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quarta-feira, 20 de junho de 2012

Mulher que trabalha à noite tem mais risco de câncer de mama, diz estudo

Autores analisaram 3 mil francesas e viram que doença atingia até 30%. Pesquisa se baseou em dados populacionais obtidos entre 2005 e 2008

Pesquisadores franceses do Instituto Nacional da Saúde e Pesquisa Médica (Inserm, na sigla em francês) analisaram o efeito do trabalho noturno sobre 3 mil mulheres do país e descobriram que 30% têm maior risco de desenvolver câncer de mama. Os resultados estão publicados na revista científica "International Journal of Cancer".

Os autores se basearam em estudos populacionais feitos entre 2005 e 2008. Mais de 11% das mulheres tinham trabalhado à noite em algum momento da carreira.

As chances de tumor foram maiores entre as que fizeram isso por mais de quatro anos e entre as que mantinham uma rotina de atividade noturna inferior a três dias por semana, por sofrerem distúrbios mais frequentes no ritmo de sono e vigília.

A ligação entre o trabalho noturno e o câncer de mama ficou ainda mais acentuada quando os pesquisadores olharam para as mulheres que haviam trabalhado à noite antes da primeira gravidez. Uma explicação para isso poderia ser que as células mamárias, ainda não totalmente diferenciadas antes da gestação, ficam mais vulneráveis.

Entre as hipóteses para isso estão: exposição à luz durante a noite, que elimina a liberação de melatonina (hormônio responsável pelos receptores hormonais, pelo sistema imune e pela qualidade do sono) e seus efeitos anticancerígenos; o funcionamento perturbado dos genes do relógio biológico que controlam a multiplicação celular; e distúrbios do sono que podem enfraquecer a imunidade.

Segundo principal autor do trabalho, Pascal Guénel, essa é uma questão de saúde pública, pois o número de mulheres que trabalham em horário atípicos está aumentando.

Em 2010, baseada em um estudo epidemiológico experimental, a Agência Internacional para Pesquisa de Câncer (Iarc, na sigla em inglês) classificou atividades profissionais que perturbam o ritmo circadiano – que regula inúmeras funções biológicas, como a alternância entre vigília e sono – como "provavelmente cancerígenas".

O câncer de mama é a maior causa de mortes femininas. Afeta cem de 100 mil mulheres por ano nos países desenvolvidos. Anualmente, mais de 1,3 milhão de novos casos são diagnosticados, 53 mil deles na França.

Os fatores de risco para esse tipo de tumor são variados. Eles incluem mutações genéticas, uma primeira gravidez tardia, baixa paridade, terapias de reposição hormonal em pacientes predispostas, hábitos de vida, e causas ambientais e profissionais ainda não completamente identificadas.

Fonte G1

Gêmeas siamesas de 1 ano de idade são separadas em cirurgia na Índia

 Gemeas siamesas (Foto: STRDEL/AFP)
Irmãs Stuti e Aradhna são unidas pelo coração e pelo fígado. Operação é feita a cerca de mil quilômetros ao sul da capital Nova Délh

Duas meninas siamesas de 1 ano de idade estão sendo separadas em uma cirurgia realizada nesta quarta-feira (20) na Índia.

A operação ocorre no Hospital de Missão no distrito de Betul, no estado de Madhya Pradesh, quase mil quilômetros ao sul da capital Nova Délhi.

Uma equipe de 34 médicos especialistas da Índia e da Austrália participa do procedimento para separar as gêmeas Stuti e Aradhna. As irmãs são unidas pelo coração e pelo fígado.

G1

Pela 1ª vez, mortalidade de motociclistas passa a de motoristas e pedestres

Segundo dados do Ministério da Saúde, gastos do Sistema Único de Saúde com atendimentos a motociclistas mais que dobraram nos últimos quatro anos

O número de atendimento a motociclistas dobrou nos últimos quatro anos, segundo levantamento do Ministério da Saúde, que mostra também que, pela primeira vez, a mortalidade de motociclistas em acidentes supera a de pedestres e motoristas.

O estudo revela que o custo de internações por acidentes com motociclistas pagas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), em 2011, foi 113% maior do que em 2008, passando de R$ 45 milhões para R$ 96 milhões. O crescimento dos gastos acompanha o aumento das internações que passou de 39.480 para 77.113 hospitalizados no período.

Somente entre 2008 e 2010, o número de mortes por este tipo de acidente, de acordo com o levantamento, aumentou 21% - de 8.898 motociclistas para 10.825 óbitos. Com isso, a taxa de mortalidade cresceu de 4,8 óbitos por 100 mil habitantes para 5,7 por 100 mil no período.

Segundo o Ministério, a elevação do número de acidentes envolvendo motociclistas fez com que, pela primeira vez na história, a taxa de mortalidade deste grupo superasse a de pedestres (5,1/100 mil) e a de outros motoristas de veículos automotores (5,4/100 mil), como carros, ônibus e caminhões.

Os dados levantados apontam que os jovens são as principais vítimas: cerca de 40% dos óbitos estão entre a faixa etária de 20 a 29 anos. O porcentual cresce para 62% entre 20 a 39 anos e chega a 88% na faixa etária de 15 a 49 anos. Os homens representaram 89% das mortes de motociclistas (9.651 óbitos) em 2010.

Além do crescimento de fatores de risco importantes como excesso de velocidade e consumo de bebida alcoólica antes de dirigir, o incremento na frota de veículos também é motivo para o aumento do número de acidentes, segundo o Ministério. A frota de motocicletas foi ampliada em 27% - de 13.079.701 para 16.622.937 -, o que elevou a proporção destas, diante do total de veículos, de 24% para 25,5%, informa o ministério.

Fonte iG

Tecnologias trazem conforto ao dia a dia, mas também geram acomodação

Veja dicas de professor de Educação Física para driblar a preguiça

Ao longo dos séculos, o homem, que era um ser ativo, virou sedentário e, segundo Fábio Suñé, coordenador do bacharelado em Educação Física da PUCRS, o surgimento das tecnologias influenciou diretamente esta mudança de comportamento.

— Várias atividades que eram realizadas de forma braçal, em razão da busca pela redução de tempo gasto, passaram a ser realizadas de forma mecânica, gerando maior acomodação e reduzindo também a energia que o homem gastava com elas — diz o professor.

Felizmente, inovações como os meios de locomoção, o elevador, a escada rolante e o controle remoto nos trouxeram maior conforto, porém, infelizmente, nos tornaram mais "preguiçosos".

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), pequenas ações incorporadas ao cotidiano que promovem um gasto calórico podem evitar esta acomodação e auxiliar na promoção da saúde e na prevenção de doenças.

— Não podemos fugir ou negar a existência destes itens que facilitam a nossa vida, mas é importante reduzir o tempo com atividades sedentárias (como a televisão e o computador) e sempre optar por movimentar-se — alerta Fábio.

Veja medidas simples que você pode incluir no dia a dia para evitar a acomodação:
:: Evite usar o elevador, suba pelas escadas;

:: Tente esconder o controle remoto e levante-se para trocar de canal ou desligar o aparelho;

:: Estacione o carro em um local distante do seu destino para caminhar um pouco;

:: Se o mercado não fica muito longe da sua casa e se não vai fazer grandes compras, vá a pé. Trinta minutos de caminhada diária (no total) já fazem muita diferença;

:: No mercado, se não comprar muitos itens, evite o carrinho e prefira a cestinha. Deste modo, você faz esforço com os braços.

Fonte Zero Hora

Sensação nos anos 90, patinação é aliada para entrar em forma

Exercício trabalha principalmente as pernas e o bumbum, mas braços e abdômen também são acionados

Febre nos anos 1990, a patinação está sendo redescoberta por quem prefere se exercitar ao ar livre e com uma dose alta de desafio. E não são só os jovens que procuram a modalidade — é cada vez mais comum ver a terceira idade se aventurando nos patins.

— Desde que o idoso tenha boa saúde, musculatura adequada e experiência com esse tipo de esporte, o risco é o mesmo daquele enfrentado por um adulto. Ressalte-se que, havendo qualquer acidente, as consequências e o tempo de recuperação podem ser maiores devido à fragilidade dos tendões — afirma o geriatra Renato Maia. Para quem faz uso de medicamentos controlados, é bom prestar atenção aos que têm alguma influência no equilíbrio e nos reflexos, como tranquilizantes e anti-hipertensivos.

