", disse o soldado Márcio Luiz Lima Oliveira, que controlou a situação com a ajuda do soldado Anderson Pereira. "Havia no mínimo 25 pessoas querendo agredi-la", calcula. Maria de Fátima, enfermeira desde 1994, e o pai da criança foram encaminhados para o 9.º Distrito Policial, no Carandiru, onde fizeram um boletim de ocorrência. A enfermeira prestou depoimento e foi liberada. Ela vai responder por lesão corporal culposa (sem intenção), crime que prevê pena de detenção de seis meses a um ano em regime fechado. Para a família, o hospital público tratou a situação com descaso. "Parecia que tinham arrancado só uma casquinha de ferida. Não parecia que estavam lidando com um caso grave", disse o pai, que pretende processar o hospital, a profissional envolvida no caso e pedir indenização do Estado. Em nota oficial, a Secretaria Estadual da Saúde afirmou que determinou o afastamento temporário da enfermeira e que o caso será informado ao Conselho Regional de Enfermagem (Coren-SP). Outro caso É o segundo caso de erro cometido por enfermeiras em menos de dois meses. Em dezembro, a estudante Stephane dos Santos Teixeira, de 12 anos, morreu após receber de uma auxiliar de enfermagem vaselina líquida na veia em vez de soro fisiológico. A menina havia sido levada ao Hospital Municipal São Luiz Gonzaga, no Jaçanã (zona norte), após reclamar de dores no abdômen e diarreia. http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,enfermeira-decepa-dedo-de-menina,673280,0.htm
Novo antidepressivo promete não reduzir desejo sexual
DE SÃO PAULO A FDA, agência que regula o uso de remédios e alimentos nos EUA, aprovou, na última sexta-feira, um novo antidepressivo que promete não reduzir o desejo sexual. O remédio, fabricado pelo laboratório Clinical Data, será vendido sob o nome comercial de Viibyrd, mas ainda não há previsão de lançamento no mercado. O princípio ativo é a vilazodona, que tem o mesmo potencial de antidepressivos como o Prozac na inibição de recaptores da serotonina. Ou seja, impede que grande quantidade de serotonina seja reabsorvida pelo neurônio que a liberou. O remédio também "mimetiza" a serotonina, encaixando-se no neurônio receptor e provocando uma resposta mais rápida. O principal apelo da nova droga, no entanto, é não causar a redução da libido. Um estudo, publicado em 2009 no "Journal of Clinical Psychiatry", comparou os efeitos sobre o desejo sexual entre pessoas que tomaram a nova medicação e pessoas que tomaram placebo. A pesquisa não detectou diferenças entre os grupos. Essa perspectiva é favorável ao novo antidepressivo, já que, segundo o psiquiatra Renério Fráguas, do Hospital das Clínicas, a diminuição do desejo é um efeito colateral comum dessas drogas. "Isso costuma restringir a aderência ao tratamento, quando o paciente começa a melhorar da depressão e sente que o medicamento está atrapalhando a vida sexual." Outros antidepressivos, como a agomelatina, não reduzem a libido, mas não são tão difundidos como os remédios tradicionais. A vilazodona, porém, não é isenta de efeitos colaterais. No estudo, foram relatados casos de diarreia, náusea e sonolência. Assim como em outros antidepressivos, as caixas de Viibyrd terão avisos sobre o risco de comportamentos suicidas para usuários com menos de 24 anos. Fráguas afirma que a eficácia da droga só será confirmada com o uso clínico. http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/867369-novo-antidepressivo-promete-nao-reduzir-desejo-sexual.shtml
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