Cirurgia para remover verruga: Cortar a verruga por meio de excisão cirúrgica tem uma elevada taxa de sucesso. Existe algum desconforto com este procedimento e leva algumas semanas até que a área se cure por completo. Há o risco de possibilidade de infecção, ou formação de cicatriz.
quinta-feira, 26 de maio de 2011
Secretaria de Saúde da Bahia inscreve para curso técnico em Enfermagem
Atividades são destinas às comunidades do Calabar e Alto das Pombas.A capacitação conta com 30 vagas, 15 para cada comunidade.
Inscrições para o curso técnico de Enfermagem, destinadas às comunidades do Calabar e Alto das Pombas, começam nesta sexta-feira (27). A iniciativa é da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), por meio da Escola de Formação Técnica em Saúde (EFTS).
A capacitação - com 30 vagas, 15 para cada comunidade - é uma das ações da Sesab no Pacto pela Vida, programa que contempla políticas públicas de segurança em parcerias entre o Estado e a sociedade. Para se inscrever, o candidato deverá ter concluído, ou estar cursando o ensino médio ou equivalente, e idade mínima de 18 anos completos, até a data de inscrição.
Na primeira etapa do processo, os candidatos irão retirar as senhas para as inscrições na sexta e sábado (27 e 28), das 8 às 17h. No Calabar, as senhas serão entregues na Biblioteca Comunitária e no Núcleo de Direitos Humanos do bairro. Já, no Alto das Pombas, a distribuição acontecerá na Igreja Católica.
O local das inscrições, a serem efetivadas no dia 31, é o mesmo onde foram retiradas as senhas. Os interessados devem apresentar CPF, registro de identidade civil ou documento oficial (com foto), comprovante de residência e a senha entregue na primeira etapa do processo.
A prova objetiva está programada para 7 de agosto em locais a serem divulgados posteriormente. A avaliação consistirá de questões de Português, Matemática e Conhecimentos em Saúde. Com 1.800 horas de aulas, o curso terá atividades no turno matutino.
Redes sociais influenciam 44% das empresas brasileiras a desclassificar candidatos em processos seletivos, afirma pesquisa
As redes sociais passam a exercer um papel decisivo também nos processos seletivos de empresas. É o que afirma a Pesquisa Internacional de Mercado de Trabalho realizada pela empresa de recrutamento Robert Half com 2.525 executivos das áreas de finanças e de recursos humanos de 10 países. Para 44% dos brasileiros entrevistados, aspectos negativos encontrados em redes como Facebook, Twitter e Orkut seriam suficientes para desclassificar um candidato no processo de seleção. “A principal preocupação dessas empresas é constatar que o perfil nesses meios é muito diferente do que foi descrito no currículo”, afirma Ricardo Bevilacqua, diretor da Robert Half para a América Latina. Apenas 17% afirmam não se deixar influenciar pelas redes sociais, enquanto os 39% restantes dizem que fariam uma entrevista antes de tomar a decisão final.
Os executivos brasileiros também afirmaram que utilizam a rede LinkedIn para verificar a veracidade das referências apresentadas nos currículos dos candidatos a uma vaga de emprego. 46% deles fazem isso sempre, enquanto 43% fazem essa verificação apenas com os candidatos que já foram entrevistados. Mas como discernir que aspectos da rede fazem parte apenas da vida pessoal da pessoa? “ Quem contrata sempre busca aspectos profissionais na hora de descartar o candidato; as questões pessoais são analisadas em outro nível, como, por exemplo, saber se o candidato faz algum tipo de trabalho voluntário, o que com certeza conta como um ponto positivo”, afirma Bevilacqua. “Os temas que mais causam desclassificação são relacionados a sexo e a qualquer tipo de discriminação.”
O que as empresas querem
Para Bevilacqua os processos de recrutamento no Brasil estão se tornando cada vez mais desenvolvidos, aproximando-se de padrões internacionais. “As empresas sabem que precisam ser mais assertivas nesse aspecto, porque os custos relacionados a uma contratação errada são muito altos”, explica.
Segundo a pesquisa, a primeira coisa que a maior parte (36%) das empresas brasileiras analisa em um currículo é a experiência profissional do candidato; 29% delas buscam as qualificações profissionais, que seriam adquiridas em trabalhos anteriores, e 13% conferem primeiro a formação do candidato.
Todas as empresas sabem que, para conseguir vantagem no processo seletivo, alguns concorrentes à vaga costumam exagerar no currículo. Para 48% dos entrevistados, o candidato faz isso nas responsabilidades que teve no seu trabalho anterior ou atual; 46% acreditam que isso ocorre nas habilidades em idiomas; 42% afirmam que eles exageram na hora de explicar os reais motivos para deixar seu trabalho anterior / atual. Nenhuma das empresas entrevistadas afirmou que acredita que os concorrentes não mentem em nenhum dos quesitos listados.
Sistema de atendimento em hospitais otimiza o serviço de emergência
Prontuários eletrônicos e classificação por cores indicam a urgência do atendimento. As inovações possibilitam atendimentos mais modernos e eficientes em emergências de hospitais.
assista o vídeo:
http://g1.globo.com/videos/globo-news/cidades-e-solucoes/v/novo-sistema-de-atendimento-em-hospitais-otimiza-o-servico-de-emergencia/1519013/
assista o vídeo:
http://g1.globo.com/videos/globo-news/cidades-e-solucoes/v/novo-sistema-de-atendimento-em-hospitais-otimiza-o-servico-de-emergencia/1519013/
'É um milagre', diz mulher de dois úteros que deu à luz gêmeos em MG
Mãe e bebês devem receber alta nesta sexta-feira (27).Igreja cedeu amuleto que foi usado na hora do parto.
A moradora de Três Pontas, no Sul de Minas Gerais, que tem dois úteros e deu à luz gêmeos, espera receber alta com os filhos nesta sexta-feira (27). Os bebês Isabella e Mateus nasceram com 2,8 quilos e 2,21 quilos nesta quarta-feira (25) na Santa Casa de Misericórdia do Hospital São Francisco de Assis. Eles passam bem e estão no quarto com a mãe. “Não cabe mais onde ter felicidade”, declarou Jucéa Maria de Andrade, de 38 anos, que se recupera da cesariana.
O caso dela é raro e fatores durante a gestação tornaram a gravidez complicada. “É um milagre, uma coisa que a ciência não explica”, disse. Jucéa, que tem outra filha de sete anos, relatou ao G1 que teve um choque quando soube da segunda gravidez. Diz que sentiu muito medo de morrer no parto porque os médicos pensavam que a gestação não passaria do sexto mês. “Eu sou a prova de que Deus existe”, falou.
Durante a cesariana, segurou um amuleto do Padre Victor, cedida pela igreja da cidade. Segundo ela, a relíquia é uma foto do religioso muito devotado na região com uma oração no verso e um pedaço da roupa usada por ele. Isso deu esperanças de que tudo correria bem. “Tenho um santo que é meu protetor, padre Victor. Então, entrei com a relíquia dele e fiquei o parto inteirinho com ela na mão. Ele já é venerado, né, falta pouco para virar santo”. Padre Vitor era filho de escravos e viveu em Três Pontas. “Todo mundo ficou aliviado”, diz ela se referindo à sensação dos familiares após o nascimento.
Segundo Jucéa, ninguém contava com esta segunda gravidez. “Escapuliu. Todos dois”, completou se referindo aos bebês. Ela relata que os médicos disseram que a gestação era de alto risco por causa da idade avançada, da malformação do útero e do hipertireoidismo, que desenvolveu nos últimos meses. “Passei muito mal, foi tudo em dobro. Uma gravidez complicada do começo até o final”, disse.
