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sábado, 20 de dezembro de 2014

Vítimas de enxaqueca têm duas vezes mais chances de sofrer paralisia facial

Pacientes que sofrem com as seguidas crises agudas de dor de cabeça também apresentam maior risco de transtornos de ansiedade, depressão e até isquemia cerebral
 
A enxaqueca é uma doença neurovascular crônica e incapacitante. Trata-se do distúrbio mais comum do sistema nervoso com base biológica e que acomete normalmente pessoas geneticamente predispostas. As causas, apesar dessa possível tendência hereditária, continuam indefinidas. No entanto, muitos são os problemas associados a ela.
 
Pacientes que sofrem com as seguidas crises agudas de dor de cabeça apresentam maior risco de transtornos de ansiedade, depressão e até isquemia cerebral. Nova pesquisa publicada na versão on-line da revista Neurology, da Academia Americana de Neurologia, traz mais um fator a essa equação. A enxaqueca pode dobrar o risco de ocorrência da paralisia de Bell, também chamada de paralisia periférica facial.

A equipe liderada por Shuu-Jiun Wang, da Universidade Nacional de Yang-Ming e do Hospital Geral de Veteranos de Taipei, em Taiwan, acompanhou 136.704 pessoas com mais de 18 anos, divididas em dois grupos — com e sem enxaqueca — e acompanhadas por três anos em média. Nesse período, o diagnóstico de paralisia de Bell foi confirmado em 671 participantes enxaquecosos e em 365 do grupo controle.

Outros fatores que poderiam aumentar o risco de desenvolvimento do problema, como sexo, pressão alta e diabetes, foram considerados. Os números finais mostram que as pessoas com enxaqueca tinham uma propensão duas vezes maior para o desenvolvimento da paralisia.
 
“A infecção, a inflamação ou os problemas cardíacos e vasculares compartilhados poderiam estar em causas originais para essas doenças”, explica Wang. “Se um elo comum é identificado e confirmado, mais pesquisa podem levar a melhores tratamentos para ambas as condições.” A maioria das pessoas que têm a paralisia se recupera após algumas semanas ou meses.
 
Para o secretário do Departamento Científico de Cefaleia da Academia Brasileira de Neurologia, Fernando Kowacs, a associação confirmada pelo trabalho de Wang não significa que a paralisa pode ocorrer durante as crises.
 
“A informação não é de causa, mas de que é uma população com maior chances de paralisia. Ainda é difícil saber como seriam os mecanismos disso”, observa. Kowacs explica que, na enxaqueca, o trigêmeo é comprometido, um nervo sensitivo que está presente em uma das etapas finais do processo da dor. Para o especialista, o estudo de Taiwan precisa ser confirmado por outras instituições.

Outras complicações
Segundo Ann Scher, membro da Academia Americana de Neurologia, a enxaqueca tem sido associada, em outros estudos, com o acidente vascular cerebral e doenças cardíacas. Um trabalho conduzido por ela com pacientes de 33 a 65 anos indica que eles são mais propensos a desenvolver Parkinson e outros distúrbios do movimento.

Estudo publicado por Scher também na Neurology, em setembro, mostra que vítimas de enxaqueca com aura são duas vezes mais propensas a serem diagnosticadas com Parkinson. “A disfunção no mensageiro de dopamina cerebral é comum tanto ao Parkinson quanto à síndrome das pernas inquietas, e existe a hipótese de que alguns sintomas da enxaqueca, como excessivos bocejos, náuseas e vômitos, podem estar relacionados à estimulação dos receptores da dopamina.”
 
Correio Braziliense

Novo exame de sangue prevê quantos anos de vida você ainda tem

Em cada cromossomo existe um corpo, o telômero, cuja função básica é evitar que o cromossomo seja replicado mais do que um determinado número de vezes
 
Cada vez que o cromossomo é duplicado, o telômero diminui e fica mais próximo da extremidade do mesmo e, quando ele está na extremidade do cromossomo e curto demais, a célula não consegue mais duplicar-se, morrendo.
 