A prática é puxada: trabalha bastante as pernas e o bumbum, mas sem deixar de lado os braços, que são acionados para manter o equilíbrio, além da região abdominal, que fica sempre contraída. Em uma hora, é possível queimar cerca de 600 calorias.

— Além dos benefícios musculares, a patinação traz condicionamento físico, melhora a área cardiorrespiratória, a coordenação e o equilíbrio — explica a professora Fátima Figueirêdo.

Equipamentos são essenciais
Para os iniciantes, a dica é respeitar os próprios limites, sem abusar da velocidade e, claro, entender que cair é natural.

Mesmo com os equipamentos de segurança, cair de mau jeito pode resultar em fraturas e lesões.

As quedas assustam, mas a professora Fátima conta que, com acompanhamento de um profissional, é possível até "aprender a cair".

— Quando se aprende com técnica, com uma fase no gramado, onde há mais resistência para que o aluno aprenda a se equilibrar, fica mais fácil — diz.

Antônio Rocha, que faz aulas há dois anos, afirma que sempre foi daqueles que procuram novos desafios. e não se intimida com os tombos.

— É como andar no fio da navalha — brinca.

Benefícios
:: Auxilia no controle do peso

:: Fortalece ossos, músculos, tendões e ligamentos

:: Desenvolve flexibilidade, equilíbrio, agilidade, força e resistência

:: Aumenta a resistência muscular, modela a musculatura dos membros inferiores, especialmente coxas e glúteos

:: Quando o tronco é levemente projetado para frente, trabalha costas e abdômen

:: Auxilia no desenvolvimento da coordenação motora e também melhora o condicionamento respiratório

Fonte: Fonte: Fátima Figueirêdo

Por Zero Hora

Congresso em Porto Alegre debate impacto do estresse nos resultados da empresa

Evento reúne especialistas em prevenção do estresse até quinta-feira

O que é preciso para ter um profissional saudável na empresa? Como são os programas de melhoria de saúde do trabalhador? Quanto se perde com empregados que adoecem com frequência ou se ausentam do trabalho? Essas e outras perguntas serão abordadas em palestras no Centro de Eventos Plaza São Rafael, em Porto Alegre, até esta quinta-feira.

A programação integra o 12º Congresso de Stress da Isma-BR, 14º Fórum Internacional de Qualidade de Vida no Trabalho, 4º Encontro Nacional de Qualidade de Vida na Segurança Pública e 4º Encontro Nacional de Qualidade de Vida no Serviço Público.

Considerado um dos mais importante eventos na área de prevenção do estresse no mundo, o congresso reúne administradores, empresários, dirigentes e gestores de recursos humanos, engenheiros e técnicos de segurança, professores, universitários e profissionais da área da saúde e do direito. O tema deste ano é Trabalho, Stress e Saúde: o impacto nos resultados da empresa - da teoria à ação.

A International Stress Management Association no Brasil (Isma-BR) é uma associação internacional, sem fins lucrativos, que se dedica à prevenção e ao tratamento do estresse, com filiais em 12 países, entre eles o Brasil.

Fonte Zero Hora

Toxoplasmose é preocupante durante os primeiros meses de gestação

Maioria da população já foi contaminada, mas não desenvolveu a doença

A toxoplasmose é uma doença, na maioria das vezes, silenciosa. Estima-se que, no Brasil, mais da metade da população já foi infectada pelo protozoário Toxoplasma Gondii, o agente contagiante, mas sem desenvolver a doença. Quando alcança quadros graves, a infecção pode acarretar complicações cardíacas, hepáticas ou pulmonares.

O chefe do Serviço de Infectologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Luciano Goldani, explica que é possível prever o número de pessoas que já foram contaminadas pelo desenvolvimento dos anticorpos.

— Normalmente, o sistema imunológico dá conta do recado. Apenas 10% das pessoas contaminadas desenvolvem a toxoplasmose — comenta Goldani.

A contaminação é comum, pois felinos são os hospedeiros da doença que pode ser transmitida ao ser humano por meio das fezes do gato, por exemplo.

— Muitas vezes, gatos e cachorros brincam juntos. É comum que as fezes fiquem nos pelos dos animais, por isso crianças são frequentemente atingidas. Elas passam a mão no bichinho de estimação e logo põe a mão na boca — explica o médico.

Outra forma de contágio é por meio de carnes mal cozidas ou cruas, principalmente de suíno ou cordeiro. No entanto, o médico alerta para o desenvolvimento da doença em idades pouco avançadas:

— O melhor é desenvolver o anticorpo quando criança para não haver o risco de contrair a doença durante a gravidez.

A toxoplasmose só é transmitida entre pessoas durante a gestação. Goldani explica que no primeiro trimestre da gravidez, a chance do feto ser infectado é de 10%, no entanto, quando isso acontece, as consequências são mais graves do que se isso acontecesse no final da gestação, quando a formação do bebê já está quase completa.

— A toxoplasmose é mais grave para o feto do que para a mãe, pois pode causar problemas de visão ou demência no bebê e até o aborto. Porém há tratamentos específicos para tratar a infecção — alerta.

Os sintomas são muito específicos, como gânglios linfáticos inflamados e febre, o que pode gerar a confusão com outras doenças. Por isso, Goldani recomenda exames laboratoriais específicos, quando há a suspeita, e a prevenção, principalmente durante a gravidez.

Principais cuidados para evitar a toxoplasmose

:: Evite carnes mal passadas ou cruas

:: Lave bem os vegetais em água corrente antes das refeições

:: Evite o contato com fezes de gato, principalmente durante a gestação

:: Lave constantemente as mãos

Fonte: Sociedade Brasileira de Infectologia

Por Zero Hora

Cores dos vegetais indicam os nutrientes que eles contêm

Entenda o que cada cor significa para sua alimentação

Quando se fala em alimentação saudável, uma recomendação comum dos profissionais de nutrição é colorir o prato. Faz sentido, porque cada cor indica um tipo de composição nutricional do alimento. Entenda o que as cores representam na sua alimentação:

:: Branco (cebola, couve-flor, alho)
Indica predominância de falvonoides, selênio e organossulfaturados. Atuam contra processos inflamatórios e alergias, fortalecem os sistemas imunológico e circulatório e protegem contra doenças crônicas associadas ao envelhecimento.

:: Verde (brócolis, alface e rúcula)
Presença de pró-vitamina A, luteína, vitaminas B12, B5, B9, C, K, cálcio, potássio, ferro e magnésio. Auxilia no crescimento e na manutenção da pele, cabelos, ossos e visão, contribui para os sistemas digestório, nervoso, imunológico e sexual, e reduzem o colesterol e o risco de doenças cardiovasculares.

:: Amarelo-alaranjado (melão, abóbora, cenoura)
Contém pró-vitamina A, vitamina C, carotenoides e flavonoides. Age para o bom funcionamento do sistema imunológico e sexual e a proteção contra doenças cardíacas e certos tipos de câncer. Melhora a visão e a pele.

:: Vermelho (tomate, pimentão, melancia)
Rico em licopeno, vitamina C e ácidos fenólicos. Atua para a redução do risco de câncer, manutenção da saúde da pele, gengivas e vasos sanguíneos, formação de colágeno, redução de colesterol, risco de arterosclereose, doenças cardiovasculares e fortalece o sistema imunológico.

:: Roxo (berinjela, repolho roxo, cebola roxa, beterraba)
Presença de antocianina, com propriedades anticancerígenas que também atuam na preservação da memória e protegem o coração.
Fonte: Embrapa

Por ZeroHora

Pai salva bebê afogado com orientação de PM por telefone em Passo Fundo

Ligação ao 190 foi feita quando o menino de um ano e dois meses se afogou na banheira da casa

A voz firme de uma soldado da Brigada Militar a um pai em desespero salvou a vida de um bebê em Passo Fundo, no norte do Estado. O caso aconteceu na noite de terça-feira, numa casa da rua Pithan, no bairro São Cristóvão, onde a família mora.

O relógio marcava 19h40min, quando a sala de operações da Brigada Militar recebeu uma ligação desesperada. Fernando Ibaldo dos Santos, 25 anos, ligava para o 190 informando que o seu filho de um ano e dois meses havia se afogado na banheira e não respirava mais. Enquanto o socorro era enviado ao local, a soldado que atendia ao telefone sentiu que o tempo para percorrer a distância entre o quartel e a casa da criança poderia ser fatal para o bebê.