A partir do sétimo mês, ela começou a acreditar no sucesso da gravidez e passou a fazer repouso absoluto. “Nem fiz chá de bebê. Tive que comprar as roupinhas e as lembrancinhas na semana passada”. Jucéa diz ainda que a primeira filha dela não sentiu ciúmes dos novos integrantes da família. “A menininha é a cara dela e também é quietinha”, conta. “O Mateus é mais arteiro. Dentro da barriga ele já era assim”.
‘Útero Didelfo’
Segundo a ginecologista Márcia Andréia Mesquita Mendes, que acompanhou a gestação desde os primeiros meses, Jucéa possui uma malformação chamada “útero Didelfo”. Durante a formação do órgão reprodutor, uma divisão surgiu separando as partes. Cada um dos filhos foi formado em um útero diferente. Ainda segundo ela, a fecundação e a formação dos fetos foram semelhantes a uma gestação de gêmeos fraternos – que é quando dois espermatozóides fecundam dois óvulos –, mas, ao invés de duas placentas em um único útero, os bebês foram gerados em dois órgãos reprodutores diferentes.
Segundo o especialista em ginecologia endócrina José Arnaldo de Souza Ferreira, o caso de Jucéa é ainda mais incomum, pois cada óvulo foi captado por uma trompa uterina diferente. De acordo com ele, existia a possibilidade de que os gêmeos fossem gerados em um único útero, mesmo que a paciente tenha outro.
Este tipo raro de malformação uterina ocorre em 10 de cada 20 mil mulheres, segundo José Arnaldo. De acordo com o médico, muitas mulheres engravidam e convivem com o problema sem ter conhecimento da existência dele. O ginecologista explica que, para ter um diagnóstico certo, é preciso fazer um ultrassonografia tridimensional, ou uma ressonância nuclear magnética ou uma laparoscopia, que consiste em um procedimento cirúrgico. Contudo, a suspeita pode surgir depois de procedimentos clínicos simples.
Ainda segundo o médico, grande parte dos casos de gravidez em “útero didelfo” chega ao fim de forma segura e tranquila para a mãe e o bebê, mas, em alguns casos, a malformação pode causar problemas de circulação sanguínea e aborto. Outros problemas como o tamanho do órgão - que pode ser pequeno e insuficiente para a gestação – também pode levar à interrupção da gravidez.
Obra causa rachaduras no Hospital César Cals
A sala do "Projeto Canguru", que abriga as crianças prematuras, foi o espaço que mais sofreu com as obras
Pacientes e funcionários do Hospital Geral Dr. César Cals (HGCC) denunciam transtornos que teriam sido causados pelas obras do Metrofor, realizadas nas proximidades da unidade de saúde.
Para averiguar a situação da unidade, engenheiros do órgão e técnicos do Departamento de Edificações e Rodovias do Estado do Ceará (Der/CE) estiveram reunidos, nesta quarta-feira (25), no hospital.
A ala que abrigava parte do setor administrativo e hospitalar foi interditada. Várias rachaduras nas paredes, teto e no piso foram constatadas.
De acordo com o diretor Geral do HGCC, Valdy Ferreira de Menezes, desde os primeiros indícios do problema, as providências foram tomadas para que não prejudicasse o atendimento aos pacientes.
"Em nenhum momento deixamos de atender por causa das obras. Nossas UTI´s e a emergência estão funcionando normalmente", afirma Menezes. A interdição afetou salas administrativas, esterilização, chefia neonatológica, banheiro, copa e o "Projeto Canguru".
O local que abriga as crianças prematuras, foi o que mais sofreu com as intervenções. O teto foi retirado para evitar maiores transtornos e as paredes e piso estão bastante danificados.
O espaço, no momento, está interditado apenas por fitas e alguns pedaços de madeira, mas, posteriormente, será fechado por tapumes.
Algumas pacientes, que não quiserem ser identificadas, informaram que já foram remanejadas duas vezes nesses últimos dias. "Fomos levadas primeiro para o bloco 200 e agora estamos na casa das gestantes. Esse troca-troca incomoda bastante, pois estamos com bebês recém- nascidos".
Metrofor
A assessoria de imprensa Companhia Cearense de Transportes Metropolitanos (Metrofor) confirma a existência das rachaduras e informa que estão monitorando diariamente.
"A área isolada está sendo acompanhada pelos técnicos da obra para garantir que não atrapalhe no atendimento do hospital e evite um maior transtorno", explica a assessoria.
O Metrofor informou ainda que irá recuperar os danos causados na estrutura.
Transferências
Conforme Valdecy Ferreira, as alas afetadas já estão funcionando, normalmente, em outra parte do hospital e serão transferidos para a parte anexa, como é o caso da biblioteca.
Hoje, às 14h, ocorrerá uma nova reunião com os representantes do Hospital Cesar Cals, da Secretária da Saúde (Sesa), engenheiros do Metrofor e do DER..
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Homeopatia reduz casos de dengue no Brasil
Tratar pacientes acometidos por dengue com remédios homeopáticos pode minimizar os efeitos devastadores da doença em todo o país. É o que aconselha o médico e presidente da Sociedade Cearense de Homeopatia, Tarcízio Diniz, que proferiu palestra, ontem, no auditório do Hospital Geral de Fortaleza, durante a 42ª Reunião Anual do HGF.
Diniz é categórico ao afirmar que falta interesse do poder público em adotar a homeopatia como instrumento no combate a dengue. Lembra que as gotinhas homeopáticas contra a dengue já são realidade no serviço público de saúde de cidades brasileiras como Macaé, no Rio de Janeiro, onde não há mais registro de morte por dengue.
O composto homeopático utilizado contra a dengue tem três componentes básicos: o Eupatorium Perfoliatum (Planta medicinal analgésica), o Phosphorus (mineral que protege o fígado) e o Crotalus Horridus (Veneno da Cascavel que ajuda na coagulação sanguínea). As gotinhas são usadas tanto no tratamento quanto na prevenção. Ele afirma que em Fortaleza o uso do composto homeopático ainda é restrito, mas tende a aumentar.
Prescrito
O composto homeopático contra a dengue vem sendo prescrito por médicos em Fortaleza desde o ano de 2008, segundo Tarcízio Diniz. O medicamento tem venda livre, é isento de receita e não apresenta nenhum efeito colateral.
Remédios antigos - Pastilhas Valda
Inventadas em 1902 pelo farmacêutico Henri Canonne, as pastilhas Valda foram um dos primeiros produtos farmacêuticos industrializados. Por conterem substâncias anti-sépticas, eram o único medicamento capaz de combater as doenças respiratórias que apavoravam a população. Graças as suas qualidades farmacêuticas, as pastilhas Valda começaram a correr mundo afora a partir de 1912 e chegaram ao Brasil em 1914 conforme anúncios publicados na revista "Caras e caretas".
O Sr. Eugène Barrenne, empresário do setor farmacêutico, começou a vender as pastilhas em 1925. No início, elas eram importadas da França e colocadas no mercado brasileiro através das farmácias e drogarias.
Por volta de 1935, a fabricação local do produto tornou-se indispensável.
Cuidado com o colesterol
O colesterol alto é uma das principais causas dos ataques cardíacos. Substância semelhante a gordura, nosso corpo precisa do colesterol para formar hormônios e vitamina D, mas em nível elevado ele provocam acúmulo de gorduras nas artérias o obstrução dos vasos sanguíneos.
O Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgou recentemente que cerca de 20% da população apresenta colesterol elevado e se encontra em risco de desenvolver doenças coronarianas. No Brasil o incide atinge de 12% a 15% da população, aproximadamente 22 milhões de pessoas.
O grande perigo está nas lipoproteínas de baixa densidade (o LDLs), que acumulam depósitos de placas com o colesterol que carregam, impedindo o fluxo sangüíneo. Já as lipoproteínas de alta densidade (ou HDLs) são consideradas o tipo bom de colesterol porque ajudam a remover o excesso da substância gordurosa do nosso corpo. Por isso, quanto colesterol HDL, melhor.
