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domingo, 6 de outubro de 2013

Turma 70 São Camilo - Itu


Turma 135  da Pós em administração Hospitalar da São Camilo, realizada na Santa Casa de Misericórdia de Itu
Setembro 2013

Dormir à tarde pode aumentar o colesterol e o risco de diabetes tipo 2

Estudo afirma que quanto maior o tempo dormindo, maior é a ameaça
 
Dizem que fazer a famosa "sesta" pode ajudar o cérebro a descansar e trabalhar melhor no resto do dia. Entretanto, esse hábito também pode aumentar o risco de diabetes tipo 2 - como afirma uma nova pesquisa da Universidade de Ciência e Tecnologia de Huazhong, na China. O trabalho foi publicado em setembro na revista Sleep Medicine.

O estudo acompanhou 27.009 homens e mulheres com 45 anos ou mais. Quase 70% dos voluntários disseram tirar um cochilo à tarde regularmente tirou um cochilo à tarde. Durante a pesquisa eles descobriram que as leituras de glicose eram muito maiores entre aqueles que mantinham essa prática.
 
Os pesquisadores descobriram que dormir de 30 minutos a uma hora pode aumentar as chances de desenvolver diabetes do tipo 2. Quarenta por cento deles também tinham pressão arterial elevada, em comparação com apenas 33% dos não-cochiladores, e 24% tinham níveis aumentados de colesterol, em comparação com 19% dos participantes que não dormiam à tarde ou o faziam por um tempo menor que 30 minutos.

De acordo com os autores, uma razão para a sesta ser prejudicial é simplesmente o fato de que dormir a tarde significa que menos exercício está sendo realizado. Outra hipótese é a de que o cochilo interrompe o relógio interno do corpo e expõe o organismo a níveis mais altos do hormônio do estresse cortisol. Os cientistas afirmam que esses resultados estão em contraste com os de outros estudos recentes - que mostram o cochilo como benéfico para o cérebro e para reduzir o risco de ataques cardíacos e derrames. Eles completam dizendo que é importante descobrir o tempo certo de soneca e se pessoas com fatores de risco para essas doenças realmente se beneficiam no hábito.

Adote 12 medidas para proteger a saúde do coração
 O Ministério da Saúde estima que 31,5% dos óbitos no Brasil são provocados por doenças cardiovasculares, tornando-se a primeira causa de morte entre a população brasileira. A doença mata por ano, 7.6 milhões de pessoas no mundo todo, devido às suas complicações como AVC, infarto, entre outras. A hipertensão arterial e obesidade são consideradas duas das maiores vilãs da saúde do coração. Segundo dados do Ministério, cerca de 30 milhões de brasileiros têm hipertensão e há outros 12 milhões de brasileiros que ainda não sabem que possuem a doença no Brasil.
 
Quando não controlada, a pressão arterial causa lesões na artéria aorta e provoca a sobrecarga do coração, que fica com o músculo mais rígido, aumenta de tamanho e fica inchado. Já o excesso de peso, principal causador da hipertensão, exige um esforço maior não só do coração, mas também de todo o sistema circulatório, sendo a principal causa do aumento da pressão e podendo levar ao desenvolvimento de insuficiência cardíaca, ou seja, da diminuição da capacidade do coração de cumprir a sua função de bombear efetivamente o sangue, que corre por todo o corpo, alimentando órgãos e tecidos vitais. Por isso, manter hábitos saudáveis é fundamental para blindar o coração.
 
A seguir, confira 12 maneiras de proteger esse órgão vital:
 
Sono - Foto: Getty ImagesSono reparador
Estudos recentes apontam que cerca de 40% dos indivíduos hipertensos sofrem também de apneia obstrutiva do sono, alertando para uma relação entre as doenças. A apneia atinge aproximadamente sete em cada 100 pessoas e a incidência é maior no sexo masculino. Estima-se que 24% dos homens de meia-idade e 9% das mulheres são afetados pela apneia. A doença caracteriza-se pelo ronco que segue em um mesmo ritmo, vai ficando mais alto e, de repente, é interrompido por um período de silêncio. Neste momento, a pessoa fica totalmente sem respiração, mas, logo o ronco volta ao ritmo inicial. Segundo o presidente da Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH), Artur Beltrame Ribeiro, quem sofre de apneia do sono apresenta mais variabilidade da pressão e o aumento está ligado à lesão dos órgãos-alvo, como coração, cérebro e rins. Além disso, uma noite bem dormida tem a ver com viver mais, de acordo com um estudo da Universidade de Warwick e da Universidade Federico II, na Itália. De acordo com os pesquisadores, quem dorme menos de seis horas ou mais de oito ao dia tem 12% a mais de chance de morrer. Com a qualidade do sono prejudicado, crescem os ricos de acidentes, por conta da sonolência, e de ataques cardíacos em função do estresse.
                   
Estresse - Foto Getty ImagesCombata o estresse
O colesterol alto, que causa a hipertensão e obstrui as artérias do coração, é um dos efeitos do excesso de estresse. A ansiedade aumenta a liberação de cortisol no organismo, hormônio que faz crescer a concentração de glicose no sangue, desencadeando problemas como diabetes, altos níveis de triglicérides e descontrole de colesterol. Cada vez que você fica ansioso, a quantidade de radicais livres que passam a circular no seu organismo aumenta. Com a ansiedade, a presença dos radicais livres no organismo aumenta, podendo gerar o agravamento de problemas cardíacos. Isso porque eles interagem com o colesterol em excesso no organismo, formando placas nas paredes dos vasos sanguíneos, além de piorar certas doenças inflamatórias e causar envelhecimento.
 
Oléo - Foto: Getty ImagesPrefira os óleos vegetais
Na luta para abaixar os níveis de colesterol, em vez de apenas restringir o consumo dos tradicionais vilões do coração (como as gorduras saturadas), você pode recorrer à ajuda de alguns mocinhos. O óleo de canola e o azeite de oliva são bons exemplos de alimentos que você deve incluir na dieta. Segundo a nutricionista Roberta Stella, as gorduras monoinsaturadas presentes nos dois tipos de óleos vegetais ajudam a reduzir as taxas de LDL, o mal colesterol. Já os óleos vegetais ricos em gorduras poli-insaturadas, como o de soja, girassol e milho, aumentam os níveis de HDL, considerado como bom colesterol. A dica da especialista, portanto, é, além de ficar de olho na quantidade de gorduras saturadas e trans, dar preferência aos alimentos com maior quantidade de gorduras mono e poli-insaturadas.
 
Carne - Foto: Getty ImagesManeire nas carnes
Principalmente a carne vermelha apresenta uma quantidade maior de colesterol. Ainda mais se conter capas generosas de gordura. Porém, isso não significa que elas devem ser totalmente excluídas do seu cardápio. "Controlando a ingestão dos outros alimentos fontes de colesterol, é possível ingerir carne vermelha até três vezes por semana", diz a nutricionista Roberta Stella. O fato de as carnes vermelhas oferecerem mais colesterol, no entanto, não faz com que os outros tipos de carnes possam ser consumidos à vontade. De acordo com Roberta, as carnes brancas e magras também possuem colesterol e, por isso, devem ser dosadas. "Os alimentos que contêm colesterol devem ser monitorados de uma forma geral. Leve em conta que o total da gordura obtido em um dia deve ser menor que 300 mg", completa. Uma dica: 100 gramas de contra-filé grelhado com gordura contêm 144 mg de colesterol. Sem a gordura, a quantidade diminui para 102 mg.
 
Açúcar - Foto: Getty ImagesAté o açúcar?
Isso mesmo. Um estudo publicado no Journal of American Medical Association sugere que, assim como uma dieta rica em gordura pode aumentar os níveis de triglicerídeos e colesterol, a ingestão de açúcar também pode afetar as taxas de lipídios. Para a realização do estudo, foram analisados os níveis de lipídios no sangue em mais de seis mil homens e mulheres adultos. Os pesquisadores descobriram que pessoas que consumiam mais açúcar tinham maior propensão de ter uma doença cardiovascular. Os cientistas não sabem ao certo que processo está envolvido nessa ligação do açúcar com o colesterol, pois até hoje, o que se sabia era a associação entre o consumo de açúcar e o diabetes. No estudo, o grupo de maior consumo ingeria uma média de 46 colheres de chá de açúcares "escondidos" nos alimentos por dia. O grupo de menor consumo ingeria uma média de apenas cerca de três colheres de chá por dia.
 
