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quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Confira os benefícios do chocolate amargo para a saúde

Rica em cacau, a versão escura retarda o envelhecimento e é uma ótima aliado no combate ao colesterol alto
 
chocolate, que por muitos anos foi visto como vilão da saúde, pode ser até mesmo um aliado. São várias as pesquisas que comprovam os benefícios do alimento, que se dá em razão da presença do cacau.

Consumido em porções razoáveis, o ingrediente está longe de ser um produto proibido — ao contrário do que normalmente se pensa. Isso porque, quanto maior a concentração dele, menor a adição de açucares e gorduras e, consequentemente, mais vantagens para a saúde.

Em vista disso, as versões mais recomendadas por especialistas são as amargas, feitas com grãos de cacau torrados e sem a adição de leite.

Graças à presença de magnésio — mineral essencial para guardar a energia —, o chocolate é antiestressante. Além disso, a versão amarga é rica em flavonoides, poderoso antioxidante natural que protege a pele contra os raios UV do sol, mantendo, assim, a face protegida do envelhecimento.

Além disso, os flavonoides também contribuem para que as veias trabalhem melhor, diminuindo o risco de doenças cardiovasculares. Eles também ativam a produção de óxido nítrico no organismo, fazendo com que os vasos sanguíneos relaxem e a pressão arterial diminua.

O cacau ainda contém bioflavonoides, impedindo a oxidação do LDL e, consequentemente, que ele se acumule nas artérias, levando ao entupimento das mesmas. Assim, apresenta-se um aliado no combate ao colesterol ruim, além de aumentar a concentração de HDL (colesterol bom).

Sem exageros!
Apesar das vantagens que o chocolate amargo apresenta para a saúde, especialistas alertam que ele não deve ser consumido em demasia. Para desfrutar dos benefícios, é preciso ingeri-lo constantemente, mas sem ultrapassar as 100g diárias.

Na cozinha é fácil!
Embora seja mais facilmente degustado aos pedaços, o chocolate pode ser usado em diversas sobremesas.

Mas a grande diferença é o seu uso em salgados, como na receita de foie gras ao cacau, que tem feito sucesso nos últimos tempos. Além disso, o pó de cacau casa bem com a delicadeza do salmão.
 
Fonte AFP/Zero Hora

Saiba mais sobre o eczema, doença que causa manchas vermelhas e secas na pele

A pesar de não haver cura conhecida para o problema, as erupções quase sempre podem ser minimizadas e, às vezes, prevenidas
 
O verão pode ser tanto uma bênção quanto uma maldição para milhões de pessoas que sofrem de uma doença crônica de pele chamada eczema.

As manchas vermelhas, secas e que coçam frequentemente de maneira intolerável, muitas vezes regridem quando o clima está quente e úmido, e a pele fica exposta com mais frequência à luz solar.

Ainda assim, para muitos, tirar partes da roupa pode ser vergonhoso e, no caso das crianças, pode resultar em provocações e exclusão. Mesmo para aqueles que se sentem confortáveis em roupas de banho, nadar em uma piscina pode ser um problema se a sensibilidade ao cloro piorar a condição.

Em países industrializados, o eczema se tornou duas ou três vezes mais comum nas últimas décadas. Apenas parte desse aumento pode ser atribuída a melhores diagnósticos. Hoje, de 15% a 30% das crianças e de 2% a 10% dos adultos têm eczema, que, quase sempre, começa nos cinco primeiros anos de vida.

Felizmente, em mais de dois terços das crianças, a condição é resolvida sozinha antes da adolescência.

Desvendando o eczema
O nome médico para eczema é dermatite atópica (DA), que mostra a natureza imunológica da doença. Ela é mais comum entre crianças morando em cidades do que aquelas que moram em áreas rurais.

Segundo a chamada teoria da higiene, a exposição precoce a agentes infecciosos oferece proteção contra doenças alérgicas. Quanto mais higiênico for o ambiente da criança, maior será o risco.

O eczema não é contagioso, mas mais de um membro da família pode ser afetado. Além disso, a doença parece ter um componente genético.

Para os gêmeos idênticos, por exemplo, 77% dos casos afetará ambos os irmãos, mas para gêmeos fraternos, o mesmo acontecerá em apenas 15% das vezes.

Outro indício é o fato de que as pessoas com doença celíaca — uma intolerância ao glúten — têm três vezes mais chances de desenvolver o problema, sendo que os parentes dessas têm duas vezes mais probabilidade.