Para manter as taxas de colesterol em dia coma muitas frutas, vegetais, legumes, aveia e peixe. A prática regular de atividade física também ajuda a reduzir o colesterol.
Pesquisadora da Fiocruz aponta dificuldades em estudar a aids no Brasil
Marisa Morgado falou sobre as dificuldades durante evento com pesquisador francês que descobriu o HIV
Rio de Janeiro - Trinta anos depois da descoberta do vírus HIV no mundo, os pesquisadores brasileiros ainda sonham com condições competitivas para desenvolver uma vacina para o tratamento e prevenção da aids, mas o sonho da comunidade científica esbarra em questões de regulação, principalmente.
A afirmação é da pesquisadora-chefe do Laboratório de Aids da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Marisa Morgado. Ela expôs a situação da pesquisa brasileira sobre a aids ao participar nesta terça-feira, 24, na unidade da Fiocruz em Manguinhos, da palestra do pesquisador francês Willy Rozenbaum, um dos integrantes da equipe que descobriu o vírus da aids em 1981.
Para Marisa, é preciso ter investimentos em infraestrutura de laboratórios, aquisição de equipamentos de ponta e capacitação e estímulo à formação de novos grupos de pesquisa laboratorial. Mas, antes de tudo, a pesquisadora revela que um dos problemas que os cientistas mais enfrentam é a dificuldade na importação de produtos usados nos estudos, como reagentes.
"É muito complicado importar no Brasil, leva muito tempo e o produto ainda para na alfândega. Enquanto em alguns lugares você diz que precisa do reagente de manhã e, à tarde, está no laboratório, aqui, a gente leva seis meses [para receber o produto]. É preciso também estimular a produção nacional [de reagentes]", constatou a pesquisadora.
Apesar desse entrave, a chefe do Laboratório de Aids reconhece os avanços em pesquisas sobre a aids no Brasil. Segundo ela, as publicações sobre a doença têm importante papel na colocação do país como o décimo terceiro no ranking de pesquisas na área de saúde. Marisa destaca, principalmente, os estudos sobre a resistência a medicamentos e as descobertas sobre os vários subtipos virais.
O grande impulso para essas pesquisas foi dado em 1987, quando pesquisadores brasileiros isolaram, pela primeira vez, o vírus HIV. O pesquisador Bernardo Galvão, da Fiocruz/BA, coordenou essa equipe há 24 anos e reconhece, hoje, os resultados da vitória científica e o impacto das ações do Programa Nacional de Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids (DST/Aids).
Galvão reconhece que várias políticas públicas, no Brasil, são positivas, mas ele lamentou o fato de essas ações serem formuladas em nível central e, quando vão para a ponta, não são totalmente implantadas. "Temos um problema que transcende a aids, que é da saúde do Brasil em geral".
Galvão destaca como exemplo o atendimento de obstetras a mulheres grávidas portadoras do vírus. De acordo com levantamentos recentes, nos atendimentos estaduais, apenas 70% dos obstetras seguiam as recomendações do programa nacional. Além disso, 64% dos médicos escolhiam a cirurgia cesariana para o parto, 38% recomendavam o isolamento da grávida e 58% indicavam a ligação de trompas no pós-parto.
Outra realidade apontada como preocupante por Galvão é o acesso tardio ao tratamento, constatado em pesquisas recentes na Bahia. "O tratamento está aí, disponibilizado gratuitamente através do SUS [Sistema Único de Saúde], mas existe um grupo de infectados que não tem acesso a esse tratamento e só vai ter acesso quando a doença está em estágio mais avançado. Alguma coisa precisa ser feita para que [essas pessoas] tenham acesso mais precocemente. Quanto mais cedo tratar, melhor resultado vai se ter".
Para Galvão, essa constatação se explica, principalmente, pelo fato de o maior número de registros estar concentrado na população mais pobre do país, diferentemente do que ocorria quando o vírus foi descoberto no Brasil.
Pesquisadores do cérebro ganham prêmio Príncipe de Astúrias
Os neurocientistas Joseph Altman, Arturo Alvarez-Buylla e Giacomo Rizzolatti foram homenageados nesta quarta-feira com o prêmio Príncipe de Astúrias de Pesquisa Científica e Técnica 2011, anunciou o júri do prêmio.
Os jurados destacaram que os trabalhos dos três cientistas sobre a regeneração de neurônios nos cérebros adultos abriram uma janela para o tratamento de doenças como o mal de Alzheimer.
"As descobertas desses três pesquisadores estão entre as mais importantes da neurobiologia, mudando nossa maneira de entender o cérebro", disse o júri reunido na cidade espanhola de Oviedo.
As pesquisas do norte-americano Altman e do mexicano Alvarez-Buylla focalizam a chamada neurogênese, ou regeneração de neurônios em cérebros adultos, enquanto Rizzolatti, italiano de origem ucraniana, descobriu os neurônios espelho, que são ativados não apenas durante a execução de uma ação, mas também durante a observação da mesma.
Foi o quarto dos oito prêmios Príncipe de Astúrias anunciados este ano, depois de serem divulgados os de Comunicação e Humanidades, dado à Royal Society de Londres, o prêmio de Artes, que ficou com o regente italiano Riccardo Muti, e o de Ciências Sociais, concedido ao psicólogo norte-americano Howard Gartner.
O prêmio, que será entregue em Oviedo em cerimônia solene durante o outono europeu, é acompanhado de 50 mil euros e uma escultura do artista catalão Joan Miró.
ANS dá prazo para plano se recuperar
As operadoras de planos de saúde com dificuldades financeiras e que não conseguem prestar um serviço de qualidade aos seus beneficiários terão o prazo máximo de um ano para se recuperar antes de sofrerem uma intervenção da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
A regra foi definida em resolução normativa publicada pela ANS, que criou o regime de recuperação assistencial para corrigir práticas equivocadas das operadoras com anormalidades administrativas graves.
“É um procedimento a ser tomado quando percebemos alguns sinais como, por exemplo, o descredenciamento de prestadores de serviço por falta de pagamento. Temos observado que, para se manterem bem financeiramente, algumas operadoras pioram ou dificultam o atendimento médico aos beneficiários”, diz Andreia Abib, gerente da direção técnica da ANS.
Pela regra, após serem notificadas, as empresas terão 15 dias para apresentar à ANS um plano de recuperação – que deverá estabelecer medidas, projeções e metas a serem cumpridas para equacionar seus problemas assistenciais. O prazo de vigência do plano de recuperação será de até 180 dias, podendo ser prorrogado por outros 180 dias à pedido da operadora (360 dias no total).
Depois disso, se a operadora não alcançar as metas ou continuar com problemas, a empresa poderá sofrer uma intervenção da ANS, entrando no regime especial de direção técnica – onde um diretor técnico atuará junto à operadora corrigindo o que for necessário para normalizar o atendimento aos clientes.
Na mesma norma, a ANS definiu que o diretor técnico poderá até vetar atos dos administradores da operadora, afastar administradores que descumprirem instruções da agência e atuar para responsabilizar criminalmente responsáveis por condutas ilegais.
Se a operadora se recuperar, o procedimento será encerrada e a empresa será acompanhada por seis meses. Do contrário, a agência poderá cancelar a autorização de funcionamento e até decretar a liquidação da operadora.
Na opinião de Polyanna Carlos Silva, supervisora institucional da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Pro Teste), a nova resolução é uma ferramenta importante, mas os prazos dados são exagerados.