Pedindo que o homem se acalmasse, a policial Patrícia da Silva passou a orientar o pai para que colocasse a criança de bruços sobre suas pernas, segurando o peito do filho com a mão esquerda e com a direita pressionando as costas em direção à nuca, com movimentos leves. O pai seguiu a orientação até que a criança começasse a expelir a água dos pulmões e voltasse a respirar.

Quando a viatura da Brigada Militar chegou à casa da família, o pai, aliviado, mantinha a criança de bruços. O bebê Fernando Ibaldo dos Santos Filho, foi levado ao Hospital São Vicente de Paulo, onde foi medicado e passa bem. Fernando teve alta do hospital e já está em casa, com a família.

Fonte Zero Hora

25 exames que seu médico deveria pedir

Além do check-up anual, existem outros testes que devem ser feitos por cada tipo de pessoa. Veja quais deles são necessários a você

É comum sair de uma consulta médica com uma lista de exames laboratoriais a fazer: hemograma completo, urina, ultrassom, raio X. Mas você sabia que existe uma série de outros testes que são fundamentais para a manutenção da sua saúde? De acordo com a idade de cada paciente, há uma gama de diferentes exames, incluindo alguns que não fazem parte do check-up anual.

Mas antes de voltar correndo para o consultório solicitando uma nova bateria de testes, você precisa saber que eles são apenas a primeira fase do diagnóstico. "A consulta médica inicia-se com uma cuidadosa investigação clínica, que consiste em uma conversa minuciosa, seguida por um bom exame físico, no qual é possível definir possíveis anormalidades que irão guiar a solicitação de testes laboratoriais", explica o cardiologista Hélio Castello, coordenador do Centro de Hemodinâmica e Intervenções Cardiovasculares do Hospital Bandeirantes, em São Paulo.

Para Ana Cristina Camarozano, cardiologista do Hospital de Medicina e Cirurgia do Paraná, os exames de rotina e as recomendações de acordo com a faixa etária do paciente devem ser estabelecidos primariamente. "A necessidade de exames complementares deve ser avaliada pelo médico, de acordo com o risco que aquele paciente apresenta, seja pela apresentação de um sintoma, pela história familiar ou seus hábitos e costumes".

Então, afinal, qual é a hora certa de ir além do check-up ? Para saber a resposta, VivaSaúde consultou um time de especialistas em busca dos 25 exames mais importantes em todas as etapas da vida, tanto para homens quanto para mulheres. Dos testes feitos em recém-nascidos até exames essenciais da terceira idade, saiba quando e porque fazer cada um deles.

Exames para bebês

1- Teste do pezinho
O que é: O exame identifica erros de metabolismo que podem causar deficiência mental, como fenilcetonúria e hipotireoidismo congênito, além de anemia falciforme, que causa a destruição crônica das hemácias (células vermelhas do sangue).
Quando realizá-lo: Entre o terceiro e o sétimo dia de vida do bebê.
Como é feito: A partir de gotas de sangue colhidas do calcanhar do recémnascido. Não provoca dor à criança.
Rede pública X particular: Toda criança brasileira tem direito ao teste, gratuito. Existe uma versão ampliada que permite identificar mais de 30 doenças, mas não está disponível na rede pública.
Preço: Gratuito.

2- Teste do olhinho (ou teste do reflexo vermelho)
O que é: Reconhece doenças como retinoblastoma, o tumor maligno ocular mais frequente em crianças; catarata, que compromete seriamente a visão; e glaucoma congênito, que pode levar à cegueira.
Quando realizá-lo: Nas primeiras 48 horas de vida do bebê.
Como é feito: É um exame ocular realizado em recém-nascidos com oftalmoscópio direto.
Rede pública X particular: O teste do reflexo vermelho é obrigatório em todas as maternidades e estabelecimentos hospitalares do país.
Preço: Gratuito.

3- Teste da orelhinha
O que é: O objetivo principal é a identificação precoce da deficiência auditiva, já que ouvir bem é fundamental para o desenvolvimento da fala e da linguagem da criança.
Quando realizá-lo: Nos três primeiros meses de vida.
Como é feito: O exame demora entre três e cinco minutos e é realizado por um fonoaudiólogo, com um pequeno fone na parte externa da orelha.
Rede pública X particular: É obrigatório em todos os bebês nascidos em hospitais e maternidades do país.
Preço: Gratuito.

Exames para crianças

4- Exame oftalmológico
O que é: Serve para corrigir problemas comuns de grau, como miopia, hipermetropia e astigmatismo.
Quando realizá-lo: Por volta dos três anos de idade, quando a criança consegue fornecer informações sobre seu aparelho visual, devendo ser repetido anualmente.
Como é feito: No próprio consultório, o médico mede a acuidade visual, avalia a musculatura ocular extrínseca e faz a biomicroscopia e o mapeamento de retina.
Rede pública X particular: É feito em ambas, porém, o custo deve ser consultado na sua cidade.
Preço: Varia de acordo com o preço da consulta médica.

5- Radiografia panorÂmiCa de toda a Coluna vertebral
O que é: Este exame é capaz de identificar escoliose e outras malformações de coluna que podem ser corrigidas na infância, quando as placas de crescimento ósseo ainda não fecharam
Quando realizá-lo: Uma vez por ano, para verificar se não há alterações na formação da coluna da criança.
Como é feito: Faz-se um raio X de toda a coluna vertebral.
Rede pública X particular: É feito em ambas.
Preço: entre R$ 50 e R$ 450.

6- Hemograma Completo Com Contagem de plaquetas
O que é: Analisa as células presentes no sangue, tanto da série vermelha quanto da série branca, e visa a detectar anemia, baixa imunidade, infecções bacterianas ou viróticas, infestações parasitárias, alergia e leucemia, entre outras doenças.
Quando realizá-lo: Pelo menos uma vez por ano.
Como é feito: Por meio de coleta de amostragens de sangue e análise laboratorial.
Rede pública X particular: É feito em ambas.
Preço: entre R$ 15 e R$ 60

7- Eletroforese de lipoproteínas
O que é: Mede os níveis de colesterol e triglicérides, permitindo que a criança controle doenças cardiovasculares, diabetes, obesidade, hipertensão arterial e doenças renais precocemente.
Quando realizá-lo: Pelo menos uma vez ao ano. Em caso de obesidade, hipertensão e dislipidemia, a cada seis meses.
Como é feito: É preciso jejum de 12 horas antes da punção venosa, evitando exercícios físicos e dieta fora do habitual até três dias antes do exame.
Rede pública X particular: É realizado somente na rede particular.
Preço: entre R$ 10 e R$ 150.

Exames para adolescentes

8- Eletrocardiograma (ECG)
O que é: um exame simples e complementar para toda avaliação cardiológica, capaz de detectar alterações cardíacas, se a sequência de batimentos é normal e, assim, diagnosticar o infarto agudo do miocárdio precocemente.
Quando realizá-lo: Durante consultas de rotinas, anualmente, ou em caso de dores no peito, em até 10 minutos após a chegada no pronto-socorro.
Como é feito: Com a pessoa em repouso, são colocados 12 eletrodos nas pernas, braços e tórax, que captam a atividade elétrica do coração.
Rede pública X particular: É feito em ambas.
Preço: entre R$ 20 e R$ 380.

9- Prova de função pulmonar
O que é: Também conhecido como espirometria, mede o fluxo e o volume do pulmão, para identificar problemas nesse órgão.
Quando realizá-lo: Uma vez por ano, ou quando o seu médico achar necessário.
Como é feito: O paciente assopra bem forte no aparelho com os lábios no bocal e o nariz tampado.
Rede pública X particular: É feito em ambas.
Preço: entre R$ 80 e R$ 345.

10 - Colposcopia
O que é: É o único exame que permite descobrir HPV e câncer do colo do útero em fase inicial.
Quando realizá-lo: Recomendado para mulheres com vida sexualmente ativa que tem um resultado anormal do exame de Papanicolau, alteração de exame ginecológico ou suspeita de HPV.
Como é feito: Após colocar o espéculo vaginal, o médico examina o colo do útero com o colposcópio, que aumenta de 10 a 40 vezes o tamanho normal.
Rede pública X particular: É feito em ambas.
Preço: entre R$ 90 e R$ 250.

