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sábado, 18 de junho de 2011

Antigo Egito - Remédios e Cosméticos

No antigo Egito, a medicina sempre esteve vinculada à astrologia, e havia uma forte relação entre as plantas medicinais, planetas e signos correspondentes.


Os egípcios utilizavam as plantas condimentares de muitas formas, deixando-as até mesmo nas tumbas dos faraós e personalidades importantes, para que estes fizessem viagem segura aos outros planos da existência, segundo suas crenças. São comuns citações dos papiros relatando a adoração que o povo tinha pelas plantas.

 O mais famoso deles é o Papiro Ebers, datado de 1550 a.C., que contém centenas de fórmulas e remédios populares usados na época. Continha uma coletânea de aproximadamente 125 plantas, entre elas anis, alcaravia, cardamomo, mostarda, açafrão e sementes de papoula. A história da aspirina também pode ser traçada a partir do antigo Egito, onde se combatiam inflamações com um extrato obtido da casca do salgueiro. Esse extrato é que, mais tarde, permitiu a síntese do ácido acetil salicílico – lançado comercialmente pela empresa alemã Bayer, em 1899, com o nome de Aspirina.

A cosmética também era bastante avançada para a época e os grandes templos eram constantemente perfumados por essências e incensos, e as mulheres dispunham de grande quantidade de elementos para o embelezamento, o que era extremamente valorizado em todos os segmentos da sociedade.

Muitas plantas eram cadastradas como elementos ricos de promoção do bem-estar físico, tais como a camomila, que era usada em óleos de massagem para acalmar dores musculares ou simplesmente para se obter um profundo relaxamento. Suas flores eram dispersas também nas águas de banheiras.

As pessoas daquela época preocupavam-se com a beleza e a aparência e utilizavam os elementos naturais para aperfeiçoar cuidados com o corpo e os cabelos, desenvolvendo perfumes requintados e até cremes feitos com plantas e ceras, utilizados para tratar rugas. Herbarium saúde – ano VI, n° 26, 2003

Como está lá no nosso Dicionário da Antiguidade Africano (no formo, prometido para este mês) nenhum outro povo antigo praticou a medicina no mesmo grau e com a mesma perfeição que os egípcios. Suas escolas médicas eram conhecidas por sua habilidade na cura dos males da humanidade. Provavelmente no século IX AC, o poeta grego Homero exclamou que, em termos de medicina, os egípcios suplantaram todos os povos de seu tempo. Cerca de 2 mil anos antes da chegada de Homero ao Egito, Imhotep já se destacava como pioneiro nas ciências médicas.

Os sacerdotes médicos do Egito faraônico chegaram ao ponto de desenvolver especializações como cirurgia, gastroenterologia, oftalmologia, odontologia e veterinária; e isto é mostrado no livro The Physicians of Pharaonic Egypt, de Paulo Ghalioungui et al., publicado na Alemanha Ocidental em 1983.

A medicina dos antigos egípcios, chamada sunt, compreendia quatro aspectos básicos: a cura pelos contrários; a cura pelos semelhantes; a prevenção de doenças e a magia. Cada um desses aspectos envolvia, na prática, especialização e sistematização, com registro de sintomas, diagnóstico, prognóstico e prescrições, além de técnicas cirúrgicas. Em Kemet, o verdadeiro nome do país na Antiguidade, o médico era sempre um sacerdote, de maior ou menor grau hierárquico, formado nos templos, que funcionavam também como locais de atendimento aos pacientes. Por volta de 2000 AC, os médicos keméticos já realizavam testes de gravidez através da urina e receitavam medicamentos anticoncepcionais.

Segundo documentos de época um pouco posterior, seus sucessores já faziam teste de acuidade visual e prescreviam remédios preventivos de infecções no globo ocular (aplicados em volta dos olhos e equivocadamente percebidos, nas esculturas e pinturas que nos chegaram, apenas como maquilagem). Também por esse tempo, os sábios egípcios já detinham conhecimentos anatômicos, inclusive sobre o cérebro e a medula humanos, que lhes permitia realizar delicados procedimentos cirúrgicos. E da mesma forma que dominavam complexas técnicas de cirurgia plástica reparadora, ortopedia e odontologia, esses médicos-sacerdotes serviam-se também da chamada “medicina dos excretos”, utilizando secreções e excrementos animais, bem como mofo, lama, ervas e metais danosos em combinações farmacológicas que anteciparam a composição de alguns dos modernos antibióticos e antiinflamatórios.

No campo da medicina preventiva, o velho Egito desenvolveu práticas contra doenças como cólera, lepra, tuberculose, tifo e moléstias venéreas. Isolamento, quarentena, cauterizações e imunizações através de fumigações ou banhos purificadores eram práticas corriqueiras em tempos de epidemias ou por conta de eventuais ameaças de contaminação. O conjunto de documentos conhecido como “Papiros Eberts”, datado de c. 1500 AC, e hoje no Museu de Leipzig, relaciona cerca de 125 plantas medicinais e fornece 811 receitas de cataplasmas, drágeas, elixires, gargarejos, inalações, instruções para fumigação, lavagens intestinais e ungüentos. Os diagnósticos e medicamentos desses papiros aplicam-se a uma vasta gama de males de afecções do aparelho respiratório a doenças cardiovasculares; de leucemia a males gastro-intestinais, de queimaduras a afecções do aparelho genito-urinário; de inchaço de gânglios a oftalmias.

Mas paralela e complementarmente a esta medicina que tratava do corpo, médicos-sacerdotes egípcios serviam-se também de procedimentos curativos ritualísticos, por entenderem que a base das doenças físicas, morais e espirituais residia no desequilíbrio entre sua relação com o Cosmos e sua natureza humana, desequilíbrio esse provocado por comportamentos excessivos ou faltosos de todo gênero. Segundo esse entendimento, o “mau comportamento” provocava sempre malefício ao corpo, manifestado numa perturbação de ordem física ou mental. O sacerdote-médico, então, trabalhava para reequilibrar a relação do paciente com o Cosmos, através de passes, canalização da energia vital da divindade afim ao paciente; e, em casos extremos, do recolhimento temporário desse paciente ao templo, para contato mais direto com as divindades.

Em qualquer desses procedimentos, a palavra falada representava papel importante. Daí, o uso, em qualquer processo de cura, de fórmulas pronunciadas tanto para conjurar influências e presenças espirituais negativas, chamadas afrits , bem para invocar e atrair espíritos e energias benfazejas.