“É um tempo muito grande. O consumidor pode passar até quase dois anos – 360 dias em recuperação assistencial e outros 360 em direção técnica – sem atendimento ou com um serviço precário”, diz ela que participou na consulta pública que a agência realizou sobre o assunto entre 10 de março e 8 de abril. “Já pedimos a alteração à ANS, mas infelizmente o prazo foi mantido”, afirma.
Câmara aprova MP que cria administradora de hospitais
Outra Medida Provisória aprovada reajusta o valor da bolsa para médicos residentes de R$ 1.916,45 para R$ 2.338,06
A Câmara do Deputados aprovou na noite de ontem a Medida Provisória (MP) 520, que autoriza o Poder Executivo a criar a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares.
A nova estatal tem por objetivo administrar os hospitais universitários, unidades hospitalares e a prestação de serviços de assistência médico-hospitalar no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).
MP 521 - A outra MP aprovada, a de número 521, reajusta o valor da bolsa para médicos residentes de R$ 1.916,45 para R$ 2.338,06, retroativo a 1º de janeiro. A medida provisória também disciplina outros direitos como as licenças-maternidade e paternidade.
A relatora da MP 521, deputada Jandira Feghali (PC do B-RJ) retirou do texto dispositivo que trata do regime diferenciado de contratações destinadas às licitações para obras destinadas para a realização das copas das Confederações, do Mundo e da Olimpíada.
O dispositivo deverá ser incluído na MP 527, que dispõe sobre organização da Presidência da República e dos ministérios e cria a Secretaria de Aviação Civil. Agora, as duas MPs serão apreciadas pelo Senado Federal.
Jantar em família previne obesidade
Fazer ao menos 3 refeições por semana com os pais diminui a taxa de distúrbios alimentares nas crianças
Filha de pai hipertenso e de mãe preocupada com sua saúde, Maria Luiza Felippe Ferreira, de 12 anos, já cansou de ouvir que a alimentação saudável é para o seu bem. O que ela não sabia é que uma pesquisa divulgada neste mês pelo Pediatrics, jornal oficial da Academia Americana de Pediatria, mostrou que fazer pelo menos três refeições semanais em família ajuda a controlar a ingestão de alimentos com calorias vazias, reduz a obesidade e afasta crianças e adolescentes da anorexia e bulimia.
Rita e o marido com a filha Maria Luiza, de 12 anos: regras rígidas na hora das das refeições José Patrício/AE
O estudo Is Frequency of Shared Family Meals Related to the Nutritional Health of Children and Adolescents? acompanhou os hábitos alimentares de 182.836 crianças e jovens com idades entre 2,8 anos e 17,3 anos e constatou redução de 12% em sobrepeso no grupo acostumado a almoçar ou jantar com a família. Apontou também um consumo 20% menor de alimentos ricos em calorias e a diminuição de 35% no desenvolvimento de distúrbios alimentares.
A mãe de Maria Luiza, Rita Felippe Ferreira, conta que a filha sempre esteve abaixo do peso e sua preocupação não é com sobrepeso, mas com o elevado triglicérides verificado em seu sangue num exame feito há dois anos. "Se eu já pegava no pé dela, agora pego mais", diz, lembrando que o marido, Nilton Carlos de Oliveira, é hipertenso.
Como não gosta de verdura e raramente ingere frutas, a menina, de 1,66 m e 47 quilos, reclama um pouco do rigor alimentar mantido pelos pais, mas já aprendeu que almoço e jantar são momentos sagrados e deve estar acompanhada da família.
"Ela reclama, me chama de chata, mas sabe o que deve e o que não deve comer", diz a mãe, acrescentando que, às vezes, cede um pouco. No almoço de ontem, por exemplo, Maria Luiza queria pastel e batata frita, mas teve de escolher um deles: comeu pastel. Na casa dela as regras são claras: fazer as refeições diante da TV não é permitido. Comer rápido e deixar a mesa às pressas, também não.
"Sentar à mesa para fazer as refeições pode fazer muita diferença na vida de uma pessoa", afirma o professor livre docente de Pediatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), Rubens Feferbaum. No Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Infantil Sabará, onde o nutrólogo também trabalha, a recomendação que costuma passar aos pacientes é para que tenham disciplina com os horários das refeições. "Essa coisa de comer de qualquer jeito e em qualquer lugar pode levar a alguns distúrbios nutricionais", observa.
Na opinião de Feferbaum, não há uma receita de refeição ideal para crianças, jovens ou adultos. "Alimentação adequada é aquela que segue a tradição da casa", garante. "Comer carnes, legumes, verduras, raízes e frutas é uma necessidade do organismo para processar os macro e os micronutrientes. Essa variedade é que é importante."
Além de trazer benefícios nutricionais, a refeição com os pais, garantem os especialistas, também favorece a saúde emocional das crianças e os vínculos familiares.
Uma em cada três crianças está acima do peso no País
A Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2008-2009 sobre o estado nutricional da população mostra que a frequência de sobrepeso e obesidade entre as crianças de 5 a 9 anos apresentou aumento expressivo nas duas últimas décadas: uma em cada três tem excesso de peso, segundo o IBGE. Entre os adolescentes, 20% estão acima do padrão da Organização Mundial da Saúde. O excesso de peso, que engloba sobrepeso e obesidade, afetava 10,9% dos meninos de 5 a 9 anos em 1974-1975, chegou a 15% em 1989 e alcançou 34,8% nesta última POF. Nas meninas, o padrão foi semelhante: 8,6%, 11,9% e 32%. A maior concentração de crianças acima do peso é do Sudeste, mas o problema atinge pessoas nas cinco regiões, de todos os grupos de renda.
A pesquisa, que ouviu e realizou medições em 188.461 pessoas de todas faixas etárias e de renda do País, mostrou ainda que no grupo das famílias com maior renda quase metade dos meninos (46,2%) apresentava excesso de peso, ante 26,5% na faixa dos 20% mais pobres.
Nas refeições, diálogo e proximidade
O hábito saudável de reunir a família ao redor de uma mesa para se alimentar, conversar sobre o dia de cada um e dar boas risadas ficou perdido no passado na maior parte dos lares brasileiros. "Um come na sala, outro na cozinha", comenta a especialista em nutrição e alimentação infantil, Vera Lúcia Perino Barbosa. "Para falar com os filhos hoje em dia tem de mandar um torpedo."
Com a experiência de quem preside o Instituto Movere - que oferece prevenção e tratamento para obesidade infantil e já atendeu mais de 1,5 mil crianças e adolescentes desde 2004 - Vera conta que os pais costumam chegar ao instituto afirmando que o filho está com problema de obesidade. "O que alguns pais não lembram é que os filhos são o reflexo deles. Quem faz as compras e quem cozinha não é a criança."
Na opinião dela, o ritual de reunir a família é fundamental, mas o que será servido também deve ser observado com atenção. "Nada é proibido, mas alimentos embutidos (salame, salsicha, linguiça, hambúrguer) não devem estar no cardápio de uma criança. No máximo, podem aparecer muito raramente", ensina. "A gordura desses alimentos com certeza vai aumentar o colesterol da criança ou transformá-la em hipertensa no futuro."
Aprendizado
A auxiliar de dentista Priscila Alice dos Santos de Paula, 31 anos, conta que começou a reunir a família à mesa num esforço conjunto para controlar o peso do filho. Há cinco meses, com o início do tratamento de Guilherme - 10 anos, 1, 58m e 70 quilos -, Priscila resolveu mudar os hábitos alimentares da casa toda. A outra filha, de 5 anos, e também o marido tiveram de se adequar aos horários fixos das refeições e ao cardápio saudável.
Uma das principais mudanças foi excluir o refrigerante. Agora, o líquido só é permitido aos fins de semana e, mesmo assim, não pode ser de cor escura porque, segundo ela, engorda mais. "Quando o marido foge à regra, o Guilherme chama a atenção dele."