11- Papanicolau
O que é: Para detectar o vírus HPV e outras doenças que podem ocorrer no colo do útero, como o câncer.
Quando realizá-lo: Pelo menos uma vez ao ano em mulheres com vida sexualmente ativa.
Como é feito: Introduz-se um instrumento chamado espéculo pelo canal vaginal para recolher células da parte final do útero para exame microscópico.
Rede pública X particular: É feito em ambas.
Preço: entre R$ 20 e R$ 155.

12 - Ultrassonografia pélvica
O que é: Esse exame é usado para detectar doenças na região (útero, trompas, artérias e veias), além de localizar tumores e crescimentos anormais dos ovários.
Quando realizá-lo: Normalmente, o médico irá solicitar o exame para identificar causas de sangramentos anormais.
Como é feito: O paciente deve ingerir cerca de seis copos de água duas horas antes do procedimento para que a bexiga esteja cheia para o exame, tornando as imagens muito mais claras.
Rede pública X particular: É feito em ambas.
Preço: entre R$ 50 e R$ 360.

Exames para adultos

13 - Eletroencefalograma (EEG )
O que é: O objetivo é obter registro da atividade elétrica cerebral.
Quando realizá-lo: Em pacientes com suspeita de epilepsia e outras doenças neurológicas ou infecciosas.
Como é feito: Colocam-se eletrodos no couro cabeludo.
Rede pública X particular: É feito em ambas.
Preço: entre R$ 60 e R$ 400.

14 - Ultrassonografia de abdome total
O que é: Utilizado para avaliação e diagnóstico de alterações no fígado, vesícula biliar, rins, pâncreas, bexiga, grandes vasos, e, eventualmente, desce do trato gastrointestinal.
Quando realizá-lo: Uma vez por ano, mas caso o paciente apresente alguma alteração, o médico pode solicitar acompanhamento.
Como é feito: O paciente deve ingerir quatro copos de água até duas horas antes do exame, para que as imagens fiquem mais claras.
Rede pública X particular: É feito em ambas.
Preço: entre R$ 100 e R$ 700.

15 -Teste ergoespirométrico
O que é: Uma avaliação dinâmica do coração que busca sinais de arritmias desencadeadas durante o esforço físico, no intuito de detectar doença coronariana e risco de infarto.
Quando realizá-lo: Anualmente, em indivíduos com mais de 35 anos de idade como avaliação de risco para infarto, ou em atletas, semestralmente.
Como é feito: Em uma esteira elétrica, o paciente usa uma máscara com analisador de oxigênio e sensor que detecta as variáveis ventilatórias.
Rede pública X particular: É feito em ambas.
Preço: entre R$ 180 e R$ 400.

16 - Tipagem sanguínea ABO -Rh
O que é: É feito para checar a compatibilidade sanguínea entre um casal. Se a mãe possui sangue tipo Rh negativo e o pai é Rh positivo, por exemplo, existe a possibilidade de a criança ser Rh positiva e a mãe, por ser Rh negativo, pode produzir anticorpos contra o feto e causar doença hemolítica.
Quando realizá-lo: Pode ser feito em qualquer fase da vida, mas deve ser obrigatório em casais que planejam ter filhos, como parte do pré-natal.
Como é feito: Por meio do exame de sangue.
Rede pública X particular: É feito em ambas.
Preço: entre R$ 10 e R$ 100.

17 - Exames de dosagem hormonal
O que é: Capaz de detectar problemas como distúrbios menstruais ou da tireoide com exatidão.
Quando realizá-lo: No mínimo uma vez ao ano.
Como é feito: Trata-se de um exame de sangue em que se medem os níveis de hormônios como FSH, LH, prolactina, estrógenos, progesterona plasmática, T3, T4, TSH e testosterona.
Rede pública X particular: É feito em ambas.
Preço: R$ 80, em média, de acordo com o tipo de exame.

18- Mamografia
O que é: o método mais eficaz para a detecção de câncer de mama.
Quando realizá-lo: Anualmente, após os 40 anos de idade.
Como é feito: A mama é posicionada no aparelho de raio X, e então comprimida vertical e horizontalmente.
Rede pública X particular: Feito em ambas.

19 - DHEA plasmático
O que é: O exame DHEA (dehidroepiandrosterona) é usado para avaliar a função das glândulas adrenais como parte do planejamento de fertilidade, em crianças com puberdade precoce ou para rastreamento de doenças genéticas.
Quando realizá-lo: Quando houver suspeita de estresse acentuado, ou investigação de necessidade de reposição hormonal masculina a partir dos 40 anos.
Como é feito: Por meio de exame de sangue, mas antes é preciso ficar oito horas em jejum completo.
Rede pública X particular: É feito em ambas.
Preço: entre R$ 35 e R$ 100

20 - Sangue oculto nas fezes
O que é: Verifica a necessidade de realização da colonoscopia, em casos de suspeita de câncer de intestino.
Quando realizá-lo: A partir dos 50 anos de idade, anualmente.
Como é feito: Por meio de exame de fezes.
Rede pública X particular: É feito em ambas.
Preço: entre R$ 20 e R$ 70.

21 - Ecocardiograma com Doppler
O que é: Serve para avaliar a estrutura anatômica do coração e confirmar ou descartar alterações nas válvulas cardíacas, que, nos idosos, geralmente provêm de doenças degenerativas.
Quando realizá-lo: Em qualquer idade e sempre que houver maior chance da pessoa possuir alterações anatômicas e funcionais. Por exemplo, crianças com suspeita de doenças cardíacas congênitas e adultos com possibilidade de doenças do coração.
Como é feito: Por meio de ultrassom, obtêm-se várias imagens do coração em cores, que são registradas em papel posteriormente.
Rede pública X particular: É feito em ambas.
Preço: entre R$ 120 e R$ 150.

22- Dosagem de vitamina B12 e de acido fólico
O que é: A falta de vitamina B12 no organismo pode causar anemia e alterações neurológicas progressivas, se não houver tratamento. A interação dessa vitamina com o ácido fólico é essencial para a proliferação dos glóbulos do sangue, por isso este exame medirá os níveis dessas duas substâncias no organismo.
Quando realizá-lo: Em pacientes com queixa de memória, principalmente a partir dos 65 anos de idade.
Como é feito: Por meio de exame de sangue.
Rede pública X particular: Atualmente, é feito somente na rede particular.
Preço: entre R$ 30 e R$ 80 (cada exame, separadamente).

23 - Dosagem de vitamina D
O que é: Além do tradicional impacto negativo na massa óssea, os níveis baixos de vitamina D estão relacionados a um maior risco de diabetes tipo 2, aumento dos níveis de colesterol e até mesmo infarto agudo do miocárdio e acidente vascular cerebral (AVC).
Quando realizá-lo: Anualmente, a partir dos 40 anos de idade.
Como é feito: Por meio de exame de sangue.
Rede pública X particular: Atualmente, é feito somente na rede particular.
Preço: entre R$ 60 e R$ 150.

24 - Radiografia simples da coluna lombar
O que é: teste para descartar metástases ósseas de neoplasias de mama, próstata ou pulmão.
Quando realizá-lo: Em pacientes com queixas de dores.
Como é feito: raio X da coluna.
Rede pública X particular: É feito em ambas.
Preço: entre R$ 50 e R$ 260.

25 - Densitometria óssea
O que é: O melhor método para medir a densidade óssea e, assim, diagnosticar a osteoporose e outras doenças que atacam os ossos.
Quando realizá-lo: A partir dos 30 anos de idade, o ginecologista deve monitorar a perda óssea da mulher anualmente. Os homens também podem fazer o exame a partir dos 40 anos.
Como é feito: Por meio de um aparelho que mede a massa óssea de determinados ossos do corpo, verificando a quantidade de perda óssea e determinando o risco de fraturas.
Rede pública x particular: É feito em ambas.
Preço: entre R$ 100 e R$ 300.