No século IV AD, fanáticos cristãos incineraram , juntamente com cerca de 700 mil livros, quase todos os textos que concentravam os conhecimentos médicos dos antigos egípcios. Entretanto, o sistema grego, oriundo da escola egípcia de medicina fundada em Alexandria c. 300 AC, conseguiu conservar muito desse saber.

Propagandas antigas - Rhum Creosotado


“Na tosse, na bronquite e resfriado, tome Rhum Creosotado e veja o resultado”.

4 de novembro de 1954

http://blogs.estadao.com.br/reclames-do-estadao/tag/remedio/

Brasil está entre os países mais higiênicos do mundo, aponta estudo


Um estudo internacional conduzido pelo Global Hygiene revelou que o Brasil é o país que mais lava as mãos com sabonetes. Entre os resultados encontrados pelo estudo, está a média global de pessoas que lavam as mãos mais de 5 vezes por dia: 54% da população. Brasil e Alemanha são apontados como os países mais higiênicos do mundo, enquanto China e Malásia tiveram os índices mais baixos.


Mas por que o brasileiro se preocupa tanto com a assepsia? De acordo com Eithan Berezin, microbiologista pediátrico e membro do Global Hygiene Council, o nível de higienização do brasileiro é considerado alto.

“É uma característica nossa, sabemos que o brasileiro gosta de tomar vários banhos por dia, por exemplo. Isso é também social, faz parte do nosso perfil social”, afirma.

Prevenção

Algumas formas de higienização, alerta Berezin, são de fato essenciais para evitar infecções indesejadas, como na alimentação. “A lavagem adequada de alimentos é importante. Agora também está na moda comer alimentos crus, é preciso tomar cuidado com isso”.

Os efeitos nefastos da bactéria E-Coli, por exemplo, que matou mais de 30 pessoas na Europa e que estava presente em diversos legumes, poderia ter sido evitada com o cozimento adequado dos alimentos.

No dia a dia, entretanto, o que vale são os modos mais simples de higienização. “Quando espirrar, não colocar a mão na frente de boca, e sim o cotovelo; lavar as mãos depois de ir no banheiro e depois de tossir são medidas importantes para evitar a disseminação de infecções e vírus”, alerta o especialista.

O álcool gel, segundo Berezin, é também uma forma fácil de deixar as mãos limpas constantemente. “É muito mais fácil e mais rápido higienizar a mão com álcool em gel do que com sabonete. É bom levar esse tipo de produto na bolsa, é uma coisa prática”.

Algumas pessoas, entretanto, devem ficar especialmente atentas com os riscos de infecções. “Os grupos de maior risco são as crianças pequenas e pessoas que já têm alguma doença e se tornam imunodeprimidas, então uma higienização mais intensa para esses grupos é importante”, explica.

Bons hábitos de higiene e o uso regular de desinfetantes, como sabonetes e limpadores de superfícies, também ajuda a reduzir em até 75% o risco de doenças entre crianças.

Campanha de vacinação contra o sarampo acontece em oito Estados

Oito Estados brasileiros realizam, a partir deste sábado, a campanha de vacinação contra o sampo. São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Bahia, Ceará e Alagoas atenderão crianças com idade entre 1 ano e 6 anos e 11 meses.

SP, MG, RJ e mais cinco Estados integram a campanha contra sarampo
Foto: Milton Michida/ SP Notícias

Todas as crianças nesta faixa etária devem ser vacinadas, inclusive as que já tenham tomado esta vacina anteriormente. A campanha segue até o dia 22 de julho. Nestes Estados também haverá vacinação contra a pólio, mais conhecida como paralisia infantil.

O objetivo é manter o Brasil sem transmissão disseminada do vírus causador do sarampo, uma vez que, neste momento, há surto da doença na Europa. De acordo com a OMS, desde janeiro, já foram registrados mais de 6,5 mil casos – sendo 5 mil deles somente na França. Com a chegada das férias de julho, aumenta tanto o fluxo de turistas estrangeiros para o Brasil quanto a ida de brasileiros para o exterior.

Critérios

Por isso, o Ministério da Saúde utilizou três critérios para identificar os oito estados que vão começar a vacinar as crianças contra o sarampo: maior fluxo turístico, densidade populacional e baixa cobertura da vacina tríplice viral nos últimos anos.

Nos municípios dos demais estados e no Distrito Federal, as crianças de 1 ano a menores de 7 anos vão receber a vacina contra o sarampo em 13 de agosto, no mesmo dia em que começa em todo o país a segunda etapa da Campanha Nacional de Vacinação contra a Pólio. A meta do Ministério da Saúde é vacinar pelo menos 95% das 17.094.519 crianças nessa faixa etária, em todo o Brasil. Para tanto, foram enviadas 20.513.300 doses da tríplice viral para todos os estados e o Distrito Federal.

O sarampo é uma doença aguda, altamente contagiosa, transmitida por vírus. Os sintomas mais comuns são febre, tosse seca, exantema (manchas avermelhadas), coriza e conjuntivite. A transmissão ocorre de pessoa a pessoa, por meio de secreções expelidas pelo doente ao tossir, falar ou respirar. O período de transmissão varia de quatro a seis dias antes do aparecimento do exantema até quatro dias após o surgimento das manchas. A vacina é o meio mais eficaz de prevenção.

Previna-se da asma na chegada do inverno

Chega oficialmente em 21 de junho o inverno, estação mais fria do ano. Com a queda da temperatura que já pode ser observada em diversos pontos do país, diversos problemas respiratórios tendem a se agravar, entre eles a asma.

A doença respiratória atinge aproximadamente 16 milhões de brasileiros, com índice de mortalidade que chega a 3 mil pessoas por ano, segundo a Organização Mundial da Saúde.

No frio, a baixa umidade do ar, as mudanças bruscas de temperatura e aumento da poluição do ar são os principais motivos de preocupação, especialmente de quem já tem doenças respiratórias crônicas. A época também provoca queda da imunidade das pessoas, tornando-as mais predispostas a desenvolver a asma.

O mais importante é a prevenção. Tratamentos indicados pelos médicos devem ser mantidos à risca, assim como as consultas periódicas. E em caso de crise, procurar imediatamente um serviço médico de emergência.

As bombinhas inaladoras ainda são a forma mais eficiente de tratar a asma

Tratamento

Embora surjam periodicamente notícias de novos métodos de tratamento e prevenção, o uso da medicação controladora da asma, como os corticoides, ainda é considerado o mais eficaz. Seu uso pode ser aplicado na forma de pó inalado ou spray e deve ser utilizado de maneira contínua, sob supervisão médica.