Coçar as manchas pode torná-las pior e expor a pele a infecções
O eczema é frequentemente chamado de "a coceira que não se pode coçar", embora uma melhor descrição seria "a coceira que não se deve coçar".

Apesar de não haver cura conhecida para o problema, as erupções quase sempre podem ser minimizadas e, às vezes, prevenidas.

Pesquisas recentes identificaram fatores envolvidos no desenvolvimento da doença que podem levar a novos tratamentos para controlá-la de forma mais eficaz. Conforme explicação do Dr. Thomas Bieber, dermatologista da Universidade de Bonn, na Alemanha, na revista The New England Journal of Medicine, a marca registrada do eczema é uma alteração na pele que permite que a água escape, e que alérgenos do ambiente — como aqueles do pólen, ácaros e comida — entrem.

O resultado são manchas inflamadas, secas, que coçam e que, às vezes, são diagnosticadas erroneamente como psoríase.

A pele com a doença também não tem quantidade normal de um agente natural antimicrobiano, chamado catelicidina, fazendo com que ela seja suscetível a infecções que podem ser difíceis de controlar. Mais de 90% das pessoas com eczema têm colônias da bactéria Staphylococcus aureus, que crescem na pele, contribuindo com a sensibilidade alérgica e consequente inflamação.

Coçar as manchas aumenta, assim, a capacidade dessa bactéria de romper ainda mais a função de barreira da derme.

Outras descobertas
Há tempos sabe-se que a camada mais externa da pele funciona mal em pessoas com eczema. Pesquisadores da Universidade de Rochester, entretanto, identificaram outro motivo pelo qual a pele com eczema é suscetível a invasão de alérgenos.

A Dra. Anna De Benedetto e sua equipe mostraram que uma proteína protetora chamada claudin-1 é enfraquecida de forma significativa na pele de pacientes com o problema, mas não naqueles com pele normal ou com outras doenças.

Quando a claudin-1 é reduzida, as "junções apertadas" entre as células da pele perdem a vedação, ficando permeáveis à alérgenos do ambiente e à agentes infecciosos. Se estudos futuros confirmarem essa descoberta, uma das formas de controle do eczema deverá ser o desenvolvimento de tratamentos que fortaleçam essa barreira.

Como é o tratamento
Tratamentos atuais focam na redução da inflamação, perda de umidade e colonização da bactéria. Os especialistas geralmente recomendam um esteroide com receita médica, usado topicamente em quantidades minúsculas, combinado com um hidratante comum aplicado generosamente no corpo logo após o banho, para conter a água na pele.

Além disso, devem ser usados apenas sabonetes suaves, que não ressequem a pele. Na escolha do hidratante, por sua vez, o produto deve ser sem perfume.

Como o suor pode desencadear surtos, é melhor tomar banho imediatamente depois de atividades que podem fazê-lo ficar com calor. Além disso, o estresse também pode ser causa de erupções em algumas pessoas.

Alergias a comidas, bem como contato da pele com substâncias venenosas, podem também desencadear o problema. Por isso, é preciso eliminar os culpados que, no caso dos alimentos, são frequentemente laticínios como ovos ou frutas oleaginosas.

Eczema por contato
O eczema por contato é geralmente uma doença ocupacional decorrente da exposição a detergentes, agentes sanitários ou ao cimento molhado, que se manifesta depois que a pele é exposta à luz solar.

Para evitar reações deste tipo, pessoas com eczema nas mãos são geralmente aconselhadas a usar luvas a prova d'água de algodão forrado ao lavar pratos ou trabalhar com substâncias irritantes.
 
Fonte The New York Times/Zero Hora

Anel vaginal é alternativa para evitar sangramentos irregulares

Menstruações fora do período previsto são as principais causas de desconforto da mulher que utiliza pílula anticoncepcional
 
Trabalho, casa, marido, filhos... O perfil multitarefa e o ritmo de vida acelerado de muitas mulheres exigem que elas recorram a alternativas que ajam como suas verdadeiras aliadas quando o assunto é planejamento familiar.

De grande aceitação, a pílula anticoncepcional dá a oportunidade de controle da fertilidade, mas nem sempre o mesmo acontece com o ciclo. A incidência de sangramento irregular com uso de anticoncepcionais orais combinados, aqueles com dois tipos de hormônios — estrogênio e progestagênio —, aumentou com a chegada das pílulas de baixa dosagem hormonal, causando descontentamento, transtornos e, até mesmo, o abandono do método em casos mais severos. Afinal, a mulher nunca sabe quando irá menstruar.