Outra coisa que Priscila aprendeu foi a importância de olhar para o alimento e mastigar muito antes de engolir. "O que sacia nossa fome é o cérebro", diz ela. "Qualquer coisa que se faça comendo não entra como informação para o cérebro", acrescenta Vera. "Sem essa informação, a pessoa vai sentir fome mais rápido."
Procuradoria investiga segurança de esmaltes no Brasil
O Ministério Público Federal de Belo Horizonte informou na terça-feira (24) que instaurou um inquérito civil público para investigar denúncias sobre a presença de substâncias alergênicas em esmaltes comercializados no Brasil.
Conforme a Folha noticiou em abril, uma pesquisa da ProTeste (órgão de defesa do consumidor) mostrou que os esmaltes contêm em sua fórmula as substâncias tolueno e furfural, assim como dibutilftalato e nitrotolueno, em níveis acima dos limites de tolerância admitidos na Comunidade Europeia.
O dibutilftalato já foi banido de cosméticos, inclusive esmaltes, em toda Europa. As demais substâncias já foram ligadas ao desenvolvimento de câncer em animais.
De acordo com a ProTeste, o problema é que a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) não estipulou limites para uso do tolueno e furfural, nem menciona as outras substâncias em resolução que lista os ingredientes proibidos e os que devem ter suas quantidades limitadas em cosméticos.
A Procuradoria da República de Minas Gerais também informou que a legislação brasileira, em especial o Código de Defesa do Consumidor, estabelece que os produtos colocados à venda no mercado não poderão trazer riscos à saúde ou à segurança dos consumidores, obrigando os fornecedores a dar as informações necessárias e adequadas a respeito.
O procurador da Repúblico Fernando Almeida afirmou que deve haver uma regulamentação específica pela Vigilância Sanitária para estabelecer limites máximos de tolerância.
Ainda requisitou informações à Anvisa para saber se o órgão tem conhecimento dos fatos apontados pela pesquisa da ProTeste e que providências teria tomado para proteger os consumidores.
As empresas que produzem as marcas de esmalte com irregularidades também foram notificadas, e terão prazo de 15 dias corridos para resposta.
OUTRO LADO
Na matéria publicada pela Folha em abril, todos os fabricantes das marcas testadas na pesquisa da ProTeste disseram que estão de acordo com a regulamentação nacional.
"Ressaltamos que a Risqué cumpre rigorosamente as legislações vigentes. As substâncias utilizadas em nossos esmaltes são aprovadas pela Anvisa e cumprem os níveis permitidos de segurança", diz nota da Hypermarcas, que fabrica os esmaltes Risqué.
A empresa questionou a validade dos testes. "As análises não foram acompanhadas por técnicos e representantes da marca, o que não permitiu claro entendimento dos resultados."
A fabricante confirma que o esmalte contém tolueno, solvente de uso controlado na Europa. "Ressaltamos que as concentrações encontradas são inferiores aos limites permitidos pelas leis brasileiras, europeias e americanas."
Sobre os solventes furfural e o nitrotolueno, detectados no teste, a Hypermarcas afirma que as substâncias não são adicionadas na fabricação e, se foram encontradas, podem ter sido derivadas de outras matérias-primas.
Segundo o Laboratório Avamiller de Cosméticos, responsável pela Impala, todos os esmaltes da marca, inclusive os hipoalergênicos, seguem as leis nacionais.
Em nota, a empresa disse que os produtos passam por "testes clínicos de sensibilização cutânea e fotoalergia", recomendados pela Anvisa.
O laboratório reafirmou a segurança dos produtos, mas afirmou que não é recomendado usar esmaltes feitos para adultos em crianças.
Os esmaltes Colorama, da L'Oréal, não informam na embalagem que são hipoalergênicos. Segundo a análise da ProTeste, todos têm níveis aceitáveis das substâncias que podem causar alergias.
A empresa diz que, em 2005, as fórmulas foram alteradas para excluir os compostos, mas alguns ainda estão presentes, em níveis baixos.
Segundo a Abihpec (Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos), os produtos vendidos no Brasil têm segurança comprovada e são usados em larga escala pela população, "que confia nos lançamentos do setor".
A associação discorda da comparação das leis brasileiras com as de outros países. "Diferentes nações possuem diferentes entendimentos sobre os processos de análise."
Câncer de boca causado por sexo oral avança no Brasil
Em uma década, dispararam no país os casos de câncer de boca e orofaringe relacionados à infecção por HPV (papilomavírus humano), transmitidos por sexo oral.
O índice de tumores provocados pelo vírus é três vezes superior ao registrado no fim da década de 1990. Não há um aumento do número total de casos, mas sim uma mudança no perfil da doença.
Antes, cânceres de boca e da orofaringe (região atrás da língua, o palato e as amígdalas) afetavam homens acima de 50 anos, tabagistas e/ou alcoólatras.
Hoje, atingem os mais jovens (entre 30 e 45 anos), que não fumam e nem bebem em excesso, mas praticam sexo oral desprotegido.
Uma recente análise publicada no periódico "International Journal of Epidemiology" mostra que, quanto maior o número de parceiras com as quais pratica sexo oral e quanto mais precoce for o início da vida sexual, mais risco o homem terá de desenvolver câncer causado pelo HPV.
MAIS CASOS
No Hospital A.C. Camargo, em São Paulo, 80% dos tumores de orofaringe têm associação com o papilomavírus. Há dez anos, essa associação existia em 25% dos casos.
O HPV já está presente em 32% dos tumores de boca em pacientes abaixo dos 45 anos ""antes, o índice era de 5%. Por ano, o hospital atende 160 casos desses tumores.
"O aumento dos tumores por HPV é real, e não porque houve melhora do diagnóstico. Os casos relacionados ao tabaco vêm caindo, mas o HPV está ocupando o lugar", diz o cirurgião Luiz Paulo Kowalski, do A.C. Camargo.
No Icesp (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo Octavio Frias de Oliveira), 60% dos 96 casos de câncer de orofaringe atendidos em 2010 tinham relação com o HPV. As mulheres respondem por 20% dos casos.
"Começa-se a notar um maior número de mulheres com esse câncer, por causa do sexo oral desprotegido", diz o oncologista Gilberto de Castro Júnior, do Icesp.
No Hospital de Câncer de Barretos, no interior paulista, casos ligados ao HPV respondem por 30% dos cânceres da orofaringe, um aumento de 50% em relação à década passada, segundo o cirurgião André Lopes Carvalho.
"A maioria dos nossos pacientes tem o perfil clássico, de homens mais velhos que bebem e fumam. Mas estamos percebendo uma virada." O Inca (Instituto Nacional de Câncer) desenvolve seu primeiro estudo sobre o impacto do HPV nos tumores orais. Segundo o cirurgião Fernando Dias, coordenador da área de cabeça e pescoço do instituto, o HPV de subtipo 16 é o que mais provoca câncer da orofaringe.
"O HPV está criando um novo grupo de pacientes. Por isso, é preciso reforçar a necessidade de fazer sexo oral com preservativo." O Inca estima que, por ano, o país registre 14 mil novos casos de câncer de boca.
Segundo os especialistas, a boa notícia é que os tumores de orofaringe relacionados ao HPV têm um melhor prognóstico em relação àqueles provocados pelo fumo.
Paulo Kowalski afirma que eles respondem melhor à quimioterapia e à radioterapia e, muitas vezes, não há necessidade de cirurgia.
VACINA
A vacina contra o HPV não é aprovada para homens no Brasil. Nos EUA, onde foi liberada, a imunização masculina não protege contra o HPV 16, o tipo que mais causa câncer de boca e de orofaringe.
No Brasil, só mulheres entre 9 e 26 anos têm indicação para a vacina contra quatro tipos de HPV, entre eles o 16. Mas a imunização só existe na rede privada, ao custo médio de R$ 900.
