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sábado, 22 de novembro de 2014

Energéticos têm efeitos colaterais graves e podem ser mortais para crianças

Dar bebidas energéticas a crianças não parece uma grande ideia, mas muitas acabam consumindo este tipo de produto
 
Uma nova pesquisa mostra que milhares de crianças têm enfrentado efeitos colaterais graves – e potencialmente mortais – após o consumo de bebidas energéticas.
 
Mais de 5 mil casos de pessoas que ficaram doentes de bebidas energéticas foram relatados nos centros de controle de envenenamento dos Estados Unidos entre 2010 e 2013. De acordo com um estudo apresentado em uma reunião da Associação Norte-Americana do Coração, quase metade desses casos foram de crianças que não perceberam o que estavam bebendo.
 
Muitos desses casos envolviam efeitos secundários graves, como convulsões, arritmias cardíacas ou pressão arterial perigosamente alta. As crianças menores de 6 anos de idade muitas vezes bebiam estes produtos por engano. “Elas não vão a uma loja e os compram; elas os encontraram na geladeira, deixados por um pai ou um irmão mais velho”, explica o coautor Steven Lipshultz, pediatra-chefe do Hospital Infantil de Michigan.
 
Bebidas perigosas?
Bebidas energéticas geralmente contêm altos níveis de açúcar e, no mínimo, mais cafeína que uma xícara de café. Porém, os fabricantes muitas vezes incrementam os efeitos de aumento de energia com uma mistura de outros ingredientes, que vão desde taurina e carnitina – um aminoácido natural – ao ginseng, uma erva chinesa normalmente usada na medicina alternativa. Mas, apesar dessa “mistura especial” de ingredientes, os estudos sugerem bebidas energéticas não aumentam a atenção mais do que uma xícara de café.
 
Bebidas energéticas podem ter efeitos colaterais desagradáveis. Em 2007, Lipshultz começou a notar que as crianças e adultos que consumiram bebidas energéticas estavam dando entrada nas salas de emergência. Foi aí que começou a se perguntar se uma nova tendência preocupante estava ocorrendo. Assim, ele e seus colegas decidiram rastrear os dados dos centros de controle de intoxicação em todo o mundo.
 
Em 2011, a equipe relatou que os casos de doenças associadas ao consumo de bebidas energéticas tinham disparado, com efeitos colaterais como problemas cardíacos, danos no fígado, convulsões e até morte. Em um estudo separado, o governo dos EUA descobriu que atendimentos de emergência relacionados ao consumo de bebidas energéticas cresceram exponencialmente entre 2005 e 2011.
 
Agora, para ver se a tendência mudou recentemente, Lipshultz e seus colegas analisaram dados de todos os centros de controle de envenenamento dos EUA entre outubro de 2010 e setembro de 2013. Eles descobriram que 5.156 casos foram relatados, com cerca de 40% envolvendo crianças com menos de 6 anos de idade.
 
Além disso, as bebidas que incluíam certos aditivos, tais como aminoácidos e extratos de plantas, tendem a causar problemas mais graves do que aquelas que apenas incluíam cafeína em pó. Os extratos podem conter cafeína adicional que não é registrada no rótulo da bebida e compostos que ainda não foram bem estudados e que poderiam estar causando efeitos desconhecidos adicionais, especialmente quando consumidos em conjunto com muitos outros aditivos e cafeína.
 
“Você realmente não pode dissecar o que é o efeito do ginseng, o que é o efeito da taurina, o que é o efeito de guaraná, o que é o efeito da cafeína”, conta Lipshultz.
 
Uma rotulagem melhor?
A maioria das pessoas não está ciente do potencial que as bebidas energéticas têm de efeitos secundários graves. Como resultado, adultos podem deixar as bebidas acessíveis, sem saber, colocando as crianças em risco.
 