— O estilo de vida da mulher moderna pode levar ao esquecimento da pílula, por exemplo, o que promove variações nos níveis de hormônios que podem desestabilizar o endométrio e provocar sangramentos antes do fim da cartela — explica Carolina Sales Vieira, Professora do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP).

Sob medida
Segundo a ginecologista, há outros métodos contraceptivos que causam menos sangramentos irregulares, como o anel vaginal. Inserido dentro da vagina uma vez ao mês, o anel permite a liberação de níveis constantes de hormônios, ao contrário da pílula.

Com isso, o endométrio fica mais estável e, consequentemente, melhora o controle do ciclo. Segundo a especialista, cerca de 30% das mulheres apresentam sangramento antes do previsto nos primeiros seis meses de uso da pílula. Depois desse período, a taxa cai para 10% em média. Porém, apenas 2% das mulheres que utilizam o anel vaginal apresentam sangramento irregular.

— Em algumas mulheres com casos de sangramento irregular de forma repetitiva, somente o anel soluciona o problema — complementa.

O anel também é um dos métodos mais práticos disponíveis no mercado, pois é administrado somente uma vez por mês, evitando os famosos esquecimentos e, assim, as variações hormonais que atrapalham o controle do ciclo. E como não é um método oral, não sofre interferências gastrointestinais, ou seja, a contracepção e o ciclo não ficam comprometidos mesmo em casos de diarreia ou vômitos.

O que é o anel vaginal?
É um anel transparente e flexível que contém dois hormônios femininos — estrogênio e progestagênio —, liberados lentamente dentro da vagina para impedir a gravidez.

De fácil aplicação, similar a um absorvente interno, o anel deve ser inserido pela própria mulher e tem duração de três semanas com uma de intervalo. Pode também ser usado de forma contínua, sem a pausa de uma semana, durante três meses, apenas substituindo o anel a cada três semanas.
 
Fonte Zero Hora

Dilma inaugura fábrica de medicamentos biotecnológicos em São Paulo

O laboratório nacional Cristália amplia a produção destes medicamentos no país com quase R$ 60 milhões de financiamento federal
 
A presidenta da República, Dilma Rousseff, e o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, participaram nesta terça-feira (13), da cerimônia de expansão do parque fabril do laboratório nacional Cristália em Itapira, São Paulo. Além de inaugurar sua primeira planta para a produção de medicamentos biotecnológicos, o laboratório vai expandir a sua unidade farmoquímica (produção de insumos) e dar início à construção de uma fábrica de medicamentos oncológicos.
 
Com a ampliação da farmoquímica, a empresa pretende dobrar sua capacidade produtiva: atualmente, a fábrica produz 50% dos insumos que comercializa, e importa o restante. A perspectiva é produzir 100% dos insumos em território nacional. Foram investidos R$ 208 milhões no empreendimento, sendo R$ 58 milhões financiados pelo governo federal.

O laboratório Cristália está envolvido em 31 parcerias com laboratórios públicos e privados desenvolvidas pelo Ministério da Saúde para a produção nacional de medicamentos por meio de transferência de tecnologia, o que permite ao país a autonomia do processo de produção, desde o desenvolvimento até a disponibilização do medicamento no mercado. Como contrapartida, o Ministério da Saúde, por meio do produtor público, compra os medicamentos do laboratório privado por cinco anos para atender à demanda do SUS.

Por conta destas parcerias, o Cristália dobrou seu faturamento nos últimos quatro anos. Sete dos produtos em processo de transferência de tecnologia que envolvem a Cristália já possuem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e cinco deles já estão sendo distribuídos aos pacientes do SUS: o imatinibe para Leucemia, os antipsicóticos clozapina, Olanzapina e Quietipina, e o antirretroviral Tenofovir. Para a compra desses medicamentos, o Ministério da Saúde gasta cerca de R$ 400 milhões por ano.

No total, o Ministério da Saúde já assinou 88 Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDPs). Essas parcerias compreendem 77 produtos, sendo 64 medicamentos, 7 vacinas, 4 produtos para saúde e 4 pesquisas em desenvolvimento (P&D).