Baseado neste fato e no raciocínio de que descobrir o quão perto estão os telômeros da extremidade do DNA daria uma estimativa do quanto você ainda poderia viver, uma hipótese confirmada com estudos em animais, a empresa espanhola Life Length está oferecendo em vários países um teste de DNA, que visa estimar quanto tempo você tem de vida.
 
Para fazer o teste, o interessado preenche um formulário com um questionário de saúde, e retira uma amostra de 5ml de sangue, que será usado para determinar a porcentagem de células com telômero curto. Formulário e amostra são entregues a um representante da Life Length (na data desta matéria não havia representante no Brasil), e o resultado, confidencial, é entregue em poucos dias.
 
Teste inútil?
A professora Carol Greider, que ganhou um prêmio Nobel por seu trabalho com telômeros em 2009, aponta que a maioria das pessoas não terá benefício algum com os testes – o grupo de 1% de pessoas testadas, as que tem os telômeros mais curtos, já estão correndo o risco de doenças como fibrose pulmonar ou falência da medula, mas ela não vê como os outros 99% poderiam se beneficiar do teste.
 
De qualquer forma, existe uma polêmica junto ao teste, relacionada às seguradoras: ele poderia ser utilizado para determinar o prêmio a ser pago pelos segurados.
 
Basicamente, o cálculo do prêmio (o que o segurado paga para a seguradora) é baseado no risco da seguradora ter que pagar a apólice. Quanto mais alto o risco, maior o prêmio (por isto o prêmio seguro de vida de jovens do sexo masculino é maior do que o de quarentões que tem família ou de mulheres de mesma idade).
 
Um teste genético destes poderia dar às seguradoras mais uma ferramenta para cobrar um prêmio maior de clientes que tem risco maior de falecer durante a vigência do seguro.
 
Atualmente, existe uma moratória que impede que as seguradoras utilizem testes genéticos para calcular prêmio de seguro, mas esta moratória termina em 2017.
 
Ainda assim, esta é uma faca de dois gumes: as empresas de seguro temem que clientes potenciais desistam de fazer seguro de vida caso um teste genético destes aponte que o provável prêmio a ser pago seja muito alto.
 
Por enquanto, o teste custa cerca de R$ 2.188,00 (£ 650), mas a empresa espera que ele custe dez vezes menos em 2017. Cerca de 1.000 pessoas pelo mundo todo já fizeram o teste, e só para o próximo ano já existe cerca de mil clientes agendados, apenas no Reino Unido.

Telegraph  / Hypescience

Saiba quais doenças a melatonina pode ajudar a prevenir

Estudos sobre atuação do hormônio no organismo ainda são recentes
 
Pesquisa apontam que a melatonina pode auxiliar na prevenção de diversas doenças. Saiba quais são:

Enxaqueca
Um estudo brasileiro coordenado pelo neurologista Mario Peres, do Hospital Albert Einstein, mostrou que a melatonina é eficaz na prevenção de enxaqueca em pessoas que têm crises com frequência. Conforme os resultados da pesquisa, pílulas contendo a substância parecem ser melhores para evitar as fortes dores de cabeça do que os medicamentos mais utilizados atualmente.
 
Câncer
Pesquisa realizada por cientistas da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (Famerp) em colaboração com o Hospital Henry Ford, nos Estados Unidos, indicou que a melatonina consegue inibir o crescimento do câncer de mama, reduzindo a produção de células cancerosas e bloqueando a formação de novos vasos sanguíneos do tumor.
 
Queda de cabelo
Estudos mostram que o uso tópico — aplicado na região afetada — de produtos à base de melatonina pode apresentar resultados satisfatórios na redução da queda de cabelo por causas genéticas.
 
Insônia em idosos
Durante o envelhecimento, a produção de melatonina sofre um declínio gradual. Pesquisadores já indicaram que, nestes casos, a terapia de reposição da melatonina pode contribuir para restaurar um estado mais saudável do organismo.
 
