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segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Hanseníase é tema de curso do Ministério da Saúde e UNA-SUS

No mês em que é celebrado o Dia Mundial de Combate à Hanseníase (31/01), o Ministério da Saúde, por meio da Secretaria Executiva da Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS) e Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), oferece o curso online Hanseníase na Atenção Básica, que inicia nessa quinta-feira (19) suas matrículas

A capacitação pretende preparar os profissionais para atuarem no controle da transmissão da hanseníase e diminuir as incapacidades causadas pela doença. O público-alvo são os trabalhadores da saúde de todo país, mas o curso é livre para demais interessados. Para saber mais e se matricular, acesse a página do curso, o início é imediato.

A formação possui carga horária de 45 horas e é dividida em três unidades: vigilância; diagnóstico; e acompanhamento da hanseníase na Atenção Básica. Os casos clínicos são transversais, abrangendo e integrando os aspectos de controle da doença.

Em sua quarta oferta – a primeira turma foi lançada em outubro de 2014 – o curso já teve mais de 38 mil inscritos. Entre os perfis profissionais que mais buscam a capacitação 46% são enfermeiros; 19% são técnicos de enfermagem e 12%, médicos. A maioria dos inscritos atuam em Centros e Unidades Básicas de Saúde (53%); Hospitais Gerais (16%) e Secretarias de Saúde (5%). Os estados com maior número de matrículas são: São Paulo (2.600); Minas Gerais (2.582); Ceará (1.707) e Bahia (1.600).

De acordo com Yasmin dos Santos, ex-aluna da capacitação e enfermeira em Porto Velho (RO), o curso trouxe novas informações e conhecimentos para sua formação profissional. "Vi muitas coisas que eu desconhecia, mesmo já tendo estudado a doença na minha graduação. Isso me ajudou muito no atendimento aos pacientes, inclusive na minha atuação em um centro de medicina tropical em que muitos pacientes realizavam o tratamento de hanseníase", afirma.

Para a farmacêutica e também ex-aluna do curso, Quéli Seifert, que atua em um Centro de Especialidades em Saúde em Criciúma (SC), o grande diferencial foi a organização do conteúdo. “Tudo está bem explicado e temos outros materiais de apoio em links e downloads, caso surjam dúvidas”, conta. “Apesar de o curso ser destinado para o cuidado do paciente com hanseníase e essa não ser a minha atuação direta, ele nos traz uma visão ampla do tratamento que me ajudará inclusive no esclarecimento de dúvidas relativas ao medicamento e acompanhamento farmacoterapêutico do paciente”, finaliza Quéli.

O curso é dinâmico e utiliza metodologia diversificada. Além dos casos clínicos, bastante utilizados nos cursos da UNA-SUS, são oferecidas vídeo-aulas com explicações de especialistas sobre o tema, além de vídeos de apoio com dramatizações que tratam do tema da vídeo-aula. São também utilizados hipertextos, caixas de ajuda e glossário para que se possa aprofundar os conhecimentos de termos técnicos.

A Hanseníase
A hanseníase é uma doença crônica, infectocontagiosa, causada pela bactéria Mycobacterium leaprae, que tem atração por pele e nervos, podendo causar atrofias e áreas de insensibilidade. Caso a bactéria atinja o nervo, pode causar incapacidades muitas vezes irreversíveis. A transmissão se dá pelas vias aéreas, por meio do contato entre uma pessoa infectada com uma saudável suscetível. As manchas causadas não doem e não coçam e o período de incubação da doença é de cinco anos. No entanto, se não diagnosticada e tratada, a doença pode gerar sérias incapacidades físicas, se o diagnóstico for tardio ou o tratamento não for realizado adequadamente pelo período preconizado.

Além do diagnóstico, o SUS oferece tratamento para hanseníase, disponível em todas as unidades públicas de saúde. A poliquimioterapia (PQT), uma associação de medicamentos que evita a resistência do bacilo, deve ser administrada por seis meses ou um ano a depender do caso. Os pacientes deverão ser submetidos, além do exame dermatológico, a uma avaliação neurológica simplificada e sempre receber alta por cura. Segundo a OMS, foram registrados mais de 213 mil casos de hanseníase em 2014 em todo o mundo. Aproximadamente 94% desse total foram detectados em apenas 13 países e o Brasil é um deles. Os dados da agência da ONU mostram ainda que Brasil, Índia e Indonésia juntos, são responsáveis por 81% dos casos da doença em todo o mundo.

Endêmica no Brasil, a hanseníase ainda é um problema de saúde pública e está no rol das doenças negligenciadas. Apesar disso, o último balanço sobre a doença – divulgado em 2015 - trouxe resultados positivos. A análise de 2003 a 2013 mostrou que o número de novos casos no país caiu 40%. As taxas de prevalência da doença em dez anos caíram em 68% e o percentual de cura aumentou para 80 %.