A produção do medicamento biológico envolve a mais alta tecnologia. É feito a partir de material vivo e manufaturado a partir de processos que envolvem medicina personalizada e biologia molecular. O Brasil já conta com 24 PDPs para a produção de 14 medicamentos biológicos. Eles representam 5% do total da oferta pública de medicamentos por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), mas consomem 43% dos gastos do governo federal com medicamentos (aproximadamente R$ 4 bilhões/ano). As PDPs permitem negociar reduções significativas e progressivas de preços. Na medida em que a tecnologia é transferida e desenvolvida, proporcionam uma economia de cerca de R$ 3 bilhões por ano aos cofres públicos.
 
Fonte isaude.net

Diagnóstico da tuberculose pode levar até 30 dias em Ribeirão Preto

Diagnóstico só foi detectado, em 90% dos casos, nos Serviços Especializados
Foto: Marcos Santos/USP Imagens
Diagnóstico só foi detectado, em 90% dos casos, nos Serviços
Especializados
Os dados são de pesquisa realizada pela USP. A cidade é um dos maiores centros de serviços de saúde de alta complexidade do país
 
Em Ribeirão Preto, uma dos maiores centros polarizadores de serviços de saúde de alta complexidade do país, um paciente pode esperar até 30 dias para obter o diagnóstico de tuberculose no sistema de saúde da cidade. O número é resultado de pesquisa realizada pela Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da USP. Entre 100 entrevistados, 62% não tiveram a tuberculose como hipótese de diagnóstico no primeiro serviço de saúde visitado, ou então, não foram informados sobre o que poderia ser a queixa apresentada.
 
Segundo a autora do estudo, a enfermeira Maria Eugênia Firmino Brunello, em 58% dos casos, foi solicitado algum tipo de exame no primeiro serviço, embora esse fator não tenha sido determinante para que o diagnóstico fosse esclarecido já na primeira visita. "Os pacientes que procuraram a UAB [Unidades Básicas de Saúde] e o PA [Pronto-Atendimentos] tiveram que passar por três ou mais serviços de saúde para obter o diagnóstico."
 
O diagnóstico só foi detectado, em 90% dos casos, nos Serviços Especializados. "O tempo de diagnóstico foi semelhante dentre os que procuraram primeiro as UABs e os PAs, sendo respectivamente de 33,5 e 33 dias" afirma Maria Eugênia. A pesquisadora resgatou, por meio de entrevista, o percurso de 100 pacientes desde o momento em que se sentiu doente até a procura pelo primeiro serviço de saúde e o diagnóstico da doença.
 
A enfermeira conta que dos 100 pacientes entrevistados, 63% tiveram ao longo do percurso nos serviços de saúde a solicitação de baciloscopia de escarro e 59% solicitação de Raio-X. "A solicitação desses exames específicos para o esclarecimento do caso poderia ter sido maior, mas o fato de o paciente, por vezes, ser inespecífico no relato dos sintomas aos profissionais também pode retardar o tempo de diagnóstico."
 
A enfermeira obteve registros relativos aos dados clínicos dos doentes, e informações sobre os serviços de saúde e profissionais que atenderam o paciente, além dos exames solicitados por intermédio dos sistemas de informação TB-WEB, sistema de registros para tuberculose exclusivo do Estado de São Paulo, e Hygia-WEB, sistema de prontuários eletrônicos do município de Ribeirão Preto.
 
Considerada pelo Ministério da Saúde uma das linhas prioritárias na política nacional de Atenção Básica brasileira, a tuberculose leva a óbito cerca de seis mil pessoas ao ano no País. Segundo o professor Antonio Ruffino Netto, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, tosse com expectoração; febre; falta de apetite; fraqueza; perda de peso; escarro com raias de sangue; e dor no peito são sintomas da doença. "Se tratada adequadamente, quase todos os pacientes evoluem para a cura. Caso haja abandono no tratamento, a doença poderá evoluir para uma tuberculose crônica, com dificuldade maior para cura. Se não houver tratamento, cerca de 50% evoluem para o óbito em um período de cinco anos", esclarece Ruffino Netto.

Indicadores de desempenho
A pesquisadora elaborou indicadores relacionados ao desempenho dos serviços de saúde para o diagnóstico da tuberculose, considerando as categorias: ofertas de ações; fluxo de atendimento desde o primeiro serviço de saúde até o diagnóstico; resolubilidade dos casos. Os resultados mostraram que 69% dos doentes de tuberculose buscaram o Pronto-atendimento (PA) como primeiro serviço de saúde, seguido pela Unidade de Atenção Básica (UAB) e os Serviços Especializados (SE).
 