Contudo, os corticoides inalados diferem dos antigos, que eram ingeridos ou injetáveis, por serem mais potentes e de uso local sendo, portanto, livres dos temidos efeitos colaterais como, por exemplo, o ganho de peso.

Uma novidade divulgada recentemente é a pílula contra a asma, que se mostra tão eficiente quanto os corticoides. Porém, para a médica Márcia Pizzichini, presidente da comissão de Asma Brônquica da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, esta não é a primeira opção para o tratamento.

“Em comparação aos corticoides inalados, as pílulas não são tão eficazes, pois tem menor potência anti-inflamatória. Dependendo do nível da asma, é recomendado o uso conjunto dos tratamentos”. O medicamento só deve ser usado unitariamente em caso de doença considerada leve e com poucos sintomas.

Além da gravidade da doença, outras questões importantes devem ser levadas em consideração para definir o melhor método de tratamento, explica a médica pneumologista.

“São priorizados o histórico do paciente, a faixa etária, a frequência dos sintomas, se as crises provocam despertares noturnos, a frequência do uso da bombinha de resgate, a preferência do paciente e sua condição financeira”. Quanto mais frequentes os sintomas, maior sinal de gravidade e de descontrole da doença, explica.

Urologista também pode atender mulheres; conheça os problemas mais comuns

Grande número de pessoas pensa erroneamente que o urologista é um médico que atende somente homens. Na verdade, a especialização deste profissional é no aparelho gênito-urinário, o que inclui as doenças que atingem rins e bexiga de mulheres e homens, adultos, idosos e crianças.


Segundo o médico Caio Cintra, professor assistente de urologia da Faculdade do ABC, assim como os homens, as mulheres podem sofrer alterações no sistema urinário durante a gravidez, no parto e quando chegam à menopausa.

As infecções urinárias simples, também chamadas de cistites, e a incontinência urinária são problemas que afetam ambos os sexos. “Grande parte das mulheres brasileiras sofrem ou já sofreram com ‘problemas urinários’, mas muitas vezes não sabem qual profissional procurar”, sustenta Cintra.

Problemas mais comuns

Abaixo o especialista esclarece alguns dos problemas urinários mais comuns entre as mulheres e que devem ser tratados por um urologista:

- Cistite intersticial: também chamada de síndrome da bexiga dolorosa, é a inflamação crônica da bexiga, geralmente muito intensa, que acomete principalmente mulheres com idade de 20 a 60 anos. Sua causa ainda é desconhecida.

- Infecção urinária: é caracterizada pela presença de micro-organismos na urina, o que leva à inflamação das vias urinárias e, em casos mais graves, dos rins. A infecção pode ser causada por bactérias, vírus ou fungos que se multiplicam ao redor da uretra e conseguem atingir a bexiga.

- Incontinência urinária de esforço: é uma doença caracterizada pela perda involuntária de urina. É um problema de saúde comum entre mulheres de meia idade e idosas. Cerca de 30% da população feminina terá incontinência urinária depois dos 60 anos. A incontinência urinária pode ser decorrente de um enfraquecimento da musculatura da pelve (bexiga caída) ou por um mau funcionamento da bexiga.

- Bexiga hiperativa: Transtorno conhecido como a vontade excessiva de ir ao banheiro e que provoca nas pessoas uma vontade incontrolável de urinar. Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia, aproximadamente duas mulheres para cada homem possuem o quadro da doença. Uma pessoa com bexiga hiperativa pode também desenvolver incontinência urinária, problemas de pele e infecções urinárias.

Aprenda a lidar com a enxaqueca

Mudanças no estilo de vida ajudam a lidar com a dor sem remédios


A enxaqueca geralmente causa uma dor devastadora em um lado da cabeça. Outros sintomas podem incluir náusea, problemas de visão e alta sensibilidade ao som e à luz.

Enquanto seu médico pode prescrever um remédio para prevenir ou melhorar os sintomas da enxaqueca, o site do governo norte-americano sobre saúde da mulher, Womens Health, aconselha mudanças no estilo de vida para afastar esses episódios de dor.

O site oferece algumas sugestões:

- Aprenda qual é o gatilho da sua enxaqueca e limite esses fatores o máximo possível
- Vá para a cama e acorde no mesmo horário todos os dias, independente do dia da semana
- Não pule refeições e prefira alimentos saudáveis e nutritivos
- Exercite-se regularmente
- Corte cafeína e álcool

http://saude.ig.com.br/minhasaude/dicasdesaude/aprenda+a+lidar+com+a+enxaqueca/n1597034862524.html

Você sabe o que é poliomielite?

Conhecida como paralisia infantil, pode provocar fraqueza muscular permanente, paralisia e deixar sequelas. Vacinação é essencial

Foto: ABr/Wilson Dias
Criança é vacinada contra paralisia infantil durante campanha no ano passado: prevenir é preciso

Hoje as crianças menores de 5 anos devem receber a primeira dose da vacina contra a poliomielite, conhecida como paralisia infantil. É apenas a etapa inicial que colabora com a erradicação da doença no Brasil. A segunda dose da vacina será aplicada a partir do dia 13 de agosto. Segundo o Ministério da Saúde, a criança só fica completamente protegida após receber as duas gotinhas previstas.

Crianças com febre acima de 38 graus Celsius ou com alguma infecção devem ser avaliadas por um médico antes de procurar os postos de saúde. Também não é recomendado vacinar crianças com problemas de imunodepressão (como pacientes com câncer e aids) ou que já apresentaram reação alérgica severa a doses anteriores das vacinas.

A meta do governo é vacinar 95% do público-alvo. Felizmente pais e responsáveis têm contribuído para o sucesso das campanhas de vacinação.

A poliomielite, como define o Manual Merk de Informação Médica, é uma infecção viral contagiosa, por vezes mortal, que pode provocar fraqueza muscular permanente, paralisia e outros sintomas.

É causada pelo poliovírus, um enterovírus transmitido ao se engolir substâncias contaminadas pelo vírus. A infecção estende-se do intestino às partes do cérebro e à medula espinhal, que controlam os músculos.

No início do século 20, a pólio era uma doença frequente e temível. Atualmente, devido aos programas de vacinação, os surtos praticamente desapareceram. Dados do Ministério da Saúde apontam que os últimos casos de paralisia infantil nas Américas ocorreram no Brasil em 1989 e no Peru em 1991. Oficialmente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a poliomielite erradicada das Américas em 1994 e da Europa em 1999. Mas ainda há circulação de poliovírus em países da África e Sudeste Asiático.