Rotular as bebidas energéticas com algo semelhante ao aviso do Ministério da Saúde que aparece em cigarros poderia ajudar a reduzir algumas destas exposições não intencionais, opina o cientista.
 
Crianças e adultos com fatores de risco subjacentes (tais como problemas com convulsões, arritmia ou uma predisposição para pressão arterial elevada), bem como cuidadores dessas crianças, também deve saber os riscos e ser aconselhados a não consumir bebidas energéticas.
 
LiveScience / Hypescience

Pesquisa descobre que chocolate brasileiro contém cadmio e chumbo

Cientistas do Instituto de Química da Universidade de Campinas descobriram que amostras comerciais de chocolates compradas no Brasil contêm diferentes níveis de chumbo e cádmio que podem causar problemas de saúde
 
Estes níveis estão ligados a quanto cacau um produto possui.
 
O chocolate tem muitos benefícios potenciais à saúde, devido aos altos níveis de flavonoides e antioxidantes no seu ingrediente principal, o cacau. No entanto, outros componentes indesejáveis podem ser encontrados no doce.
 
Estudos anteriores mostraram que as culturas de cacau podem absorver chumbo e cádmio, dois metais que ocorrem naturalmente.
 
O chumbo pode causar dor abdominal, dores de cabeça e anemia em adultos. Em crianças, pode causar alterações comportamentais e atraso de linguagem, entre outros problemas. Por sua vez, o cádmio pode causar danos a vários órgãos. Também tem efeitos similares ao estrogênio e perturba alguns hormônios.
 
Preocupados que o chocolate pudesse conter chumbo e cádmio por conta do cacau, Solange Cadore e seus colegas resolveram analisar amostras comerciais do produto.
 
Os pesquisadores testaram 30 chocolates ao leite, brancos e amargos comprados no Brasil. A maioria era de marcas brasileiras.
 
Eles descobriram que chocolates amargos tinham as maiores quantidades de chumbo e cádmio, mas todos os níveis estavam abaixo dos limites máximos de consumo no Brasil, na União Europeia e segundo a Organização Mundial da Saúde.
 
Os EUA, no entanto, recomendam que o nível de chumbo no doce não seja superior a 100 nanogramas por grama (ng/g), e duas amostras superaram esse limiar em cerca de 30 a 40 ng/g.
 
Os pesquisadores apontam que apenas uma fração do chumbo ou cádmio seria absorvida na corrente sanguínea da pessoa, mas os níveis encontrados no chocolate amargo ainda assim são alarmantes.

Phys /  Hypescience

Resistência a antibióticos pode causar desastre “apocalíptico”

O aumento de bactérias resistentes a antibióticos não é nenhuma novidade – só no ano passado, diversos alertas foram feitos por médicos e especialistas, e até pela Organização Mundial da Saúde (OMS), sobre a iminente crise de infecções resistentes a drogas que pode acabar com a medicina moderna
 
Agora, a diretora-médica da Inglaterra, Dame Sally Davies, afirmou que essa crise é comparável à ameaça do aquecimento global para nossa sociedade. Como existem poucos antibióticos para substituir os remédios que estão ficando comprometidos, no futuro, uma cirurgia de rotina pode se tornar mortal devido à ameaça de infecção.
 
Segundo os especialistas, este é um problema global que precisa de muito mais atenção.
 
Os antibióticos têm sido uma das maiores histórias de sucesso na medicina. No entanto, as bactérias são inimigos fácil e rapidamente adaptáveis que encontram novas maneiras de burlar as drogas.
 
Há crescentes relatos de resistência em cepas de E. coli, tuberculose e gonorreia nas enfermarias de hospitais de todo o mundo. Hoje em dia, só há um antibiótico útil para tratar a gonorreia.
 
“Podemos nunca ver o aquecimento global – o cenário apocalíptico atual é que, quando eu precisar de um novo quadril daqui 20 anos, morrerei de uma infecção de rotina porque nós não temos mais antibióticos funcionais”, argumenta Sally Davies.
 