Seria importante um ordenamento do sistema de saúde local, com adequado apoio da rede para a realização de exames laboratoriais, serviços de apoio ao diagnóstico, e equipe capacitada para determinar o menor tempo possível para o diagnóstico da doença. "É necessário implementação da comunicação e integração entre os serviços de saúde para aprimorar o atendimento dos usuários e evitar a repetição desnecessária de procedimentos", destaca.
 
A enfermeira comenta que, devido à alta proporção de usuários que utilizam os PAs, é de extrema importância que os profissionais que atuam nesses serviços sejam capacitados para reconhecer rapidamente o paciente com suspeita de tuberculose, o que poderia trazer um impacto positivo na detecção de casos da doença.
 
A pesquisa foi realizada entre junho e dezembro de 2009. Apesar disso, a situação em 2013 continua a mesma: Maria Eugênia explica que ainda há dificuldades da Atenção Básica no município em diagnosticar a doença, e a intensa busca e preferência dos pacientes pelas Unidades de Pronto-Atendimento. "A coordenação do Programa de Controle da Tuberculose em Ribeirão faz capacitações constantes com agentes comunitários de saúde e equipe de enfermagem, tentando conscientizar e incentivar este nível assistencial a buscar por sintomáticos respiratórios na comunidade", diz.
 
A tese Percurso do usuário no sistema de saúde: desempenho dos serviços de saúde para o diagnóstico da tuberculose em Ribeirão Preto (2009) foi orientada pela professora Tereza Cristina Scatena Villa, da EERP, e defendida em fevereiro de 2013.

Com informações da Agência USP
 
Fonte isaude.net

Tecnologia monitora quantidade de radiação na pele durante terapia anticâncer

Aparelho detecta a quantidade de radiação à qual os pacientes são expostos durante a radioterapia
Foto: Harley Street Clinic
Aparelho detecta a quantidade de radiação à qual os pacientes
 são expostos durante a radioterapia
Dispositivo reduz doses em excesso e tem potencial para tornar radioterapia mais segura e eficaz, em especial para crianças
 
Pesquisadores da Universidade de Wollongong, na Austrália, desenvolveram uma nova tecnologia que torna o tratamento do câncer mais seguro e eficaz, especialmente em crianças.
 
O novo dispositivo, conhecido como Moskin, detecta a quantidade de radiação à qual os pacientes são expostos durante a radioterapia, e em tempo real.
 
Com cerca de dois terços dos pacientes com câncer submetidos a radioterapia durante a doença, o inventor da tecnologia, Anatoly Rozenfeld, afirma que é imperativo garantir a segurança e o sucesso do tratamento.
 
"Enquanto a radioterapia contemporânea é muito precisa, a garantia de qualidade durante a entrega do tratamento é de suma importância porque overdoses de radiação podem induzir efeitos colaterais crônicos ou agudos, tais como eritema cutâneo", ressalta Rozenfeld.
 
De acordo com os pesquisadores, Moskin monitora a quantidade de radiação que a pele recebe e, portanto, estes efeitos colaterais podem ser mais estritamente controlados.
 
Ao monitorar medições de dose na pele, em tempo real, a tecnologia melhora as técnicas para minimizar as doses em excesso, que são de especial preocupação nas crianças.
 
"Essa tecnologia foi desenvolvida ao longo de 10 anos de pesquisa, e temos recebido resultados de testes científicos e clínicos muito positivos", conclui Rozenfeld.
 
Fonte isaude.net

Equipe cria 'super-mel' capaz de curar feridas e infecções por superbactérias

Produto testado em bebês e pacientes com câncer pode matar bactérias como a MRSA, parasitas e infecções fúngicas
 
Uma equipe de pesquisadores do Reino Unido desenvolveu um novo mel capaz de tratar vários tipos de feridas e infecções.
 
O produto, chamado 'Surgihoney', foi testado em bebês, mães, pacientes com câncer e idosos por mais de um ano em hospitais.
 
Os ensaios revelaram que feridas e úlceras, incluindo as infectadas com a superbactéria MRSA, foram curadas em poucos dias.
 
Resultados de testes mostraram ainda que o número de mulheres que sofreram infecções após o parto por cesariana caiu pela metade, quando elas foram tratadas com o produto.
 
Surgihoney também curou as feridas de soldados que retornaram do Afeganistão, além de ser eficaz no tratamento da acne e na proteção da pele de pacientes com câncer que receberam um cateter para a quimioterapia.
 
