Experimento precisa ser testado em estudo maior com mil gestantes
Mulheres gestantes poderão dentro em breve fazer um exame de sangue, em lugar de submeter-se a exames invasivos arriscados, para prever a probabilidade de seu bebê ter síndrome de Down, disseram cientistas neste domingo (6).
Em um estudo publicado no periódico Nature Medicine, pesquisadores do Chipre disseram que um teste com 40 gestantes usando o exame, no qual é analisado o sangue da mãe para detectar diferenças de DNA entre a mãe e o feto, mostrou que o exame previu com precisão os fetos que tinham risco de apresentar a síndrome.
Philippos Patsalis, diretor médico do Instituto Chipre de Neurologia e Genética, que comandou o estudo, disse que os resultados são "muito instigantes" e que agora o experimento precisa ser testado em um estudo maior com cerca de mil gestações, mas que pode levar a mudanças em práticas clínicas dentro de dois anos.
- Acreditamos que poderemos modificar este exame, tornando-o muito mais fácil e simples, e então teremos algo para ser introduzido na prática clínica - disse Patsalis.
A síndrome de Down é um distúrbio genético e ocorre em um de cada 700 bebês nascidos vivos em todo o mundo.
O risco de ter um bebê com síndrome de Down - que ocorre quando uma criança tem três cópias do cromossomo 21, em vez das duas normais - aumenta com a idade da gestante. O risco incorrido quando a mãe tem 40 anos é 16 vezes maior que o de uma mãe de 25.
Atualmente, os médicos usam um exame chamado amniocentese para verificar a probabilidade de um bebê nascer com a síndrome de Down. O exame geralmente é realizado com 15 ou 16 semanas de gestação e exige a retirada de líquido amniótico da mãe, com a inserção de uma agulha oca no útero.
Como a amniocentese traz um pequeno risco de aborto espontâneo - que Patsalis avaliou em 1% ou 2% -, cientistas vêm buscando maneiras menos invasivas de fazer exames para Down e outros potenciais problemas genéticos.
O método de Patsalis aproveita as diferenças nos padrões de metilação do DNA - que são importantes para controlar os níveis de genes - entre a mãe e o feto.
Para isso, uma amostra pequena de sangue é retirada da mãe entre a 11ª e a 13ª semana da gestação, e a presença de cópias extras do cromossomo 21 no feto é detectada com a análise do sangue materno.
Em uma prova pequena, a equipe de Patsalis pôde diagnosticar corretamente 14 casos em que havia cópias extras do cromossomo, além de 26 fetos normais.
O artigo diz que "a abordagem não invasiva vai evitar o risco de aborto espontâneo de gestações normais provocado pelos procedimentos atuais, mais invasivos".
Copyright Thomson Reuters 2011
http://noticias.r7.com/saude/noticias/cientistas-desenvolvem-exame-de-sangue-para-prever-sindrome-de-d-20110306.html
terça-feira, 8 de março de 2011
Farmacêuticas contratam trabalhadores com deficiência
por Agência Brasil
07/03/2011
Empresas que aderirem ao pacto têm um ano para preencher as cotas de funcionários deficientes previstas na Lei 8213
Os fabricantes de remédios de São Paulo se comprometeram na última quarta-feira (03) a aumentar a contratação de trabalhadores com deficiência. O compromisso foi firmado por meio de um acordo com o Sindicato das Indústrias Farmacêuticas do Estado de São Paulo (Sindusfarma), com a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego do Estado de São Paulo (SRTE/SP) e com sindicatos de empregados do setor.
Pelo acordo, as empresas que aderirem ao pacto têm um ano para preencher as cotas de funcionários deficientes previstas na Lei 8213, de 1991. Essa lei determina que as empresas com 100 funcionários ou mais tenham, no mínimo, 2% de trabalhadores com deficiência no seu quadro de funcionários.
O acordo firmado nesta quinta-feira é o terceiro do tipo que o Sindusfarma assina. Desde 2006, quando a entidade fez seu primeiro pacto, o número de trabalhadores com deficiência no setor subiu de 170 para 1.450.