“Erradicação não significa que a doença não exista mais, apenas que está sob controle. Por isso as crianças devem continuar sendo vacinadas”, diz Maria Amélia dos Santos, diretora da Associação Brasileira de Síndrome Pós-Poliomielite (ABRASPP), ela própria vítima de poliomielite.

Sequelas
Cerca de 50% das pessoas com poliomielite se recuperam sem paralisia, 25% apresentam incapacidade leve e 25% têm paralisia permanente grave. Porém, alguns portadores da doença, incluindo os que aparentemente se recuperaram por completo, apresentam retorno ou deterioração da fraqueza motora 15 ou mais anos depois de terem sofrido um ataque de pólio – trata-se da Síndrome Pós-Poliomielite, que pode levar a invalidez permanente.

“Nasci em Portugal e vim para o Brasil com três meses. Aos 10 meses já estava andando. De repente, parei de andar. Meus pais me levaram ao médico e foram levantadas inúmeras hipóteses, até eu ser diagnosticada com poliomielite. Usei aparelho ortopédico, muleta e passei por 14 cirurgias. Depois de algum tempo, aparentemente me recuperei e segui minha vida normalmente”, conta Maria Amélia, da ABRASPP.

Aos 48 anos, no entanto, ela foi perdendo os movimentos de novo. “Os médicos achavam até que era psicológico”. Na verdade era a Síndrome Pós-Pólio se manifestando. “Mudou tudo na minha vida. Reduzi em 60% a velocidade com que fazia as coisas e até as torneiras de casa tive de trocar por não ter força para abri-las”, revela Maria Améria, hoje com 56 anos.

Mesmo com a doença sob controle no Brasil, ela faz um apelo aos pais para que vacinem seus filhos: “Continuem alerta. Cuidem de suas crianças”.

Quer recuperar o sono perdido? Esqueça o fim de semana

Estudo mostra que final de semana não é suficiente para recuperar sono perdido durante o dia

Até mais tarde: dormir a mais no fim de semana não compensa o sono perdido durante os dias úteis

Quem dorme somente seis horas por noite durante a semana de trabalho irá precisar de mais do que o final de semana para recuperar-se dos efeitos cumulativos desta leve privação de sono, é o que mostra um novo estudo americano.

Pesquisadores também constataram que as mulheres conseguem lidar melhor com a perda, além de também se recuperarem melhor.

“O hábito comum de estender o sono no final de semana depois de uma semana atribulada de trabalho não é adequado para reverter os efeitos cumulativos sobre as funções cognitivas resultantes desta leve privação de sono”, disse Alexandros N. Vgontzas, professor de psiquiatria e titular da cadeira de transtornos do sono da Faculdade de Medicina do Estado da Pensilvânia (EUA) e principal pesquisador do estudo, em um boletim da Academia Americana de Medicina do Sono.

Os 34 participantes de estudo, todos com idade média de 25 anos e sem problemas de sono, foram instalados em um laboratório do sono por um período de 13 noites, passando por medições periódicas de sonolência e desempenho. Os participantes puderam dormir por um período de 8 horas nas primeiras quatro noites para serem avaliados quando ao funcionamento normal do organismo. Nas seis noites seguintes eles puderam dormir por apenas seis horas por noite e, em seguida, tiveram três noites de “recuperação” com 10 horas de sono a cada noite.

Os resultados do estudo, apresentados esta semana durante o encontro da Associação das Sociedades Profissionais do Sono, em Minneapolis, revelaram que após uma semana de restrição de sono, duas noites mais longas não são o suficiente para reverter por completo os efeitos adversos da perda de sono. Tanto os homens quanto as mulheres apresentaram queda significante de desempenho em testes psicomotores, além de sonolência subjetiva e objetiva.

O estudo, porém, revelou que as mulheres apresentaram uma melhor recuperação que os homens. Segundo a equipe de pesquisa, a diferença entre os gêneros foi relacionada ao sono profundo, considerado o período restaurativo do sono.

Vgontzas, que também é diretor do Centro de Tratamento e Pesquisa do Sono da mesma instituição de ensino, complementou: “Ao contrário dos homens, as mulheres aparentemente se beneficiam de um efeito protetor do sono profundo. Mulheres que permanecem neste período de sono por mais tempo conseguem lidar melhor com os efeitos de uma semana de trabalho com leve privação de sono, além de terem uma recuperação mais completa depois de duas noites de sono estendido”.

http://saude.ig.com.br/bemestar/quer+recuperar+o+sono+perdido+esqueca+o+fim+de+semana/n1597032571179.html

Hábitos saudáveis renderão desconto no plano de saúde

Mensalidades podem ficar até 30% mais baratas a beneficiários que participarem de programas de prevenção de doenças

Manter alimentação equilibrada e praticar atividade física contam ponto para os planos de saúde

Ainda dá tempo de participar e contribuir com a consulta pública que debate bônus e descontos de até 30% nas mensalidades dos planos de saúde aos beneficiários que participarem de programas de prevenção de doenças e de incentivo ao envelhecimento saudável.

A Agência Nacional da Saúde (ANS) decidiu prorrogar por uma semana o recebimento de sugestões.

O tema é recordista de adendos e propostas entre todas as consultas já realizadas pela agência. Já são mais de 13 mil sugestões.

A consulta pública, aberta desde 16 de maio, estava prevista para terminar hoje, mas foi estendida até a próxima terça-feira por conta da grande demanda de participação da sociedade. As contribuições podem ser feitas por meio do site www.ans.gov.br.

"Essa semana adicional só vem a acrescentar, dando mais tempo para as pessoas participarem", diz Martha Oliveira, gerente geral de regulação assistencial da ANS.

Durante as primeiras sete horas, a consulta recebeu cerca de 3 mil contribuições, quase 1.000% superior à média das consultas públicas anteriores durante o mesmo período. A participação foi tão grande que, em alguns momentos, o acesso ao site da ANS foi prejudicado.

A proposta de resolução normativa prevê dois tipos de programas diferentes principais: os de envelhecimento ativo e os de prevenção de doenças. "A diferença básica é como vai se dar o benefício. O de envelhecimento ativo tem foco na continuidade permanente e dará descontos de até 30% na mensalidade. Podem ser oferecidos para uma faixa etária específica, mas todos terão o direito de participar. Não podem ser focados num público específico demais, como obesos e diabéticos", explica Martha.

