Aplicativos, carreira, concursos, downloads, enfermagem, farmácia hospitalar, farmácia pública, história, humor, legislação, logística, medicina, novos medicamentos, novas tecnologias na área da saúde e muito mais!



sábado, 12 de fevereiro de 2011

Remuneração diferenciada é discutida pela ANS

por Verena Souza 11/02/2011 Indicadores como infraestrutura, efetividade no cuidado, eficiência técnica e satisfação do usuário darão as diretrizes para o programa A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e instituições do setor trabalham para desenvolver programa de monitoramento de qualidade para os hospitais brasileiros. A ideia é atrelar boas práticas em saúde a uma remuneração diferenciada. "Atualmente os hospitais não recebem nenhum incentivo da fonte pagadora. Objetivo é fazer com que as operadoras paguem melhor levando em consideração o serviço de qualidade das entidades", explicou o sócio diretor da Impacto Tecnologias Gerenciais em Saúde, Cesar Abicalaffe - um dos integrantes do grupo que desenvolve as diretrizes do programa. Os critérios para a avaliação ainda estão sendo definidos. No entanto, quatro aspectos que vão nortear os indicadores que já foram traçados. São eles: infraestrutura, efetividade do cuidado, eficiência técnica e satisfação do usuário. "Ao estimular melhorias de qualidade, a proposta visa criar um modelo a ser seguido", disse. Financiado pela Organização Pan-Americana da Saúde no Brasil, a previsão é de que até o final de outubro as orientações estejam prontas para serem aplicadas em formato piloto. Além dos critérios para a avaliação, o modelo de remuneração também está sendo discutido. Pacotes para procedimentos hospitalares prevalentes estão sendo considerados, além de adicionais por performance. "É preciso enfatizar que isso não é obrigatório. É apenas uma orientação para que as operadoras monitorem os prestadores", afirmou. Ainda de acordo com o executivo, o projeto beneficia o setor como um todo. De um lado, as operadoras conseguirão monitorar de forma eficiente os serviços prestados pelos hospitais. De outro, as entidades receberão estímulo da fonte pagadora. E, como consequência, o atendimento aos usuários deve ser aprimorado. http://www.saudebusinessweb.com.br/noticias/index.asp?cod=75817

Hospitais vão notificar Anvisa sobre superbactérias

por Saúde Business Web 13/10/2010 Medida integra o Plano Nacional de Microagentes Multirresistentes Os hospitais serão obrigados a comunicar às autoridades sanitárias a ocorrência de infecção por superbactérias entre seus pacientes. A medida integra o Plano Nacional de Microagentes Multirresistentes, um projeto em elaboração desde o início do ano, mas que foi apressado diante do recente avanço no País da KPC, uma superbactéria resistente à maior parte dos antibióticos disponíveis no mercado. O plano está sob coordenação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e tem como meta controlar a propagação das superbactérias. No caso da KPC, os pacientes já debilitados não respondem ao tratamento tradicional e precisam tomar drogas altamente tóxicas ou que, por serem muito caras, nem sempre estão disponíveis na rede pública. Atualmente, os hospitais não são obrigados a comunicar à vigilância sanitária casos de bactérias multirresistentes. A Anvisa foi notificada sobre surtos provocados pela superbactéria em hospitais do Distrito Federal. No entanto, os próprios integrantes da agência reconhecem que há vários outros casos no País. No Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-USP), por exemplo, há pelo menos 70 registros de pacientes que apresentaram, desde 2008, a infecção. O Laboratório de Pesquisa de Resistência Bacteriana da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), já confirmou KPC em amostras vindas de João Pessoa, Recife, Vitória, Rio e Rio Grande do Sul. Para a coordenadora-chefe do Grupo de Controle de Infecção Hospitalar do HC, Ana Sara Levin, o maior problema é que muitos hospitais não têm condições de fazer o diagnóstico. São poucos os laboratórios de microbiologia que apresentam condições adequadas de funcionamento no País. A chefe da Unidade de Investigação e Prevenção e Efeitos Adversos da Anvisa, Janaína Sallas, concorda que há muito o que melhorar na infraestrutura. "Mas o plano trará um diagnóstico das necessidades dos laboratórios. Com previsão para investimento nesta área", disse ao jornal O Estado de S. Paulo. Um estudo piloto foi feito a partir de 2004 em 145 hospitais de referência no País. Deficiências foram encontradas e, de acordo com Janaína, várias melhorias foram realizadas. O plano pretende encontrar mecanismos para garantir a melhora de toda rede, composta por 1.144 hospitais que têm pelo menos 10 leitos de UTIs. "A meta será melhorar o fluxo de informação e trazer todas as condições para que laboratórios de referência tenham condições de atender adequadamente a demanda, que irá crescer", disse Janaína. Preparado pela área técnica, o plano será apresentado para direção da Anvisa e para o Ministério da Saúde. Hospitais que não comunicarem às autoridades sanitárias serão punidos por lei. http://www.saudebusinessweb.com.br/noticias/index.asp?cod=72566