No entanto, o setor ainda precisa contratar mais 350 deficientes para atingir o que determina a lei. "É uma guerra para contratar essas pessoas. Às vezes você contrata, treina e elas acabam indo para outra empresa por alguns reais a mais", disse o vice-presidente executivo do Sindusfarma, Nelson Mussolini, no evento de assinatura do pacto.
O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Químico, Antônio Silvan Oliveira, admite as dificuldades nas contratações, mas quer mais empenho das empresas. Ele disse ser favorável a acordos, pois acha que eles são mais eficazes que a fiscalização da SRTE. Disse também que as empresas precisam criar planos de inclusão para cumprirem as cotas. "A empresa que não tiver uma política de valorização perde o funcionário (o funcionário com deficiência). Aí fica mais difícil cumprir a lei", disse Oliveira.
O gerente de fiscalização da SRTE/SP, Marco Antonio Belchior disse que o órgão vai acompanhar o cumprimento do acordo pelas empresas que aderirem ao pacto ou a lei de cotas para as demais. Disse também que espera que iniciativas como essa sejam levadas para todo o país.
http://www.saudebusinessweb.com.br/noticias/index.asp?cod=76458
Nível elevado de triglicérides aumenta risco de derrame, revela pesquisa
Estudo dinamarquês apontou que aumento do nível no sangue em jejum é tão perigoso quanto possuir colesterol alto
Muitas vezes deixado de lado por médicos e pacientes, o triglicérides pode se tornar mais um marcador de risco de doenças cardiovasculares e ter um peso tão importante quanto o colesterol na prevenção de um acidente vascular cerebral (AVC), popularmente chamado de derrame.
É o que aponta um estudo dinamarquês que concluiu que ter no sangue altos níveis de triglicérides em jejum é tão perigoso quanto possuir colesterol elevado. A descoberta indica que o triglicérides aumentado eleva os riscos de um AVC isquêmico - aquele em que há o entupimento do vaso por causa do depósito de placas de gordura, que bloqueiam o fluxo sanguíneo.
Os triglicérides são partículas presentes em alimentos calóricos, como bolachas, bolos, massas, enlatados e frutos do mar. Cerca de 80% dos triglicérides são resultado da alimentação e, por isso, podem ser tratados apenas com dieta balanceada. O colesterol, ao contrário, é produzido em boa parte pelo organismo e, para baixá-lo, é necessário fazer uso de medicação.
Os pesquisadores acompanharam 7.579 mulheres e 6.372 homens - todos mediram os níveis de triglicérides em jejum e de colesterol logo no início do estudo (1976-1978). Eles foram acompanhados por até 33 anos.
Nesse período, 837 mulheres e 837 homens tiveram AVC isquêmico. Segundo os pesquisadores, os resultados demonstram que o gradual aumento dos níveis de triglicérides foi associado ao maior risco de sofrer um AVC. As conclusões foram publicadas na Annals of Neurology.
Nas mulheres, níveis acima de 442 mg/dl indicaram um risco 3,9 vezes maior de ter o problema em comparação com mulheres com níveis normais. Em níveis semelhantes em homens, o risco variou de 1,2 a 2,3, respectivamente. "As diretrizes atuais de prevenção de AVC trazem recomendações sobre os níveis de colesterol desejáveis, mas não citam os níveis desejáveis de triglicérides", afirma Marianne Benn, autora do estudo.
Ação. O estudo dinamarquês constatou que os níveis elevados de triglicérides em jejum indicam que há altos níveis de resíduos de lipoproteínas no sangue - partículas semelhantes ao LDL (chamado de mau colesterol).
Essas partículas são minúsculas e densas, o que facilita que sejam incorporadas para dentro da parede interna dos vasos, provocando um quadro crônico de inflamação e, consequentemente, estimulando o crescimento de placas de gordura.
"Quando essas partículas estão em excesso, elas favorecem a infiltração para dentro do vaso sanguíneo. Até então, essa era uma prerrogativa bem estabelecida para o colesterol e agora passa a ser também para os triglicérides", diz o cardiologista Marcelo Ferraz Sampaio, coordenador do Laboratório de Biologia Molecular do Instituto Dante Pazzanese.