O mel tem sido utilizado devido a seus poderes de cura há milhares de anos.
 
Segundo os pesquisadores dos Hampshire Hospitals NHS Foundation Trust, no Reino Unido, o produto, que é armazenado em sachês de 10g, tem potencial para matar bactérias, parasitas e infecções fúngicas e, ao mesmo tempo, incentivar a cura das feridas.
 
O mel foi licenciado pela Autoridade Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde do Reino Unido, mas ainda não está disponível comercialmente.
 
Fonte isaude.net

Revisitar lugares que trazem boas memórias ajuda a relaxar, segundo pesquisas

Com coisas que vão de um parquinho de diversões antigo até uma corrida de zumbis apocalípticos, adultos acrescentam saudades da infância à diversão do verão.
 
Pesquisadores dizem que isso é saudável. Constantine Sedikides, professor de psicologia social e de personalidade na Universidade de Southampton, na Inglaterra, falou que pensar nos velhos tempos, nos velhos amigos e nas partidas de basquete da universidade o ajuda a relaxar. "Eu não conseguia deixar de pensar no passado", contou ao "NYT". "A nostalgia me fazia sentir que minha vida tinha raízes e continuidade."
 
Sedikides disse que as pesquisas constataram que essas recordações são importantes para nós. "A nostalgia nos faz um pouco mais humanos."
 
Para algumas pessoas "nostalgizar", como diz Sedikides, significa voltar aos lugares onde verões foram desfrutados na infância. Bruce Feiler levou suas filhas num fim de semana para conhecer acampamentos de férias no Maine, e a viagem incluiu um acampamento que ele frequentou quando era menino.
 
"Assim que pisei sobre as agulhas de pinheiros, caminhei pela margem do lago e vi os jarros de refresco, uma onda de nostalgia tomou conta de mim", escreveu no NYT. "Fui carregado de volta para um tempo de cantorias em volta da fogueira."
 
Gritos tomaram o lugar de cantorias em Nova Jersey quando Jen Gresh, 41, realizou com amigas uma de suas fantasias de adolescência: combater um apocalipse de zumbis.
 
Ela e suas amigas do colégio se reencontraram anos depois da época em que faziam festas de pijama e assistiam a filmes de zumbis, nos anos 1980. Agora, tiveram que fugir de atores fortemente maquiados representando zumbis, todos participando de uma corrida de cinco quilômetros.
 
"Sempre visualizávamos que, no apocalipse dos zumbis, as garotas da classe de 89 ficariam juntas", contou uma das amigas de Jen, Tina Durborow, 42.
 
De acordo com Sedikides, a experiência de fugir dos zumbis pode acrescentar um toque de nostalgia aos sonhos mortos-vivos das amigas.
 
"Eu não perco uma oportunidade de construir memórias que um dia serão motivos de nostalgia", falou o professor, que começou a pesquisar a "nostalgia antecipatória". Ele disse que vai buscar e criar momentos dos quais, no futuro, possa se recordar sorrindo. Assim, está preparando sua nostalgia futura.
 
Existem outras maneiras de curtir um pouco de diversão infantil neste verão (no hemisfério norte). Uma delas é um parquinho de diversões que proporciona aos visitantes um gostinho do século 19.
 
Régis Masclet levou o Fête Paradiso de Rennes, na França, para Nova York. Há dois brinquedos com barcos balançantes (um para crianças e um para adultos), um carrossel de bicicletas de 1897 e um carrossel de cavalinhos de 1850.
 
"Prefiro ter os brinquedos ao ar livre e não em um museu. Quero que estejam num lugar onde pessoas de todo tipo possam se reunir e se divertir com eles", disse Masclet ao "NYT", falando de seus cavalinhos de madeira esculpidos manualmente.
 
Ele passou um fim de semana de verão na ilha Governors, em Nova York, com seus dois filhos e sete outros franceses, preparando brinquedos antigos para serem visitados. Hoje os brinquedos funcionam com eletricidade, mas, no passado, vapor era impelido por mastros ocos para mover muitos dos carrosséis. Mas, desde os cavalos até os dragões, quase todas as partes móveis dos carrosséis são "vintage".
 
Depois que o parquinho deixar Nova York, em setembro, organizadores esperam levá-lo para outras cidades americanas. Masclet não tem receios quanto ao sucesso de seu parque de diversões "vintage". Quando ele promoveu algo semelhante em Rennes, em 2011, foi um sucesso.
 