Assaltante é morto em tentativa de roubo a farmácia no bairro Floresta - Correio do Povo
Brigada Militar alvejou criminoso na avenida Cristóvão Colombo, na zona Norte Capital
Assaltante é morto em tentativa de roubo a farmácia no bairro Floresta
Crédito: Fabiano do Amaral
Crédito: Fabiano do Amaral
Uma tentativa de assalto a uma farmácia terminou com a morte do criminoso, na noite desta quarta-feira, na zona Norte da Capital. Alertada por pessoas que estranharam a movimentação, uma guarnição da Brigada Militar surpreeendeu o assaltante, que revidou e acabou morto com três disparos, um deles na cabeça.
O confronto ocorreu dentro do estabelecimento, na avenida Cristóvão Colombo, quase no cruzamento com a Dr. Timóteo. O assaltante, que agiu sozinho, armado com um revólver calibre 38 de numeração raspada, chegou a trancar quatro funcionários em um depósito. Antes do tiroteio, os trabalhadores conseguiram escapar.
Concursos na área da saúde no Brasil
Pessoal, mais uma vez postei hoje alguns concursos que acontecerão em breve para a área da saúde.
Farei o possível para sempre mantê-los informados sobre cidades e datas em que estarão abertas as incrições, além dos salários e editais.
Farei o possível para sempre mantê-los informados sobre cidades e datas em que estarão abertas as incrições, além dos salários e editais.
Idosos ainda têm tempo de adotar novos hábitos de saúde
Pessoas mais velhas mostram atividades que prolongam a vida
A mineira Maria Gomes Valentim, que mora na cidade de Carangola, na Zona da Mata, ganhou destaque na última semana após ser reconhecida pelo Guinness World Records como a pessoa mais velha do mundo. Aos 114 anos, Dona Quita, como é chamada, mantém o bom humor, admite que toma uma taça de vinho de vez em quando e não dispensa uma boa feijoada.
Em um país onde a expectativa de vida é de 73 anos, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), dona Quita é um exemplo para muitos que desejam a longevidade. E mesmo aqueles que já estão na terceira idade têm a chance de adotar novos hábitos para prolongar a vida, com qualidade.
A geriatra Ana Cristina Faria, diretora científica da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia em Minas Gerais, diz que “cada um envelhece da maneira que vive”.
– No entanto, até quem já está com 80 anos pode observar benefícios se mudar o estilo de vida.
Como o envelhecimento é construído ao longo dos anos, quanto mais cedo começarem as mudanças, melhor o resultado. Segundo a médica, a alimentação saudável é um importante aliado. Os idosos também precisam estar atentos à hidratação e devem manter os exames em dia para prevenir novas doenças.
Zenilda Soares Guimarães, de 66 anos, esperou muito tempo para cuidar da saúde. Somente aos 55 anos começou a fazer exercícios, incentivada por uma tia. Desde então, ela frequenta atividades organizadas pelo Serviço Social do Comércio (Sesc) para grupos de terceira idade.
Atualmente, nem mesmo a distância entre a casa dela, em Contagem, e o Centro de Belo Horizonte, onde faz ioga e ginástica quatro vezes por semana, a impede de ir às aulas.
Zenilda diz que os exercícios a ajudam a envelhecer com saúde.
– Ninguém diz que eu tenho a minha idade. Quando entro no ônibus, as pessoas nem acreditam que eu não preciso mais pagar passagem.
Além dessas atividades físicas, Zenilda tenta se alimentar corretamente, manter o peso e ainda vai ao baile para dançar forró.
– Eu quero é curtir a minha vida. Pretendo chegar aos 80 ou 90 anos bem.
E tudo indica que ela vai conseguir. Até hoje, Zenilda não precisa tomar nenhum medicamento.
Assim como Zenilda, a aposentada Maria Aparecida da Silva mantém a saúde e a independência aos 83 anos. Mesmo com limitações físicas, ela faz ioga, atividades domésticas, frequenta bailes e faz artesanato. Tudo isso para manter a saúde do corpo e da mente.
– Meu médico fala que com o astral que eu tenho não vou morrer tão cedo. Já fiz a operação de ponte de safena, mas nunca senti nenhuma dor no coração.
O cardápio de dona Maria surpreende. Além de uma feijoada e um churrasco, ela admite gostar de uma cervejinha e confessa tomar algumas doses escondido da filha. Quando está triste, procura algo para fazer até o sentimento ir embora.
– Quero chegar aos cem anos, e com saúde. Se não for assim, não me interessa.
Exercícios para a saúde mental
Manter a saúde mental na velhice é o trabalho do terapeuta ocupacional Adnaldo Paulo Cardoso, especialista em reabilitação cognitiva em idosos com déficit de memória. Ele afirma que, assim como o corpo, o cérebro sofre alterações com o passar do tempo.
– Há diminuição na velocidade de processamento das informações.
Alguns dos pacientes de Cardoso participam de oficinas temporárias que estimulam as funções cognitivas do cérebro, como atenção, memória e cálculo. Outros precisam de atendimento personalizado por sofrerem de alguma doença.
Um fato observado pelo especialista é que, a cada ano, a idade dos pacientes diminui.
– Atualmente, já tem pessoas na faixa dos 50 anos que chegam ao escritório com queixas.
Segundo o terapeuta ocupacional, isso pode ser resultado do estresse, uso de álcool ou drogas e até mesmo porque as pessoas estão mais informadas sobre o assunto.
Cardoso alerta que o período após a aposentadoria merece cuidados especiais porque o cérebro para de receber certos estímulos.
– Esse é o momento de a pessoa investir em projetos que foram engavetados ao longo da vida por causa do trabalho. Aprender dança de salão, tocar algum instrumento e aulas de língua estrangeira podem ajudar muito.
Outra atividade que previne o declínio cognitivo é a leitura.
União Europeia incentiva hábitos saudáveis para reduzir casos de câncer
Anualmente são detectados cerca de 2,5 milhões de casos da doença
A Comissão Europeia, órgão executivo da União Europeia, lançou, nesta quarta-feira (25) uma campanha de incentivo aos hábitos saudáveis com o objetivo de reduzir em um terço os casos de câncer entre os cidadãos europeus.
Enquanto isso, os representantes do setor de saúde e da sociedade reivindicaram o financiamento da luta contra a doença. Anualmente são detectados cerca de 2,5 milhões de casos da doença, o que a transforma na segunda causa de mortes na região, segundo dados fornecidos pela Comissão.
- O Executivo comunitário espera atingir a meta de redução dos casos por meio do incentivo de hábitos de vida mais saudáveis.
A Comissão propôs que esta semana seja concentrada no incentivo da implementação de hábitos simples, como a alimentação balanceada, a prática de exercícios físicos e a redução no consumo de álcool e de tabaco, além de cuidados com a exposição ao sol.
A Associação Europeia de Saúde Pública, que representa as principais organizações de profissionais e pacientes da região, aproveitou a ocasião para pedir à Comissão que aumente as ações e o financiamento para o combate aos principais causadores do câncer.
O comissário de Saúde da União Europeia, John Dalli, expressou sua determinação em apoiar os países-membros para aprimorar a prevenção e o controle do câncer.
Idosos que tomam bebida alcoólica têm menos riscos de doenças mentais
De acordo com pesquisa, probabilidade é ao menos 30% menor
De acordo com pesquisadores, não foram observadas diferenças significativas com o tipo de bebida alcoólica consumida
Um novo estudo divulgado pelo Instituto Central de Saúde Mental de Mannheim, na Alemanha, revelou que idosos que continuam a desfrutar da bebida alcoólica são menos propensos a desenvolver demência e Alzheimer.