*preços consultados nas centrais de atendimento dos laboratórios cine-hdc, delboni auriemo, fleury e lavoisier popular. variam de acordo com o estado e o laboratório. consultoria: alexandre pupo nogueira, ginecologista do hospital sírio-libanês (sp); alice estevo dias, fonoaudióloga do centro de dor e neurocirurgia funcional do hospital 9 de julho (sp); aline vieira, supervisora do setor de cosmiatria da universidade federal do rio de janeiro (ufrj); ana cristina camarozano, cardiologista do hospital de medicina e cirurgia do paraná; benjamin heck, médico geneticista e consultor do hospital infantil sabará (sp); charles costa de farias, oftalmologista da cerpo oftalmologia (sp); christina may moran de brito, fisiatra do centro de reabilitação do hospital sírio-libanês (sp); cristina abdalla, dermatologista do hospital sírio-libanês (sp); denis pajecki, gastroenterologista do centro especializado em cirurgias minimamente i nvasi vas (cecmi); denise coimbra, ginecologista e obstetra formada pela santa casa de são paulo; di va fukuma, fisioterapeuta do centro de dor e neurocirurgia funcional do hospital 9 de julho (sp); eduardo cadidé, fisioterapeuta da clínica physio center (sp); eduardo mutarelli, neurologista do hospital sírio-libanês (sp); fausto trigo, hematologista do hospital síriolibanês (sp); fernanda machado soares, nutricionista membro da sociedade brasileira de alimentação e nutrição (sban); fernando cembranelli, clínico geral da consultoria bencorp (sp); flávio cure, cardiologista e fundador da ong rio coração; helio castello, cardiologista e coordenador do centro de hemodinâmica e intervenções cardiovasculares do hospital bandeirantes (sp); josé carlos aquino de campos velho, geri atra do hospital santa catari na (sp); marcelo vieira, andrologista do projeto beta de reprodução assistida com responsabilidade social e médico do hospital pérola byington (sp); mônica menon, otorrinolaringologista do hospital sírio-libanês (sp); newton kara júnior, oftalmologista do hospital sírio-libanês (sp); rodrigo moreira, endocrinologista membro da sociedade brasileira de endocrinologia e metabologia (sbem); sandra da si lva maria, nutricionista do cecmi; sylvana braga, nutróloga; wladimir genovesi, dentista do centro de dor e neurocirurgia funcional do hospital 9 de julho (sp).


Fonte revistaboasaude.uol

Figo

Resumo
Figo: planta medicinal laxante indicada em caso de prisão de ventre, pode ser encontrada em xarope.

Observações
O figo seco, utilizado como laxante tem um efeito suave, ele nem sempre é eficaz mas pelo menos há menos riscos de efeitos secundários. Um remédio simples, natural e eficaz para os casos leves de prisão de ventre.

Nomes
Nome em português: Figo
Nome latim: Ficus carica
Nome inglês: fig
Nome francês: Figue
Nome alemão: Feige
Nome italiano: fico

Família
Moráceas

Constituintes
Açúcar, pectina, mucilagem, ácido cítrico, tartárico.

Partes utilizadas
Fruta seca

Efeitos do figo
Laxante suave (por exemplo, para as crianças).

Indicações do figo
Em caso de prisão de ventre (leve), geralmente combinado com outros laxantes.

Efeitos secundários
Diarréia excessiva

Contra-indicações
Desconhecemos

Interações
Desconhecemos

Preparações à base de figo
- Xarope de figo

Onde cresce o figo?
O figo cresce na Europa (principalmente do Sul).

Quando colher o figo?
O figo é colhido no outono.

Fonte Criasaúde

Droga para osteoporose freia perda de cartilagem

Em quase 1,4 mil pessoas, o ranelato de estrôncio reduziu a perda de cartilagem em 27%, mostra estudo

Um remédio para osteoporose há mais de dez anos no mercado pode ser uma opção para pessoas com osteoartrite, doença crônica que afeta a cartilagem e o tecido das articulações. Pesquisa apresentada no Congresso Europeu de Osteoporose e Osteoartrite mostrou que aqueles que tomaram ranelato de estrôncio apresentaram redução de 27% na perda da cartilagem - o equivalente a um ano de perda do tecido.

 
O estudo, liderado pelo professor Cyrus Cooper, das Universidades de Oxford e South, foi feito com 1.371 pacientes com idades entre 62 e 72 anos. Nos pacientes que receberam doses diárias de 2 mg, a perda de cartilagem foi reduzida em relação aos que tomaram placebo. Essa diferença foi avaliada por meio de radiografias. Os pacientes foram acompanhados por três anos, em 98 centros de 18 países.

"Foi demonstrado que, com o passar do tempo, havia perda de altura da cartilagem no grupo placebo e perda muito menor no grupo que tomou a droga", afirma Márcio Passini, presidente do Comitê Doenças Osteometabólicas da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia e professor da Faculdade de Medicina da USP.

Passini explica que já era sabido que o ranelato de estrôncio agia sobre o osteoblasto, célula que estimula a formação óssea - daí seu uso no contra a osteoporose. O estudo mostrou que ele age também no condrócito, célula que produz a cartilagem.

"Descobriu-se que pessoas que tomavam ranelato de estrôncio tinham menos lombalgia. Supunha-se que era por estarem sendo tratadas da osteoporose, o que evitava microfraturas. Estudo posterior mostrou que os sinais de osteoartrite na coluna melhoraram. Aí surgiu o estudo para o uso do ranelato no tratamento também da osteoartrite", explica. "Essa foi uma das surpresas do congresso." O ranelato de estrôncio é vendido no Brasil, mas não é fornecido pelo SUS.

Fonte Estadão

Novas drogas sintéticas induzem usuário a agressão extrema

Nova geração de drogas inclui a maconha sintética, capaz de alterar mecanismos no cérebro que freiam impulsos

As autoridades quase não desconfiavam que no sul da Flórida (EUA) se consome drogas sintéticas que induzem o usuário a cometer atos de agressão extrema até que policiais observaram o que faziam dezenas de estudantes em um posto de gasolina da região.

No estabelecimento, os jovens vendiam legalmente envelopes com incenso de ervas (maconha sintética) que, junto à "sais de banho", são uma nova geração de drogas que aparentemente tiveram influência nos chamados casos de "canibalismo" de Miami.

"Eu não sabia que isto existia, é algo que ninguém sabia o que era. Os policiais averiguaram o local, se deram conta de que se tratava de maconha sintética e os detetives começaram a pesquisar na internet sobre esta droga. Isso aconteceu há dois ou três meses", disse à Agência Efe o prefeito de Sweetwater, Manuel Maroño.

Sweetwater, em Miami-Dade, foi a primeira cidade deste condado a aprovar, em maio, uma lei que proíbe a venda da maconha sintética, conhecida como "Spice", "K-2", "Genio", "Fogo de Iucatã", "Krypto do rei", "O senhor boa gente", "Magia vermelha" e "super skunk".

Miami-Dade e a cidade de Sunrise também adotaram posturas similares.

"Estou extremamente preocupado, isto é novo. Esta droga é ainda mais perigosa do que a maconha original, e o tal 'sais de banho' também é mais forte que a cocaína. A longo prazo, não sabemos quais serão os efeitos", disse um servidor público.

No caso do "canibal de Miami" Rudy Eugene, que devorou 75% do rosto do morador de rua Ronald Poppo na ponte da estrada MacArthur, que liga Miami Beach ao centro da cidade, as autoridades investigam se Eugene agiu sob os efeitos da "sais de banho", que é vendida como "Cloud 9" e "Ivory Wave".

O psicoterapeuta Alfredo Hernández explicou à Agência Efe que esta droga é "como um tipo de cocaína superpoderosa produzida em laboratórios" que altera no cérebro os mecanismos que ajudam o ser humano a frear os impulsos.

"A relação de controle e impulso que dispara estes mecanismos se perde porque esta droga altera o lóbulo frontal, que ajuda a medir as consequências; a amígdala dentro do cérebro, que leva ao impulso; e o hipocampo, que ajuda a não agir sob todos os impulsos", apontou.

A "Cloud 9" e a maconha sintética produzem psicoses, delírios, alucinações auditivas e táteis.

"Isto é muito comum com estas drogas. Tive vários pacientes que pensam que são Deus ou acham que têm poderes sobrenaturais", disse Hernández, administrador do centro de saúde mental Improving Lives de Miami.

Ele preveniu que a "sais de banho" é "uma combinação muito perigosa, porque é uma droga que dá muita energia, altera a consciência e elimina a possível regulação das consequências dos atos".

"Isso, unido a pessoas que possam ter uma predisposição de psicopatologia mais severa, como no caso da população de moradores de rua que têm histórico de bipolaridade, esquizofrenia e outros problemas mentais, é uma combinação mortal", acrescentou.

Hernández alertou que possivelmente o sul da Flórida "verá outros casos similares" como o de Eugene, porque estas substâncias são fáceis de conseguir, baratas e representam "uma nova geração de droga".