Alzheimer
A capacidade deste hormônio de manter os tecidos em bom estado e proteger dos radicais livres está levando pesquisadores a testar seus efeitos sobre doenças degenerativas, como o Alzheimer. Estudos realizados em animais apontaram que ela pode retardar o avanço da enfermidade.
 
Depressão
Diversos estudos já associaram a falta de iluminação com sintomas de depressão. Um novo tipo de medicamento, que atua nos receptores de melatonina, vem sendo comercializado como uma nova e promissora classe de antidepressivos.
 
Diabetes
Pesquisa feita na Universidade Harvard, nos EUA, concluiu que a diminuição da secreção de melatonina está relacionada a uma chance maior de desenvolver diabetes tipo 2 em adultos.
 
Os autores relataram que, mesmo em pessoas que não apresentam diabetes, baixos níveis noturnos de melatonina estão relacionados a um aumento da resistência à insulina.
 
Antioxidante
O hormônio também é um antioxidante bastante potente, já que ajuda a prevenir os danos celulares provocados por radicais livres. Ele já foi apontado em estudos como um antioxidante mais eficiente que as vitaminas E e C.

Zero Hora

Uso da melatonina como medicamento ainda em discussão

Suplemento da substância já é utilizado na Europa e nos Estados Unidos
 
Outro campo de estudo que tem se encantado com os benefícios da melatonina é o da nutrição.

O potencial do hormônio para auxiliar no emagrecimento é o foco de estudo do endocrinologista Bruno Halpern, diretor da Associação Brasileira de Estudo sobre Obesidade (Abeso).

A pesquisa se concentra em investigar de que forma o hormônio atua sobre o tecido adiposo marrom, aquele que transforma energia em calor.
 
— Esse tipo de tecido não se acumula no corpo como gordura, o que leva à perda de peso. Descobrimos que a melatonina recruta mais tecido adiposo marrom, ajudando a queimar mais calorias armazenadas — explica Halpern.
 
Conforme o especialista, uma rotina de sono adequada já seria suficiente para auxiliar nesse processo, mas ainda não se sabe em que situações e quais as quantidades ideais para indicar a melatonina como suplemento.
 
— Também não existe um consenso sobre quando iniciar ou interromper um tratamento com a substância. Mais estudos são necessários para definir esses critérios — explica a psiquiatra Camila Morelatto de Souza.
 
Parte da população parece não querer aguardar esses resultados. Estima-se que, somente nos Estados Unidos, mais de três milhões de americanos não passam uma noite sem um comprimido de melatonina. Por lá — e na Europa também — a substância é aprovada pelos órgãos reguladores como um suplemento.

Aqui no Brasil ela não pode ser vendida, pois não tem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). De acordo com o órgão, a substância nunca foi avaliada em relação aos critérios de segurança e eficácia, o que impede a sua comercialização no país. No entanto, também não há uma proibição expressa do seu uso, o que deixa a população livre para importá-la para uso próprio.

Zero Hora

Hipertensão: confira 10 dicas para preparar uma ceia mais saudável

Hipertensão: confira 10 dicas para preparar uma ceia mais saudável RENATO SCHETTER/divulgação/BrubinsPara quem tem pressão alta, atenção é indispensável na seleção dos itens que irão à mesa

As festas de final de ano costumam ser associadas a exageros na alimentação. Para quem tem algum problema de saúde, como a hipertensão, o ideal é trocar alguns itens da mesa farta por alimentos mais saudáveis – e é possível fugir dos excessos.
 
As dicas abaixo, elaboradas pela nutricionista Bruna Mello, vão ajudar os leitores a aproveitar a ceia sem prejudicar a saúde.
 
Confira:
 
1. Petiscos
Faça um mix de oleaginosas, com castanha do Brasil (rica em selênio e magnésio, potente antioxidante), castanha de caju (rica em zinco, vitamina E), nozes e amêndoas (fonte de vitamina E, potássio). Todas elas são importantes na alimentação para redução da incidência das doenças cardíacas e suas complicações.
 