Vegetais - Foto: Getty ImagesVegetais - sempre!
Um importante estudo científico divulgado no periódico americano Circulation demonstrou que o consumo de proteínas de origem vegetal está associado à redução da pressão arterial, ao mesmo tempo em que confirmou estudos anteriores de que o consumo total de proteínas não aumenta os níveis de pressão sanguínea. O ácido glutâmico, principal aminoácido encontrado nas proteínas vegetais, é um dos micronutrientes que ajudam a controlar a pressão arterial. Essa é uma das formas de se explicar a razão pela qual os vegetarianos têm menor tendência a desenvolver hipertensão arterial.
 
Sol - Foto: Getty ImagesVitamina D
Um estudo realizado pela Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, revelou que 20% dos casos de hipertensão em mulheres estão associados ao descontrole dos níveis da pressão arterial em decorrência da falta de vitamina D no organismo. Este nutriente pode ser encontrado em alimentos como a manteiga, gema de ovo, fígado, entre outros, mas sua principal fonte de absorção é a luz solar. Portanto, 15 minutinhos de exposição ao sol são mais do que recomendados. O nutriente também é importante no processo de absorção de cálcio e fósforo no intestino e na mineralização, ou seja, crescimento e reparo dos ossos.
 
Vinho - Foto: Getty ImagesVinho sim!
Um estudo publicado no "Public Library of Science One", mostra que pequenas doses de resveratrol, um tipo de substância antioxidante presente nas uvas, em especial as tintas, protegem o coração contra o envelhecimento e reduzem os níveis de colesterol ruim, o LDL. No entanto, não vale exagerar: uma taça de vinho por dia é suficiente para dar proteger o coração sem maltratar o fígado, por conta do teor alcoólico.
 
Música - Foto: Getty ImagesOuça a música do coração
Um estudo realizado pela Universidade de Maryland, nos EUA, com 10 participantes que não tinham nenhuma doença aparente constatou que quando eles ouviam por 30 minutos suas músicas preferidas ocorria a dilatação dos vasos sanguíneos. Esse gesto se equipara a reação de uma gargalhada, ao fazer atividades físicas ou quando tomavam medicações para o sangue. O diretor da cardiologia da instituição, Michael Miller, explica que ocorreu um aumento de 26% no diâmetro dos vasos, enquanto ao ouvirem uma música que não agradava ocorria uma redução de 6%. Dessa forma, o sangue flui mais facilmente, reduzindo as chances de formação de coágulos que causam infartos e derrames, além de reduzir os riscos do endurecimento dos vasos, característicos da aterosclerose.
 
Sal - Foto: Getty ImagesManeire no sal
Pesquisas científicas já comprovaram a relação direta entre o consumo de sódio e a hipertensão arterial. De acordo dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia, o brasileiro consome em média 12 gramas de sal por dia, quando o recomendado seria limitar essa ingestão a 6 gramas. Em geral, a quantidade é alta porque, além do sal contido no alimento industrializado, as pessoas não dispensam apelar para o saleiro durante as refeições. De acordo com a nutricionista Eliane Cristina de Almeida, da Unifesp, o maior perigo do sódio é que ele está escondido nos alimentos. "Alimentos como fast-food, comida congelada, salgadinhos, biscoitos, refrigerantes, cereal matinal, embutidos, chocolate, carne bovina, leite e derivados contém boa quantidade de sódio que não costumamos perceber", diz a especialista.
 
fio dental - Foto: Getty ImagesUse fio dental
Uma pesquisa feita por cientistas da Itália e do Reino Unido, publicada no site do Jornal da Faseb (do inglês, "The Federation of American Societies for Experimental Biology"), mostra que gengivas infectadas podem ser um fator de risco para desenvolver problemas no coração. De fato, uma adequada higiene dental pode reduzir o risco de aterosclerose, derrame e doenças no coração, independentemente de outras medidas, como o controle do colesterol. "Há muito tempo se suspeita de que a aterosclerose é um processo inflamatório e que a doença periodontal tem um importante papel na aterosclerose", afirma Mario Clerici, pesquisador do estudo.
 
Peixe - Foto: Getty ImagesDieta mediterrânea
A dieta típica da região banhada pelo Mar Mediterrâneo , ela é conhecida por seus benefícios ao coração. Os principais participantes dos pratos são as gorduras protetoras, que agem contra o desenvolvimento de doenças cardiovasculares , diz a nutricionista do Minha Vida, Roberta Stella. Ela aumenta o nível de colesterol bom (HDL) e diminuir as taxas do colesterol ruim (LDL) do sangue, além de evitar a obstrução das artérias. Dentre as principais características dessa dieta, estão o baixo consumo de carne vermelha, a ingestão de frutas, cereais e nozes, o alto consumo de peixes, o consumo moderado de vinho e o azeite de oliva como fonte de gordura saudável. Além disso, os peixes contêm ômega 3, reconhecido como um nutriente cardioprotetor, isto é, beneficia a saúde cardiovascular.
 
Minha Vida

11 benefícios que o riso traz para a sua saúde

11 benefícios do riso para a sua saúdeRir fortalece o sistema imunológico, combate o estresse e elimina rugas
 
Na correria do dia a dia, é muito comum nos estressarmos com os empecilhos da rotina ou ficarmos extremamente cansados no fim do dia, sem vontade de fazer nada.
 
Embora pareçam não ter remédio, esses males podem ter uma solução muito simples: sorrir!
 
É de graça e você não precisa de mais nada além de você mesmo para isso.

O riso, além de trazer aquela sensação de bem-estar que todo mundo conhece, pode ser um grande aliado da saúde, ajudando a prevenir doenças e auxiliando o organismo a cumprir as suas funções diárias.
 
É benefício da cabeça aos pés!
 
Veja aqui tudo o que uma boa gargalhada pode fazer por você:  
 
Coração
Uma pesquisa na Universidade de Loma Linda, na Califórnia (EUA), afirma que o riso pode reduzir o risco de doenças cardíacas. A equipe separou dois grupos de pessoas que tinham sofrido um ataque cardíaco e estavam sob cuidados médicos. O primeiro grupo assistia a vídeos de humor durante 20 minutos, todos os dias.

Após um ano, esse grupo apresentou uma queda de 66% da proteína C-reativa, que é um marcador da inflamação e do risco de problemas cardiovasculares. A queda dessa substância no outro grupo foi de apenas 26%. Como conclusão, as pessoas que riram mais tiveram o risco de problemas cardíacos reduzido significativamente. 
               
Colesterol e diabetes
Dar boas risadas pode aumentar os níveis de colesterol bom no sangue, de acordo com uma pesquisa realizada na Universidade Loma Linda. Os pesquisadores acompanharam 20 pacientes diabéticos com altas taxas de colesterol ruim no sangue. Todos usavam remédios para controlar esses problemas.

Metade desses pacientes continuou com o tratamento padrão, enquanto a outra metade, além de tomar a medicação, assistia a filmes de comédia diariamente, durante 30 minutos. Após um ano, o grupo que foi estimulado a gargalhar elevou seus níveis de HDL, o bom colesterol, em até 26%. No grupo de controle o aumento foi de apenas 3%.  
                    
Pressão arterial
Um estudo realizado na escola de medicina da Universidade de Baltimore, nos Estados Unidos, descobriu que rir diminui a pressão arterial, enquanto o estressa a aumenta.

A equipe estudou 20 voluntários saudáveis, não fumantes, com idade média de 33 anos. Eles assistiam primeiro a um trecho de um filme que causasse estresse e, 48 horas depois, viam um filme de comédia.

Antes de assistir a cada filme, os voluntários ficavam em jejum e submetiam-se a testes para saber como vasos sanguíneos respondiam a súbitos aumentos no fluxo de sangue.

Ao final do estudo, foi revelado que o estresse reduz o fluxo de sangue em 35%. Já as risadas provocadas pela comédia fizeram com que o fluxo aumentasse 22%, reduzindo a pressão arterial. Paralelo a isso, ocorria uma limpeza dos vasos sanguíneos. 
              
Pulmões
De acordo com a especialista em terapia do riso Conceição Trucom, dona do site Doce Limão, quando damos uma boa gargalhada, a absorção de oxigênio pelos pulmões aumenta. Inalamos mais ar e, com isso, a expiração também fica mais forte. "Com maior ventilação pulmonar, o excesso de dióxido de carbono e vapores residuais é rapidamente eliminado, promovendo uma limpeza ou desintoxicação". Ou seja, rir limpa os seus pulmões e ainda os deixa mais fortes! 
 
                    
Digestão
De acordo com a psicóloga Fátima Niemeyer, da Sociedade Brasileira de Psicologia, os músculos que são mais estimulados quando rimos são os abdominais. Esses movimentos fazem uma espécie de massagem em nosso sistema gastrointestinal, melhorando a digestão. "Essa massagem também revigora todo o trabalho hepático", diz Conceição.     
               