Maroño advertiu que os jovens se sentem atraídos por estas substâncias porque podem comprá-las legalmente e pelo fato de não serem detectadas no organismo quando são submetidos a exames de drogas.

"Temos que nos preocupar muito com estas drogas sintéticas e assegurar que não sejam mais vendidas, e que as companhias produtoras não continuem inventando outras substâncias", disse.

As autoridades confirmaram que no caso do mendigo Brandon de León, ele tinha consumido "Cloud 9".

O homem, após ser detido no último sábado por conduta desordenada, ameaçou dois policiais e tentou mordê-los.

"Brandon grunhia, abria e fechava a boca e rangia os dentes como se fosse um animal", indicaram agentes no relatório policial ao qual a Efe teve acesso.

Eugene, de 31 anos, também ameaçou o policial que tentou prendê-lo quando arrancou o nariz, os olhos e parte da testa de Poppo com seus dentes. Um agente teve que atirar várias vezes e "o canibal" morreu.

Yovonka Bryant, namorada de Eugene, assegurou recentemente que é "muito provável" que uma droga que lhe tenha sido "ministrada sem seu consentimento" o tenha levado a cometer o ataque.

"Ele nunca ingeriu álcool, nem usou drogas perto de mim. O vi apenas uma vez fumando um cigarro de maconha. Rudy e eu nunca falamos sobre canibalismo", disse.

Ela e sua advogada, Gloria Allred, salientaram a importância de o público estar muito informado sobre o risco do uso de certas "drogas que podem levar que os seres humanos a cometerem canibalismo".

Fonte Estadão

Projeto de Lei prevê punição para gestores de Saúde

PL estipula que os que descumprirem as regras sobre melhorias da eficiência dos serviços de saúde recebam, por exemplo, pena de improbidade administrativa. Houve divergências em audiência a respeito do projeto

Em audiência pública promovida nesta terça-feira (19) pela Comissão de Seguridade Social e Família, debatedores divergiram sobre a proposta que cria a Lei Geral de Responsabilidade Sanitária de Agentes Públicos (PL 21/07).Essa proposta prevê punições para os gestores que descumprirem as regras sobre melhorias da eficiência dos serviços de saúde. Esses gestores poderão ser punidos, por exemplo, por improbidade administrativa.

Para a integrante do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) Jovita José Rosa, a Lei de Responsabilidade Sanitária é essencial. Segundo ela, os secretários de Saúde precisam ter a dimensão do número de vidas que estão em suas mãos. “Queremos mostrar o que significa responsabilidade sanitária. É o compromisso público que o chefe do Poder Executivo e os dirigentes de saúde devem assumir no âmbito do Sistema Único de Saúde [SUS].”

Já o secretário-executivo do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), José Ênio Servilha Duarte, disse que a proposta de criminalização vai dificultar a contratação de gestores de saúde pública. “Hoje, ninguém mais quer ser gestor, porque há uma legislação complicada, financiamento muito baixo, população insatisfeita, e o prefeito acha que está gastando muito dinheiro na saúde”, afirmou.

O deputado Marcus Pestana (PSDB-MG) também manifestou preocupação com a proposta que cria a Lei de Responsabilidade Sanitária. “Tenho muito medo da criminalização da figura do gestor. É o secretário municipal, secretário estadual, ministro que vai responder por isso?”, questionou. “Ou isso é uma questão muito mais ampla? Ali estão previstas penas severas, inclusive cadeia.”

O relator do projeto na Comissão de Finanças e Tributação, deputado Rogério Carvalho (PT-SE), explicou que o substitutivo que apresentará vai responsabilizar o agente público que não cumprir uma responsabilidade pactuada, ou seja, os compromissos que ele afirmou ser possível cumprir.

“Se o ente não cumprir e ficar comprovado que o agente público – o secretário municipal ou o secretário estadual – foi negligente, neste caso caberia uma punição a esse agente público”, disse.

Rogério Carvalho foi autor do requerimento para realização dos debates desta terça-feira. A audiência também foi sugerida pelos deputados Amauri Teixeira (PT-BA) e Saraiva Felipe (PMDB-MG). O autor do projeto é o deputado Dr. Rosinha (PT-PR).

Fonte SaudeWeb

Comissão aprova piso de R$ 4.650 para nutricionistas

Segundo o projeto, o piso salarial será reajustado anualmente, conforme a variação acumulada do Índice Nacional de Preços ao Consumidor

A Comissão de Seguridade Social e Família aprovou o Projeto de Lei 5439/09, do deputado Mauro Nazif (PSB-RO), que fixa em R$ 4.650 o piso salarial dos nutricionistas. A proposta altera a Lei 8.234/91, que regulamenta a profissão, mas atualmente não estabelece piso para a categoria.

Segundo o projeto, o piso salarial será reajustado anualmente, conforme a variação acumulada do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Já no mês de publicação da lei, caso a medida seja aprovada, haverá um reajuste com base no INPC.

O relator da proposta, deputado Paulo César (PSD-RJ), considerou que o texto busca resolver um dos problemas cruciais do setor de saúde: os baixos níveis salariais de seus trabalhadores. “Esse tem sido um entrave para a melhoria da oferta de serviços para a população brasileira, notadamente para os mais pobres”, disse.

Combate à obesidade
César também destaca a importância dos nutricionistas diante do aumento da obesidade em todas as faixas de idade. “É uma profissão que, a cada dia, cresce mais em importância devido ao aumento da obesidade, que causa tantos males à saúde, como hipertensão arterial – que é a pressão alta -, o diabetes, um maior número de infartos e de AVCs – que são os derrames. Já temos no Brasil um grave problema de alimentação, levando crianças, jovens, adultos e adolescentes à obesidade. Hoje a obesidade não é só uma epidemia, porque não está só no Brasil – é uma pandemia, porque está no mundo inteiro.”

O diretor da Federação Nacional dos Nutricionistas, Helvio de La Corte, afirma que a definição do piso salarial por lei vai dar melhores condições de trabalho a esses profissionais. “É uma vitória muito importante para a nossa categoria, porque ela demonstra uma valorização dos profissionais que atuam nas mais diferentes áreas da nossa profissão.”

Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo e ainda será votado pelas comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Fonte SaudeWeb

Fiocruz vai produzir antiasmático em 2013

Por meio dessa iniciativa, o Ministério da Saúde espera economizar cerca de R$ 100 milhões e beneficiar, aproximadamente, 200 mil pessoas

Farmanguinhos/Fiocruz entra no mercado dos antiasmáticos. Na última quinta-feira (14), o Instituto assina acordo de transferência de tecnologia com o laboratório espanhol Chemo para produzir o medicamento Formoterol+Budesonida. Por meio dessa iniciativa, o Ministério da Saúde espera economizar cerca de R$ 100 milhões e beneficiar, aproximadamente, 200 mil pessoas.

O antiasmático será produzido, a partir de 2013, nas apresentações formoterol 6mcg + budesonida 200mcg/cápsula e formoterol 12mcg + budesonida 400mcg/cápsula. O volume estimado de produção para o primeiro ano da parceria é de 50 milhões e 500 mil unidades farmacêuticas. A apresentação em dose fixa combinada, em cápsula única, além de proporcionar maior comodidade ao paciente, facilita a adesão ao tratamento.

Na ocasião, o presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, falou sobre a importância da parceria. “Esse acordo faz parte de um esforço muito significativo com vistas ao enfrentamento das doenças crônicas não infecciosas e, nesse caso, estamos lidando com um dos agravos de maior relevância na área de saúde pública”, disse. Segundo ele, a enfermidade produz graves impactos tanto na saúde humana como no sistema de saúde. “A asma pode provocar infecções e, além disso, gera uma carga pesada de custos de internação no SUS”, afirmou. Ele também destacou a importância da participação de Farmanguinhos na parceria. “Esse acordo reafirma o papel de Farmanguinhos como grande referência nacional na produção de fármacos. A unidade se tornou um dos laboratórios que mais estabelece parcerias em transferência de tecnologia no setor produtivo”, ressaltou.

Segundo o gerente geral e representante da Chemo no Brasil, Fernando Marques, a próxima etapa da produção do Formoterol+Budesonida serão os ensaios clínicos e, assim que forem aprovados pela Anvisa, serão lançados. O laboratório Chemo atua na produção de produtos respiratórios e hormonais femininos. “Estamos certos de que nossa parceria será bem sucedida devido à capacidade técnica do grupo e por seu histórico de sucesso na produção de medicamentos”, garantiu.