2. Frios
Substitua frios ricos em gordura, como queijo mussarela, queijo prato e presunto, por tofu (queijo à base de soja), fonte de proteínas de alta qualidade, de vitaminas do complexo B e de ferro, com baixo teor calórico, isento de colesterol e com ação antioxidante. A dica é prepara-lo salpicado com orégano, erva aromática e azeite de oliva extraviarem, potentes antioxidantes, protetores do coração.
 
3. Frutas
Substitua as famosas frutas secas e frutas em caldas ou compotas, ricas em açúcar e conservantes, pelas frutas naturais. Ficam como sugestão manga, abacaxi e cereja, ricas em fibras.

O ideal é servi-las como acompanhamento de pratos salgados, sobremesas e saladas.
 
4. Saladas frias
Junto às frutas, devem ter grande destaque na ceia. Pode-se utilizar salada verde, de preferência crua, como um mix de folhas (alface, rúcula, agrião), ricas em fibras e que geram mais saciedade, temperadas com azeite extra virgem, que estimula a produção de óxido nítrico, um excelente regulador da pressão sanguínea, deixando o sangue mais fluido.

Para temperar, use ervas aromáticas como manjericão, orégano, alecrim. Para salgar, hoje já é possível encontrar salgantes, que são livres de sódio, controlando a pressão arterial e diminuindo a retenção de líquidos.
 
5. Saladas quentes
Utilizar leguminosas como feijão fradinho, lentilha, grão de bico, que são ricos em ferro, dá um toque especial à salada e tem tudo a ver com festas de fim de ano. O ideal é comer as saladas antes do prato principal para dar mais saciedade.
 
6. Prato principal
Opte por carnes magras, como tender e chester. Evite o pernil e o leitão, pois são carnes mais gordas.
 
As melhores formas de preparar essas carnes são assadas ou cozidas.

Ou opte por um peixe, como o bacalhau, rico em ômega-3, que ajuda a reduzir os níveis de colesterol e diminui o risco de doenças cardiovasculares. Só tome cuidado com o sal do bacalhau. Retire-o completamente quando for prepará-lo.
 
7. Guarnição
Opte por arroz integral, rico em fibras, acrescido de ervas como salsinha, cebolinha, alecrim. Ou uma farofa com uva passas sem açúcar, rica em fibras, fonte de energia, ou uma farofa de ovo, preparado só com a clara.
 
8. Bebida
Comemore o Natal, brindando com uma taça de um bom vinho e, para os que não podem consumir bebida alcoólica devido ao uso contínuo de alguns medicamentos ou porque vai dirigir, opte por um bom suco de uva natural integral orgânico, sem adição de açúcar.

Tanto o vinho quanto o suco de uva são ricos em resveratrol, grandes protetores do coração.
 
9. Sobremesa
Se for fazer a tradicional rabanada, o ideal é trocar o leite integral pelo desnatado, passar o pão na clara do ovo e usar adoçante de forno e fogão. Utilize o forno para preparar e não fritar e polvilhar na canela, que aliás é uma ótima especiaria para saúde, com propriedades anti-inflamatórias, que ajuda a diminuir os níveis de colesterol e açúcar no sangue.

Outras opções de sobremesas são à base de frutas, ricas em fibras, vitaminas, minerais, como frozen de iogurte de mamão, pavê de limão e morango sem bolacha ou tortas de frutas.
 
10. Evite os excessos
Lembre-se de não exagerar principalmente no sódio na preparação da sua ceia. A satisfação do Natal é o encontro com as pessoas que amamos, e a alimentação equilibrada só irá fortalecer esse momento.
 