Circulação do sangue
O ritmo cardíaco acelera quando começamos a rir. Os batimentos podem atingir até 120 pulsações por minuto, em comparação com as 70 pulsações por minuto quando estamos em repouso. "Quando a pulsação aumenta, o sangue circula mais intensamente no organismo, o que aumenta a oxigenação de todas as células, tecidos e órgãos", afirma Fátima. Isso faz com que nosso organismo funcione a todo vapor! 
 
Estresse e sistema imunológico
"Durante uma sessão de gargalhadas, os níveis de cortisol e adrenalina - hormônios do estresse - baixam", diz Conceição. Além disso, nosso cérebro passa a produzir endorfina, hormônio que nos deixa relaxado.

Isso faz com que o corpo consiga produzir mais células de defesa, que ficam mais ativas, fortalecendo o sistema imunológico e blindando o organismo contra doenças.

Segundo Conceição, as células que ganham vantagem na produção - quando os níveis de estresse abaixam - são os linfócitos B, responsáveis pela produção de anticorpos; os linfócitos T, que são verdadeiros rastreadores de vírus e bactérias; a imunoglobina A, um anticorpo essencial no combate às infecções respiratórias; e as células NK, que são destruidoras de células cancerígenas. 
             
Combate as rugas
Ao dar boas risadas, nós movimentamos 12 músculos faciais e, ao dar gargalhadas, movimentamos 24 desses músculos. Quando conversamos e gargalhamos ao mesmo tempo, então, são 84 músculos. Todo esse exercício facial estica a pele, retardando o aparecimento de rugas.  
 
Exercício físico para os idosos
De acordo com uma pesquisa feita pela equipe da Universidade de Loma Linda, uma gargalhada é tão saudável quanto a prática de exercícios físicos. Isso porque ela estimula a circulação, produz endorfina e também movimenta nossos músculos, não só do abdômen, mas das pernas, braços e pés.

Os pesquisadores afirmaram que o riso pode ser a chave para a saúde de idosos que não conseguem praticar atividades físicas. 
                 
Autoestima
"O sorriso melhora o bom humor, eleva a autoestima te deixa mais seguro", diz a psicóloga Melina Blanco Amarins, do Hospital Albert Einstein. Ela afirma que a Terapia do Riso nos hospitais é capaz levantar o alto astral do paciente e diminuir o sofrimento da internação, deixando-o mais confiante.

A psicóloga Fátima conta que o sorriso traz uma série de sensações agradáveis e ajuda a eliminar sensações negativas, como tristeza e, até mesmo, depressão. 
        
Sorrir é contagioso!
A psicóloga Melina explica que o sorriso, além de trazer todos esses benefícios a nossa saúde, ainda é capaz de nos aproximar das pessoas conhecidas e aumentar as chances de fazer novas amizades. Afinal, ele não deixa de ser uma forma de comunicação. "Sorrir faz parte das relações sociais e compartilhá-lo faz bem a você a ao próximo!", diz Melina. 
 
Minha Vida

Procedimentos como o do 'nariz na testa' são feitos desde os anos 1970

Paciente identificado com Xiaolian, 22 anos, é visto com 'nariz' moldado com tecido implantado na cabeça, em hospital de Fuzhou, China. Ele sofreu infecção que corroeu a cartilagem do nariz após um acidente, e se prepara para o transplante do novo órgão. (Foto: Reuters/Stringer)
Foto: Reuters/Stringer
Paciente chinês é visto com 'nariz' moldado com tecido implantado
 na testa
Órgão artificial é moldado a partir da cartilagem do próprio paciente. Nesta 4ª, foram divulgadas fotos de chinês com nariz sobre a testa
 
Pacientes que passam por acidentes ou doenças que danificam órgãos como o nariz ou a orelha têm como alternativa de reparação a técnica de "retalho pré-fabricado" ou "retalho pré-moldado". É o caso do paciente chinês, divulgado na quarta-feira (25), cujos médicos criaram um nariz artificial na sua testa, para posterior substituição do nariz original.
 
Na estratégia do "retalho pré-fabricado", o órgão é moldado a partir da cartilagem do próprio paciente e implantado em uma outra parte do corpo como o antebraço, por exemplo.
 
Quando ocorre a aderência da cartilagem à pele dessa região, o órgão artificial é transplantado para substituir o órgão original, danificado. Com essa técnica, o paciente fica durante um período que vai de algumas semanas até alguns meses com o órgão artificial em uma parte diferente do corpo.

De acordo com o médico Julio Morais, professor assistente da disciplina de Cirurgia Plástica da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), essa técnica é indicada em situações de exceção: quando, por exemplo, a área onde o novo órgão deve ser implantado está traumatizada, com feridas abertas ou danificada por radioterapia.
 
Nesse caso, prepara-se a estrutura a ser implantada em outra região, mais sadia, e quando a cartilagem está aderida à pele, a estrutura toda é transplantada para o lugar definitivo. Morais conta que os primeiros estudos descrevendo esse método foram publicados na década de 1970 e que ele fez a primeira cirurgia do tipo no Brasil em 1980. Desde então, já realizou de 10 a 15 intervenções similares no Hospital das Clínicas, em São Paulo. As imagens acima mostram um dos casos que já atendeu.

Situação rara
“São situações relativamente raras. É difícil encontrar o doente ideal em que a técnica funcione”, diz Morais. Segundo o cirurgião, a cartilagem que serve de matéria prima para a construção do órgão artificial geralmente é retirada nas costelas, mas também pode ser retirada da própria orelha ou do septo nasal.
 
Depois de extrair uma porção de cartilagem de um desses locais, a equipe médica faz uma escultura a partir desse material, que reproduza o órgão a ser substituído. “No caso particular da orelha, a escultura é bem delicada e é preciso ter inclusive uma noção de arte. É uma estrutura muito mais trabalhada do que o nariz, cheia de nuances e de voltas”, diz Morais.
 
Ele explica que a região onde o órgão vai ser implantado provisoriamente tem de ter uma pele semelhante à região final do implante. Para o nariz, a área preferencial é a testa ou o antebraço. Para a orelha, a área preferencial é o antebraço ou a fáscia temporal, região lateral do crânio.
 
Morais conta que em um procedimento como o do paciente chinês, que teve o nariz construído na testa, o órgão não é completamente retirado para ser reimplantado: é apenas “rodado” até chegar ao lugar certo. Já quando o implante ocorre no antebraço, a cirurgia é mais delicada, pois o novo órgão é completamente removido e o procedimento tem que levar junto uma artéria ou veia que vai servir para nutrir o tecido.
 
De acordo com o cirurgião Carlos Alberto Komatsu, diretor da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), “a vantagem do retalho pré-moldado é que primeiro se faz o enxerto pegar bem, até que tenha uma boa circulação no tecido, para depois fazer a transferência.”

A imagem da esquerda mostra a cartilagem já integrada sob a pele do antebraço do paciente, dois meses após a colocação; a imagem da direita mostra o resultado final da reconstrução da orelha, dois meses após o transplante microcirúrgico da pele do braço para a face. (Foto: Julio Morais/Divulgação)
Foto: Julio Morais/Divulgação
A imagem da esquerda mostra a cartilagem já integrada sob a pele do antebraço do paciente, dois meses após a colocação; a imagem da direita  mostra o resultado final da reconstrução da orelha, dois meses após o transplante microcirúrgico da pele do braço para a face. O paciente havia  perdido a orelha devido a um acidente automobilístico

Segundo o cirurgião plástico Cesar Augusto Adami Raposo do Amaral, do Hospital Sobrapar, especializado em cirurgias de reconstrução de crânio e face, há inclusive a possibilidade de o órgão artificial ser feito de aloplástico, material inerte ao corpo humano.
 
Ele conta que a instituição já realizou cirurgias de reconstrução em pacientes com deformidades congênitas – quando a pessoa nasce sem orelha ou sem nariz, por exemplo – ou deformidades adquiridas – por traumas ou tumores.
 
G1

Síndrome faz americano ficar bêbado ao comer doces e carboidratos

Matthew Hogg tem supercrescimento de levedura no intestino delgado que produz etanol a partir de carboidratos e doces  (Foto: Facebook/Reprodução/Matthew Hogg)
Foto: Facebook/Reprodução/Matthew Hogg
Americano tem supercrescimento de levedura no
intestino que produz etanol a partir de carboidratos
 e doces
Matthew Hogg, de 34 anos, tem doença rara de fermentação intestinal. Embriaguez ocorre por supercrescimento de leveduras que fabricam etanol
 
O americano Matthew Hogg, de 34 anos, sofre de uma síndrome rara de fermentação intestinal que faz com que ele fique bêbado ao consumir alimentos como carboidratos e doces. Esse processo de embriaguez sem ingestão de álcool ocorre porque há em seu intestino delgado um supercrescimento de leveduras, que acabam produzindo etanol.
 
