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sábado, 9 de novembro de 2013

Vinte milhões de crianças são vacinadas contra poliomielite no Oriente Médio

OMS confirmou dez casos da doença em crianças sírias no nordeste do país
 
Uma campanha intensa de vacinação contra a poliomielite está sendo feita na Síria e em seis outros países do Oriente Médio para imunizar 20 milhões de crianças, anunciaram nesta sexta-feira (8), na capital da Suiça, duas agências das ONU (Organização das Nações Unidas).

Segundo um comunicado conjunto da OMS (Organização Mundial de Saúde) e da Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), cerca de 650 mil crianças já foram vacinadas na Síria, das quais 116 mil na região de Deir al Zour, onde foi registrado muitos casos da doença em crianças.
 
A OMS confirmou, em 29 de outubro, dez casos de poliomielite em crianças sírias no nordeste do país. O vice diretor-geral da OMS para a poliomielite, Bruce Aylward, informou que “este vírus chegou por terra, o que significa que não se encontra apenas nesta região da Síria, mas em uma vasta extensão do território.
 
— Sabemos que um vírus da pólio, oriundo do Paquistão, foi encontrado num esgoto do Cairo em dezembro. O mesmo vírus foi encontrado, em abril, em Israel, bem como na Cisjordânia e em Gaza. Trata-se de um risco para todo o Oriente Médio.
 
A Síria, em guerra civil desde março de 2011, não registava casos de poliomielite desde 1999. Entretanto, dois médicos alemães advertiram para o risco de registro de casos da doença na Europa e nos países vizinhos da Síria, em artigo publicado ontem (8) na revista médica britânica Lancet.
 
Os médicos Martin Eichner, da Universidade de Tubingen, e Stefan Brockmann, do Gabinete de Saúde Pública Regional de Reutlingen, alertaram que os casos detetados na Síria podem pôr em perigo os países vizinhos já que o vírus se transmite por meio dos refugiados que fogem da guerra civil.
 
Segundo os especialistas, tendo em conta que uma em cada 200 pessoas infetadas desenvolve paralisia, poderá levar até um ano para que seja detectado um surto de poliomielite nas regiões vizinhas da Síria porque se trata de uma “transmissão silenciosa”. Nesse período, de acordo com os médicos, muitas pessoas poderiam ser infetadas.
 
Os especialistas explicam que a maioria dos países europeus utiliza a vacina por meio de injeção de polivírus inativos em vez da vacina oral. Em alguns casos, a vacina oral pode causar paralisia flácida aguda, o principal sintoma da doença.
 
No entanto, advertem que embora a primeira seja mais eficaz para a prevenção da doença, não proporciona o mesmo nível de proteção contra o vírus do que a dose oral. A poliomielite é uma doença altamente contagiosa que afeta, sobretudo, as crianças com menos de cinco anos. Ela pode levar à paralisia em algumas horas e a doença é mortal em alguns casos.

R7

Casa em São Paulo ensina idosos a superar acidentes

Apesar de só receber pessoas com mais de 60 anos, uma casa montada na zona norte de São Paulo tem o intuito de ensinar a seus moradores lições básicas de vida como comer, tomar banho, deitar-se na cama, cozinhar e andar com segurança.
 
O local é público e foi montado ao custo de R$ 47 mil para ensinar idosos a retomarem o controle de atividades da vida prática, após terem sido vítimas de uma queda, de um acidente vascular cerebral e até mesmo de doenças neurodegenerativas.
 


Editoria de Arte/Folhapress

A instalação, que conta com sala, quarto, cozinha, banheiro e lavanderia, fica dentro do Centro de Referência do Idoso, local que oferece diversos outros serviços ao público mais velho.

O centro é mantido pela Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo.
 
"As pessoas chegam aqui necessitadas de orientação sobre como administrarem suas novas rotinas e como cuidarem de si próprias. A casa dá a oportunidade de mostrar na prática situações que as pessoas terão de enfrentar na velhice", diz Mariana Pietra, 30, terapeuta ocupacional do centro.
 
Familiares também são chamados para as sessões na casa. A eles são explicados ponto a ponto possíveis obstáculos existentes nos cômodos, como driblá-los e como estimular os mais velhos a serem menos dependentes.
 
Dicas
Por toda a casa há uma série de dicas para evitar acidentes. "Não se apoie na pia ao se levantar no vaso", "mantenha uma luz de vigília à noite" e "retire os tapetes" são exemplos.
 