Em abril de 2016 a Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou uma estratégia global para acabar com a hanseníase. Até 2020, o objetivo é reduzir a zero o número de crianças diagnosticadas com lepra e outras deformidades físicas associadas ao problema e diminuir o ritmo de novos diagnósticos para menos de um para cada um milhão de pessoas.

Prorrogadas inscrições para seleção de instrutores de enfermagem

A Escola Técnica de Saúde de Brasília (ETESB) estendeu, até 17 de março, o período de inscrições para servidores da Secretaria de Saúde interessados em participar da seleção de instrutores de cursos de enfermagem

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Os candidatos poderão atuar na execução de unidades educacionais dos cursos: Complementação do Curso de Auxiliar de Enfermagem para Habilitação em Técnico de Enfermagem e Qualificação para Auxiliares e Técnicos em Enfermagem em Centro Cirúrgico e Central de Material e Esterilização.

O Processo Seletivo destina-se a servidor estável, ativo, do quadro permanente de pessoal. Os extratos dos editais Nº 29 e Nº 30, de 07 de dezembro de 2016, foram publicados no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) no dia 08/12/2016, na seção 3, página 57 (Nº 230).

Serviço
Inscrições: até 17/03/2017
Local: Setor Médico Hospitalar Norte, Quadra 03, Conjunto A, Bloco 01, Edifício FEPECS, na CPS/FEPECS, na Coordenação de Processo Seletivo – CPS.
Horário: das 8h30 às 11h30 e das 14h30 às 17h30.
O Edital Completo, com os critérios e os documentos solicitados, está disponibilizado no link "Processo Seletivo" da página eletrônica da Fepecs, ou nos seguintes link: Edital Nº 30.

*Os documentos devem ser preenchidos corretamente e assinados conforme Edital.

Fonte: Secretaria de Saúde do DF

Sobrepeso afeta quase metade da população de países da América Latina

ThumbnailA obesidade e o sobrepeso vêm aumentando em toda a América Latina e Caribe, com um impacto maior nas mulheres e uma tendência de crescimento nas crianças, apontaram hoje a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e a Organização Pan-americana de Saúde (OPAS)

De acordo com o novo relatório conjunto – Panorama da Segurança Alimentar e Nutricional na América Latina e Caribe (disponível em espanhol), 58% da população latino-americana e caribenha estão com sobrepeso (360 milhões de pessoas).

Salvos Haiti (38,5%), Paraguai (48,5%) e Nicarágua (49,4%), o sobrepeso afeta a mais da metade da população de todos os países da região, sendo Chile (63%), México (64%) e Bahamas (69%) os que registram as taxas mais altas.

A obesidade afeta a 140 milhões de pessoas, 23% da população regional e as maiores prevalências são observadas em todos os países do Caribe: Bahamas (36,2%) Barbados (31,3%), Trinidad e Tobago (31,1%) e Antígua e Barbuda (30,9%).

O aumento da obesidade impacta de maneira desproporcionada as mulheres: em mais de 20 países da América Latina e Caribe, a taxa de obesidade feminina é 10% maior que a dos homens.

Segundo a representante regional da FAO, Eve Crowley, “a América Latina e o Caribe devem enfrentar todas as formas de fome e de má nutrição para poder alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, vinculando a segurança alimentar, sustentabilidade, agricultura, nutrição e saúde”.

A diretora da OPAS, Carissa F. Etienne, explicou que “a região enfrenta uma dupla carga da má nutrição que deve ser combatida com uma alimentação balanceada que inclua alimentos frescos, saudáveis, nutritivos e produzidos de forma sustentável, além de abordar os principais fatores sociais que determinam a má nutrição”, por exemplo a falta de acesso a alimentos saudáveis, à água e saneamento, serviços de educação e saúde e programas de proteção social, entre outros.

Unir agricultura, alimentação, nutrição e saúde
O Panorama aponta que um dos fatores que explica o aumento da obesidade e o sobrepeso é a mudança nos padrões alimentares. O crescimento econômico, o aumento da urbanização, a renda média das pessoas e a aproximação da região aos mercados internacionais reduziram o consumo de pratos tradicionais e aumentou o consumo de produtos ultraprocessados, um problema que afeta principalmente as áreas e os países que são importadores desses alimentos.

Para mudar esse quadro, a FAO e a OPAS sugerem promover sistemas alimentares saudáveis e sustentáveis que unam agricultura, alimentação, nutrição e saúde. Os países devem fomentar a produção sustentável de alimentos frescos, seguros e nutritivos, garantindo a oferta, a diversidade e o acesso aos mesmos, principalmente da população mais vulnerável. Isso deve ser complementado com educação nutricional e advertências para os consumidores sobre a composição nutricional dos alimentos ricos em açúcar, gordura e sal.