“Não há um mercado para fazer novos antibióticos, de modo que, conforme essas bactérias se tornam resistentes, o que fariam naturalmente, mas que estamos acelerando por causa da forma como os antibióticos são usados, não haverá novos remédios”, explica.
 
Medidas urgentes
Se ninguém fizer nada, a Organização Mundial de Saúde prevê que o mundo caminhará para uma “era pós-antibióticos”, no qual “muitas infecções comuns não terão mais uma cura e, mais uma vez, matarão”.
 
“Esse é um assunto muito sério. Precisamos prestar mais atenção a ele. Precisamos de recursos para a vigilância, recursos para lidar com o problema e para obter informações públicas”, afirma Hugh Pennington, microbiologista da Universidade de Aberdeen (Escócia).
 
As empresas farmacêuticas estão ficando sem opções. “Temos de estar cientes de que não vamos ter novos remédios milagrosos, porque simplesmente não há nenhum”, alerta.
 
Enquanto os cientistas não descobrem uma solução para esse problema, as pessoas podem fazer a parte delas especialmente não tomando antibióticos sem ser absolutamente necessário. O uso desses medicamentos em casos desnecessários faz com que diversas variedades de bactérias se tornem resistentes aos antibióticos modernos.

BBC / Hypescience

Antibiótico popular, receitado até para crianças, pode causar arritmia fatal

O antibiótico Zitromax, também vendido como Azitromicina, pode alterar o ritmo cardíaco e ser fatal em alguns pacientes com problemas cardíacos. O remédio, receitado até mesmo para crianças, é usado para tratar infecções bacterianas e é bastante popular
 
O medicamento pode causar alterações no sistema elétrico do coração. Ele pode desencadear uma forma muito rápida do batimento cardíaco chamada de torsades de pointes, um tipo de arritmia ventricular.
 
Pesquisadores afirmam que o risco maior é para pacientes com ritmo cardíaco anormalmente lento, que tomam remédios para tratar arritmias ou com baixos níveis de potássio ou magnésio no sangue.
 
Um novo estudo mostrou que pacientes que tomaram Zitromax por cinco dias tiveram um pequeno aumento no risco de morte por problemas cardíacos em comparação com pessoas que ingeriram outros antibióticos ou não tomaram nenhuma droga.
 
Os rótulos do medicamento foram alterados para alertar os pacientes sobre os riscos para o coração. Antibióticos da mesma classe, como a azitromicina, têm efeitos colaterais similares.

WebMD/CNN /  Hypescience

Pesquisa mostra abuso no uso de antibióticos em crianças

Pediatras nos Estados Unidos prescrevem mais de 10 milhões de antibióticos desnecessários todos os anos para crianças por doenças como a gripe e asma, contribuindo para a resistência aos medicamentos, o que é potencialmente perigoso, de acordo com um novo estudo
 
Pesquisadores analisaram uma amostra representativa de quase 65 mil consultas ambulatoriais de jovens com menos de 18 anos entre 2006 e 2008. No total, os médicos prescreviam um antibiótico a cada cinco consultas. A maioria era indicada para crianças com doenças como sinusite e pneumonia.
 
Algumas dessas infecções são causadas por bactérias, o que pode justificar o uso dos antibióticos.
 
Mas quase um quarto de todas as prescrições de antibióticos dadas a crianças com problemas respiratórios são desnecessárias por não exigirem esse tipo de medicação, como bronquite, gripe, asma e alergias.
 
Essas prescrições dispensáveis não fazem necessariamente bem a saúde – pelo contrário, podem trazer prejuízos às crianças.
 
Metade de todos os antibióticos prescritos age contra uma ampla gama de bactérias. O problema é que elas também matam as boas bactérias do corpo e podem tornar as bactérias que causam infecções mais resistentes aos antibióticos no futuro.
 