Odete Toyokawa, 66, sofreu um AVC no ano passado e teve de reaprender a fazer atividades diárias.
 
Usando um andador, perdeu o medo de voltar a cozinhar e está se preparando para ter mais autonomia.
 
"É difícil, voltei a ser criança, mas, aos poucos, estou me virando bem", afirma Odete.
 
Outra frequentadora do espaço, Lindalra Faria dos Santos, 66, também vítima de um AVC, afirma que coloca em prática tudo o que aprende.
 
"Faço alongamento, mudei móveis de lugar e sigo as dicas para evitar quedas. Tive de reaprender tudo, de vencer os obstáculos para viver mais e melhor, como quero", afirma a aposentada.

Para mais informações sobre a casa e sobre outros serviços de atenção aos idosos: www.crinorte.org.br ou (11) 2972-9200.
 
Folhaonline

Vídeo de mulher dançando antes de mastectomia emociona internautas

Vídeo de mulher dançando antes de mastectomia emociona internautas YouTube/Reprodução
Foto: YouTube / Reprodução
Deborah fez uma flash mod da música "Get Me Bodied",
de Beyoncé
Americana dançou música de Beyoncé na sala de cirurgia, antes de remover os seios
 
O emocionante vídeo de uma americana dançando em uma sala de cirurgia de um hospital de São Francisco, no estado da Califórnia (EUA), pouco antes de passar por uma dupla mastectomia, tomou conta das redes sociais nesta sexta-feira. Na gravação, Deborah Cohan, uma ginecologista, aparece vestida para a cirurgia e dança com um grupo de anestesistas e outros profissionais médicos.
 
Na quinta-feira, mais de 1,4 milhão de pessoas tinham visto o vídeo de seis minutos em que Cohen esbanja seu gingado no "flash mob" com um sorriso constante, ao ritmo da música de Beyoncé "Get Me Bodied".
 
"Nada me alegra mais do que fazer os outros dançarem", declarou Cohan em seu blog, antes de ser submetida ao procedimento cirúrgico no centro médico da Universidade da Califórnia em São Francisco (UCSF).
 
Em seu blog, chamado "O caminho para a cura Deborah", publicado no site da Fundação Caring Bridges, a médica graduada em Harvard pede às pessoas para se filmarem ou se fotografarem ao som da música de Beyoncé, onde quer que estejam. Cohan está se recuperando da operação e passa bem.
 
— Eu estava mais nervosa com a dança do que com minha operação. Estou muito bem — disse à TV local KTVU.
 
Assista ao vídeo:



AFP/Zero Hora

Arritmia cardíaca pode surgir na infância

Arritmia cardíaca pode surgir na infância Milan Jurek/stock.xchng
Arritmia cardíaca pode surgir logo após o nascimento
No dia 12 de novembro, comemora-se o Dia Nacional de Prevenção das Arritmias Cardíacas e Morte Súbita
 
Ao contrário do que se imagina, algumas doenças do coração podem apresentar sinais ainda na infância. É o caso da arritmia cardíaca, que pode surgir logo após o nascimento. O diagnóstico nem sempre é fácil. Não à toa, no próximo dia 12 de novembro se comemora o Dia Nacional de Prevenção das Arritmias Cardíacas e Morte Súbita. A data foi criada para chamar a atenção das pessoas sobre o problema.
 
Em casos como o de recém-nascidos, por exemplo, o bebê tem um batimento cardíaco normalmente acelerado, com cerca de 120 a 140 batidas por minuto. Os casos de arritmias em bebês podem ocorrer por causas congênitas ou por estar associado a uma cirurgia cardíaca feita para corrigir estes problemas.
 
Segundo o cardiologista Bruno Bueno, as arritmias cardíacas se caracterizam por qualquer descompasso no ritmo do coração, como um batimento errado, por exemplo. É preciso estar atento para não confundir os sintomas com o de uma taquicardia. Ele lembra que o sintoma mais frequente da arritmia é a palpitação, uma sensação de batida rápida do coração. Se bater mais de 120 vezes por minuto, pode ser sinal de uma taquicardia. Mas se a pessoa acabou de realizar um exercício físico, esse batimento provavelmente é normal e esperado. Em geral, o paciente se queixa de uma batida muito acelerada, como se o coração estivesse batendo no pescoço.
 
