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terça-feira, 12 de setembro de 2017

Saiba como manter a rotina de remédios das crianças mesmo na escola

Sociedade Brasileira de Pediatria cria guia que orienta as instituições de ensino e pais sobre a administração dos medicamentos em ambiente escolar

Uma das orientações para os pais é identificar as embalagens dos remédios dos filhos com nome e horários das aplicações

Quando a criança adoece e precisa de medicação em horários específicos, uma das preocupações dos pais é de como manter os cuidados médicos mesmo quando o filho estiver na escola ou creche. Pensando nisso, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) divulgou nesta segunda-feira (11) um documento que orienta o uso de remédios nas instituições de Educação Infantil.

De acordo com os pediatras, as recomendações devem seguir um padrão de segurança para que os educadores, professores e outros funcionários saibam como agir na administração dos remédios sem que prejudique a saúde da criança e suas atividades pedagógicas.

Um dos principais objetivos para promover educação em saúde no ambiente escolar é evitar a automedicação e o uso inadequado de medicamentos. Além disso, os especialistas também se preocuparam em atender as necessidades das crianças que têm maior suscetibilidade a doenças e, por isso, precisam de medicamentos com mais frequência.

“Há escolas que não administram medicamentos (se for o caso, a criança falta às aulas durante o tratamento), enquanto outras permitem que familiares entrem no estabelecimento para sua administração, responsabilizando-se totalmente pelo ato. Muitas vezes a criança precisa ser medicada, mas está em bom estado geral, pronta para as atividades pedagógicas, podendo ter sua escolaridade prejudicada se faltar às aulas por tempo prolongado. Nesses casos, é razoável que receba a medicação na própria escola, desde que a legislação local permita”, informa o texto.

Prescrição médica
Entre as recomendações, os médicos orientam os pais que encaminhem sempre à escola ou creche a receita médica e os remédios em suas embalagens originais, identificados com o nome das crianças para evitar enganos. Caso os pais não tenham a receita em mãos, ela poderá ser enviada diretamente pelo médico da criança à escola por fax ou outro meio de comunicação.

Os pediatras recomendam ainda que na escola seja dado o menor número possível de doses, uma vez que a instituição pode atrasar ou esquecer o horário de aplicação do medicamento. A SPB alerta que os pais devem aceitar que muitas escolas podem considerar inviável interromper a rotina de atividades para a administração de remédios com intervalo curto de tempo ou que demandem certa complexidade, como nebulizações, por exemplo. Outra orientação é para que os pais mantenham contato permanente com a equipe escolar, principalmente se o medicamento for de uso contínuo ou em outras situações especiais. No caso dos adolescentes, eles podem se responsabilizar por sua medicação.

Para ter acesso ao guia com as dicas de como usar os remédios, que também será disponibilizado para profissionais da educação, basta clicar aqui .

Foto: Shutterstock

Ministério da Saúde faz capacitação para ajudar na Saúde do Homem

saúde do homem blogGuia de Saúde do Homem para Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e Guia do Pré-Natal do Parceiro para Profissionais de Saúde são alguns dos temas trabalhados

Os homens não gostam de ir ao médico para fazer exames de rotina ou consultas de prevenção. Talvez por isso, que esses mesmos homens vivem, em média, 7,2 anos a menos que as mulheres – mas isso é um assunto que fica para outro dia.

E não é este humilde repórter aqui quem afirma isso, é um dado do Ministério da Saúde revelando que, pelo menos, 31% dos homens brasileiros não têm o hábito de ir ao médico e, quando o fazem, 70% tiveram a influência da mulher ou de filhos, como revela outra pesquisa – desta vez um levantamento do Centro de Referência em Saúde do Homem de São Paulo.

Por isso, em 2009, foi implantada a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (PNAISH), tendo como um dos principais objetivos a promoção de ações de saúde que contribuam para a compreensão da realidade singular masculina e propiciar um melhor acolhimento no Sistema Único de Saúde (SUS).

Participação da família
Uma vez que a PNAISH reconhece que os homens buscam – quase sempre – o serviço de saúde por meio da atenção especializada, torna-se necessário fortalecer e qualificar a atenção primária, garantindo, assim, a promoção da saúde e a prevenção do adoecimento.

E aqui devemos considerar a importância da mulher e da família nesse assunto, porque uma das formas que mais surtiram efeito para ampliar o número de homens que se cuidam foi envolver a parceira e os filhos nessa atenção preventiva. Por isso, a política possui cinco temas prioritários: acesso e acolhimento; saúde sexual e reprodutiva; paternidade e cuidado; prevenção de violências e acidentes; e doenças prevalentes na população masculina. Perceba que está tudo interligado!