Anvisa abre as reuniões da diretoria ao público

por Saúde Business Web 11/02/2011 Segundo Agência, medida integra o elenco de mudanças implantadas para dar publicidade às decisões e ampliar a participação da sociedade A partir da próxima terça-feira (15), as reuniões da Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) passam a ser abertas ao público e poderão ser acompanhadas pela internet ou presencialmente. Segundo a Agência, a medida integra o elenco de mudanças implantadas na instituição para dar publicidade às decisões e ampliar a participação da sociedade. A pauta do encontro já está disponível para consulta. Entre os temas discutidos, destacam-se: a proposta de resolução para definir os limites máximos tolerados de micotoxinas em alimentos; a apreciação da Agenda Regulatória da Agência para 2011; e a programação para a realização de inspeções internacionais em plantas produtoras de insumos farmacêuticos ativos. A página da Agência na internet traz um espaço dedicado a essa inovação. Para acessá-lo, basta entrar no espaço "Agência", clicar em "Assuntos de Interesse" e "Reuniões Públicas da Dicol". As pautas das reuniões estarão disponíveis neste link com cinco dias úteis de antecedência. As reuniões da Diretoria Colegiada da Anvisa envolvem desde a edição de normas sobre matéria regulatória até assuntos de gestão. Os encontros também se aplicam a julgar os recursos administrativos das empresas em última instância e a formatar súmulas com a interpretação da Agência sobre temas da Vigilância Sanitária. 1ª Reunião Pública da Diretoria Colegiada da Anvisa Quando: terça-feira (15/2), às 9h Onde: Setor de Indústria e Abastecimento (SIA), trecho 5, área especial 57 (Brasília, DF). Sala 8, bloco D - Anvisa/Sede. Serviço: Acesse o link da transmissão: http://video.rnp.br/portal/VisualizarEvento.do_EntityIdentifierEvento=rnp17GvgzMtL6xGa0K0BArEwdWK1ZYydlmpf2ns14qayQA.& http://www.saudebusinessweb.com.br/noticias/index.asp?cod=75818

CRM interdita três hospitais por falta de médicos

por Saúde Business Web 11/02/2011 Unidades de saúde de Santana de Mangueira e Aguiar tem apenas dois médicos e o de Igaracy tem apenas um O Conselho Regional de Medicina (CRM) interditou nessa quarta-feira (09) três hospitais da Paraíba por falta de médicos. São eles: Santana de Mangueira, Igaracy e Aguiar. Segundo informações do conselho, as unidades de saúde de Santana de Mangueira e Aguiar tem apenas dois médicos, cada uma delas para atender a população e o de Igaracy tem apenas um. "Não há como as instituições funcionarem diariamente com um número tão reduzido de médicos. A população está sendo orientada a buscar atendimento médico em outro local", disse o diretor do Departamento de Fiscalização do CRM, Eurípedes Mendonça. *Informações com portais da Paraíba http://www.saudebusinessweb.com.br/noticias/index.asp?cod=75804