Mas tem também aquele que sente um descompasso, como se estivesse faltando uma batida. Outros sintomas são falta de ar, cansaço físico anormal, tontura e desmaio. Os casos que chamam a atenção e requerem cuidado redobrado são os de pacientes que apresentam desmaio durante uma atividade física aeróbica, como uma partida de futebol, e aqueles que têm desmaios muito rápidos, sem aviso, causando até mesmo traumas no rosto e fraturas na queda.
 
— Estes casos podem estar relacionados a arritmias mais graves, inclusive com risco de morte súbita — alerta o médico.
 
Agravantes
Uma série de fatores influencia para o aparecimento da arritmia, tais como problemas de diabetes, pressão alta, infarto, colesterol, entre outras doenças. As de origem genéticas são raras. É mais comum surgir na adolescência ou no adulto jovem. A fibrilação atrial é um tipo de arritmia que aparece com o avanço da idade. Sua incidência é maior nos homens. A hipertensão, a obesidade, o tabagismo, o diabetes, o estresse e a prática excessiva de esportes sem orientação contribuem para o surgimento da doença. O diagnóstico pode ser feito por meio de exames de rotina, como o teste ergométrico, o eletrocardiograma e o holter de 24 horas.
 
Nos atletas que apresentam arritmia, é necessária uma supervisão da atividade física para não causar uma modificação no coração, o chamado coração do atleta.
 
— Para estes casos, diminui-se a intensidade das atividades físicas, porque o seu exagero - na tentativa de ficar saudável - pode levar a uma doença que não existia — ressalta.
 
Cura
A boa notícia é que a arritmia pode ter cura. O tratamento é a ablação por um cateter, um procedimento invasivo não cirúrgico e indolor. O paciente é sedado e o médico introduz um cateter pela veia da perna até chegar ao coração. No local, são aplicadas ondas de calor, por meio da radiofrequência, eliminando-se o foco da arritmia.
 
Zero Hora

Mulheres são mais propensas a falta de ar, diz pesquisa

Estudo comparou 25 homens e 25 mulheres com diferentes
 níveis de exercícios
Segundo pesquisa, tamanho menor dos pulmões obriga mulheres a esforço maior para fazer circular mesma quantidade de ar
 
Os músculos pulmonares das mulheres precisam trabalhar mais do que os dos homens, deixando-as sem ar com mais frequência após exercícios físicos, segundo um estudo realizado na Universidade McGill, no Canadá.
 
A pesquisa, publicada na revista científica Experimental Physiology, examinou a atividade do diafragma - o músculo responsável pela função pulmonar.
 
Segundo mostrou o estudo, ele teria que trabalhar mais nas mulheres para compensar o tamanho menor dos pulmões.
 
Mesmo com um homem e uma mulher de tamanhos iguais, os pulmões das mulheres eram menores, e suas vias aéreas mais estreitas.
 
A falta de ar pode ocorrer por causa de exercícios físicos ou ser um sintoma de alguma doença, como a bronquite.
 
Diafragma "Tanto com saúde quanto doentes, as mulheres têm uma chance maior de mostrar sinais de falta de ar após atividade física do que os homens", disse o coordenador da pesquisa, Dennis Jensen.
 
O estudo comparou 25 homens e 25 mulheres com idades entre 20 e 40 anos, se exercitando em uma bicicleta.
 
Os pesquisadores registraram a profundidade e a rapidez da respiração com diferentes níveis de exercícios.
 
Eles também registraram a "motivação para respirar", os sinais elétricos enviados para o diafragma para controlar seu movimento.
 
"As mulheres têm biologicamente pulmões menores, e elas têm que ativar mais os músculos respiratórios para movimentar uma certa quantidade de ar", disse Jensen à BBC.
 
Segundo ele, o estudo "dá uma noção importante sobre o porquê de mulheres com enfisema e insuficiência cardíaca terem sintomas respiratórios piores do que os dos homens".
 
Os pesquisadores pretendem agora investigar o impacto da obesidade sobre a falta de ar.
 
iG

Médicos recebem treinamento para dar notícias ruins para pacientes e familiares

Informar uma morte ou diagnóstico grave não é fácil para
 os médicos
Centro de Simulações Realísticas do Hospital Albert Einstein, em São Paulo, ensina profissionais a evitar a frieza extrema ou o envolvimento com a dor do doente
 
O futuro doutor entra no consultório. Luís Antonio Bozutti é estudante do sexto ano de medicina e está ali para comunicar a uma garota que seu pai sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico devido a um medicamento usado para salvar sua vida quando sofreu um infarto. O pai está com um lado do corpo totalmente paralisado.
 