Além disso, o desconto na mensalidade do plano tem de ser linear para aquele produto oferecido - sem diferenças entre faixas etárias - e a operadora não pode, por exemplo, atrelar o benefício a resultados de saúde, como redução do colesterol, ou à utilização da rede de assistência.

Já os beneficiários que participarem de programas voltados para a promoção da saúde e prevenção dos riscos e doenças não receberão descontos, mas bônus - como gratuidade no plano dentário ou no resgate aéreo, por exemplo.

"A operadora vai montar esse programa com foco em um público específico, como gestantes, mulheres, hipertensos ou diabéticos. Pode ser pontual e ter duração definida e o prêmio não vem em forma de desconto", completa Martha.

A resolução da ANS sobre o tema entrará em vigor imediatamente na data da publicação e a previsão do mercado é que saia num prazo de até quatro meses após o encerramento da consulta. A proposta não obriga as operadoras a oferecer desconto ou premiação, e a adesão dos clientes também é facultativa - tem de estar prevista em aditivo no contrato, com prazo mínimo de vigência de um ano e regras claras.

Atualmente, já existem programas de promoção da saúde - as operadoras contratam inclusive empresas focadas na promoção da saúde e no gerenciamento de doentes crônicos. Mas não há desconto para quem participa. A agência estimula as operadoras a criá-los desde 2005 e monitora a qualidade desses programas. "Mas o desconto ainda não é adotado porque é preciso uma regulamentação detalhada para que não prejudique os direitos atuais dos clientes", diz Martha.

http://saude.ig.com.br/minhasaude/habitos+saudaveis+renderao+desconto+no+plano+de+saude/n1597028449108.html

Infecção vaginal por fungo

A infecção vaginal por fungos é uma infecção normalmente causada pelo fungo Candida albicans.

Candida, mancha fluorescente  Foto ADAM

Este filme microscópico (identificado na figura) mostra uma mancha fluorescente de Cândida. A Cândida é uma levedura (fungo) que causa doenças brandas, mas em indivíduos imunodeficientes, pode provocar enfermidades fatais.
Nomes alternativos
Infecção por fungos – vagina; Candidíase vaginal; Monilíase vaginal
Causas, incidência e fatores de risco
A maioria das mulheres terá uma infecção vaginal em algum período da vida. O Candida albicans é um tipo comum de fungo. É frequentemente presente em pequenas quantidades na vagina, na boca, no trato digestivo e na pele. Geralmente, não causa doença nem sintomas.
O Candida e muitos outros germes ou micro-organismos habitam normalmente a vagina em estado de equilíbrio. Entretanto, quando a vagina desenvolve algumas condições favoráveis, o número de Candida albicans aumenta, originando a infecção.


Algumas dessas condições favoráveis incluem:

  • Antibióticos usados para tratar de outras infecções, que alteram o equilíbrio natural entre os organismos na vagina ao reduzir a quantidade de bactérias protetoras
  • Gravidez, sofrer de diabetes, ou obesidade – todas essas situações criam condições que facilitam o aumento dos fungos

A candidíase vaginal não é uma doença sexualmente transmissível (DST). Entretanto, um pequeno número de homens desenvolvem sintomas como coceira e erupções no pênis após relações sexuais com uma parceira infectada.
Apresentar muitas infecções vaginais por fungos pode ser um sinal de outros problemas de saúde. Outras infecções vaginais e secreções podem ser confundidas com a candidíase vaginal.
Infecções que se repetem logo após o fim de um tratamento ou uma infecção por fungos que não responde a nenhum tratamento pode ser um sinal prévio de infecção do vírus HIV.
Sintomas
  • Secreção vaginal anormal
  • Secreção branca que varia de levemente líquida a grossa e encorpada (similar ao queijo cottage)
  • Dor na relação sexual
  • Dor ao urinar
  • Inchaço e vermelhidão da vulva
  • Coceira e queimação na vagina e nos lábios vaginais

Exames e testes
Será realizado um exame pélvico. Ele pode mostrar um inchaço (inflamação) na pele da vulva, na vagina ou no colo uterino (cérvix). O médico pode encontrar placas brancas e secas na parede vaginal.
Uma quantidade de secreção vaginal é examinada usando-se um microscópio (exame chamado citologia vaginal e teste do KOH). Esses testes comprovam o Candida.
Às vezes, uma cultura é feita quando a infecção não desaparece com tratamento ou quando ela retorna muitas vezes.
O médico também pode optar por testes para averiguar outras causas para os sintomas.
Tratamento
Existem apresentações de medicamentos para infecções vaginais por fungos tanto em cremes vaginais quanto em supositórios.
O seu médico pode indicar miconazol, clotrimazol, tioconazol e butoconazol. Não interrompa o tratamento só porque os sintomas desapareceram. É necessário um ciclo de 3 a 7 dias, dependendo do medicamento. Se os sintomas forem mais graves ou houver muitas recorrências desta infecção, poderá ser necessário um ciclo mais longo, de até 14 dias.
Algumas mulheres que apresentam a infecção por fungos recorrentemente podem precisar ministrar o supositório vaginal de clotrimazol ou uma dose oral de fluconazol semanalmente para evitar futuras infecções.
Para auxiliar na prevenção e no tratamento do corrimento vaginal:

  • Mantenha sua área genital limpa e seca. Evite sabonetes e lave-se somente com água. Banhos de assento mornos, mas não quentes, podem aliviar os sintomas
  • Evite o uso de ducha vaginal. Embora muitas mulheres sintam-se mais limpas se utilizarem a ducha após a menstruação ou após relações sexuais, ela pode na verdade piorar o corrimento vaginal, pois remove a camada bacteriana saudável que protege a vagina de infecções
  • Consuma iogurte probiótico ou use tabletes de Lactobacillus acidophilus quando estiver sob o uso de antibióticos para prevenir a infecção por fungos
  • Use preservativos para evitar pegar ou passar doenças sexualmente transmissíveis
  • Evite o uso de qualquer produto de higiene íntima feminina
  • Evite vestir calças ou shorts apertados, que podem causar irritações
  • Use roupas íntimas de algodão ou meias-calças com forro de algodão. Evite roupas íntimas feitas de seda ou nylon, pois esses materiais não são muito absorventes e restringem a passagem de ar. Isso leva ao aumento de suor na região genital, provocando uma irritação
  • Prefira absorventes externos aos internos
  • Se for diabética, mantenha sua glicemia controlada

Evolução (prognóstico)
Os sintomas geralmente desaparecem completamente com o tratamento adequado.
Complicações




Infecção secundária


Infecções crônicas ou recorrentes podem surgir quando não há tratamento adequado, quando há reinfecção ou quando há uma outra doença subjacente.
Pode ainda ocorrer uma infecção secundária. Coçar-se intensamente ou por muito tempo pode causar fissuras na pele da vulva, o que aumenta as chances de uma infecção.
Ligando para seu médico
Marque uma consulta com seu médico se:

  • Esta for a primeira vez em que há sintomas de candidíase genital
  • Há suspeita de infecção por fungos
  • Os sintomas não desaparecerem após o uso de cremes vaginais
  • Surgirem outros sintomas

Prevenção
Evite hidratação persistente e excessiva na região genital optando por roupas íntimas ou meias-calças com forro de algodão e calças largas. Evite usar roupas de banho ou roupas para exercícios por períodos longos e lave-as após o uso.