Desta forma, a Coordenação Nacional de Saúde dos Homens/MS trabalha no sentido de fomentar, acompanhar e prestar cooperação aos estados e municípios visando a implantação e implementação da PNAISH, valorizando e respeitando as diversidades regionais.

Qualificação profissional
Esse trabalho passa pelo Guia de Saúde do Homem para Agentes Comunitários de Saúde (ACS), cujo objetivo é trazer à tona a temática da saúde do homem, e pelo Guia do Pré-Natal do Parceiro para Profissionais de Saúde, que é uma ferramenta que busca contextualizar a importância do envolvimento consciente e ativo de homens adolescentes, jovens adultos e idosos em todas as ações voltadas ao planejamento reprodutivo e, ao mesmo tempo, contribuir para a ampliação e a melhoria do acesso e acolhimento desta população aos serviços de saúde, com enfoque na Atenção Básica.

Assim, a Coordenação Nacional de Saúde do Homem tem realizado essa qualificação de profissionais de saúde para realização do Pré-Natal do Parceiro e qualifica os agentes comunitários de saúde para que realizem o acolhimento humanizado desse homem, favorecendo o acesso aos serviços de saúde do SUS.

O coordenador de Saúde do Homem (MS), Francisco Norberto, conta que a importância dessa estratégia vai muito além da promoção e prevenção de cuidados. “É um trabalho muito ativo que ajuda a tirar essa população da invisibilidade e torna os ambientes das unidades de saúde voltados também para o público masculino, que antes eram espaços completamente materno-infantil”.

A qualificação tem foco no coordenador de atenção básica, coordenador de saúde do homem, coordenador de ACS, médico, enfermeiro, ACS, gestor, entre outros, em cada município. São aulas divididas em oito módulos, ministrados em um só dia, durante oito horas – mas calma, tem intervalo para lanches e almoço.

Norberto explica, ainda, que a coordenação de Saúde do Homem tem um cronograma de capacitação para multiplicadores. “Porque a ideia é que esses profissionais sejam qualificados e passem esse ensinamento aos demais. Então os estados vão ter responsabilidade de multiplicar esses profissionais da atenção básica, que vão trabalhar com a estratégia do pré-natal do parceiro e também para os agentes comunitários de saúde”.

Até o momento foram realizadas qualificações no Distrito Federal e em cidades de São Paulo, Maranhão, Pernambuco, Alagoas, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Salvador, Amapá, Rondônia, Mato Grosso, Goiás, Roraima, Piauí, Amazonas, Tocantins, Paraná, Rio de Janeiro, Amazonas e Minas Gerais.

Como receber a qualificação
Caso sua cidade ainda não tenha recebido a qualificação, basta entrar em contato com a Secretaria de Saúde Municipal que, por sua vez, deve organizar-se junto à Secretaria de Saúde Estadual para solicitar esse treinamento ao Ministério da Saúde.

E mesmo que você, profissional de saúde, não tenha recebido o treinamento, é possível usar os guias como orientação de como proceder. É fácil e basta baixar os guias no Portal Saúde e seguir suas orientações.



Janary Damacena para o Blog da Saúde

Bipolar: do positivo ao negativo

O transtorno bipolar afetivo é essencialmente caracterizado por períodos emocionais intensos e inconstantes. Os portadores do distúrbio oscilam entre a mania e depressão, e freqüentemente, não reconhecem que estão doentes

A fase de mania é assinalada por sensações de extrema alegria e euforia, por isso, seus sintomas são bastante negligenciados pelos próprios portadores da doença. Neste período, o comportamento inquieto e destemido toma uma magnitude tão grande que chega a atrapalhar a vida em sociedade.

Já durante a depressão ocorre o inverso. Tristeza, lentidão e dificuldades em geral são aspectos vigentes neste estado. Nesta fase, o bipolar não tratado adequadamente sofre grande risco de cometer suicídio.

Ambas podem durar dias ou até mesmo anos e não precisam acontecer de maneira intercalada, onde a noção do universo fica distorcida pelo descontrole e variação do humor.

A psicóloga portadora da doença, Kay Jamison acredita que o controle de suas crises, através de medicamentos, resultou na melhora de seu desempenho, tanto na vida profissional como na vida pessoal. Já o grande pintor norueguês, Edvard Munch, que também era psicótico, temia que o tratamento pudesse reduzir ou suprimir seu potencial. Hoje, sabemos que o tratamento com medicamentos e acompanhamento especializado é imprescindível.

Embora as causas ainda sejam pouco definidas, a maior parte dos bipolares possui parentes com o mesmo distúrbio. Por isso, a doença é de origem genética, mas desencadeada por aspectos externos, como traumas, decepções, etc. Deve-se, porém, tomar bastante cuidado, pois seu diagnóstico é muitas vezes confundido com esquizofrenia, déficit de atenção, ou simplesmente, depressão.