Zero Hora

Conheça a melatonina, hormônio do sono que regula o relógio biológico e pode prevenir doenças

Substância sinaliza ao corpo sobre quando é dia e quando é noite
 
Dormir bem ajuda a acordar mais disposto e de bom humor e a render melhor durante o dia. Mas se lhe dissessem que uma calma e escura noite de sono também pode ajudar a emagrecer, a reduzir as crises de enxaqueca, a fortalecer o sistema imunológico, a proteger contra alguns tipos de câncer e até combater a queda de cabelo? Pois é isso que pesquisadores ao redor do mundo têm demonstrado ao estudar os efeitos da melatonina, hormônio fabricado naturalmente pelo organismo na ausência de luz.
 
Produzida pela glândula pineal, localizada no cérebro, a melatonina é quem sinaliza ao corpo sobre quando é dia e quando é noite, sendo responsável por regular nosso relógio biológico. Até pouco tempo, acreditava-se que sua única função era regular o sono e, por isso, seu nome era mais difundido entre pilotos e viajantes do que no meio científico. Eles utilizavam cápsulas à base do hormônio para amenizar os efeitos do temido jet lag — mal-estar causado pela mudança no fuso horário. Mas lá pela década de 1970, pesquisadores começaram a notar que o efeito da melatonina poderia ir além, e acabaram se surpreendendo com as descobertas.
 
— Os estudos clínicos de reposição de melatonina são muito recentes, mas já se identificou que esse hormônio pode ajudar o organismo de diferentes maneiras quando produzida naturalmente, e que o nosso estilo de vida tem influenciado negativamente nesse processo — explica a psiquiatra Maria Paz Loayza Hidalgo, do Laboratório de Cronobiologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA).
A substância está sendo produzida sinteticamente em alguns países como os Estados Unidos, que a comercializa como suplemento alimentar para minimizar os efeitos da produção insuficiente do hormônio causada por alguns hábitos da vida moderna.
 
A larga e diversificada lista de benefícios que a melatonina pode trazer tem colocado hábitos que até então pareciam inofensivos — como assistir televisão à noite, usar tablets e celulares na cama, ou até permanecer em ambientes de trabalho com pouca iluminação durante o dia — na lista dos grandes vilões da saúde. Estudos recentes comprovaram que pessoas com turnos de trabalho noturnos ou ainda que se expõem a ambientes iluminados durante a noite apresentam maior risco de desenvolver alguns tipos de câncer, depressão e obesidade. Isso porque os estímulos luminosos artificiais confundem o organismo e colaboram com a redução na produção da melatonina.
 
Influência em diversas áreas do corpo
Ainda que os mecanismos de atuação da melatonina não estejam totalmente desvendados pela ciência, o que já se sabe é que ela tem a capacidade de penetrar em qualquer célula do organismo e, por isso, pode influenciar tantas áreas do corpo. Uma das mais recentes e promissoras descobertas, apresentada no início deste mês no Simpósio Sul-brasileiro de Cronobiologia e 1º Simpósio sobre Glândula Pineal e Melatonina, em Porto Alegre, tem estimulado pesquisadores não apenas a promover uma mudança de hábitos da população, mas também a considerar o uso de medicamentos à base do hormônio para redobrar sua ação.
 
Uma série de estudos realizados pelo Instituto de Ciências Biomédicas e de Biociências da Universidade de São Paulo (USP) vem analisando o efeito da melatonina sobre o diabetes, e demonstrou que o hormônio pode potencializar a ação da insulina, que é quem possibilita a entrada de glicose nas células. As pesquisas sugerem que a adição de melatonina ao esquema tradicional de terapia possa ser benéfico no controle da doença. Em 2013, uma investigação realizada na Universidade Harvard já havia associado baixos níveis de melatonina durante a noite com um risco maior de diabetes tipo 2 em adultos.
 
Zero Hora

Misturar açúcar pode alterar o efeito da cafeína no organismo

Substâncias afetam o metabolismo do corpo
 
Consumir bebidas com cafeína ou açúcar pode afetar o metabolismo do corpo, causando alterações na frequência cardíaca e respiratória, além de ganho de peso. Um novo estudo explora agora qual o efeito das bebidas cafeínas quando contém açúcar na mistura e foi publicado no Jornal de Pesquisas sobre cafeína.
 