Cistite ou infecção urinária?

Entenda as diferenças e aprenda como prevenir e tratar os dois problemas


Na hora da dor, os sintomas são iguais. Cistite e infecção urinária, porém, não são sinônimos. Comuns entre as mulheres, as duas doenças provocam dor, desconforto e ardência ao urinar.

Saber diferenciar os sintomas evita a evolução do problema e o uso inadequado de medicação.

Alex Meller, urologista do Hospital Santa Paula, em São Paulo, pontua a diferença entre as duas: a cistite, segundo o especialista, é uma inflamação da bexiga. Ela provoca dores, vontade de urinar, mas os sintomas são menos severos. Quando diagnosticada logo no começo, é possível bloquear o problema com a ingestão de bastante água, e o uso de analgésicos para tratar a dor.

“Ao primeiro sintoma de dor, é importante tomar bastante líquido. A cistite alerta que a bexiga está irritada. Analgésicos específicos para aliviar ardência na via urinaria devem resolver o problema em 24 horas.”

A lista de causas da cistite é vasta e bem variada. Baixa hidratação ou consumo abusivo de café e refrigerantes, por exemplo, podem desencadear o problema. Meller esclarece que essas bebidas liberam uma substância ácida na urina, que provoca a irritação da bexiga.

“O abuso dessas bebidas eleva a acidez da urina e inflama a bexiga. Essa reação provoca a sensação de incontinência. Urinar mais vezes não é o problema, mas urinar com dor é alarmante.”

Respeitar a vontade de urinar, mesmo com os sintomas da cistite, é importante para evitar que o problema evolua, explica o urologista. Ele comenta que é comum as pessoas segurarem a urina para evitar a dor. “Quem tem cistite não urina direito, tem medo de sentir a dor e acaba ficando mais propensa a infecção.”

Uma cistite não tratada é uma das portas de entrada de bactérias para o sistema urinário. A anatomia da mulher favorece a contaminação. Rogério de Fraga, chefe do departamento de urologia feminina da Sociedade Brasileira de Urologia, explica que a uretra da mulher é mais curta e a abertura está localizada em uma região tipicamente colonizada por bactérias.

Beber água e fazer xixi com frequência é bom para evitar os dois problemas

Xixi a cada três horas

Já a infecção urinária, explica Fraga, é provocada pela chegada dessas bactérias até a bexiga. Em muitos casos, a cistite pode evoluir para uma infecção. “A bexiga já fragilizada fica mais vulnerável ao avanço das bactérias.”

O especialista revela que a cada quatro horas a população de bactéria na região genital é duplicada. A evolução é rápida, mas a forma de prevenção é simples. É fundamental urinar a cada três horas. “A urina lava a bexiga, recicla as bactérias e blinda o sistema urinário. Urinar muitas vezes ao longo do dia e beber muita água mantém a doença distante.”

Antigamente apelidada como 'doença da Lua de Mel', a cistite também pode aparecer após a relação sexual. Os médicos explicam que o atrito do pênis na vagina irrita a uretra, provocando a sensação de ardência e dor. Uma recomendação dos especialistas para evitar o problema é simples: depois do sexo, dar um pulinho no banheiro e urinar. “O pênis também é um condutor de bactérias para a bexiga. A urina lava o canal, a bexiga e elimina as bactérias que entraram.”

Raio-X de bactérias

Para tratar a infecção é preciso realizar exames de urina com cultura de bactérias, esclarece Alex Meller, urologista do Hospital Santa Clara. “A paciente precisa procurar um atendimento e realizar exames de cultura. Não há como indicar um medicamento sem saber que tipo de bactéria está provocando a infecção. Sem esse ‘raio-x’, o tratamento pode ser inútil.”

O uso inadequado de antibióticos além de não tratar o foco da doença, faz com que as bactérias criem resistência à medicação. No Brasil, segundo o médico, um dos remédios mais potentes para tratar esse tipo de doença, por conta do uso incorreto, já enfrenta a resistência de bactérias em 20% dos casos.

“Em muitos hospitais o atendimento é feito sem critérios. Recomendar um remédio mais fraco que a bactéria não elimina os sintomas, e indicar um medicamento muito mais forte que o necessário para o caso faz com que esse medicamento perca potência. A bactéria cria resistência ao longo do tempo e deixa de reagir ao remédio.”

Alternativas

A cistite ataca de 15 a 20% da população feminina no mundo. Ao longo dos anos, os números não aumentaram, embora o conhecimento sobre a doença, na avaliação dos médicos, sejam ainda bem confuso.

A mulher moderna tem mais relações sexuais, e, na correria do dia-a-dia, menos tempo para se preocupar com alimentação balanceada e hidratação constante. Rogério de Fraga, especialista em urologia feminina da Sociedade Brasileira de Urologia, revela que do ponto de vista médico, a incidência das doenças passam a ser preocupantes quando ultrapassam de três episódios ao ano.

A proteção e as causas, para as duas doenças, estão diretamente ligadas. De acordo com os médicos, a prisão de vrente, a baixa imunidade, o pouco consumo de água e a menopausa desencadeiam os dois problemas. O intestino com funcionamento irregular contribui para a proliferação de bactérias e a contaminação do sistema urinário.

Cranberry: o suco da frutinha ajuda a proteger o trato urinário

Frutinha protetora

Nos Estados Unidos, uma medida de prevenção para casos em que a infecção urinária é crônica, é beber suco de cranberry – aqui no Brasil ela se chama oxicoco e é uma parente do mirtilo. Alex Meller revela que a fruta elimina na urina uma substância que paralisa as bactérias, e tem o poder de controlar o desenvolvimento delas na bexiga. Por aqui a bebida pode ser encontrada em lojas de produtos importados ou naturais. Além do suco, há no mercado um imonomodulador para tratar infecções severas. Meller explica que o medicamento é recomendado para a prevenção. Ele aumenta a imunidade do tecido da mucosa, protegendo a bexiga.