Os antibióticos podem ser maravilhosos, desde que os médicos sejam criteriosos sobre quando usá-los. Dar antibióticos que não são necessários para crianças aumenta o risco de infecções resistentes não apenas nos jovens, mas na sociedade como um todo.
 
E como evitar o excesso dessas prescrições? Uma dica é esperar alguns dias e verificar o estado do seu filho novamente. Se o diagnóstico ainda é incerto, pergunte ao médico se é seguro esperar um ou dois dias ao invés de começar direto com os antibióticos.
 
Reuters / Hypescience

Antibióticos estão perdendo a eficácia em uma taxa alarmante e irreversível

Médicos devem pensar duas vezes antes de receitar antibióticos. E nós, antes de iniciar esse tipo de tratamento
 
O uso desses medicamentos em casos desnecessários está fazendo com que diversas variedades de bactérias se tornem resistentes aos antibióticos modernos.
 
Para a professora Dame Sally Davies, que é uma das maiores autoridades médicas do mundo e principal consultora do governo britânico para assuntos de saúde, esse problema é uma das maiores ameaças atuais para a saúde humana.
 
A médica britânica fez um apelo na semana passada para que os médicos não indiquem antibióticos desenfreadamente e de maneira equivocada.
 
De acordo com Davies, os antibióticos estão perdendo a eficácia em uma taxa alarmante e irreversível. O uso desnecessário desses medicamentos em casos de infecções leves ajuda a aumentar a resistência de algumas bactérias, como a E. coli (causadora de infecções alimentares, apendicite, meningite, entre outras doenças) e a gonococo (causadora da gonorreia).
 
“As bactérias estão se adaptando e encontrando formas de sobreviver aos efeitos dos antibióticos. Elas estão se tornando resistentes e os tratamentos não fazem mais efeito”, explicou Davies. O problema ainda seria agravado pelo fato de que, atualmente, são desenvolvidas relativamente poucas novas variedades de antibióticos.
 
DailyMail/BBC / Hypescience

Cientistas desenvolvem droga para substituir antibióticos

Antibióticos convencionais estão constantemente perdendo
 a sua eficácia no tratamento de bactérias
De acordo com o jornal britânico “The Times”, pesquisadores criaram o primeiro medicamento livre de antibióticos para tratar infecções bacterianas. Essa é uma das ações que faz parte de um grande desenvolvimento no combate à resistência aos medicamentos
 
Um pequeno teste feito com pacientes mostrou que o novo tratamento foi eficaz na erradicação da superbactéria MRSA, que é resistente à maioria dos antibióticos. O medicamento já está disponível como um creme para infecções da pele e os pesquisadores esperam criar uma pílula ou uma versão injetável dentro dos próximos cinco anos.
 
Os antibióticos têm sido um dos medicamentos mais importantes desde a descoberta da penicilina, quase 90 anos atrás, pelo escocês Alexander Fleming. Porém, a Organização Mundial de Saúde tem alertado repetidamente sobre a ameaça da resistência antimicrobiana, dizendo que “uma era pós-antibióticos – em que infecções comuns e pequenas lesões podem matar” é uma possibilidade muito real no século XXI.
 
Segundo os cientistas, no entanto, essa nova tecnologia é menos propensa à resistência do que os antibióticos porque as infecções são atacadas pelo medicamento de uma forma completamente diferente. O tratamento utiliza enzimas chamadas endolisinas, que ocorrem naturalmente em vírus que atacam certas espécies bacterianas, mas não causam mal a micróbios benéficos.
 
Mark Offerhaus, o Chefe do Executivo da empresa de biotecnologia holandesa Micreos, que está liderando a pesquisa, disse que o desenvolvimento das novas marcas de drogas é “uma nova era na luta contra bactérias resistentes a antibióticos”. Offerhaus ainda acrescenta que milhões de pessoas têm a ganhar com a pesquisa.
 
Time / Hypescience