Em 2011, segundo o MS, foram gastos mais de 82 milhões com internações no Sistema Único de Saúde (SUS) em decorrência da doença: 177,8 mil pessoas foram internadas com asma, sendo que 77,1 mil eram crianças de 0 a 6 anos. O problema é uma das principais causa de internação nessa faixa etária.

Em relação à mortalidade, 2,5 mil pessoas morrem por ano por causa da asma. Considerada, do ponto de vista epidemiológico, uma das mais importantes doenças crônicas não transmissíveis, constitui uma das prioridades da Política de Assistência Farmacêutica do Ministério da Saúde.

Parcerias de Desenvolvimento Produtivo
A parceria entre Farmanguinhos e Chemo atenderá ao programa do Governo Federal “Brasil Carinhoso” que, além de combater a miséria na primeira infância, visa ampliar a cobertura dos programas de saúde às crianças brasileiras. A distribuição do medicamento à população será gratuita através da rede Aqui tem Farmácia Popular, onde já são distribuídos gratuitamente anti-hipertensivos e antidiabéticos.

O acordo, que faz parte das Parcerias de Desenvolvimento Produtivo (PDP’s), tem como objetivo diminuir a dependência de importações de medicamentos para doenças de alto risco e, consequentemente, os gastos públicos.

Segundo o formato das PDP’S, a transferência de tecnologia ocorrerá ao longo de cinco anos. No início da cooperação, o medicamento será fabricado no laboratório detentor da tecnologia já com a identidade do Instituto, a fim de garantir o abastecimento do SUS. A partir do segundo ano, o formoterol+budesonida passará a ser produzido nas instalações de Farmanguinhos, atingindo o pico de produtividade em até quatro anos.

Doença respiratória
Segundo a Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia (ASBAI), a asma atinge de 10% a 25% dos brasileiros, sendo responsável por um número incontável de atendimentos ambulatoriais. As crianças representam cerca de 20% da população que mais sofre com os problemas respiratórios.

Atualmente, o Brasil é o 8º país em prevalência da doença. No mundo, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), 300 milhões de pessoas sofrem com a asma e 60% são crianças. Anualmente, em nível mundial, esse problema respiratório chega a matar 250 mil pessoas.

A asma é caracterizada por sintomas como falta de ar, tosse e chiado no peito. As alergias respiratórias acometem mais os pacientes nas estações do outono e inverno, devido às baixas temperaturas e a facilidade de proliferação de ácaros.

Fonte SaudeWeb

Desigualdade na distribuição de médicos aumenta, diz estudo

Com a abertura de 2.415 vagas em cursos já existentes nos próximos anos, a projeção do CFM e Cremesp aponta para a superconcentração de médicos em cidades de maior porte, capitais e estados das regiões Sul e Sudeste

A abertura de novos cursos e vagas de Medicina, ao invés de solucionar a falta localizada de médicos no Brasil, poderá acirrar a desigualdade na distribuição desses profissionais pelo território nacional e aumentar a sua concentração no setor privado. Estas são algumas das conclusões da projeção “Concentração de Médicos no Brasil em 2020”, elaborada em parceria pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), divulgada nesta quarta-feira (13) e que integra o estudo Demografia Médica no Brasil.

De acordo com o Ministério da Educação, nos próximos anos serão abertas 2.415 vagas em cursos já existentes, 800 delas no setor privado. Com a ausência de políticas públicas que ofereçam suporte à fixação dos médicos em locais onde há carência de profissionais, sobretudo no Norte e no Nordeste do país, a projeção aponta para a superconcentração de médicos em algumas áreas, como cidades de maior porte, capitais e estados das regiões Sul e Sudeste. Isso sem se considerar as novas vagas autorizadas pelo governo em 2011 e 2012.

“A ida de egressos das escolas para locais onde hoje faltam médicos fica comprometida pela falta de programas de residência e de condições de trabalho e emprego que façam com que o recém-formado encare sua fixação como um objetivo”, alertou o presidente do CFM, Roberto Luiz d’Avila.

No estudo “Demografia Médica no Brasil”, divulgado em 2011, CFM e Cremesp tomaram como referência o número de “postos de trabalho médicos ocupados” nos setores público e privado. Contabilizando-se usuários de planos de saúde e postos médicos em estabelecimentos privados se chegou à conta de 7,60 “postos disponíveis” para cada 1.000 clientes privados. Já para a população usuária do SUS a razão observada foi de 1,95.

A metodologia utilizada reforça o entendimento de que, com a manutenção do cenário atual, o aumento da população médica favorece o setor privado. Ou seja, para cada novo profissional se verifica o incremento de 1,86 “posto de trabalho médico ocupado” no setor privado, enquanto no setor público o aumento é de 1,35 posto de trabalho.

“Estamos certos de que isso desautoriza o governo federal a afirmar que novas vagas abertas irão necessariamente solucionar a falta de médicos no SUS. Não adianta abrir mais vagas sem mudar o financiamento em saúde, com maior aporte de recursos públicos e com a criação de carreira de Estado para os médicos do SUS”, ressaltou Renato Azevedo, presidente do Cremesp, um dos organizadores do estudo.

Na análise feita por CFM/Cremesp, o plano do governo de abrir mais vagas de Medicina terá efeitos colaterais imediatos. O primeiro deles é o crescimento do contingente global de médicos na próxima década sem que sejam apontadas formas concretas de combate à desigualdade no acesso, mantendo-se vazios assistenciais em zonas de difícil provimento e gerando-se elevação da densidade de médicos onde ela já é alta.

Além disso, também não se pode ignorar a qualidade da formação desses profissionais. A abertura de vagas em escolas – sem adequadas condições de funcionamento, corpo docente qualificado para atender a nova demanda e vagas de residência médica – entregará à sociedade médicos não devidamente preparados para o desafio do atendimento.

Projeção – Uma conclusão do estudo é de que a abertura de novas vagas não é necessária para que se atinja a meta considerada ideal pelo governo federal. Em 2020, mesmo sem novas vagas em cursos de Medicina, a projeção é de que existirão 455.892 médicos no Brasil. Considerando-se que em oito anos o país terá uma população de 207.143.243 pessoas, a razão será de 2,20 médicos por 1.000 habitantes. Este indicador é 0,30 médicos por mil habitantes menor do que a meta definida pelo governo (2,5/1.000) – meta, aliás, apontada por CFM/Cremesp como resultado de mera abstração, desprovida de fundamento científico.

Em oito anos, as consequências da superconcentração de médicos serão sentidas em diversos estados, capitais e municípios de médio porte. De acordo com a projeção do CFM/Cremesp, em 2020 três estados terão mais que três médicos por 1.000 habitantes: Distrito Federal (5,54), Rio de Janeiro (4,44) e São Paulo (3,31). Oito estados estarão acima do índice de 2,5 médicos por 1.000 habitantes, a meta estipulada pelo governo. Tudo isso sem a necessidade de abertura de novas vagas.

Em 2020, com ou sem novas vagas, mas num cenário de falta de políticas que garantam a fixação de médicos, o país manterá os vazios de cobertura no Nordeste e no Norte e uma alta densidade de profissionais no Sul e no Sudeste e em alguns estados do Centro-Oeste.

Em quatro capitais, dentre aquelas selecionadas para a projeção (o estudo não projetou para todas as capitais), a concentração em 2020 será maior que 6 médicos por 1.000 habitantes: Vitória (17,85), Porto Alegre (12,19), Belo Horizonte (9,85) e Rio de Janeiro (8,77). O fenômeno atingirá até mesmo cidades de médio porte. Alguns exemplos de alta concentração serão Botucatu (11,06), Ribeirão Preto (7,21) e Campinas (6,43), as três no interior paulista, seguidas de Pelotas (RS), com 5,23, e Criciúma (SC), com taxa de 4,47 médicos por 1.000 habitantes.

Confira a íntegra do estudo (inclusive as tabelas), clicando aqui.