O urologista alerta, no entanto, para o cuidado com problemas crônicos. Na visão dele, casos agudos, repetidos em um intervalo curto de tempo, precisam ser acompanhados com atenção. Embora seja mais difícil de acontecer, uma bactéria resistente pode sim, evoluir, alcançar os rins, e contaminar o sangue. “A infecção que começou na urina, quando chega o sangue, torna-se generalizada. As implicações são graves e, muitas vezes, irreversíveis.”

Remédio de cistite e infecção urinária, só receitado pelo médico

“Algumas preferem ouvir a comadre ao especialista e colocam a saúde em risco”, diz expert em antibióticos

Pesquisas mostram que bactérias estão cada vez mais resistentes ao uso de antibióticos

As mulheres não são iguais. As infecções também não. Por este motivo, afirmam os médicos, o remédio que ajuda uma pode ser um veneno para a outra.

Só quem pode avaliar e prescrever a melhor droga é o médico mas, ainda assim, a receita da “vizinha” pode ter mais influência do que a do especialista.

A regra vale para qualquer doença, mas nas infecções urinárias e problemas ginecológicos a troca de medicamentos entre amigas e parentes é muito frequente. A população feminina ainda tem muita vergonha de falar, mesmo com o ginecologista, sobre corrimentos, cheiros, secreções e alterações na vagina. Essa dificuldade é o primeiro passo para a automedicação.

Segundo a ginecologista do Ambulatório de Sexualidade do Hospital das Clínicas de São Paulo, Elsa Gay, a anatomia da mulher favorece muito mais as infecções e o cultivo de bactérias do que a dos homens.

“Nelas, é tudo muito fechado, úmido, o ambiente ideal para a ação de agentes infecciosos”, diz Elsa. Se o estresse ainda fizer parte do cenário, o sistema imunológico fica mais frágil, favorecendo doenças como a cistite, infecção urinária e corrimento.

Por mais que sejam recorrentes, estes problemas sempre exigem a visita ao médico. E mais: só porque um remédio foi usado com sucesso em uma primeira infecção não significa que ele pode ser usado novamente na próxima. Em hipótese nenhuma, reforça o infectologista e professor de residentes em medicina, Ricardo Tapajós, a medicação pode ser indicada entre amigas ou de mãe para filha, com o risco de que uma doença seja mascarada e tenha o diagnóstico tardio.

Um outro problema é que a classe terapêutica mais usada para tratar problemas ginecológicos é a dos antibióticos. Se usados indevidamente, eles fazem com que as bactérias fiquem fortalecidas – a chamada resistência bacteriana. Assim, não respodem mais à droga e o arsenal para tratamento fica reduzido.

Para Tapajós, professor de “Antibioticoterapia” do SJT – Preparatório para Residência Médica –, a responsabilidade pela cultura de automedicação é dos médicos e da população. Leia os trechos da entrevista concedida ao iG Saúde.

iG: São incontáveis os e-mails recebidos na redação de pessoas, especialmente mulheres, relatando a automedicação com antibióticos para tratar problemas de infecção urinária e também corrimento. Este tipo de postura pode acarretar quais danos à saúde?
Ricardo Tapajós: O que pode acontecer? Tudo: o antibiótico pode estar errado para o caso, e a consequência ser uma piora do caso clínico, com dano ao paciente. Ou o antibiótico pode estar correto, mas ter efeitos colaterais para quem o toma. Há interações (entre antibióticos e outros remédios) potencialmente perigosas, há limitação de usos de alguns antibióticos para crianças, ou gestantes, ou pacientes com determinadas condições hepáticas ou renais. Pode ainda acontecer do paciente não precisar de fato de um antibiótico e o uso ser completamente errado e descabido. Não podemos esquecer das consequências para a sociedade como um todo: o uso indevido e indiscriminado gera resistência bacteriana, o que afeta toda a sociedade, já que começam a circular bactérias mais resistentes.

iG: A dificuldade de acesso da população aos serviços de saúde e a demora para conseguir consulta com especialistas também são razões que motivam a automedicação?
Ricardo Tapajós: O acesso dos pacientes aos serviços de saúde deve ser em tempo real, de acordo com a necessidade. Em muitos caso não adianta ter consulta marcada para daqui a 3 meses. Pode haver, sim, portanto, uma necessidade percebida da população se automedicar. Entretanto, de maneira nenhuma isso serve de justificativa para esse péssimo hábito.

iG: Na sua avaliação, a prescrição é indiscriminada por parte dos profissionais ou falta os especialistas alertarem mais sobre o uso indiscriminado de antibióticos?
Ricardo Tapajós: O médico é um profissional que necessita estar capacitado para qualquer função que irá exercer, inclusive a de prescrever antibióticos corretamente. A sociedade tem o direito de esperar que médicos prescrevam corretamente. Aparecem sempre antibióticos novos e novos usos para antibióticos antigos. O médico precisa sempre se atualizar, isso se chama educação médica continuada. Ela é importantíssima para a prática médica e, portanto, para a sociedade como um todo.

iG: Na sua experiência, quais são os sintomas ou doenças que mais acarretam prescrição errada ou automedicação de antibióticos?
Ricardo Tapajós: As infecções de vias aérea superiores, como dor de garganta, otite, sinusite e bronquite. Muitas dessas doenças são virais e não requerem uso de antibióticos. Entretanto, parece quer o paciente, ou a mãe da criança esperam que o médico prescreva um antibiótico. Se ele adequadamente não prescreve, talvez elas prefiram (erradamente) ouvir a comadre ou a vizinha e mesmo assim usá-los. Neste contexto, uma boa relação médico-paciente é indispensável para a boa prática médica.

http://delas.ig.com.br/saudedamulher/remedio+de+cistite+e+infeccao+urinaria+so+receitado+pelo+medico/n1596992580027.html

Reposição hormonal é segura em curto prazo, diz estudo

Mulheres saudáveis e no início da menopausa podem driblar os principais sintomas com o tratamento hormonal

Adequada às necessidades individuais, as maiores beneficiadas do tratamento seriam mulheres entre 50 a 59 anos

A terapia de reposição hormonal, quando adequada às necessidades individuais de cada mulher, parece ser segura durante a menopausa. Os dados são de um relatório revelado na última semana, no Congresso Mundial da Menopausa, em Roma.

