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sexta-feira, 20 de outubro de 2017

Uma a cada dez brasileiras tem endometriose

colica  mulherSensibilidade à flor da pele e vontade grande de comer doce são sentimentos comuns durante o período menstrual. Mas para as 10% das mulheres brasileiras esse momento é um tormento, por causa das fortes dores de cólica que aumentam nesses período por causa da endometriose

A endometriose é uma doença inflamatória que ataca o tecido do útero, os ovários, a bexiga e até o intestino. “O diagnóstico não é fácil e é mais comum em mulheres que estão no período reprodutivo. A doença pode surgir logo após as primeiras menstruações. Além disso, muitas mulheres a confundem com cólicas menstruais”, explica Euzi Bonifacio, enfermeira e técnica da área da Saúde da Mulher do Ministério da Saúde.

Os sintomas da doença podem surgir na adolescência como cólica menstrual forte, dores durante a relação sexual, entre as menstruações, ao defecar e ao urinar, sangramento na urina ou nas fezes e infertilidade.

Após sofrer episódios de dores abdominais intensas e cólicas fortes, Renata Garcia Nerys, da cidade de Araucária, no Paraná, recebeu o diagnóstico de endometriose em 2013. “A endometriose prejudica muito minha rotina de trabalho, pois sinto dores o tempo todo e não dá para ficar nem muito em pé, nem muito sentada. Em casa, na minha rotina diária, não aguento fazer tanto esforço. Durante e depois da relação sexual também sinto muitas dores, uns dias mais e outros menos. Parece que tem dias que tudo dói mais. O meu intestino não funciona mais legal, tenho muita dificuldade nessa parte”, conta Renata.

Diagnóstico
Na maioria dos casos, o diagnóstico clínico-ginecológico é suficiente, permite iniciar o tratamento e manter o acompanhamento da mulher a fim de avaliar a resposta terapêutica. “A escolha do tratamento deve levar em consideração a gravidade dos sintomas, a extensão e localização da doença, o desejo de gravidez, a idade da paciente, efeitos adversos dos medicamentos e complicações cirúrgicas”, ressalta a técnica da área da Saúde da Mulher.

Tratamento
O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece o tratamento medicamentoso ou cirúrgico, ou ainda a combinação desses. Mulheres mais jovens podem utilizar medicamentos que suspendem a menstruação. Lesões maiores de endometriose, em geral, devem ser retiradas cirurgicamente. “Tudo vai depender do diagnóstico e do planejamento familiar da mulher”, explica a técnica. Quando a mulher já teve os filhos que desejava, e não obtém melhora com o tratamento medicamentoso, a remoção dos ovários e do útero pode ser uma alternativa de tratamento. Os exames laboratoriais e de imagem podem contribuir. A vídeo-laparoscopia é indicada apenas nos casos que não melhoram com o tratamento instituído.

Alimentação e exercícios influenciam?
“Isso é um mito. Não têm estudos científicos que provem a verdadeira causa da endometriose”, destaca Euzi. Segundo ela, ainda estão sendo estudadas as possíveis causas da endometriose, para saber se são fisiológicas, hormonais, de hereditariedade, entre outras. “O que podemos dizer é que todo mundo deve ter uma alimentação saudável e adequada de preferência evitar alimentos processados”, enfatiza a técnica, conforme orienta o Guia Alimentar da População Brasileira. “Já os exercícios físicos podem ajudar a mulher a ter mais disposição e controlar a dor”, completa

Infertilidade
Hoje, a maior causa de infertilidade é a endometriose. A instalação da doença nos ovários pode provocar o aparecimento de um cisto denominado endometrioma. Este cisto pode atingir grandes proporções e comprometer o futuro reprodutivo da mulher. O diagnóstico e tratamento precoce são importantes para prevenir a infertilidade. “É importante destacar que nem todas as mulheres que têm a doença não podem ter filhos. Ou seja, as mulheres afetadas pela doença fazerem o tratamento correto”, esclarece Euzi.

A endometriose tem cura?
A endometriose é considerada uma doença crônica, portanto, sem cura definitiva. Entretanto, os tratamentos com cirurgia ou medicamentos específicos podem permitir uma melhor qualidade de vida às portadoras da doença. Alguns estudos recentes mostraram que cirurgias que conseguem extrair todas as lesões visíveis podem diminuir ou retardar a recorrência das lesões e dos sintomas de endometriose.

Por Luíza Tiné, para o Blog da Saúde

Peptídeo encontrado em vespa brasileira pode combater superbactérias

http://www.fiepr.org.br/boletins-setoriais/7/especial/dbimages/206441_img.png
Foto: Fotolia
Bactérias resistentes são consideradas grande ameaça global segundo OMS

Na vespa Polybia dimorpha, que habita o cerrado brasileiro, pode estar uma arma contra as superbactérias, ameaça global sobre a qual a Organização Mundial de Saúde já lançou alerta. Isso porque no veneno do inseto há um peptídeo que fura a parede celular das bactérias causando dano estrutural grande o suficiente para matar os micróbios.