Segundo os médicos, ainda se sabe muito pouco sobre essa doença, mas uma série de casos já tem sido citada na literatura. Por causa de sua condição, Matthew normalmente acorda de ressaca e sofre de exaustão constante, segundo o site do jornal britânico "Daily Mail". Além disso, ele tem "intoxicação crônica por álcool" e uma doença no fígado, resultantes da frequente fermentação intestinal.
 
Para evitar o problema, que levou mais de 20 anos para ser diagnosticado, o americano mantém uma dieta natural à base de carnes, peixes, ovos, legumes, nozes, água e chá de ervas. Esse hábito não elimina totalmente os sintomas do americano, mas alivia um pouco a situação – agravada por comidas como arroz, batata frita, sanduíches e refrigerantes. Matthew diz que, para ele, uma única porção de arroz equivale a três garrafas de vinho.
 
O americano também conta que, durante a adolescência, ele era teimoso e insistia em ir a festas e consumir álcool. Mesmo sem beber, porém, ele apresentava sintomas como tontura, náusea e agressividade com colegas de classe. Seus médicos chegaram a insistir para que ele procurasse um psiquiatra, por faltar demais à escola. Mas o paciente acabou buscando ajuda com especialistas em Londres e no México.
 
A família de Matthew gastou todas as economias que tinha, de cerca de R$ 177 mil, até que o jovem fez um exame de sangue que apontou níveis elevados de etanol e outros álcoois, indicando supercrescimento bacteriano no intestino delgado.
 
Apesar do diagnóstico já ter sido feito, o americano é incapaz de se manter em um emprego e seguir sua carreira de terapeuta nutricional. Ele acaba ficando em casa, onde mora com a namorada Mandy Taylor, mas não se mantém parado: resolveu criar um site para ajudar outras pessoas com a doença.
 
Mandy segue a mesma dieta de Matthew, para acompanhá-lo e não deixá-lo passando vontade.
 
G1

Solidão leva pessoas a usarem a internet de forma compulsiva

Levantamento britânico aponta mulheres solteiras, desempregadas e na faixa entre 45 e 55 anos como mais propensas a esse tipo de dependência
 
Segunda-feira, 9h. Tiago* não está nem na escola nem no trabalho. Ele está on-line, nas redes sociais e em salas de bate-papo, ambientes com os quais ficou conectado durante toda a madrugada. A cena já se repetiu muito na vida do estudante de psicologia de 24 anos.
 
“Mesmo quando saía de perto do computador, estava conectado. Passava o dia inteiro assim, dentro de casa”, conta o jovem, hoje recuperado do vício em internet.

A onipresença do universo on-line pode ter consequências muito negativas, revelam estudos científicos. Casos em que a internet é o principal meio de contato com o mundo são cada vez mais comuns. Mas, afinal, quem são os dependentes da rede e o que os leva experimentar a vida por trás das telas?
 
Uma das análises mais recentes sobre o assunto, publicada na revista Computers in Human Behavior, revela que os usuários adultos compulsivos costumam se descrever como “ansiosos” e “pessoas que se chateiam facilmente”.

O trabalho dos pesquisadores da Universidade de Northampton, no Reino Unido, foi realizado com 516 homens e mulheres, de idades entre 18 e 65 anos.
 
Precisamente 63,4% dos entrevistados demonstraram usar a internet compulsivamente, com a tendência sendo observada mais nas mulheres. Elas afirmaram que recorrem mais à rede para controlar mudanças de humor e se mostraram especialmente vulneráveis ao exagero quando estão desempregadas e têm entre 45 e 55 anos.

“As mulheres registraram mais comportamentos compulsivos por estarem sem trabalhar e solteiras, o que indica que elas estavam sem muitos recursos para sair e socializar.
 
Na internet, esses usuários encontram excitação em conhecer pessoas de diversos fusos horários”, afirma Nada Korak-Kakabadse, um dos autores do estudo.
 
“A faixa etária de 40 a 49 anos é a que tem a maior frequência de divórcios, de acordo com o Escritório Nacional de Estatísticas do Reino Unido. Assim, as redes sociais on-line podem parecer uma boa opção nesse período de transição”, acrescenta a coautora Cristina Quiñones-García.
 
Correio Braziliense

Riscos são praticamente os mesmos na cesárea e no parto normal de gêmeos

Conclusão veio após pesquisadores analisarem mais de 2,8 mil gestações desse tipo. Para especialistas, a constatação reduz a importância dada às cirurgias
 
Quando decidiu engravidar, a arquiteta Grasiella Drumond, 33 anos, já tinha algumas noções do que era o parto humanizado e acreditava ser a melhor forma de ter o primeiro filho. Mas a ideia ganhou um tom de incerteza quando ela descobriu que, em vez de um, teria Iolanda e Margarida.
 
“A primeira coisa que pensei foi se poderia ter o parto normal. Se existia algum tipo de implicação que prejudicasse a segurança delas”, lembra.
 
O primeiro médico — indicado por fazer partos humanizados — disse que não faria o procedimento.
 
“Achei que teria alguém para me apoiar. Nunca fui radical, mas busquei informações e sabia que era possível.”
 
O segundo obstetra confirmou a convicção de Grasiella. “Eu queria respeitar o nascimento delas, esse era o ponto primordial. Sabia de algumas complicações e de que precisaria ficar atenta.”
 
Diferentemente do que domina o imaginário popular e do que pregam alguns profissionais, os riscos de mortalidade e morbidade (incidência de doença) fetal ou materna em partos gemelares não diferem significativamente entre o parto vaginal e a cesariana planejada, em situações ideais.
 
Cientistas de 25 países, inclusive o Brasil, formaram o Grupo Colaborativo do Estudo de Nascimento de Gêmeos. O esforço internacional teve como objetivo reunir um número substancial de gestantes em condições ambientais diferenciadas para que os dados pudessem representar os riscos reais dessa população.
 
Entre os poucos requisitos, a gravidez gemelar deveria estar entre 32 semanas e 38 semanas e 6 dias — período ideal para o parto de gêmeos. O primeiro bebê também precisava estar em posição cefálica — quando a cabeça do feto se encontra mais próxima da bacia materna —, vivo e com peso médio entre 1,5kg e 4kg.

Foram selecionadas e acompanhadas 2.804 mulheres entre dezembro de 2003 e abril de 2011. Dessas, 414 eram do Brasil.
 
Um total de 1.398 eram do grupo que faria a cesariana planejada e as outras 1.406, o parto vaginal.
 
Entre as do primeiro grupo, 89,9% foram submetidas a cesariana para ambos os filhos, 0,8% combinou parto vaginal e cesárea e 9,3% tiveram apenas o parto vaginal. Já as mães do segundo grupo, 56,2% mantiveram o que foi planejado inicialmente, apenas o parto normal, e 4,2% combinaram o parto vaginal e a cesárea. As mulheres restantes (39,6%) só foram submetidas à cesárea.
 
A comparação dos dados mostrou que a cesariana planejada não reduziu o risco de morte fetal ou neonatal ou morbidade neonatal grave quando comparada com o parto vaginal planejado.
 
Correio Braziliense

Profissionais do Mais Médicos contam dificuldades que enfrentam na Baixada Fluminense

Rio de Janeiro - Ao aderir à primeira etapa do programa Mais Médicos, o município de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, que tem cerca de 855 mil habitantes, ofereceu 32 vagas.
 
Após as inscrições, 11 brasileiros e dois estrangeiros foram selecionados para atuar na cidade. Quando chegou o dia da apresentação, seis brasileiros compareceram, e, desses, quatro completaram na última quarta-feira (2) um mês de atuação, já que dois desistiram do programa.
 
Um deles é Wendel José, de 26 anos, formado há nove meses e entusiasmado com o contato com os pacientes do bairro de Parada Angélica, onde preencheu uma vaga na Unidade do Programa de Saúde da Família. Ele já morava em Duque de Caxias, mas nasceu em Guaíra, no interior de São Paulo.
 
"O pessoal tem sido bem receptivo. Aqui tinha uma carência muito grande mesmo de médico. A gente vê pessoas com problemas crônicos, como diabetes e hipertensão, que estavam sem acompanhamento, algumas já até com complicações dessas doenças", diz o médico, que focou a formação na emergência, mas migrou para a saúde da família com o programa. "A gente vê tanto paciente que chega mal na emergência, com complicações que poderiam ter sido evitadas. Com a prevenção, a pessoa hipertensa não chega a ter pico hipertensivo ou AVC (acidente cardiovascular).Tudo começa na atenção básica",disse.
 
No estado do Rio, em que todos os médicos da primeira etapa foram alocados na região metropolitana, a Baixada Fluminense aguardava receber 37 profissionais formados no Brasil, enquanto Itaboraí e São Gonçalo, no Leste Fluminense, sete, e a capital, 16.