Jovens alcoólatras começam a beber antes dos 11 anos

Levantamento revela que o vício começa dentro de casa O manobrista Johnny, de 22 anos, tomou o primeiro gole de vinho aos 11 anos, com o irmão mais velho. Aos 7 anos, a doméstica Madalena, de 50, bebeu um copo de pinga em casa, pensando que era água. Hoje, os dois engrossam as estatísticas do Cratod (Centro de Referência em Álcool, Tabaco e Outras Drogas): 40% dos adolescentes e 16% dos adultos que procuram tratamento para se livrar do vício experimentaram bebida alcoólica antes dos 11 anos. Os dados sobre o primeiro contato com a bebida impressionaram a psiquiatra Marta Ezierski, diretora do Cratod, vinculado à Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. - Uma coisa é falar de alcoolismo na população em geral. Outra é falar com base em uma população triada, já dependente. O número é muito alto. As informações são resultado de duas análises: uma de 684 pacientes adultos e outra de 138 adolescentes que procuraram o centro nos últimos dois anos. O ponto que mais chamou a atenção foi o fato de os jovens terem começado a beber ainda crianças, geralmente em casa ou na presença de familiares. Segundo o levantamento, em 39% dos casos o pai bebia abusivamente; em 19%, a mãe; e, em 11%, o padrasto. O relatório aponta ainda que, após o contato com álcool e tabaco, metade relatou ter experimentado maconha. - Eram crianças que tinham o consentimento da família para beber, porque o pai ou a mãe bebiam. Eles começaram a ingerir bebidas sem culpa e não se deram conta de que estavam se viciando. Um paciente chegou a dizer que havia nascido dentro do álcool. Segundo Marta, o levantamento também demonstrou que, em geral, os adultos procuram ajuda quando já se envolveram com outras drogas, estão deprimidos, tentaram suicídio ou porque estão com alguma doença ou sequela decorrente do consumo abusivo. Já os adolescentes, diz a médica, normalmente vão ao Cratod por causa de conflitos em casa ou na sociedade. http://noticias.r7.com/saude/noticias/jovens-alcoolatras-comecam-a-beber-antes-dos-11-anos-20110207.html

Álcool provoca quase 10% das mortes de jovens no mundo

Bebida mata mais que a Aids ou a tuberculose, alerta a OMS O consumo de álcool mata 320 mil jovens e adolescentes por ano, sendo responsável por 9% das mortes de pessoas entre 15 e 29 anos no mundo, de acordo com um relatório divulgado nesta sexta-feira (11) pela OMS (Organização Mundial de Saúde). No total, 2,5 milhões de pessoas perdem a vida por ano por causa do produto, que pode provocar ao menos 60 tipos de doenças e ferimentos. Esse número de mortes é maior do que o registrado para a Aids ou a tuberculose. O estudo indica que 4% das mortes no mundo têm o álcool como causa. A bebida aumenta os riscos de cirrose, epilepsia, intoxicação, acidentes de tráfego, violência e diversos tipos de câncer, diz a organização. O problema é gritante principalmente na população masculina: 6,2% das mortes de homens são relacionadas ao álcool, enquanto para as mulheres o índice é de 1,1%. Para homens de 15 a 59 anos, a bebida é a principal causa de morte. De acordo com a OMS, em 2005 o consumo médio do produto era de 6,13 litros de álcool puro por ano. No Brasil, o índice é um pouco maior: 6,2 litros. Apesar do consumo desenfreado da bebida em uma parcela da população, a maior parte das pessoas não bebe – quase metade dos homens e dois terços das mulheres não consumiram álcool em 2005. O problema é que os efeitos do álcool ultrapassam os limites físicos e psicológicos do próprio consumidor, diz a OMS. – Ele atrapalha o bem-estar e a saúde das pessoas que estão em volta. Uma pessoa bêbada pode machucar outras ou colocá-las em risco de acidentes de carro ou de comportamentos agressivos. Pode ainda afetar negativamente colegas de trabalho, parentes, amigos ou estranhos. Além disso, o consumo em excesso do produto está associado a doenças infecciosas como a tuberculose ou a Aids. Isso porque o álcool enfraquece o sistema imunológico (responsável por combater infecções) e prejudica certos tratamentos médicos. http://noticias.r7.com/saude/noticias/alcool-provoca-10-das-mortes-de-jovens-no-mundo-20110211.html