A frequência cardíaca e a produção de dióxido de carbono foram medidos 30 minutos antes e após os indivíduos que participaram da pesquisa que consumiram uma certa quantidade de açúcar e cafeína. Um segundo grupo bebeu apenas a bebida sem açúcar e um terceiro consumiu açúcar, mas não bebeu nada com cafeína.
 
Foram analisadas 12 pessoas com idades entre 21 e 62 anos. Parte era sedentária, parte mantinha uma rotina de exercícios ativa.
 
— O consumo de açúcar afeta a saúde do cérebro, assim como a cafeína. Em geral, a produção de dióxido de carbono não diminuiu quando a cafeína e o açúcar foram misturados. No entanto, quando o açúcar foi consumido sozinho, a produção aumentou significativamente. Já a cafeína sozinha retardou a frequência cardíaca de oito pessoas — explicou Patrícia Broderick, uma das médicas responsáveis pelo estudo.
 
O sistema cardiorrespiratório é extremamente sensível às alterações dos níveis de dióxido de carbono no organismo. O corpo humano respira oxigênio e produz naturalmente dióxido de carbono. No entanto, o excesso deste gás traz riscos graves para o sistema cardiorrespiratório e o processo de digestão. Níveis abaixo do esperado também são considerados um fator de risco. A quantidade normal de dióxido de carbono no sangue é de 40 mmHg.
 
Zero Hora

Ministério da Saúde regulamenta no Samu remédio que diminui mortes por infarto

Trombolítico tenecteplase poderá ser usado em ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu)
 
O Ministério da Saúde publicou na edição de ontem (19) do Diário Oficial da União portaria que regulamenta, no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), o uso do medicamento trombolítico Tenecteplase, que pode diminuir o número de mortes por infarto.   
 
O medicamento poderá ser usado nas seguintes unidades móveis de suporte avançado:  Vida Terrestre, Unidade de Suporte Avançado de Vida: Equipe Embarcação, Veículo de Intervenção Rápida e na Equipe Aeromédico do Componente Móvel Samu.
 
Para ofertar o medicamento, o ente federado deverá cumprir requisitos como ter habilitação no Ministério da Saúde de, no mínimo, uma das unidades móveis de suporte avançado do Samu e pactuar a oferta na Comissão Intergestores Bipartite ou no Colegiado de Gestão da Secretaria de Saúde do Distrito Federal.
 
O ente federado precisa ainda encaminhar documentos definidos na portaria à Coordenação-Geral da Força Nacional de Saúde do Sistema Único de Saúde (SUS) para formalizar a habilitação.
 
Também está publicada no Diário Oficial da União portaria que aprova diretrizes gerais, amplia e incorpora procedimentos para a atenção especializada às pessoas com deficiência auditiva no SUS.
 
O texto define que o estabelecimento de saúde habilitado para esse tipo de serviço deve contar com responsável técnico, médico otorrinolaringologista, com título de especialista da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico Facial.
 
iG

“Cada vez mais, vamos tratar o câncer sem precisar de quimioterapia”

Basicamente, a imunoterapia consiste em melhorar a resposta imune do
 paciente para matar o tumor.
Afirmação é da pesquisadora americana Catherine Bollard, que defende a imunoterapia como novo caminho para tratamento
 
A tão temida e sofrível quimioterapia deve deixar de ser o único destino para quem descobre um câncer. É isso que defende a pesquisadora americana Catherine M. Bollard, especialista em transplante de medula dos Sistema Nacional de Saúde Infantil dos EUA.
 
A especialista é uma grande entusiasta da imunoterapia. A lógica está em fazer com que anticorpos do próprio organismo se defendam e ataquem vírus, tumores e outros microorganismos, no lugar de desenvolver uma droga que mate as doenças. De modo simplista, é mais ou menos a diferença entre dar o peixe e ensinar a pescar.
 