Fonte Folhaonline

Anvisa publica novas regras para medicamentos em teste

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) publicou ontem (13) novas regras para o uso de remédios ainda em desenvolvimento pela indústria farmacêutica.
 
O objetivo da norma, publicada no "Diário Oficial da União", é oficializar práticas já desenvolvidas pelas farmacêuticas. Uma das regras, por exemplo, deixa estabelecida a obrigação de continuar a entregar remédios experimentais aos pacientes após o fim da pesquisa de que participaram.
 
Também há a garantia de entrega de medicamentos após o fim da pesquisa ao grupo de "acesso expandido" --pessoas que têm perfil semelhante ao das que foram escolhidas para participar do estudo, mas que acabaram sendo excluídas.
 
Segundo a norma, "deverá ser garantido o fornecimento do medicamento autorizado nos programas de acesso expandido, uso compassivo e fornecimento de medicamento pós-estudo nos casos de doenças crônicas enquanto houver benefício ao paciente, a critério do médico".
 
Fonte Folhaonline

Governo cria grupo de trabalho para elaborar política de saúde no sistema prisional

Brasília – Um grupo de trabalho interministerial foi criado para elaborar a Política Nacional de Saúde no Sistema Prisional. Instituído por portaria publicada ontem (13) no Diário Oficial da União, o grupo deve levar em conta a necessidade de ações para promoção da saúde e prevenção de doenças nos presídios, já que grande parte da população prisional está exposta a problemas de saúde, em razão das condições de confinamento.
 
O grupo tem o prazo de 180 dias para apresentar a proposta da política. Os participantes são dos ministérios da Saúde, da Justiça, do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e das secretarias de Direitos Humanos, de Políticas para as Mulheres e de Políticas de Promoção da Igualdade Racial.
 
A portaria cria também o Comitê Técnico Intersetorial de Assessoramento e Acompanhamento da Política Nacional de Saúde no Sistema Prisional. Caberá a este comitê acompanhar a implementação da política, propor critérios para a organização e funcionamento dos serviços e do modelo de cuidado e de gestão da saúde no sistema prisional.
 
Além de representantes do governo, o comitê será aberto à participação de organizações sociais como a Pastoral Carcerária, a Rede Justiça Criminal e o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime.
 
Fonte Agência Brasil

Clientes de grandes planos de saúde usam 10,5% mais serviços, diz federação

Dado reforça argumento por reajustes maiores; em 2013, teto já foi o mais alto em 8 anos
 
Os clientes das grandes operadoras de planos de saúde – que respondem por mais de um terço do mercado – usaram mais os serviços médicos e odontológicos em 2012 do que no ano anterior. Ao todo, foram 371 milhões de procedimentos como consultas e exames, ou 10,5% a mais do que em 2011.
 
O aumento ocorre depois de um ano em que a carteira de clientes dos grandes grupos disparou e cresceu 11,5% – de 13 milhões em 2010 para 14,2 milhões em 2011 –, bem acima dos 6,8% do setor como um todo. No ano passado, entretanto, a alta foi mais tímida: 2,5%.
 
Os dados foram divulgados nesta terça-feira (13) pela Federação Nacional de Saúde Suplementar (Fenasaúde), que reúne os 17 maiores grupos do setor, responsáveis por 31 operadoras e 24,3 milhões dos 66,5 milhões de beneficiários do País. Ao todo, as empresas gastaram R$ 30,1 bilhões para bancar o tratamento dos clientes, 18,5% a mais do que em 2011.
 
A receita do setor em 2012 foi de R$ 37,2 bilhões, 17% acima de 2011. A despesa total, que inclui, por exemplo, gastos com folha de pagamento, foi de R$ 36,1 bilhões, 18,4% acima de 2011.
 
A Fenasaúde considera que tem havido aumento acelerado dos custos bancados pelas operadoras – o que justificaria aumentos maiores nas mensalidades.
 
“A sociedade e as operadoras de planos e seguros de saúde devem experimentar um considerável aumento nas despesas com assistência médica no curto prazo, contribuindo para o aumento da inflação”, informa o documento divulgado nesta terça-feira (13).
 
Neste ano, o teto de reajuste das mensalidades dos planos individuais autorizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) foi o mais alto em oito anos: 9,04% , 2,45 pontos acima da inflação. Também houve alta expressiva nos planos coletivos menores. Segundo o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), entre os contratos com até 30 beneficiários o aumento foi de 20%, em média. 
                          