Aprendendo a fala dos hospitais

Enfermeira norte-americana conta como aprendeu a linguagem usada na comunicação entre profissionais de saúde
The New York Times Nos hospitais, há um tipo especial de comunicação entre médicos e enfermeiros muito difícil de aprender. Eu a apelidei de “tagarelice”. Na tagarelice, a velocidade é muito mais importante que o estilo e as conversas contêm jargões incompreensíveis para quem não trabalha na área – são termos médicos de difícil compreensão, cuidadosamente organizados para relatar a história de um paciente. Você precisa falar rapidamente e existe uma pressão enorme para acertar. Se você não falar direito, informações importantes podem ser perdidas e – sem querer exagerar – o paciente pode morrer. Aprendi esta lição no início de minha carreira como enfermeira. Certa vez, uma paciente soltou um gemido repentino, parecido com o de um animal. Sua cabeça balançava descontroladamente. O episódio durou poucos segundos e então ela passou a se queixar de que seu braço direito estava dormente. Isso aconteceu no momento da mudança de turnos, de modo que outra enfermeira estava no quarto comigo e testemunhou o ocorrido. Assustadas com o estranho estado da paciente, resolvemos acionar uma equipe de emergência para se dirigir ao quarto. Quando a equipe chegou, uma enfermeira do setor de tratamento intensivo perguntou se a paciente havia perdido a consciência. Recordando meu passado como professora de redação, levei um tempo para pensar sobre o que aconteceu, a fim de que pudesse descrever os fatos com exatidão. A paciente desmaiou? Foi um ataque epilético? Será que ela teve um derrame cerebral? Foi então que percebi que meu esforço para dar uma resposta sensata estava incomodando a enfermeira da UTI. Ela me olhou exasperada. O tempo estava passando. Ela não queria a resposta perfeita, mas apenas uma resposta. Naquele instante entrou Julie, a enfermeira que estivera no quarto comigo. “Ela parece ter desmaiado”, disse ela num impulso. Foi neste momento que descobri que as narrativas dentro do hospital tinham mais a ver com E.E. Cummings do que com Tolstoy. Outro paciente precisava ser transferido para a UTI. A médica residente planejava relatar ao médico da UTI sobre a transferência. Porém, como ela precisou se afastar, coube a mim fazer o relatório e tagarelar. Os médicos da UTI não concedem leitos com muita facilidade, por isso eu precisava convencê-los de que este paciente realmente precisava ser transferido. Eu conhecia o médico, porém não sabia que tipo de pressões ele sofria e se poderiam contrabalancear com meu pedido. Então apelei para a tagarelice: “paciente IL-2, hipotenso, PA variando entre 7 por 4 e 6 por 3, taquicardia ocasional, medicação pela manhã para pressão de 8 por 5, recebendo mais medicação neste momento, sobrecarga de líquidos presente, crepitações nas bases.” Respirei por um instante e então perguntei blefando: “Existe algo mais que gostaria de saber?” Eu tinha acabado de informar o médico que, como resultado da quimioterapia, o paciente apresentava uma pressão extremamente baixa, seus batimentos cardíacos estavam muito acelerados, e nós já havíamos ministrado mais medicação intravenosa que seu corpo poderia suportar. Eu não tinha mais nada a acrescentar, nenhum outro problema médico, mas pensei que seria bom sugerir que seus problemas eram sérios o bastante para que se dissesse mais alguma coisa. “Não”, respondeu o médico. Ele permaneceu em silêncio por um minuto até que, à sua maneira, aceitou meu blefe. “Geralmente estes casos são terapias de altos e baixos”, disse ele, lembrando que aquela crise poderia ser resolvida assim que o paciente fosse para a UTI. “Mas ele pode ser transferido para um quarto, sim.” “Sério?!”, disse eu, abandonando meu papel de profissional segura e determinada e comemorando como uma criança de cinco anos que vai ganhar um cachorro de presente. Fiquei feliz e aliviada – a tagarelice havia funcionado. O alívio durou pouco. Enquanto nos preparávamos para transferir o paciente para a UTI, ocorreu uma chamada no outro andar, o que significava que meu paciente poderia perder o leito que lhe fora prometido. Me senti fisicamente mal. De tempos em tempos, os enfermeiros precisam cuidar de pacientes que deveriam estar na UTI , porém não há leitos disponíveis. É um trabalho difícil e desgastante. Depois de longos cinco minutos, recebi o sinal verde da enfermeira responsável. Seja lá o que tenha ocorrido naquela chamada, o leito na UTI ainda era do meu paciente. Pegamos o elevador. A pressão arterial do paciente ainda estava perigosamente baixa. Finalmente chegamos à UTI e, muito embora eu lhes tenha fornecido um boletim gravado em fita sobre o paciente, a enfermeira queria saber mais. Respirei fundo e comecei a tagarelar. * Theresa Brown é enfermeira especializada em oncologia e contribui com um blog de saúde para o New York Times. http://saude.ig.com.br/minhasaude/historiasdemedico/aprendendo+a+fala+dos+hospitais/n1237962128447.html