São Lucas promove evento internacional sobre cirurgia robótica

Em cinco meses, o hospital de Copacabana realizou mais de cem cirurgias, atingindo o maior volume mensal do estado


Já estão abertas as inscrições para o Evento de Cirurgia Robótica do Hospital São Lucas Copacabana, que será realizado no dia 16 de setembro próximo, das 8h às 17h30, em parceria com o Colégio Brasileiro de Cirurgiões (CBC), em Botafogo, também zona sul do Rio de Janeiro. Na oportunidade, cirurgias robóticas do São Lucas serão transmitidas ao vivo do centro cirúrgico do hospital para os participantes do encontro.

O São Lucas inaugurou, em março deste ano, o Serviço de Cirurgia Robótica com o sistema mais moderno do país, o modelo Da Vinci Si (que contém pinça selante robótica e o sistema FireFly Fluorescence Imaging), que ampliou o acesso à cirurgia minimamente invasiva. Em cinco meses, o hospital ultrapassou a marca de cem cirurgias robóticas realizadas – a maior parte urológicas, seguidas das cirurgias do aparelho digestivo – e hoje é a instituição com o maior volume mensal no estado.

Os bons resultados obtidos com o uso dos robôs reafirmam o método como definitivo no futuro da medicina. “Nossos resultados estão em conformidade com outros serviços de cirurgia robótica do mundo, que elegem a robótica como uma técnica inovadora e que veio para ficar, pois apresenta muitos benefícios para o paciente, tais como, menor sangramento e tempo cirúrgico; menos traumas, além de ampliar as habilidades do cirurgião de vídeo laparoscopia”, explica Fernando de Barros, coordenador do Serviço de Cirurgia Robótica do São Lucas, que complementa dizendo que o sucesso das cirurgias se deve aos esforços de uma equipe multidisciplinar altamente capacitada.

O diretor executivo do hospital, Lincoln Bittencourt, enfatiza que o investimento em cirurgia robótica aumenta a qualidade e a segurança assistencial: “É importante que o hospital se mantenha atualizado sobre os avanços tecnológicos do setor.”.

Entre os especialistas que vão palestrar durante o evento estão dois convidados de peso do cenário internacional: Dr. Matthew Walsh, cirurgião geral em Cleveland Clinc, Ohio, EUA e Dr. Carlos Vaz, Coordenador do Centro de Cirurgia Robótica e Minimamente Invasiva, Hospital da Luz, em Lisboa, Portugal. Ambos especialistas irão falar sobre o panorama da cirurgia robótica nos EUA e na Europa, além de outros temas de extrema relevância da área. Para conferir a programação científica completa acesse: http://www.saolucascopacabana. com.br/.

Serviço
Evento de Cirurgia Robótica do Hospital São Lucas Copacabana.
Data: 16 de setembro, sábado.
Horário: das 8h às 17h30.
Local: Colégio Brasileiro de Cirurgiões (CBC).
Endereço: Rua Visconde Silva, 52/2º andar – Botafogo. 
Inscrições: devem ser feitas através do e-mail: cirurgiarobotica@ nytyeventos.com.br ou pelo telefone: (21) 2717-2990.

O evento é gratuito, exclusivo para cirurgiões, mas as vagas são limitadas.

Foto: Reprodução

Rachel Lopes
Assessoria de Imprensa
rachel@saudeempauta.com.br

Efeito do uso de maconha na mortalidade cardiovascular e cerebrovascular

O uso da maconha aumenta em três vezes o risco de mortalidade relacionada à hipertensão, de acordo com um estudo publicado na revista European Journal of Preventive Cardiolog

Pesquisadores da Georgia State University em Atlanta, Georgia, Estados Unidos, estabeleceram ligações entre os participantes (≥20 anos) que responderam a perguntas sobre o uso de maconha durante o Inquérito Nacional de Saúde e Nutrição de 2005, aos dados do arquivo de mortalidade vinculado ao uso público de 2011 do Centro Nacional de Estatísticas de saúde.

Os pesquisadores descobriram que dos 1.213 participantes elegíveis, 72,5% estavam presumidamente vivos. Dentre 19.569 anos-pessoa de seguimento, os índices de risco ajustados para a morte por hipertensão entre os usuários de maconha foram de 3,42 (intervalo de confiança de 95%, 1,20 a 9,79), em comparação aos não usuários de maconha, com taxa de risco ajustada de 1,04 para cada ano de uso de maconha (intervalo de confiança de 95%, 1,00 a 1,07).

Assim, foram encontrados maiores riscos cardiovasculares estimados associados ao uso de maconha do que ao tabagismo. Isso indica que o uso de maconha pode ter consequências ainda mais pesadas no sistema cardiovascular do que o já estabelecido para o tabagismo.

Terra