Internações e exames a mais
As internações são minoria entre os 371 milhões de procedimentos realizados em 2012, mas foram o tipo que em 2012, de acordo com os dados da Fenasaúde: 22,8% a mais do que em 2011, ou 1,9 milhão.
 
Também subiram acima da média de 10,5% as terapias, que contabilizaram 15,3 milhões de ocorrências ou 11% a mais. Procedimentos odontológicos aumentaram 10%, para 41,5 milhões.
 
Além disso, os profissionais de saúde têm exigido mais exames – em média, cada paciente teve de fazer 14, ou 7% a mais por consulta realizada, o que significou a realização de 194,7 milhões de procedimentos.
 
A entidade também argumenta que o custo médio dos procedimentos aumentou. Cada exame saiu por R$ 442 para as operadoras, em média, 26% a mais do que em 2011. As consultas ficaram 20% mais caras e os atendimentos ambulatoriais, 17,3%. As terapias custaram 22,4% a mais para os planos, em média.

Fonte iG

Governo acerta vinda dos primeiros médicos cubanos para o Brasil

Cerca de 300 profissionais estão preparados para desembarcar no país no próximo dia 26; Ministério da Saúde afirma que negociações para acordos coletivos em Cuba e outros países seguem em andamento
 
Empenhado em amarrar acordos coletivos com outros países para abastecer o programa Mais Médicos, o governo federal está acertando a vinda de uma primeira leva de profissionais estrangeiros para o Brasil. O iG apurou que um grupo de aproximadamente 300 médicos cubanos está pronto para desembarcar no país, o que poderia ocorrer já no próximo dia 26.
 
Esses profissionais se somam aos demais 938 médicos brasileiros e 715 estrangeiros que participaram da primeira etapa de inscrições do programa. Esses casos, entretanto, se referem a profissionais que se inscreveram individualmente no programa.
 
Oficialmente, o Ministério da Saúde confirma apenas que as negociações para acordos coletivos com outros países, entre eles Cuba, estão sendo conduzidas pelo ministro Alexandre Padilha. Essa abordagem, segundo a pasta, é prioritária na nova etapa de recrutamento de profissionais para o Mais Médicos. Segundo o ministério, entretanto, os acordos ainda não estão fechados.
 
Os profissionais que serão trazidos dentro do programa Mais Médicos serão encaminhados a municípios onde não houve nenhum candidato interessado em trabalhar, após seleção inicial realizada pelo Ministério da Saúde. Padilha vai anunciar na manhã de hoje um balanço detalhado dessas primeiras convocações. O número de participantes ainda está muito distante das 15.460 vagas que precisam ser preenchidas em todo o país, de acordo com os dirigentes municipais.
 
O programa Mais Médicos foi lançado há pouco mais de um mês pelo governo federal como uma aposta para resolver a escassez de médicos em áreas isoladas ou de risco. Além de atrair estrangeiros para o Brasil, o projeto prevê a abertura de mais vagas de Medicina, aumento de bolsas em residência e mais investimentos em infraestrutura.
 
A atração de médicos estrangeiros para atuarem no Brasil, que será supervisionada por professores universitários e fará parte de um programa de especialização, não agrada a grande parte das entidades médicas. Em maio, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, chegou a anunciar que 6 mil médicos de Cuba viriam trabalhar em regiões pobres. Mas a polêmica em torno do assunto levou o governo a recuar. As críticas versam sobre temas que vão desde a forma como o governo cubano gerencia a categoria até questionamentos sobre a qualificação desses profissionais.
 
Entre os que defendem a atração de profissionais vindos de Cuba, o argumento é de que as críticas são reflexo de “preconceito”. “Eles possuem uma das menores taxas de mortalidade infantil do mundo. Há muito preconceito”, diz o deputado Rogério Carvalho (PT-SE).
 
Coordenador da Associação Médica Nacional Maíra Fachini, composta por brasileiros formados em Cuba, o médico Wesley Caçador Soares, defende a atuação dos profissionais no Brasil durante o período de especialização. Ele, que revalidou seu diploma na Universidade Federal do Ceará, conta que a associação possui cerca de 300 médicos brasileiros cujos diplomas cubanos não foram revalidados no país. “Deles, 95% se inscreveram no Mais Médicos. Somos defensores do SUS”, afirma.
 
Fonte Último Segundo