Catherine acredita que dados os avanços recentes na área e a eficiência das novas terapias, cada vez mais serão menos necessários tratamentos convencionais como a quimioterapia.
 
Recentemente, Catherine, foi eleita presidente da Sociedade Internacional de Terapia Celular (ISCT) e afirmou em entrevista ao iG que pretende dar suporte para que estas novas formas de tratamento torne-se cada vez mais comuns no Brasil.
 
iG: Por que é a imunoterapia pode ser melhor que terapias tradicionais em muitos casos?
Catherine M. Bollard: Existem várias formas de imunoterapia, com diferentes processos para se obter isso, mas, basicamente, a imunoterapia consiste em melhorar a resposta imune do paciente para matar o tumor. Ao contrário da radioterapia e da quimioterapia convencional, terapias baseadas no sistema imune oferecem uma abordagem mais orientada para matar as células cancerosas sem intoxicar outros órgãos, com isto células saudáveis que não têm relação nenhuma com a doença não são atingidas. As células cancerosas têm muitas estratégias para ludibriar o sistema imunológico. Imunoterapias servem para superar estas estratégias e matar diretamente o tumor. Há menos efeitos colaterais, uma resposta mais eficaz.
 
iG: Você acredita que poderemos, num futuro próximo poderos dar adeus à quimioterapia?
CB: Acho que sim. Principalmente por causa destes novos avanços em imunoterapias, vemos que pode ser possível para alguns tipos de câncer utilizar uma combinação de imunoterapias e tratar de modo eficaz o tumor sem a necessidade de quimioterapia.
 
iG: O que há de mais novo nesta área?
CB: Existem muitas novidades empolgantes sobre avanços baseados em imunoterapia no câncer, inclusive vacinas contra tumores, terapias baseadas em anticorpos e as celulas-T do sangue [glóbulos brancos do sangue que têm papel importante na imunidade], só para citar alguns exemplos. Recentemente, o uso de células-T alteradas geneticamente em laboratório e lançadas no organismo para matar células de leucemia resultou no aumento de 80% na taxa de resposta de crianças com leucemia linfoide aguda e que não tinham conseguido resultados positivos com outras terapias. Além disso, há uma nova classe de terapias chamadas “inibidores de pontos de verificação” que libera o freio do sistema imune, tornando-o mais poderoso.

iG: O sistema imune é muito diferente em crianças e adultos?
CB: Dependendo da idade da criança, seu sistema imunológico pode ser diferente, porque ele não encontrou ainda tantos patógenos quanto os adultos e, portanto, não pode ter a mesma forma de "memória".

iG: Você e sua equipe, neste ano, curaram com células-T um bebê de apenas seis meses de idade que tinha deficiência imunológica congênita. Por que decidiu não usar o tratamento tradicional?
CB: Este paciente tinha uma imunodeficiência que foi tratada por um transplante de sua mãe. No entanto, ele também desenvolveu uma infecção por citomegalovírus (CMV), porque seu sistema imunológico ainda estava muito fraco, mesmo após o transplante. Ele foi tratado, inicialmente, com drogas convencionais contra o CMV, mas ele era resistente a todas elas. Nós então produzimos células-T contra o CMV a partir da mãe do bebê e injetamos no paciente. Dentro de poucas semanas os vírus de CMV desapareceram.

iG: É possível treinar células-T com pouca “memória”, como a de pacientes mais novos,  a matar tumores e vírus?
CB: Sim, nós somos o primeiro grupo a mostrar que é possível que células de sangue ainda naif do cordão umbilical podem derivar um sistema imunológico “treinado” em labortório capaz de matar três vírus simultaneamente.

iG: Depois dessa, o que vocês estão planejando fazer?
CB: Estamos atualmente desenvolvendo novas terapias imunes para pacientes pediátricos com câncer no sangue, neuroblastoma, sarcomas e tumores de cérebro. Estamos também desenvolvendo novos tratamentos contra infecções por vírus, incluindo cinco vírus que podem causar grandes problemas em pacientes deficientes imunes (por exemplo, aqueles com deficiências imunológicas congênitas ou pacientes transplantados).