“A evidência é bastante convincente de que mulheres jovens e saudáveis se beneficiam do tratamento de diversas formas”, disse Roger Lobo, professor de obstetrícia e ginecologia da Universidade de Columbia, em Nova York, e membro de um grupo de trabalho que atualizou as diretrizes de reposição hormonal da Sociedade Internacional da Menopausa.

“Acho que a descoberta mais importante é que a principal indicação para a reposição hormonal são os sintomas”, disse Lobo. Ele explica que o termo “mulheres jovens” se refere à faixa etária de 50 a 59 anos, no início da menopausa.

As recomendações provavelmente ajudarão a por fim à controvérsia surgida em 2002, com base em um relatório alarmante da grande pesquisa americana Women’s Health Initiative (WHI). Tal estudo, que teve início com um ensaio de prevenção de doenças cardíacas, concluiu que a reposição hormonal não protegeu o coração, além dos riscos terem superados os benefícios na prevenção de doenças crônicas.

Mas, ao revisar a terapia de reposição hormonal e evidências adicionais, o grupo de especialistas em menopausa concluiu que este tipo de tratamento geralmente é seguro para a maioria das mulheres que se encontram na menopausa.

Além disso, ao aliviar sintomas incômodos da menopausa, como ondas de calor e secura vaginal, Lobo diz que a reposição hormonal melhora a qualidade de vida e a sexualidade. Os autores ressaltam que o tratamento também pode ajudar a evitar a osteoporose e o câncer de cólon.

“E, nestas mulheres com menos de 60 anos, realmente existem evidências de benefícios também ao coração”, disse Lobo.

Como a reposição hormonal é um tratamento altamente individualizado, os autores dizem que a decisão da mulher de dar início ou de continuar o tratamento deve ser discutida com o médico.

As recomendações atualizadas, publicadas no periódico Climacteric, também encorajam as mulheres em terapia de reposição hormonal a revisar a decisão a cada ano juntamente com o médico, interrompendo a mesma ocasionalmente para verificar se os sintomas retornam. Recomenda-se a utilização em curto prazo, somente durante o período necessário para alívio dos sintomas, e na dosagem mais baixa possível.

Uma das razões para a reversão é que a idade média das participantes do estudo anterior era de 63 anos, que é geralmente após o final dos sintomas e também um momento incomum para iniciar a reposição hormonal.

“A reposição hormonal ainda é o tratamento mais eficaz para os sintomas vasomotores (como as ondas de calor) e para a atrofia urogenital (incluindo a secura vaginal)”, informa o relatório.

“Outras queixas em relação à menopausa, como dores musculares e nas articulações, alterações de humor, distúrbios de sono e disfunção sexual (como a redução de libido) podem apresentar melhoras durante a reposição hormonal”, complementaram os autores.

Outras descobertas
Possíveis riscos e efeitos colaterais aumentam com a idade, dizem os especialistas. Por isso, muitos anos após o final da menopausa as mulheres devem ser especialmente cautelosas, mesmo que para muitas delas a terapia hormonal em longo prazo possa ser segura, diz Lobo.

A reposição hormonal combinada, incluindo estrógeno e progesterona, aumenta levemente o risco de câncer de mama. Mulheres com histórico familiar da doença não deveriam fazer o tratamento.
Mulheres acima dos 60 anos, que sofrem um risco maior de AVC com a reposição hormonal, podem considerar o uso do patch hormonal transdérmico, que não está associado a riscos elevados de AVC.
Mulheres que já passaram por uma histerectomia podem se beneficiar da reposição hormonal com a redução do risco de doenças cardíacas.

Elizabeth Poynor, ginecologista oncologista do Lenox Hill Hospital, de Nova York, que está familiarizada com o estudo, da sua opinião favorável ao mesmo: “Estamos fechando o círculo em relação à reposição hormonal. Estamos percebendo que, para algumas mulheres, ela realmente traz benéficos. No início, o tratamento era prescrito para todas as mulheres, depois passamos a não mais indicá-lo (após as descobertas de 2002) e agora chegamos à individualização, que é a forma correta de utilizá-lo”.

Ela complementa: “A reposição hormonal definitivamente não é um tratamento padrão, por isso gostei dos resultados deste estudo”. A Sociedade Internacional da Menopausa financiou o estudo e não recebeu recursos de fontes externas.

http://delas.ig.com.br/saudedamulher/reposicao+hormonal+e+segura+em+curto+prazo+diz+estudo/n1597029333575.html

Hoje é dia de vacinação em todo o País

Crianças devem ser vacinadas contra a pólio. Em oito Estados, a vacinação contra sarampo foi adiantada e também começa hoje

Hoje crianças menores de 5 anos devem receber a primeira dose da vacina contra a poliomielite, conhecida como paralisia infantil. Ao todo, 115 mil postos em todo o país funcionam das 9h às 17h. Além das unidades permanentes, shopping centers, rodoviárias e escolas também vão receber postos móveis.

Além disso, em oito Estados do Brasil a campanha de vacinação contra sarampo foi adiantada e também começa hoje. A campanha estava marcada para ocorrer, em todo o país, na segunda etapa da vacinação contra a paralisia infantil, dia 13 de agosto.

Contudo, com a proximidade das férias de meio de ano e um surto de sarampo na Europa, que desde o início do ano já tem mais de 6,5 mil casos suspeitos notificados, fez com o que o Ministério da Saúde, juntamente com Estados e municípios, antecipasse a ação em áreas prioritárias.

Os Estados em que a campanha foi antecipada são São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Bahia, Ceará e Alagoas. Eles têm maior fluxo turístico e maior densidade populacional, o que dificulta operações efetivas de vacinação em caso de surtos e são locais com menores coberturas da vacina tríplice viral nos últimos anos. Nesses locais, todas as crianças entre um ano e menores de sete anos devem tomar a vacina, mesmo que já tenham sido vacinadas antes.

Em nota no site do Ministério da Saúde, o ministro Alexandre Padilha afirma que a intenção é proteger as crianças dos casos que podem chegar de fora do País. “No nosso país, hoje, muita gente viaja, por exemplo, daqui para a Europa e da Europa para cá. Este ano, tivemos 11 casos de brasileiros que vieram de fora e começaram a apresentar sintomas e foram diagnosticados aqui, no Brasil."

A meta do governo é vacinar 95% do público-alvo – 14,1 milhão de crianças contra a poliomielite e 17 milhões contra o sarampo. As duas campanhas - contra a pólio e contra o sarampo - seguem até 22 de julho.