Em Belford Roxo, no entanto, nenhum dos sete previstos se apresentou. O mesmo ocorreu em São João de Meriti, onde um médico deveria ter comparecido. Na capital, 11 médicos desistiram, e, em São Gonçalo, segunda cidade mais populosa do estado, dos três médicos aguardados, dois se apresentaram e um abandonou o programa.
 
Em outra cidade da Baixada, Mesquita, Eliazar Estevam de Barros é outro médico do programa que completa um mês de atuação. Com 23 anos de carreira, ele se inscreveu por ter experiência na saúde da família e pelo salário, de R$ 10 mil, e teve que se mudar de Angra dos Reis para o Rio. A chegada dele e de outra profissional que não é do Mais Médicos ao posto da Estratégia de Saúde da Família em Santo Elias rompeu um período em que as equipes ficaram cerca de um ano sem médicos.
 
"O nosso grande problema, que é do país inteiro, é fixar médico. A gente não consegue ter um grande salário, e os médicos não têm a disponibilidade de carga horária necessária para atuar na atenção básica e ter vínculo com a população. Esse programa veio nos ajudar a resolver esse problema de fixação do médico", defendeu Gláucia Almeida, coordenadora da Atenção Básica de Mesquita.
 
O município ofereceu oito vagas ao se inscrever para o programa. Recebeu seis médicos brasileiros e um estrangeiro, mas apenas quatro dos formados no Brasil se apresentaram. Deles, dois desistiram alegando não ter disponibilidade para a carga horária de 40 horas. Mesquita, segundo Gláucia, tem atualmente duas equipes de saúde da família com falta de médicos.
 
A unidade de saúde ocupa uma casa de três quartos com problemas de conservação pontuais, como portas descascadas e uma parede com infiltração, apesar de boa parte do prédio ter pintura nova, e os pacientes aguardarem em uma sala de espera arejada adaptada na garagem da residência. No consultório de Eliazar, há ar condicionado e mobília simples: um armário estreito, uma cama, duas cadeiras e uma mesa de ferro pintada de branco: "O posto garante o mínimo para o atendimento. O resto é da garra da equipe", afirma o médico.
 
 
O prédio da unidade em que Wendel trabalha foi inaugurado em agosto, e, segundo médico, não dificulta seu trabalho. "A única queixa é que a unidade é pequena para três equipes. São três salas de atendimento, uma de preventivo, uma de vacinação e uma de dentistas. Somos três médicos e três enfermeiros, que também atendem. Quarta-feira, ainda vem a pediatra, que ocupa mais uma. Mas todo mundo fala que sou privilegiado por trabalhar em uma unidade nova. Aqui não tem problema nenhum", explicou.
 
Apesar disso, ele narra outra dificuldade: a falta de um carro para levar as equipes até as pessoas que precisam de atendimento domiciliar, o que faz com que ele visite apenas casas próximas a ponto de ir a pé. Quanto a locomoção, a periculosidade de algumas áreas cobertas pela clínica é outra preocupação: "Têm lugares em que não costumamos ir porque são zonas de risco. Não nos negamos a ir, mas depende do caso”, observou.
 
Eliazar já levou à Coordenação de Atenção Básica do município suas demandas, um computador com internet e um guarda noturno no posto. "A internet já foi instalada na segunda(30) e ficaram de mandar o computador. Há necessidade do computador para várias coisas, e uma delas é o telecurso do programa e os relatórios que tenho preenchido de casa. Isso deveria ser feito no horário de trabalho".
 
O médico lotado em Mesquita conta que, no primeiro mês de trabalho, seus principais pacientes foram diabéticos, hipertensos e gestantes, já que é obstetra, mas outros casos surpreenderam: "A partir da visita de agentes comunitários que perceberam algo de estranho, pontuamos ao conselho tutelar uma menor que estava sendo abusada. O programa também tem essa parte da atenção social, que é importante".
 
Já conhecido de algumas famílias do bairro, Wendel também tem casos para contar: "Tem gente que vem só pra conversar. Teve uma senhora que veio na consulta só para perguntar se podia comer amendoim, porque estava com colesterol e triglicerídeos altos e sentiu vontade. Isso também é saúde da família. O objetivo é criar vínculo com a comunidade. Tem gente que vem aqui toda semana e até traz fruta que dá no quintal pra gente", contou.
 
O jovem médico afirma que o programa é bom, mas questiona o modo como foi formulado: "Não concordo, por exemplo, que médicos de outros países entrem no Brasil sem a revalidação do diploma, nem com cubanos ganharem menos que os outros. O programa é bom, mas não é só levar o médico. Tem que estruturar a unidade e manter o médico lá. Os médicos não são contra o programa, são contra a formulação",observou.
 
Eliazar, por outro lado, elogia a iniciativa e garante: "Estou aqui muito feliz. As pessoas têm muitas dúvidas, mas pelo menos da minha parte, o programa vai dar certo",concluiu.

Agência Brasil

Fumar também pode prejudicar o funcionamento do cérebro

Fumante fica mais suscetível a desenvolver problemas no
 sistema circulatório
Mais de 50 doenças estão associadas ao cigarro
 
Muitas pessoas pensam que o órgão mais prejudicado pelo cigarro é o pulmão. Na verdade, os males causados pelo tabagismo impactam em todo o corpo de forma sistêmica. Para se ter uma ideia, apenas uma simples tragada é suficiente para contrair todos os vasos sanguíneos do corpo, causando o endurecimento das artérias e fazendo o coração trabalhar mais depressa, enquanto os pulmões absorvem cerca de cinco mil substâncias tóxicas como amônia, chumbo, alcatrão e elementos cancerígenos como arsênio e cádmio.
 
De acordo com o pneumologista e vice-diretor do Centro de Reabilitação Pulmonar da Universidade Federal de São Paulo Oliver Nascimento, mais de 50 doenças estão associadas ao cigarro.
 
— As doenças cardiovasculares e o câncer são as principais causas de morte por doença no Brasil, e o câncer de pulmão, a primeira causa de morte por câncer — ilustra Nascimento, amparado por dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) que aponta que o tabaco é responsável direta ou indiretamente por 40% das mortes dos indivíduos em todo o mundo.
 
Mas, além das doenças já conhecidas causadas pelo hábito de fumar, existe ainda a possibilidade que o tabagismo tenha participação no processo de degeneração cerebral.
 
— Ainda não se sabe se o cigarro realmente acelera a perda cognitiva, como ocorre com a doença de Alzheimer, por exemplo. Mas é conhecido que o tabagismo é um importante fator de risco para o mau funcionamento cerebral —afirma o neurologista e coordenador do Núcleo de Memória do Hospital Israelita Albert Einstein, Ivan Okamoto.
 
Como o cigarro pode afetar o cérebro?
O que se sabe é que o fumante fica mais suscetível a desenvolver problemas no sistema circulatório, como a aterosclerose. Nessa doença, as artérias sofrem uma inflamação e, com isso, placas de gordura grudam em suas paredes. Com o passar do tempo, elas se calcificam, diminuindo o calibre dos vasos, fazendo com que o cérebro receba menos sangue e uma menor quantidade de oxigênio e nutrientes.
 
— Esse comprometimento vascular pode levar à lesão cerebral, progredindo gradualmente a um quadro demencial — explica Okamoto, que alerta ainda que até os fumantes passivos podem estar sujeitos a essas consequências.
 
Os sintomas de quadro de demência podem ser confundidos com estresse ou fadiga. Entretanto, independente da causa, quando o indivíduo passa a apresentar dificuldades de memória persistentes, alterações no padrão funcional, mudanças no comportamento, problemas de linguagem e até mesmo dificuldades motoras, é recomendável que seja avaliado por um médico.
 
Considerado uma doença crônica, o tabagismo precisa ser tratado com mudança comportamental e, muitas vezes, com acompanhamento de um médico que indique o tratamento adequado que combine terapias. Dependendo do caso, é possível incluir medicamentos que ajudem no controle dos sintomas da abstinência, que podem sabotar o abandono do fumo.

Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) revelam que fumantes que tentam parar de fumar sem ajuda médica têm menor chance de sucesso (uma média de 5%). E mesmo entre os que conseguem largar o cigarro, apenas de 0,5% a 5% mantêm a abstinência por um ano sem acompanhamento médico.
 
— A boa notícia é que, graças ao aumento da conscientização da população motivado pelas leis de restrição ao cigarro em ambientes fechados, proibição da publicidade, campanhas antitabagismo, entre outros fatores, a cada ano o número de fumantes vem reduzindo — diz Oliver Nascimento.