Segundo o jornal britânico Daily Mail, pesquisadores descobriram que idosos que bebem uma quantidade moderada de álcool possuem 30% menos probabilidade de desenvolver demência e 40% menos chances de sofrer de Alzheimer do que aqueles que não consomem esse tipo de bebida.
Os cientistas pesquisaram idosos com 75 anos ou mais que gostam de beber uma cerveja por dia ou um copo de vinho. A equipe do instituto estudou mais de 3.000 pessoas nessa idade – elas estavam livres de demência no começo do estudo. Os pacientes foram examinados duas vezes a cada 18 meses.
De acordo com um dos professores responsáveis pela pesquisa, Siegfried Weyerer, 217 idosos apresentaram sintomas de demência no decorrer do estudo.
- Aqueles que consumiam álcool tinham cerca de 30% menos de demência e 40% menos de Alzheimer do que os idosos que não consumiam nada.
Segundo os pesquisadores, não foram observadas diferenças significativas de acordo com o tipo de bebida alcoólica consumida.
Nos últimos 31 anos, a associação entre o consumo moderado de álcool e a função cognitiva foi investigada em 71 estudos envolvendo 153.856 homens e mulheres de várias locais com diferentes padrões de consumo.
.Segundo o médico Harvey Finkel, do Centro Médico da Universidade de Boston, "a idade não é razão para abstinência".
- É preciso lidar com pessoas idosas viciadas no álcool com mais responsabilidade do que com os jovens. Mas eles podem tirar mais benefícios para a saúde do consumo moderado do álcool.
Pesquisa aponta índice alto de sífilis em indígenas no Brasil
Taxa de HIV é menor do que o da média nacional
Uma pesquisa feita com uma nova tecnologia para realizar testes de sífilis e HIV nas aldeias permitiu rastrear a presença dessas doenças na população indígena nos Estados do Amazonas e de Roraima. De acordo com o estudo, o índice de pessoas infectadas por sífilis na população indígena avaliada é de 1,43%, índice considerado elevado pelos pesquisadores.
A prevalência de HIV foi de 0,1% na população testada, baixa quando comparada ao índice da população geral do país (0,6%). Em gestantes indígenas, o porcentual de pessoas com sífilis foi de 1,03%, um pouco mais baixa que as taxas encontradas em gestantes que moram nos grandes centros urbanos (1,6%). Já a prevalência de HIV nesse grupo foi de 0,08%.
Até o momento foram testados 45.612 indígenas, com mais de dez anos, o que representa 54,7% da população indígena do Amazonas e de Roraima. No total, serão testados pelo projeto 83.311 indígenas dos dois Estados, pertencentes a 195 etnias.
A intenção da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) é levar os testes para outras comunidades indígenas do país ainda este ano, devido ao contato dos índios com os não índios. A primeira etapa do projeto termina em 30 julho. A mesma tecnologia de testes para sífilis deve ser utilizada para gestantes em todo o país, por meio do Rede Cegonha.
O teste é feito em 20 minutos, e o diagnóstico permite o início imediato do tratamento para os pacientes.
Propagandas antigas - Diga isto a seu marido - Ventre Livre
“Quando seu marido estiver sem apetite e se sentir indisposto ou adoentado, com empachamento, peso, dor e outros desarranjos do estômago, a língua suja, mau gosto na boca de manhã ou durante o dia, peso, calor e dor de cabeça, tonturas, nervosismo, certas coceiras e irritações na pele, mal estar depois de comer, preguiça, moleza geral, dores, cólicas e outas perturbações do ventre, muita sede e quentura na garganta, ânsias e vontade de vomitar, mau hálito, indigestão e arrotos, gases, diga-lhe que todos estes sofrimentos são causados por substâncias infectadas e fermentações tóxicas no estômago e intestinos, e que use Ventre-Livre sem demora. Ventre-Livre evita e trata estes sofrimentos porque combate à prisão de ventre e limpa o estômago e intestinos das substâncias infectadas e fermentações tóxicas que tão grande mal podem causar a todo o organismo.Lembre-se sempre: Ventre-Livre não é purgante. Tenha sempre em casa.”
3 de maio de 1955.
Aids: OMS tem plano para salvar 2 milhões de vidas até 2015
Os 193 Estados membros da Organização Mundial de Saúde (OMS) aprovaram nesta terça-feira uma nova estratégia de luta contra a síndrome da imunodeficiência adquirida (Aids), cuja meta é salvar dois milhões de vidas em todo o mundo até 2015.
O documento, aprovado na última sessão da 64ª Assembleia Anual da organização, em Genebra, explica que a estratégia se baseia nos resultados das iniciativas para tratar 3 milhões de pessoas entre 2003 e 2005 e no plano da OMS 2006-2010 para o acesso universal ao tratamento da Aids.
"A estratégia tem como objetivo dar acesso universal à prevenção, tratamento e atenção até 2015, e a alcançar vários dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, como a redução da mortalidade materno-infantil", explicou o doutor Andrew Ball, assessor de Estratégia e Operações do Departamento de HIV/Aids da OMS.
Um dos principais objetivos da estratégia 2011-2015 da luta contra a Aids aprovada pela OMS é "alcançar o acesso universal à prevenção, tratamento e atenção integral (...) reconhecendo que, apesar dos progressos atingidos, este objetivo não foi alcançado a nível mundial em 2010".
Para chegar a isso, a OMS estabeleceu metas que devem ser alcançadas até 2015: reduzir em 50% a porcentagem de jovens entre 15 e 24 anos infectados com o HIV; reduzir em 90% os novos casos de infecção em crianças; e reduzir em 50% as mortes vinculadas à tuberculose".
Atualmente, 33,3 milhões de pessoas vivem com o HIV em todo o mundo, das quais 22,5 milhões estão na África subsaariana, segundo a agência ONUAids.
Atletas ganham mais lesões do que músculos, afirma estudo
Suor, dedicação e um bom par de tênis não são os únicos requisitos para entrar em forma e levantar peso na academia. Antes de começar a malhar, é fundamental fazer uma avaliação médica para evitar lesões e prevenir acidentes. No entanto, o procedimento é deixado de lado pela maioria dos atletas iniciantes.
Atleta deve ficar atento a qualquer sintoma de dor durante a atividade física
Segundo um estudo realizado pela Secretaria da Saúde de São Paulo, 90% dos atletas foge dos exames pré-atividade física. A pesquisa foi realizada com base nos 700 pacientes atendidos no ano passado pelo ambulatório médico esportivo do Hospital Estadual Ipiranga.
“A avaliação médica é fundamental para conhecer a qualidade da saúde do atleta, quais exercícios ele pode praticar e qual será a intensidade do treinamento”, diz Ricardo Munir Nahas, médico do esporte e diretor científico da SBME (Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte).
A avaliação também ajuda na prevenção de lesões, já que recomenda o exercício ideal de acordo com o momento de vida e saúde do atleta. “Uma pessoa acima do peso, por exemplo, não pode sobrecarregar suas articulações. Após a consulta médica, o profissional indicará atividades de baixo impacto”, explica Nahas.
Se a lesão não foi evitada, o atleta deve suspender a malhação imediatamente e marcar uma consulta com um especialista. O médico poderá prescrever novos exercícios que não envolvam a parte do corpo que está machucada. Analgésicos e anti-inflamatórios com prescrição médica podem ser usados para diminuir a dor.
Obesidade já atinge 10% das crianças brasileiras; saiba como evitar
A obesidade e os níveis elevados ou anormais de lipídios no sangue são os principais fatores de risco causadores de doenças cardiovasculares e, embora possam se iniciar precocemente, quase não são diagnosticados clinicamente na infância.