iG: Por que a imuneterapia é mais barata que os tratamentos convencionais?
CB: O custo das terapias com drogas tradicionais contra infecções por vírus pode ultrapassar 30 mil dólares. Isto para evitar uma única infecção por vírus em um paciente que fez um transplante de medula recentemente e ainda está com o sistema imune baixo. O tratamento destes pacientes com células T não só trata a infecção pelo vírus, como também repara o sistema imune e protege o organismo. É portanto uma estratégia com maior custo benefício e que agora está sendo usada nos Estados Unidos, Europa, Ásia e Austrália.
 
iG: Este tipo de tratamento está sendo utilizado no Brasil e em outros países?
CB: A América do Sul também está desenvolvendo algumas terapias com base imunes muito promissoras e está se tornando muito ativa dentro da sociedade internacional de terapias celulares (ISCT). Como presidente eleita desta sociedade, eu me comprometo a chegar ao Brasil e outros países da América do Sul para ajudar com o desenvolvimento e capacitação no campo da terapia celular.
 
iG

Fim de ano: 10 dicas para manter o peso em dia

Festas de final de ano, viagem, passeio… E você não quer se descontrolar quando se trata de comida, né?
 
Tem jeito e o Universo Jatobá vai te ajudar. O maior erro é achar que “tem direito” de comer sem freio nesta época do ano. “Contando quase 10 dias saindo do regime em proporções grandes, é fácil recuperar todos os quilos perdidos durante meses”, alerta a nutróloga Liliane Oppermann.
 
Mas, não precisa radicalizar! Não é aconselhável que a pessoa se prive de comer todas as gostosuras das festas. “É importante que uma vez ou outra a gente se libere, mas, o ideal é que seja sempre em poucas quantidades e sempre tentando compensar em outras refeições”, recomenda.
 
Confira as dicas:
 
1. Antes de sair de casa, tome um iogurte ou coma uma fruta. Dessa forma, você não vai chegar com muita fome e saberá se controlar diante das opções. Além disso, faça as refeições do dia normalmente ao invés de ficar sem comer o dia inteiro para comer mais na ceia.
 
2 . Não deixe de fazer sua atividade física nesses dias, nem que seja uma caminhada leve, assim seu metabolismo ficará funcionando o dia todo.
 
3 . Evite ficar beliscando pãezinhos, patês, castanhas, amendoim, salgadinhos e queijos, que são todos bem calóricos.
 
4 . Selecione os pratos que mais gosta e coma um pouquinho de cada um. Prefira carnes de peru e chester ou aves e retire a pele.
 
5 . A maioria dos acompanhamentos são carboidratos. Escolha apenas um e evite o exagero.
 
6 . As saladas como rúcula, agrião, alface e escarola são muito bem vindas. Abuse! Cuidado apenas com os molhos e suas quantidades. Ah! E cuidado também com a quantidade da salada de maionese e o salpicão de frango.
 
7 . Não exagere nos alcoólicos, principalmente os destilados, que são os mais calóricos. Beba 1 ou 2 copos de cerveja e alterne com água. Troque os refrigerantes por sucos ou água ou opte pelas versões zero e light.
 
8 . As frutas da estação podem e devem ser adicionadas ao seu cardápio. Pêssego, uva, ameixa, melão e melancia são algumas das frutas dessa estação. Nozes, amêndoas e castanhas, apesar de serem saudáveis, são muito calóricas e merecem atenção com a quantidade.
 
9 . Para a sobremesa, prefira fazer alguma receita que tenha menos gordura, priorizando frutas ou chocolate amargo, por exemplo.
 
10 . Utilize produtos light de requeijão, creme de leite, chocolate, leite condensado e maionese para preparo dos alimentos. Faz uma grande diferença.

Universo Jatobá