Desnutrição infantil cai, mas ainda afeta os mais pobres
De acordo com o Panorama, a região conseguiu reduzir consideravelmente a fome e hoje apenas 5,5% da população está subalimentada, sendo o Caribe a sub-região com maior prevalência (19,8%), devido ao fato que o Haiti tem a prevalência de subalimentação mais alta do planeta: 53,4%.

A desnutrição crônica infantil (altura baixa para a idade) na América Latina e Caribe também registrou uma evolução positiva: caiu de 24,5% em 1990 para 11,3% em 2015, uma redução de 7,8 milhões de crianças.

Apesar desse importante avanço, atualmente, 6,1 milhões de crianças ainda sofrem de desnutrição crônica: 3,3 milhões na América do Sul, 2,6 milhões na América Central e 200 mil no Caribe; 700 mil crianças sofrem com desnutrição aguda, sendo 1,3% menores de cinco anos.

Praticamente todos os países conseguiram melhorar a nutrição das crianças, mas cabe destacar que a desnutrição afeta mais a população mais pobre e de áreas rurais. “São nesses locais que os governos devem concentrar os esforços”, salienta Crowley.

As prevalências mais altas de desnutrição crônica infantil na região são registradas na Guatemala (2014-2015), e Equador (2012-2013), já o Chile e Santa Lucía têm as menores taxas. A desnutrição crônica apresenta níveis superiores em áreas rurais de todos os países analisados.

Aumenta o sobrepeso infantil
O Panorama aponta que na América Latina e Caribe, 7,2% das crianças menores de cinco anos estão com sobrepeso, o que representa um total de 3,9 milhões de crianças, sendo que 2,5 milhões moram na América do Sul, 1,1 milhão na América Central e 200 mil no Caribe.

As taxas mais elevadas de sobrepeso infantil entre 1990 e 2015 foram registradas – em números totais – na América Central (onde a taxa cresceu de 5,1% para 7%). O maior aumento na prevalência foi registrado no Caribe (cuja taxa aumentou de 4,3% a 6,8%). Já na América Sul – a sub-região mais afetada pelo sobrepeso infantil – houve uma leve diminuição de 7,5% para 7,4%.

Políticas para melhorar a nutrição
De acordo com o Panorama, Barbados, Dominica e México aprovaram impostos para as bebidas açucaradas e Bolívia, Chile, Peru e Equador contam com leis de alimentação saudável que regulam a publicidade e/os rótulos dos alimentos.

A diretora da OPAS ressaltou que essas medidas devem ser complementadas com políticas para aumentar a oferta e acesso a alimentos frescos e água segura, com o fortalecimento da agricultura familiar, a implementação de circuitos curtos de produção e comercialização de alimentos, sistemas de compras públicas e programas de educação alimentar e nutricional.

Melhorar a sustentabilidade da agricultura
A trajetória atual de crescimento agrícola regional é insustentável, devido, entre outros fatores, às graves consequências pelas quais passam os ecossistemas e recursos naturais da região.

“A sustentabilidade da oferta alimentar e sua diversidade futura estão sob ameaça, a menos que mudemos a forma como estamos fazendo as coisas”, disse Crowley, destacando que 127 milhões de toneladas de alimentos se perdem ou são desperdiçados anualmente na América Latina e Caribe.

Segundo a FAO e OPAS, é necessário tornar mais eficiente e sustentável o uso da terra e dos recursos naturais, melhorar as técnicas de produção, armazenamento e transformação e processamento dos alimentos, bem como reduzir as perdas e os desperdícios de alimentos para assegurar o acesso equitativo dos mesmos.

Fonte: OPAS/OMS

Suspensos produtos saneantes sem autorização da Anvisa

Como medida de interesse sanitário, Anvisa suspendeu diversos produtos saneantes em todo o território nacional

A Anvisa determinou a suspensão da fabricação, distribuição, divulgação, comercialização e uso de produtos de limpeza em todo território nacional.

O motivo da suspensão é que as fórmulas que estavam sendo comercializadas não correspondem às registradas pelas empresas JJ Guimarães de Limpeza e Transportes Ltda e Lowest Indústria Química Eireli

De acordo com as resoluções publicadas na última sexta-feira (20/01) as empresas responsáveis pelos produtos deverão recolher o estoque existente no mercado.

Naftalina irregular
A Anvisa proibiu a comercialização do produto Naftalina em Bolas Santo Antônio. O saneante não possuía registro e a empresa fabricante, a Indústria de Velas Santo Antônio, não possuía Autorização de Funcionamento junto à Agência.

Além da proibição da fabricação, distribuição, divulgação e uso do produto, a Anvisa determinou a apreensão do estoque existente no mercado.

As medidas sanitárias foram publicadas na página da Imprensa Nacional.

ANVISA