Com voz mansa, característica pessoal de Luís, ele pede para que a filha se sente. E começa a contar sobre a saúde do pai dela, desde que deu entrada no hospital até o momento que sofreu o AVC. A garota se desespera, contesta, não acredita. Pergunta de novo, questiona a medicação, chora.
 
Luís mantém a voz calma e compreensiva, explica várias vezes a mesma coisa, sem alterar o tom de voz. Pergunta a relação dela com o pai. A garota conta que se sente culpada por estar viajando a trabalho quando o pai passou mal. É possível ver que o futuro médico está tocado pela situação. Luís se aproxima da garota e a toca, em uma forma de consolo não-verbal que representaria “estou aqui do seu lado e vejo a angústia que você está passando”.
 
Um som que anuncia “simulação encerrada” ecoa em um alto falante na sala. Passaram-se dez minutos que os dois estão conversando. A moça, que segundos atrás se debulhava em lágrimas, sorri para Luís e diz “acabou!”. Eles se levantam e saem da sala.
 
Tudo o aconteceu foi um treinamento para que Luís pudesse aprender a comunicar uma má-notícia e lidar com a emoção que ela traz tanto para o paciente como para o próprio médico.
 
A garota é uma atriz contratada pelo Hospital Israelita Albert Einstein para atuar no Centro de Simulação Realística. Luís precisa aprender como comunicar a morte ou um estado de saúde muito grave. O que se espera é que os médicos não sejam frios - e acabem com isso machucando ainda mais a família - nem muito sensíveis, que choram com o doente e seu familiares.
 
Terminada a simulação, Luís volta para uma sala onde, em tempo real, toda a encenação foi transmitida por vídeo para vários estudantes de medicina também do último ano, que estavam com a psicóloga que conduz a discussão.
 
Trazer “maus ventos” não é fácil
Ser portador de más novas não é uma tarefa fácil para os médicos. Embora muitas pessoas sejam céticas em relação à existência de alguma emoção embaixo de um jaleco branco, o cardiologista Luís Jose Tachotti Pires garante que há. O fato é que, por não saber lidar com esses sentimentos, alguns médicos optam pela aparente frieza como modo de autoproteção.
 
“Nunca dei uma má notícia isolado com o sentimento da família. Acabamos sempre estando juntos”, explica ele, que também já participou de um cenário no Centro de Simulações Realísticas do Hospital Israelita Albert Einstein.
 
O cardiologista relembra da época em que fez residência médica e uma paciente já idosa morreu no pronto-socorro no dia em estava como plantonista. Ao comunicar ao marido, Pires conta que ele estava tranquilo, como se já estivesse aguardando a notícia. Mas o viúvo começou a contar a história de vida do casal para o médico.
 
“Ele disse que eles estavam casados havia 60 anos, que tinham vários filhos, e começou a descrever muitos dos momentos bons”, conta. “Quando ele terminou, pedi que acompanhasse a enfermeira para resolver as questões burocráticas e fui para o quarto. Eu desabei. Chorei muito”, relembra. Momentos depois, por força da profissão, Pires teve de se recompor e voltar ao trabalho para cuidar dos outros pacientes.
 
Hoje, com a maturidade profissional, Pires lida com as situações de uma forma equilibrada. “Não tem uma fórmula de como se deve comunicar algo ruim. Aprendemos na prática”, explica. “Eu costumo perguntar quem é quem na família, porque dependendo do grau de parentesco, a recepção da informação é diferente. Costumo recapitular o que aconteceu com o paciente desde o momento em que ele deu entrada no hospital. Como o tratamento evoluiu, até chegar e comunicar a notícia ruim”.
 
Uma das formas de dormir tranquilo depois de um dia em que não conseguiu salvar uma vida, é ter a certeza de que fez tudo o que estava ao seu alcance. "A sensação não é de frustração, mas sim de dever cumprido", conta. "Faço tudo o que for possível para que o paciente se recupere e passe mais tempo ao lado de quem ama. Minha luta é a favor da vida, não contra a morte. A morte faz parte da vida".
 
iG