Fonte: CFM, na íntegra

Por SaudeWeb

“Agrotóxico é problema de saúde pública”

Segundo pesquisadores, o consumo de agrotóxicos pode levar a problemas de saúde crônica, e seus efeitos não são bem dimensionados pela saúde pública brasileira

Mesa de debate sobre os Impactos dos Agrotóxicos na Saúde e no Ambiente, realizada durante a Rio + 20, ressaltou a necessidade do Brasil – maior consumidor de agrotóxicos do mundo – de articular agendas políticas contra o uso desses produtos danosos à saúde a ao ambiente. A discussão, montada na Cúpula dos Povos pela Fiocruz, a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) e o Centro Brasileiro de Estudos em Saúde (Cebes) destacou a agroecologia, como alternativa aos agrotóxicos.

A pesquisadora Lia Giraldo, do Departamento de Saúde Coletiva do Instituto de Pesquisa Aggeu Magalhães (CPqAM), unidade da Fiocruz em Pernambuco, lembrou que a Rio + 20 marca 20 anos da Rio 92 , quando pela primeira vez o tema ganhou destaque no cenário político mundial.

“Já naquela época, Rachel Carson abordava os agrotóxicos como um modelo casado com a superexploração da terra e das pessoas. O discurso econômico era de que seria uma forma de produzir em quantidade para acabar com a fome, mas, assim como ocorre hoje com os transgênicos, sabemos que não é. Transgênicos e agrotóxicos estão juntos. Cinco ou seis grandes multinacionais dominam mercado de agrotóxicos e sementes transgênicas, e as vendas são casadas. As empresas transitam com apoio do governo. A bancada ruralista tem uma força imensa e faz lobbies. Os agrotóxicos têm subsídios de 60% e, em alguns estados, como o Ceará, 100% de isenção fiscal. Como os últimos três governos deixaram chegar nesse ponto?”, criticou.

A pesquisadora ressaltou a importância de se debater o que a área da saúde está fazendo sobre o problema, que não é só da área rural. Segundo Lia, todo o controle de pragas é feito à base de inseticidas que contêm as mesmas substâncias que muitos agrotóxicos, mas são vendidos como algo “limpo” para a população.

“Crianças respiram veneno e a gente come veneno comprado no mercado. É uma inversão muitas vezes sustentada pela própria saúde pública, como no caso da dengue, em que os mosquitos se tornam resistentes ao veneno e é preciso aplicar cada vez mais e diferentes venenos, assim como nas pragas das lavouras. Mas somos uma espécie muito mais frágil que os mosquitos”, comparou.

De acordo com Lia, os impactos dos agrotóxicos não são bem dimensionados pela saúde pública, porque se avaliam alguns casos agudos que chegam aos postos de saúde, mas não os crônicos.

“A Saúde da Família tem que levar uma ação de saúde pública àqueles que estão vulnerabilizados”, defendeu. Entre os maiores problemas ela citou a contaminação de mananciais e de territórios como o pantanal matogrossense, acidentes que causam mortandades de peixes e outros impactos sobre a biodiversidade e a bioacumulação dos venenos em diversas espécies.

Para Lia, a questão dos agrotóxicos é um indicador transversal da crise civilizatória que vivemos. “O dossiê é uma fresta frente à hegemonia que se construiu sobre o agronegócio e os agrotóxicos no Brasil”, concluiu.

Agroecologia, uma alternativa ao agronegócio
A agrônoma Claudia Gerônimo, da ONG Amigos da Terra, da Guatemala, contou que uma pesquisa feita no seu país concluiu que menos de 14% das pessoas que usavam agroquímicos sabiam o que estavam usando, seus riscos e a importância do uso da roupa de proteção. Assim como no Brasil, os produtores são incentivados a utilizar agrotóxicos sem instruções claras de uso. Ela lembrou que muitos camponeses não conseguem ler os rótulos.

“Os danos ambientais são reais e se percebem nas nossas comunidades”, afirmou. Ela defendeu como alternativa ao modelo atual de agronegócio a agroecologia, com o resgate de conhecimentos ancestrais de produção.

O coordenador da Campanha Permanente contra os Agrotóxicos e pela Vida, Cleber Folgado, revelou que, segundo a OMS, para cada caso notificado de reação a agrotóxico, existem 50 não registrados, e enfatizou que não existe uso seguro. Segundo ele, a campanha tem como objetivos denunciar para a sociedade inteira, do campo e das cidades, os problemas causados pelos agrotóxicos e defender a proposta da agoecologia como agricultura alternativa.

De acordo com Folgado, mais do que um conjunto de técnicas com custos menores de produção, a agroecologia é um projeto político. Uma conquista do movimento foi conseguir pautar o governo, mas agora é preciso cobrar:

“A Dilma assumiu o compromisso de construir um grupo de trabalho interministerial para construir uma Política Nacional de Enfrentamento aos
Agrotóxicos. Falta cumprir”, disse.

As três bandeiras da campanha são o fim da pulverização aérea, a forma mais irresponsável de uso de agrotóxicos; o fim das isenções fiscais e a destinação dos recursos angariados para o SUS, para tratar das vítimas; e mais investimentos na Anvisa, que tem só 46 técnicos (para efeito de comparação, o órgão similar dos EUA tem 852).

Folgado conclamou a todos a assinarem o abaixo-assinado disponível em www.contraosagrotoxicos.org para fazer pressão política no governo.

A engenheira agrônoma Flavia Londres também garantiu ser possível alimentar a população com alimentos saudáveis e em boa quantidade com o modelo da agroecologia. “A Política Nacional de Agroecologia seria lançada por decreto na Rio + 20, a sociedade civil se mobilizou, estava previsto o estabelecimento de zonas livres de agrotóxicos e transgênicos. Não é mais possível a sociedade ignorar a situação e não fazer nada”, disse. Segundo ela, o modelo de agronegócio predominante há mais de 50 anos não deu certo, o que se prova pela exclusão e pobreza que gera, pelo esgotamento dos recursos e a contaminação do ambiente e pelo fato de haver hoje no mundo quase um bilhão de pessoas passando fome.

O debate foi organizado pela Abrasco, ANA, Via Campesina, Contag, Conaq, Fetraf, AS-PTA e Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e pela Vida (Marina Lemle / VPAAPS / Fiocruz)

Fonte SaudeWeb

Japonesa Takeda deixa de vender 13 fármacos da Pfizer

Nos 13 medicamentos estão incluídos os antibióticos Minomycin®, os anticancerigenos Torisel® e Mylotarg® e tratamento da depressão Amoxan®. A lista não incluiu Viagra®

A Japonesa Takeda Pharmaceutical Co anunciou que vai parar de distribuir 13 fármacos da Pfizer no final deste ano e será a própria Pfizer a vendê-los a partir de 2013.

Nos 13 medicamentos estão incluídos os antibióticos Minomycin®, os anticancerigenos Torisel® e Mylotarg® e tratamento da depressão Amoxan®. A lista não incluiu Viagra®.

A Takeda afirma que vai continuar a distribuir a Prevenar®, uma vacina de pneumococcus para crianças e o fármaco BeneFIXr para hemofilia B. Avançou também que ambas as farmacêuticas vão continuar a trabalhar juntas na fármaco para a artrite Enbrel®.

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Anvisa mantém veto à importação de silicone da francesa PIP

Segundo a Anvisa, não existe a possibilidade de revogar essa decisão, apesar do relatório Britânico de Saúde afirmar o que as próteses de da marca francesa não são cancerígenos nem tóxicos

Após a divulgação de um relatório do Serviço Britânico de Saúde (NHS, na sigla em inglês) dizendo que as próteses de silicone da marca francesa PIP (Poly Implant Prothèse) não são cancerígenos nem tóxicos, apesar de terem duas vezes mais chance de se romper, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou nesta segunda-feira (18) que vai manter a suspensão da importação dos implantes mamários.

Os registros da PIP e também da holandesa Rófil foram cancelados em março, depois que mulheres em todo o mundo tiveram problemas de rompimento. O fundador da marca francesa chegou a admitir que usava silicone adulterado.

Segundo a Anvisa, não existe a possibilidade de revogar essa decisão. Caso a empresa queira entrar novamente no Brasil, terá que se submeter a um novo processo de registro. A agência nacional ainda não avaliou o conteúdo do relatório britânico, mas já descarta uma revisão do caso.

Para as mulheres brasileiras que usam prótese de mama PIP ou Rófil, as cirurgias de troca podem ser feitas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), de preferência em casos em que já houve ruptura ou há sérios riscos. As pacientes que não apresentam nenhum problema com o implante devem fazer um monitoramento de rotina com seus médicos, recomenda a Anvisa.

O Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) deve criar um sistema de avaliação para certificar com um selo de qualidade os produtos vendidos no país.

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