Zero Hora

Massagens podem ser tratamento aliado de males do corpo e da mente

Massagens podem ser tratamento aliado de males do corpo e da mente Lauro Alves/Agencia RBS
Foto: Lauro Alves / Agencia RBS
Em sala climatizada, com música ambiental, Fernanda busca
 reduzir dores nas costas
Mais do que o alívio de dores, para muitos sessões são rituais de bem-estar
 
Alguns minutos na maca são suficientes para a paciente desacelerar a velocidade com que veio da rua. Após recostar-se sobre o lençol térmico que ajuda a garantir o conforto, a psicóloga Fernanda Ludke Nardi começa a repousar no ambiente preparado para sua sessão semanal de massagem.

A sala está climatizada, há uma luz azul discreta e música instrumental no fundo para estabelecer a tranquilidade. O massoterapeuta Sander Roberto Santos da Silva será o responsável pela sensação de relaxamento que a jovem de 27 anos terá pelos próximos 45 minutos — ritual que repete há pelo menos dois anos.

Com mãos besuntadas de creme, o massoterapeuta realiza movimentos contínuos e leves que percorrem as principais regiões tensionadas de Fernanda — dorsal e membros.

Nascidas em sua maioria da medicina chinesa, em meados de 1800 a.C, as técnicas de massagem hoje têm influência ocidental. Enquanto as de tipo oriental focam a fisiologia do sistema circulatório, as ocidentais miram na fisiologia energética. Na teoria, consistem de um conjunto de toques exercidos no corpo, além de movimentos nas articulações e nos alongamentos e aplicações de calor e frio.

O fisioterapeuta Plínio de Assis Brasil Neto defende a ideia de que uma cura passa pela intenção do curador:

— Os músculos guardam os sentimentos. Em uma massagem, recuperam-se as sensações das pessoas. O músculo tem uma capa, que guarda as memórias emocionais e de lesões. Tu mexes ali, e o corpo se autorregula, como um "biofeedback".

Apesar de ser psicóloga e trabalhar internamente suas emoções, Fernanda acumula nos músculos os estímulos ambientais causados por movimentos bruscos, trocas de temperatura, tempo no computador, má postura, bruxismo, sem falar nas preocupações do dia a dia. Para Fernanda, a massagem surgiu como uma necessidade, para ajudar a diluir dores fortes nas costas, e acabou se consolidando como um ritual do qual não abre mão:

— Quando o Sander entrou de férias, fiquei quase louca, pensando que ia morrer de dor novamente. Mas meu corpo ficou mais condicionado com a sensação de bem-estar. Passou rápido, quase nem percebi.

Calor, energia, sexualidade em seis tipos de toque

Tradicional chinesa
Uma acupuntura com os dedos. Assim pode-se definir a massagem baseada na medicina tradicional chinesa. O terapeuta identifica pelo pulso como está a circulação e, por uma conversa com o paciente, constata que os pontos do corpo cuja energia está bloqueada podem ser ativados com estímulo manual e de calor. Deslizando com os dedos pela região dorsal, braços, pernas, ele atua em pontos críticos de tensão, e a dor vai aos poucos se dissolvendo. Nas regiões mais críticas, em órgãos que apresentam disfunções, é realizada a aplicação de calor a partir da "mocha", carvão vegetal aquecido feito com artemísia, erva medicinal chinesa. A proposta é promover o aumento da circulação do sangue e da energia na região.

— O calor promove relaxamento e ajuda a tonificar alguns órgãos tensionados pelo estresse do cotidiano — diz Luciane Trucolo, que fez vários cursos para se tornar especialista.

Os principais benefícios de uma boa massagem, diz ela, são diluição de toxinas e do estresse, melhoria do sono e diminuição da ansiedade.

Shiatsu
Assim como a tradicional chinesa, a shiatsuterapia trabalha nos bloqueios energéticos. Associada a outras terapias, ajuda no equilíbrio corporal e atua mais no sentido preventivo. O educador físico e especialista em shiatsuterapia Marcio Abreu explica que esse tipo de massagem é responsável por fazer integração do bem-estar físico e emocional.

— O nosso corpo cria proteções aos estímulos externos e vamos criando as tensões musculares.

No shiatsu, o terapeuta faz uma espécie de raio-X com o toque das mãos, identificando pontos críticos da saúde. Baseado na medicina chinesa, inclui a pressão dos dedos, principalmente do polegar, e do cotovelo nos pontos tensionados. Os mais comumente atingidos são as regiões superiores, como cervical, trapézio, lombar e em torno da escápula.

Além de equilibrar os pontos dos meridianos (canais de energia) do corpo, ela também ajuda no combate à insônia e à ansiedade, melhora a circulação sanguínea e alivia a dor causada por contratura e má postura (dores nas costas e articulações).

Estética
A pessoa malha, e a celulite não vai embora. Alternativa, então, é recorrer à massagem estética, que pode ajudar na oxigenação das células, para eliminar celulite localizada. Mas para o resultado aparecer, é importante que não seja ação isolada. A fisioterapeuta Roberta Kaster Titton faz uma pré-avaliação indicando os tratamentos apropriados para potencializar o emagrecimento:

— Recomendamos que as clientes busquem tratamentos associados, como atividade física e alimentação balanceada.

Ela explica ainda que, entre as opções oferecidas na clínica onde trabalha, as mais procuradas são a drenagem linfática e a modeladora. Enquanto a primeira tem ação sobre o sistema linfático e drenagem de líquidos, a segunda objetiva modelar as camadas adiposas. A modeladora tem finalidade estética, a drenagem pode ser também terapêutica. É recomendada no período pós-operatório de uma cirurgia plástica:
— Serve para evitar a formação de fibrose, espécie de cicatrização irregular.

Para obter benefícios, o recomendado é que sejam feitas pelo menos 10 sessões.

Desportiva
As massagens que os atletas recebem após uma corrida, ou no intervalo de uma partida de futebol, são exemplos típicos da desportiva, que tem a intenção de evitar dores musculares antes ou depois do exercício. Essa técnica é indicada tanto para amadores quanto para profissionais e pode ser feita em pré e pós-competição. Age nas dores do atleta, mas é indicada não só quando há lesão, mas para prevenir lesões.

Antes de uma partida de futebol, por exemplo, é comum ver alguns atletas receberem massagem para ativar a circulação nos músculos. Ao final do jogo, a utilidade é acelerar o relaxamento e evitar lesão muscular. De acordo com o fisioterapeuta Plínio de Assis Brasil Neto, no pós-jogo, ajuda na recuperação e a diminuir o tempo de recuperação.

Segundo ele, antes, todo jogador fazia massagem para entrar em campo — servia como aquecimento. Hoje, é mais usada em caso de lesão e dor. Também ajuda a prevenir que se tenha câimbra, com a retirada dos metabólitos (sujeiras que ficam no organismo após grande esforço).

Tântrica
Com o objetivo de colocar a pessoa em contato consigo mesma, a massagem tântrica beneficia em muitos aspectos, principalmente relacionados à energia vital e à sexual. Ela é capaz de liberar os hormônios do prazer no corpo e aumenta a possibilidade de conexão com as outras pessoas, além da criação de vínculos emocionais.

A terapeuta tântrica Paula Fernanda explica que esse tipo de massagem é voltada a públicos de idades variadas e pessoas que, em geral, não conseguem se liberar apenas por meio de conversa e da terapia clínica:

— Muita gente vem indicada por psicólogos e psiquiatras, para ter um suporte prático sobre autoconhecimento.

Paula Fernanda também trabalha uma técnica de massagem chamada Sexological Body Work, trazida da Europa e aprimorada na Índia e na Tailândia, e que manuseia as zonas erógenas do corpo — inclusive os genitais — para que a pessoa aprenda a conhecer melhor o que lhe dá prazer e faz relaxar.

Para gestantes
Os nove meses de preparação e expectativas em relação ao filho que está a caminho fazem com que a gestação seja um período marcado por dores nas costas. Carregar um bebê na barriga representa ganhar, em média, pelo menos 10 quilos extras e, com isso, ver as extremidades incharem, o corpo reter líquidos e a coluna ser comprimida.

Para tornar esse período menos dolorido, a massagem pode ser uma forte aliada. A fisioterapeuta Ana Carolina Müler, que trabalha há 10 anos com gestantes, explica que a massagem durante a gravidez ajuda a evitar dores e deve começar a ser feita, preferencialmente, no início da gravidez.

De acordo com ela, quando a dor aparece, é mais recorrente nas costas, por conta do contrapeso feito pela coluna para compensar o crescimento do ventre. As opções mais trabalhadas com as futuras mamães são drenagem linfática — que, além de relaxante, ajuda na circulação — e manipulações na região lombar, glúteos e coxas. No trabalho de orientação, Ana ensina técnicas de massagem para acompanhantes de parto.