"Existe uma tendência de preocupação apenas com o colesterol. Mas esse estudo demonstra que os triglicérides são tão importantes quanto os níveis de LDL. Antes, havia uma suspeita de que só as partículas de LDL aderiam à parede da artéria e o estudo demonstrou o oposto", diz a neurocirurgiã Julieta Gonçalves Silva, da Unifesp.
Segundo Julieta, a suspeita de que níveis altos de triglicérides também eram prejudiciais sempre existiu, mas apenas agora, com esse estudo, é que as suspeitas foram confirmadas. "Cabe aos neurologistas e cardiologistas ficarem atentos para tratar os pacientes preventivamente."
Para o neurologista Rubens Gagliardi, vice-presidente da Academia Brasileira de Neurologia, apesar de o estudo demonstrar os malefícios do triglicérides, a hipertensão arterial ainda apresenta mais riscos para AVC. "O triglicérides isolado é, sim, um fator de risco, mas menos importante que o colesterol. Seus níveis altos podem ser resolvidos com controle dietético, ao contrário do colesterol", diz.
ENTENDA A DOENÇA
O AVC:
É o entupimento ou rompimento de vasos sanguíneos cerebrais, caracterizados pela perda rápida de função neurológica.
As causas:
Malformação arterial cerebral (aneurisma), cardiopatia, tabagismo, colesterol e hipertensão arterial - a pressão alta é um dos principais fatores de risco. O diagnóstico pode ser obtido por meio de exames de imagem, tomografia computadorizada e ressonância magnética.
Sintomas:
Variam de acordo com a área do cérebro afetada pela interrupção da irrigação, mas, em geral, são formigamento das mãos, perda de força no braço e perna (do mesmo lado), dificuldades de fala e, em casos mais graves, desmaio.
Sequelas:
Em geral, pacientes que sofrem AVC ficam com sequelas físicas e motoras. As mais comuns são perda do movimento de um lado do corpo, formigamento e alterações da fala.
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20110308/not_imp689116,0.php
Japão suspende uso de vacinas da Pfizer e da Sanofi após mortes
REUTERS
O Ministério da Saúde do Japão interrompeu o uso de vacinas feitas pela Pfizer Inc e pela Sanofi-Aventis SA contra meningite e pneumonia após a morte de quatro crianças.
As crianças morreram pouco depois de tomar as vacinas e, embora não estivesse claro se havia uma ligação entre as mortes e as vacinas, o uso da Prevenar, da Pfizer, e da ActHIB, da Sanofi, será suspenso enquanto as mortes são investigadas, informou o ministério em um comunicado.
Um painel de segurança do ministério foi marcado para discutir os achados das investigações na terça-feira.
Em fevereiro do ano passado, as autoridades de saúde da Holanda disseram que não foi encontrada uma relação entre a Prevenar e a morte de três crianças que tomaram a vacina.
Três das crianças que morreram no Japão tomaram a Prevenar junto com a ActHIB. Além disso, três das crianças também tomaram uma vacina mista contra difteria, coqueluche e tétano no mesmo dia que tomaram as outras vacinas.
Três das quatro crianças morreram um dia depois de serem vacinadas. As mortes ocorreram entre 2 de março e 4 de março.
Representantes da Pfizer e da Sanofi em Tóquio afirmaram que as empresas estavam cooperando com as investigações.
Um porta-voz para a Sanofi disse que a companhia enviou mais de 3 milhões de doses da ActHIB para o Japão desde 2008. Um porta-voz da Pfizer informou que a empresa distribuiu mais de 2 milhões de doses da Prevenar no Japão desde o ano passado.
(Reportagem de James Topham)
http://www.estadao.com.br/noticias/geral,japao-suspende-uso-de-vacinas-da-pfizer-e-da-sanofi-apos-mortes,688931,0.htm
Cientistas buscam melhor momento para tratar HIV
Objetivo é avaliar a eficácia dos antirretrovirais se receitados antes do recomendado atualmente
Washington (EFE).- Cientistas de diferentes nacionalidades realizarão um estudo em 30 países para analisar o melhor momento para começar a aplicar antirretrovirais em pessoas infectadas pelo HIV, informou nesta segunda-feira, 7, o Instituto de Saúde Nacional dos Estados Unidos.