As crianças precisam de uma dieta rica em alimentos energéticos, ferro, vitamina C e cálcio
Os crescentes índices de obesidade e de doenças cardiovasculares em crianças estão diretamente associados às mudanças no modo de vida, particularmente o sedentarismo e o consumo de alimentos gordurosos e açúcares. Segundo dados da Sociedade de Pediatria de São Paulo, a obesidade infantil já atinge cerca de 10% das crianças brasileiras.
A redução do consumo de alimentos saudáveis como vegetais e frutas e o aumento no porcentual de gordura saturada e animal também resultam na menor ingestão de micronutrientes alimentares antioxidantes - importantes para controlar ou diminuir a ação prejudicial dos radicais livres no organismo.
As alterações do perfil lipídico na infância ocorrem silenciosamente e as lesões geralmente são diagnosticadas apenas na idade adulta. De acordo com o Incor (Instituto do Coração do Hospital das Clínicas), a obesidade na infância e na adolescência pode antecipar de 10 a 20 anos a manifestação de doenças cardiovasculares, uma das principais causas de morte e de incapacidade no Brasil e no mundo.
Alimentação saudável
Nos primeiros anos de vida da criança é essencial uma alimentação qualitativa e quantitativamente adequada para proporcionar ao organismo a energia e os nutrientes necessários ao bom desempenho de suas funções e à manutenção da saúde. Como são muito ativas e possuem metabolismo mais acelerado, as crianças precisam de uma dieta rica em alimentos energéticos, ferro, vitamina C e cálcio.
Secretaria de SP alerta para cuidados com a saúde no tempo seco
A partir de maio, a umidade relativa do ar tende a cair com mais frequência. A consequência do chamado tempo seco para a saúde vai desde ardência e ressecamento dos olhos, boca e nariz, por exemplo, até o agravamento de doenças respiratórias.
Para evitar ou minimizar a ocorrência de problemas de saúde em decorrência do tempo seco, a Secretaria de Estado da Saúde indica alguns cuidados importantes.
Crianças e idosos são os mais afetados pela baixa umidade do ar. Por isso, é necessária atenção especial a esses dois grupos de pessoas. O cuidado essencial, neste caso, é incentivar a ingestão de bastante água, além de sucos naturais feitos de maneira adequada, e água de coco.
Também é importante manter a higiene doméstica, evitando o acúmulo de poeira, que desencadeia problemas alérgicos. Dormir em local arejado e umedecido pode contribuir para uma noite de sono tranquila. Os ambientes podem ser umidificados com toalhas molhadas, reservatórios com água e até umidificadores. Recomenda-se, ainda, o uso de soro fisiológico para manter a lubrificação dos olhos.
A pele também merece atenção especial neste período. Evite banhos com água muito quente, que provocam o ressecamento da pele, e use sempre que possível um creme hidratante. Em caso de irritação das vias aéreas e dos olhos, use soro fisiológico para lavar os olhos e as narinas.
“São cuidados simples, mas que podem fazer toda a diferença neste período de tempo seco, ajudando a manter a saúde e a qualidade de vida de todos os paulistas”, diz o coordenador estadual de Saúde, Ricardo Tardelli.
Combinação de medicamentos provoca hiperglicemia
Quase um milhão de pessoas nos Estados Unidos tomam duas drogas que, se combinadas, podem provocar aumentos significativos nos níveis de açúcar no sangue, anunciaram cientistas nesta quarta-feira.
O antidepressivo Paxil e a droga anticolesterol Pravachol não produzem danos se tomadas separadas, mas são nocivas se consumidas juntas, explicaram os pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade de Stanford, da Universidade Vanderbilt e da Escola de Medicina de Harvard.
Os efeitos da combinação foram descobertos ao analisar informações de experimentos realizados por voluntários, que compararam uma base de dados da Administração de Alimentos e Drogas dos Estados Unidos, (FDA, na sigla em inglês) com registros médicos eletrônicos mantidos pelas três instituições médicas.
O estudo empregou "técnicas de extração de dados para identificar oscilações em grande escala que não seriam fáceis para os médicos de serem detectadas em seus pacientes individuais", explicou.
Apesar de nenhum dos pacientes que tomam ambas as drogas terem reportado hipergliciemia, os pesquisadores descobriram que 135 pacientes que não sofriam de diabetes no passado mostraram aumento médio da glicose no sangue de 19 miligramas por decilitro (mg/dl), logo que iniciaram o tratamento.
Entre o grupo de diabéticos, formado por 14 pessoas, o efeito foi maior: houve aumento 48 mg/dl logo após consumirem as duas drogas.
Os aumentos dos níveis de açúcar no sangue foram suficientes para levar uma pessoa com predisposição à diabetes a transformar-se em diabético completo e para pôr em risco a saúde dos pacientes diabéticos, disse o estudo publicado no Clinical Pharmacology e Therapeutics.
Os investigadores testaram também os efeitos da combinação das drogas em ratos de laboratório e identificaram que os níveis de glicose dispararam de 128 mg/dl a 193 mg/dl em três semanas. Nenhuma das drogas por separado teve esse efeito.
Horta piramidal é solução para garantir alimentos mais saudáveis
Uma boa maneira de economizar no supermercado e garantir alimentos mais saudáveis e livres de agrotóxicos pode se plantar algo você mesmo. Diferentemente do que muita gente imagina, ter uma horta em casa não requer tanto tempo nem trabalho.
Pensando nisso, a equipe técnica de agricultura urbana da Prefeitura de Guarulhos, na Grande São Paulo, elaborou um projeto que oferece uma oportunidade para quem não tem espaço em casa, mas sempre desejou ter uma área destinada ao plantio de hortaliças: a horta piramidal.
Prepare os materiais
Os materiais necessários para a montagem da horta piramidal são: madeira, pregos, mangueira (de meia polegada), registro de gaveta (também de meia polegada) e um gotejador, que poderá ser palito de pirulito ou cotonete, utilizados como canudinho.
Em média, o metro quadrado de uma horta pronta feita com madeira fica entre R$ 150 e R$ 180. “A madeira custa de R$ 40 a R$ 50. A parte hidráulica é a mais cara, pois contando o preço de registros e torneiras tudo fica em torno de R$ 140”, diz Carlos Artur Salgado, chefe da divisão de agricultura e apoio à produção rural.
Como fazer
O dispositivo da horta vira uma prateleira em forma de pirâmide com quatro aros e algumas divisórias. Ao redor desta estrutura, é feito o aproveitamento de garrafas pets invertidas, cortadas em funil, que são preenchidas com substratos orgânicos onde será feito o plantio de hortaliças.
O sistema de irrigação da pirâmide é realizado via gotejamento. Este esquema é alimentado por um sistema de madeiras, bicos e registros, que proporciona a rega simultânea em toda a horta, sem que a pessoa tenha que colocar água em cada hortaliça. “É um sistema que facilita porque, na verdade, o menor modelo comporta de 80 a 90 garrafas com mudas”, afirma ele.
O especialista garante que as hortas piramidais podem ser feitas em todos os tipos de casas e apartamentos, desde que adaptadas ao espaço e aos recursos. “Temos que trabalhar com a luminosidade. As hortaliças precisam de pelo menos seis horas de insolação diária”, diz ele. “Mas é possível colocar um sistema de rodas ou fazer um lado da pirâmide voltada para o sol”, completa.
Salgado afirma que um dos maiores objetivos do projeto é evitar o consumo da alimentação cultivada pelo sistema convencional. No entanto, para manter um cultivo impecável é preciso prestar atenção a algumas dicas.
Como manter a horta piramidal
O primeiro cuidado é a utilização de produtos para uso na agricultura orgânica. O segundo é a rega constante, já que as hortaliças pedem muita água. E em terceiro lugar, é bom pintar e evernizar a madeira para a estrutura da horta piramidal seguir resistente e duradoura, conta o especialista.
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