Ego massageado
Para a aposentada Aglae Castro da Silva Schlorke, os resultados da massagem estética vão muito além da redução de medidas e da melhoria da circulação sanguínea: tem o papel de levar sua autoestima para o alto. Desde que começou a frequentar uma clínica no bairro Menino Deus, em Porto Alegre, passou a ter cuidados que fizeram toda a diferença no seu dia a dia.

Desde sua aposentadoria como professora universitária, Aglae estava desestimulada com a própria aparência. Fazendo uma avaliação interna, Aglae concluiu que sua vida profissional foi muito mais voltada a aspectos intelectuais, fato que a fez descuidar da parte física. Incentivada por uma sobrinha, decidiu começar a frequentar a clínica estética, onde encontrou motivação para dar um novo rumo na autoimagem.

— Estava me sentindo sedentária. Tenho artrose no quadril esquerdo, que me proíbe de fazer exercício de impacto. Então, recorri à massagem. Gostei muito do incentivo que as meninas me deram. Decidi fazer pilates também, meu astral mudou por completo — conta.

Essa busca de Aglae começou por volta dos 50 anos. Hoje com 66, ela sente que as sessões de drenagem e massagem modeladora ajudaram a esculpir seu amor próprio. Além de estar se sentindo melhor com a imagem, notou mudanças no funcionamento do intestino e do rim, além de se sentir mais leve.

— Não quero virar Miss Brasil, quero apenas continuar me se sentindo bem, bonita e saudável — revela.

Zero Hora

Lavar as mãos corretamente pode salvar vidas

Lavar as mãos corretamente pode salvar vidas Caio Marcelo/Agencia RBS
Foto: Caio Marcelo / Agencia RBS
O ideal é que as mãos sejam esfregadas por 20 segundos
Hábito é eficaz na prevenção de diversas doenças
 
Lavar as mãos com sabão é uma necessidade básica do ser humano. Doenças como diarreia, infecção respiratória, infecção estomacal, infecção no ouvido, gripes, resfriados, doenças de pele e/ou erupções na pele, espinhas e dor de garanta podem ser evitadas com esta simples prática.
 
O dermatologista Paulo Eduardo Velho destaca que as mãos são o principal veículo de transmissão de vírus e bactérias.
 
— Por isto a importância de lavá-las várias vezes por dia. Tornar este hábito frequente pode salvar mais vidas do que uma vacina, por exemplo — atesta o médico.
 
Um risco para a pele
É na pele das mãos e das unhas que, normalmente, existem vários tipos de bactérias, fungos e vírus que podem ou não provocar algum dano à saúde. As infecções da pele são causadas por bactérias (estreptococo e estafilococo) e "aparecem" quando o indivíduo coça uma picada de inseto ou um machucado qualquer.
 
— Os sintomas são lesões arredondadas com bordas definidas e às vezes chegam a apresentar crosta cor de mel e outras vezes lembram uma queimadura. Podem ser acompanhadas de sinais inflamatórios locais e febre. Além disso, a higienização incorreta também pode causar acnes — acrescenta o dermatologista.
 
As unhas também não devem ser esquecidas da limpeza diária, pois podem esconder sujeiras imperceptíveis, como células mortas, poeira e microrganismos que, além da contaminação, podem tornar o hábito de algumas pessoas em roer unhas um tanto indigesto e perigoso. O ideal é que esteja sempre bem aparadas para que não se acumule nenhum material orgânico debaixo das unhas, além das bactérias e fungos.
 
Para as mulheres que usam unhas compridas, os dermatologistas recomendam que lave essa parte de baixo, de preferência com uma escovinha.
 
— Com esses simples gestos muitas mortes podem ser evitadas. Eles devem fazer parte de um hábito saudável, não apenas de todos os profissionais da saúde, mas de toda a população — conclui Velho.
 
Principais situações em que devemos lavar as mãos:
 
— Antes e depois de entrar em contato com pessoas doentes

— Ao consumir ou manipular alimentos

— Após ir ao banheiro

— Depois de mexer em objetos sujos

— Depois de espirrar ou tossir

— Ao entrar em contato com animais

— E sempre que as mãos estiverem visivelmente sujas
 
O jeito certo de lavar as mãos
A higienização ideal é feita com água, sabonete líquido e papel toalha para secar a pele. O ideal é que as mãos sejam esfregadas por 20 segundos. As bactérias são removidas e a espuma do sabão auxilia na remoção da gordura da pele, eliminando alguns microrganismos. Na ausência desses produtos, o dermatologista recomenda o uso de álcool gel, pois ele também elimina as bactérias.

Zero Hora

Por que rejeitamos determinados alimentos?

Agência Brasil
As razões biológicas que levam certas pessoas a rejeitarem certos
 alimentos têm sido amplamente estudadas, mas as razões
sociais são menos claras
Pudim de leite te causa enjoo? Brócolis, bife de fígado ou queijo não te caem bem? Você não está sozinho
 
A crítica de gastronomia Stephanie Lucianovic sofre mais aversão à comida do que a maioria das pessoas. "Ser difícil para comer não é uma opção, é uma verdadeira desgraça."
 
"Repulsão seguido pelo desejo de vomitar." Essa foi sua reação quando tentou comer certos alimentos que odiava. Atualmente esses alimentos incluem passas, bananas e vísceras.
 
David Jackson, do centro de investigação sobre alimentos do Leatherhead, não gostava de azeitonas quando era criança. "As azeitonas são muito amargas", diz ele. "Eu odiava. Mas o que provavelmente aconteceu é que, quando você fica mais velho, você quer parecer mais sofisticado, e por isso há uma motivação para comê-las, mesmo que não goste."
 
Razões biológicas e sociais
As razões biológicas que levam certas pessoas a rejeitarem certos alimentos têm sido amplamente estudadas, mas as razões sociais são menos claras. "É difícil saber por que superamos aversões a determinados alimentos, mas é claro que muitas pessoas passam a ser menos exigentes à medida que ficam mais velhas", diz Paul Chappell, do Departamento de Sociologia da Universidade de York, na Grã-Bretanha.
 
"Querer seguir somente a própria vontade está associado à infância: nós esperamos que as crianças rejeitem uma grande quantidade de alimentos."
 
"O caso não é o mesmo para os adultos. Ser exigente não é socialmente aceitável, e recusar determinados alimentos por não gostar, pode causar situações constrangedoras."
 
Stephanie Lucianovic, que publicou um livro sobre a vida de um adulto exigente, disse que estes são estigmatizados. "Isso acontece, principalmente, porque as pessoas pensam que é uma opção, que eles estão fazendo isso para irritar e não se importam em incomodar os outros."
 
Muitas pessoas deixam de ser exigentes em relação ao que comem à medida que ficam mais velhas; Ela mesma é exigente, e aprendeu a comer certos alimentos combinando-os com os sabores que gosta.
 
Agora, os odiados brócolis, couve de Bruxelas e pêssego se tornaram iguarias em seu prato, Lucionovic disse à BBC.
 
Genes e evolução
As razões pelas quais as pessoas preferem determinados alimentos são mais claras. Os cientistas têm investigado as diferenças genéticas, e têm agrupado as pessoas em três diferentes grupos: os "degustadores", os "super degustadores" e os "degustadores regulares".
 
Os super degustadores tendem a ter uma maior correlação com os genes que codificam os receptores das papilas gustativas, que são responsáveis por identificar os componentes amargos. E assim, eles têm uma forte aversão a alimentos amargos, como couve de Bruxelas e brócolis. O cheiro também influencia muito.
 
"O queijo, por exemplo, quando envelhece, ou quando colocamos algum fungo para fazê-lo maturar, degradam os aminoácidos das proteínas do leite e o mal cheiro ocorre", disse David Jackson.
 
Do ponto de vista da evolução, há razões para esta reação a alimentos amargos e que contêm enxofre. "Os caçadores dependiam do olfato. O cheiro de enxofre indicava a presença de bactérias nos alimentos. Comê-los poderia deixá-los doente", explica Jackson.
 
Da mesma forma, a evolução pode explicar a aversão inata ao gosto amargo. Algumas plantas não comestíveis são amargas, e por isso aqueles que conseguem fazer essa associação têm mais chance de sobreviver.
 
Como superar as aversões
"Ser voluntarioso está associado à infância, nós esperamos que as crianças rejeitem uma grande quantidade de alimentos." Muitos conseguem facilmente superar essas aversões. Mas e aqueles que não conseguem?
 
As motivações para superá-las variam. Podem ser pressões sociais, desejo de parecer sofisticado, ou necessidade por hábitos mais saudáveis. Em todos os casos, a melhor maneira de superar essas aversões é comer mais desses alimentos. Quanto mais você come, mais você vai gostar e a rejeição diminuirá.
 