O peptídeo pode ser sintetizado quimicamente e está sendo pesquisado por cientistas do Instituto Butantan, da UnB, e da Unesp. Batizado de polydim-1, ele pode ser eficaz contra bactérias resistentes a múltiplos antibióticos e parece não ser tão nocivo para mamíferos.

Para testar o potencial do polydim-1, foram usadas amostras de pacientes que tiveram infecções severas e que estavam armazenadas na biblioteca de microbiologia do Centro Universitário de Brasília (Uniceub). “Sem dúvida foi a molécula mais promissora com a qual eu trabalhei até agora. Observamos uma atividade especialmente grande em bactérias que apresentam mecanismos de resistência”, diz Marisa Rangel, do Butantan.

Mesmo com o ótimo desempenho in vitro (e bons indicativos de testes anteriores in vivo), para a molécula virar remédio outros fatores estão em jogo, como o interesse da indústria farmacêutica em custear testes em seres humanos.

O custo para sintetizar uma molécula dessas é muito maior do que aquele dos antibióticos clássicos — milhares de reais. Uma alternativa para baratear a síntese seria tentar simplificar a molécula, tirando alguns dos seus 22 aminoácidos. Outra opção é mudar o processo de fabricação e usar fungos modificados geneticamente na produção.

Com informações do jornal Folha de São Paulo.

Fiep

Doença rara que leva à cirrose e morte ganha tratamento

http://mms.businesswire.com/media/20151208006282/en/499821/5/US_Kanuma_Product_Vial_FINAL.jpgMedicamento para tratar deficiência de lipase ácida lisossômica (LAL) é aprovado pela Anvisa. Doença rara pode levar à morte prematura

Um novo medicamento para tratar a deficiência de lipase ácida lisossômica (LAL) ganhou registro no Brasil. A Anvisa aprovou o medicamento Kanuma (alfassebelipase) com a indicação de tratamento de longo prazo desta deficiência que pode levar à fibrose hepática, cirrose, insuficiência hepática e morte prematura.

A deficiência é hereditária e muito rara. O problema é provocado por uma produção ineficiente de LAL que leva ao acúmulo de gordura em órgãos importantes do organismo.

Indicação da alfassebelipase
O produto Kanuma (alfassebelipase) foi aprovado para a seguinte indicação terapêutica: “terapia de reposição enzimática prolongada em pacientes de todas as idades com deficiência de lipase ácida lisossomal (LAL)”.

Entenda em detalhes
A substância ativa do Kanuma, alfassebelipase, é uma lipase ácida lisossômica (LAL) humana recombinante, produzida na clara de ovo de Gallus gallus transgênico por tecnologia de DNA recombinante (rDNA).

O produto foi desenvolvido como terapia de reposição enzimática (TRE) destinada ao tratamento de longo prazo de indivíduos com deficiência de LAL, um distúrbio monogênico recessivo autossômico muito raro no qual os indivíduos afetados apresentam deficiência de LAL (LAL-D), o que leva ao acúmulo lisossômico de ésteres de colesterol e triglicerídeos em diversos tecidos e tipos de células por todo o corpo em pacientes lactentes, pediátricos e adultos.

A alfassebelipase trata a causa subjacente da LAL-D ao substituir a atividade da enzima lipase ácida lisossomal (LAL) que está ausente ou é deficiente em pacientes com LAL-D.

ANVISA

Esquizofrenia e depressão bipolar têm novo tratamento

http://media.mmm-online.com/images/2011/01/25/latuda_web_142037.jpg?format=jpg&zoom=1&quality=70&anchor=middlecenter&width=320&mode=padMedicamento antipsicótico aprovado pela Anvisa deve ser nova alternativa de tratamento para pacientes com esquizofrenia e depressão associadas ao transtorno bipolar

Um medicamento inédito para a esquizofrenia e depressão associadas ao transtorno bipolar recebeu registro da Anvisa.

O novo produto é o Latuda (cloridrato de lurasidona), um antipsicótico que deve ser comercializado em comprimidos de 20mg, 40mg e 80mg, em embalagens de 7, 14, 30 ou 60 comprimidos.

O novo produto traz algumas melhorias para o paciente como a baixa alteração do perfil metabólico, o que significa menor ganho de peso e alterações limitadas no perfil de gorduras e glicose do organismo.

Como se trata de um antipsicótico, a lurasidona foi enquadrada na categoria de medicamentos controlados e sua venda será feita somente com receita especial em duas vias.

O medicamento já havia sido aprovado na Europa e nos EUA. O registro foi publicado na última segunda-feira (16/10).

ANVISA