O novo teste clínico tem o objetivo de determinar se as pessoas infectadas pelo HIV, mas saudáveis, têm menos risco de desenvolver aids ou outras doenças graves se começarem a tomar antirretrovirais antes do recomendado até agora.
Nos Estados Unidos, o tratamento costuma ser aplicado quando os níveis de moléculas CD4 e células T (que são normalmente um indicador da saúde do sistema imunológico) estão abaixo das 500 células por milímetro cúbico.
No entanto, a Organização Mundial da Saúde recomenda começar o tratamento quando os níveis de CD4 estão situados em 350 células por milímetro cúbico ou menos.
O grupo de diferenciação 4 (conhecido pela sigla em inglês CD4) é o receptor ou porta principal de entrada do HIV nas células T, do sistema de imunidade no corpo.
Os cientistas assinalam que até agora "não foram realizados testes clínicos bem desenhados para orientar sobre quando começar" o tratamento com os indivíduos que não apresentam sintomas. Por isso consideram fundamental o estudo "para definir com mais precisão o melhor momento para começar a medicação".
A medicação antecipada pode atrasar não só o desenvolvimento da aids, mas o risco potencial de outras doenças cardiovasculares, câncer, insuficiência renal e doenças hepáticas pela enfraquecimento do sistema imunológico.
"Algumas evidências epidemiológicas sugerem que os pacientes infectados pelo HIV ficam mais saudáveis quando começam o tratamento com os níveis de CD4 mais altos", indicou o doutor Anthony S. Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas (Niaid).
No entanto, assinalou que também existe preocupação pelas complicações de saúde e efeitos secundários associados ao uso de antirretrovirais durante toda a vida, assim como a possibilidade de que o vírus possa ficar resistente aos remédios.
O estudo será realizado em 30 países com quatro mil pacientes, homens e mulheres, maiores de 18 anos infectados pelo HIV e que nunca tomaram antirretrovirais, com os CD4 acima das 500 células por milímetro cúbico.
A metade dos participantes, distribuída de maneira aleatória, tomará antirretrovirais imediatamente, e a outra metade começará a ser tratada quando seus CD4 caírem abaixo das 350 células por milímetro cúbico.
Os participantes serão avaliados durante cinco anos para que a evolução de caso seja comparada.
http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,cientistas-buscam-melhor-momento-para-tratar-hiv,689257,0.htm
Mesa da Câmara estendeu benefícios de plano de saúde para os sem-mandato
Deputados pagam R$ 280 por mês para o Pró-Saúde e contam com ampla rede de proteção, que beneficia também os familiares; antes, só os aposentados desfrutavam das benesses
BRASÍLIA - As benesses dos ex-deputados federais e ex-senadores não se restringem às boas aposentadorias, conforme revelou o Estado na semana passada. Ex-parlamentares contam com um sistema privilegiado de saúde. Na Câmara, os deputados aposentados têm direito a um plano de saúde familiar ao preço de R$ 280 por mês. No Senado, a mordomia é maior: ex-senadores usufruem pelo resto de suas vidas de um sistema de saúde bancado pelos cofres públicos. Os senadores no exercício do mandato não têm limite de gastos com saúde.
Ato da Mesa Diretora da Câmara de 27 de janeiro último permitiu que deputados não reeleitos e ainda não aposentados, mas que já estavam filiados ao plano de saúde, continuem com o benefício. Até agora, 18 ex-deputados optaram por permanecer no Pró-Saúde. A contribuição deles, no entanto, será em torno dos R$ 900 mensais.
Isso ocorre porque o deputado não reeleito tem de arcar com a parte patronal da Câmara para o plano de saúde.
O ex-deputado que está aposentado paga o valor de R$ 280 pelo plano de saúde. Essa é a mesma quantia paga pelos deputados com mandato e os servidores ativos e inativos da Câmara. O plano nesse valor beneficia toda a família do ex-deputado: a mulher e os filhos menores de 21 anos.
http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,mesa-da-camara-estendeu-beneficios-de-plano-de-saude-para-os-sem-mandato,689063,0.htm
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