Ao beber cerveja ou vinho pela primeira vez, muitas vezes, a reação é "isso não é gostoso, é muito amargo", diz Jackson. "Mas se você continuar tentando por um tempo, essa aversão é superada e torna-se uma experiência agradável."
 
Acabar com a pressão
As crianças, mais do que os adultos, têm uma cautela natural em relação aos alimentos. Para Emma Uprichard, da Universidade de Warwick, na Grã-Bretanha, os pais devem parar de pressionar seus filhos a comer alimentos mais saudáveis.
 
Segundo ela, "muitos adultos têm memórias de alimentos que odiavam quando eram crianças e isso não deixou nenhum trauma quando cresceram.”
 
"Uma das perguntas que fazemos é se talvez não deveríamos relaxar um pouco em relação aos hábitos alimentares dos filhos, por ser um desgaste emocional para os pais forçá-los a comer o que é considerado mais adequado", afirma. "Isso ajudaria um pouco, já que os pais não se sentiriam tão culpados o tempo todo."
 
BBC Brasil/iG

Família relata drama de mãe britânica diagnosticada com demência aos 29

BBC
Louise e a avó tentam divulgar fatos sobre a demência precoce
Quando Louise tinha 3 anos, a mãe dela, Zoe, então com 29 anos, foi diagnosticada com demência. Ela está agora vive em um lar para idosos incapazes de andar ou falar
 
Zoe é uma das 17 mil pessoas na Grã-Bretanha vivendo com "demência precoce", que é definida por casos diagnosticados antes dos 65 anos. Para a família de Zoe, os primeiros sinais de que algo estava errado foi quando Louise e sua irmã estavam de férias com a avó.
 
Um dia, quando parte da família estava fora, um outro parente encontrou Zoe - claramente confusa - no parque, à procura das filhas. A avó de Louise, Julie, diz que ainda sente falta dos momentos diários que não pode mais compartilhar com sua filha - como ir às compras ou passar um dia na praia.
"É uma das piores doenças", diz ela. "Tudo foi apagado."
 
Depois de um tempo no hospital, Zoe foi finalmente diagnosticada com demência precoce. Os médicos não conseguiam explicar por que isso aconteceu com alguém tão jovem.
 
"Logo no início, assim que ela foi diagnosticada, eles disseram que, infelizmente, às vezes essas coisas acontecem", diz Julie.
 
Mais jovem
Zoe conseguiu viver com as filhas no início de sua doença, mas logo ficou doente demais para tal. Ela agora vive em uma casa de cuidados em Ashford, e está em uma ala especial para pacientes que tiveram início precoce da doença, onde ela é de longe a pessoa mais jovem.
 
Louise era apenas um bebê quando Zoe ficou doente, por isso tem poucas lembranças de viver com a mãe. Mas agora ela levanta fundos para a Sociedade do Alzheimer, e, recentemente, participou de uma das Caminhadas da Memória promovidas pela instituição de caridade. Ela espera que a pesquisa possa ajudar a prevenir que o mesmo aconteça com outra família.
 
"Eu não posso ajudar a minha mãe, agora é tarde demais - não há nada que alguém possa fazer para ajudá-la. Mas se eu puder ajudar outras pessoas, então vale a pena.
 
"É também para conscientizar as pessoas. Quando eu conheço alguém, conto como minha vida é, e explico que minha mãe tem demência, porque ninguém que eu conheci sabia realmente o que é a doença e como afeta as pessoas."
 
A família também está tendo que lidar com a demência novamente. A mãe de Julie, Rubi, de 85 anos, tem doença de Alzheimer há cinco anos, e agora está em um lar para idosos. Ela foi diagnosticada depois de sair de casa à noite e caminhar vários quilômetros ao longo do canal local.
 
Julie - que viu tanto a filha quanto a mãe serem atingidas pela doença - agora se concentra em apoiar suas netas. "O milagre que eu estava esperando não aconteceu", diz Julie.
 
"Quando as meninas eram pequenas, perguntavam: 'Por que a mamãe está doente e quando ela vai ficar melhor? E eu só tinha a dizer: 'Nós estamos esperando por um milagre'."

iG

O que pode dificultar a gravidez?

A cada teste de gravidez negativo, aumenta a expectativa
De idade até incompatibilidade imunológica, conheça nove fatores que podem adiar o sonho de gestar uma vida
 
Um casal pode começar a considerar que está com dificuldades para engravidar quando suspende os métodos contraceptivos e, no prazo de um ano, não tem sucesso.

Isso se os dois estiverem com a saúde em dia e a mulher tiver até 35 anos – afinal, o fator idade é um dos que mais influencia a fertilidade. 
 
Dos 35 aos 40 anos, o tempo de espera cai para seis meses. E acima disso, três meses. Dois abortos espontâneos, em qualquer idade, também podem indicar problemas.
 
“Se a mulher souber previamente que já tem algum problema, como síndrome do ovário policístico ou mioma, deve buscar tratamento antes de iniciar as tentativas. Uma vez tratado – o que, em alguns casos, pode levar entre três e seis meses – as chances de uma gestação saudável aumentam”, diz a ginecologista Maria Cecília Erthal, especialista em reprodução humana assistida e diretora-médica do Vida, Centro de Fertilidade da Rede D’Or, no Rio de Janeiro.
                          
Veja a seguir os principais problemas femininos que podem dificultar a gestação:
 
Ausência de óvulos ou disfunção ovariana: “O ovário é o órgão onde são produzidos os óvulos. As alterações ovarianas comprometem a produção hormonal; ciclo menstrual e os ovários. É necessário um exame clínico detalhado para diagnosticar possíveis distúrbios ovulatórios, sendo necessária a dosagem de hormônios”, diz a médica Maria Cecília Erthal. Os exames também podem identificar falência ovariana precoce, ainda que a mulher não esteja em idade comum para menopausa. Mesmo com o ovário comprometido, as mulheres menstruam normalmente e só descobrem o problema quando são submetidas a exames específicos.

“Há estudos que mostram que o distúrbio está relacionado a hábitos pouco saudáveis e contato com substâncias tóxicas”, explica a especialista.
 
Síndrome dos ovários policísticos : a SOP é causada pelo desequilíbrio na produção de hormônios, alterando todo o ciclo menstrual da mulher ou até mesmo causando a ausência do fluxo menstrual. O problema acarreta disfunção na ovulação e pode dificultar as chances de engravidar.
 
Endometriose : a endometriose afeta entre 15% e 20% das mulheres e muitas vezes é descoberta somente quando surge o desejo de engravidar. “Ocorre quando o endométrio, tecido que reveste o útero e é eliminado durante a menstruação, atinge outros órgãos do corpo, como ovários, bexiga, trompas etc. Os principais sintomas são fortes cólicas durante e após períodos menstruais, incômodo durante relações sexuais e dores abdominais”, diz a ginecologista.
 
Obstrução tubária : para chegar ao útero, os gametas masculinos e femininos passam pelas trompas. Inflamações ou infecções podem obstruir as tubas uterinas e impossibilitar qualquer chance de gravidez.
 
Miomas : até 50% das mulheres podem apresentar miomas ao longo da vida, com maior incidência a partir dos 40 anos. Os miomas originam-se a partir do crescimento desordenado de células e podem afetar a função do útero. Entretanto, raramente causam infertilidade, a não ser que cresçam para dentro do útero ou quando se desenvolvem em lugares que impedem a passagem dos embriões.
 
Idade avançada : “Quanto mais avançada for a idade, maiores serão as dificuldades para engravidar. Isso porque, com o tempo, o ovário começa a diminuir a quantidade e qualidade dos óvulos”, fala Maria Cecília Erthal.

Alterações da tireoide : a tireoide é uma glândula que produz hormônios para regular o metabolismo. “Distúrbios na produção desses hormônios ( hipotireoidismo e hipertireoidismo) podem causar problemas em todo o corpo e dificuldade para engravidar”, diz a especialista.
 
Aumento da prolactina : trata-se também de um distúrbio hormonal. Alterações em sua produção podem causar mudanças no ciclo menstrual e prejudicar o correto funcionamento dos ovários.
 
Incompatibilidade imunológica : o corpo da mulher pode “rejeitar” o embrião, porque o identifica como um invasor. “É uma hipótese levantada em quadros de aborto de repetição. Tratamento específico pode resolver o problema”, diz a médica do Centro de Fertilidade da Rede D’Or.
 
Uma vez diagnosticado algum dos problemas citados, busca-se o tratamento adequado para depois voltar às tentativas de gravidez. “Algumas vezes a fertilização é cogitada desde o início, como em casos de obstrução completa das duas trompas ou casos mais severos de endometriose. Mas fertilização deve ser muito bem indicada”, conclui a médica.
 
Delas