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domingo, 31 de março de 2013

Vitaminas e Minerais são essenciais à sua saúde

Boro - Principais fontes são as frutas. A baixa deste mineral pode estar associada à diminuição da calcificação, bem como à osteoporose.
 
Cálcio - Sintomas de deficiência: insônia, caimbras, nervosismo, cáries, osteoporose, unhas quebradiças, palpitações, etc...

Cobre - Sintomas: fraqueza, feridas na pele, aumento do colesterol.

Cromo - Sua deficiência piora a diabetes.

Ferro - Sintomas de deficiência: dificuldade de respiração, unhas quebradiças, palidez, cansaço, prisão de ventre.
 
Lítio - Dados da literatura científica mundial têm associado, frequentemente, essa condição à depressão psíquica. Estudos realizados nos USA demonstraram que, onde encontramos essa situação carencial, há uma grande incidência de casos de depressão e ansiedade.

Magnésio - Sua deficiência pode causar confusão mental, nervosismo, tremores.

Manganês - Sintomas: Falta de coordenação motora, tontura, barulho no ouvido, diminuição da audição, alergias, dores nas articulações e costas.

Selênio - Este elemento é um poderoso antioxidante e destruidor dos radicais livres.
 
Zinco - A mais frequente causa da diminuição desse mineral é a baixa ingestão alimentar, encontrada principalmente em indivíduos vegetarianos. O zinco baixo está, muitas vezes, associado ao déficit de imunidade e a problemas alérgicos.

Sintomas: cansaço, diminuição do paladar, gazes, falta de apetite, cicatrização e crescimento deficiente.

Minerais Tóxicos: Fontes e Sintomas
 
FONTES
SINTOMAS
ALUMÍNIO
Água contaminada, antiácidos, panelas de alumínio, desodorantes antitranspirantes, papel de alumínio.
Doenças do estômago e intestino, cólica.
ARSÊNIO
Pesticidas, inseticidas, antifungicos.
Cansaço, queda de cabelo e pelos do corpo.
BERÍLIO
Poluição Industrial.
Falta de ar, emagrecimento, tosse, cansaço, dores no peito.
CÁDMIO
Fumaça de cigarro.
Alterações da pressão sanguínea, doenças nos rins, diminuição do olfato.
CHUMBO
Tinturas de cabelo, tintas para impressão, inseticidas, fertilizantes, lápis, comida enlatada.
Fraqueza, palidez, desconforto abdominal, prisão de ventre, deficit de memória.
MERCÚRIO
Amálgamas  dentárias, peixes contaminados(especialmente atum), fungicidas, tinta para cabelo.
Danos cerebrais, dano renal aumentado, distúrbios na nutrição, hipertensão arterial, depressão, insônia, fadiga, alucinações e psicose, irritabilidade, reações alérgicas.
NÍQUEL
Cerâmicas, baterias, jóias, cosméticos, permanentes no cabelo. .
Dermatite de contato, gengivite, estomatite, tontura, doenças na pele.

Funções das Vitaminas
Vitamina A (ou Retinol / Beta Caroteno)
É responsável pelas seguintes funções: visão, crescimento, desenvolvimento ósseo, desenvolvimento e manutenção do tecido epitelial (pele e cabelos), gengivas e dentes, imunidade, reprodução e anticancerígena.

Fontes: fígado, ovo, leite, óleo de dendê, cenoura, couve, espinafre, manteiga.

Sua deficiência causa: alterações cutâneas.

Vitamina B1 (ou Tiamina)
Funções: respiração tecidual, metabolismo de carboidratos, gorduras e proteínas. Libera a energia dos alimentos e regula o funcionamento do coração e do sistema nervoso, beneficia a musculatura e ajuda a repelir insetos.

Fontes: carne de porco, gema de ovo, fígado, coração, miúdos, presunto, nozes, levedo de cerveja, germe de trigo.

Deficiência causa: confusão mental, fraqueza muscular, instabilidade emocional, depressão, irritabilidade, perda de apetite, letargia, hipertrofia do coração.

Vitamina B2 (ou Riboflavina)
Funções: crescimento, produção de corticosteróides, formação das células vermelhas do sangue, gliconeogênese e atividade reguladora das enzimas tireoideanas. Transforma proteínas, lipídios e carboidratos em energia, e participa da formação e manutenção dos tecidos da pele e dos olhos.

Fontes: leite, ovos, fígado, coração, carne de boi, porco e aves, espinafre, hortaliças de folhas verdes, levedo de cerveja.

Deficiência causa: inflamações da língua e da boca, estomatite angular, lacrimejamento, queimação e coceira nos olhos, síndrome urogenital.

Vitamina B6 (ou Piridoxina)
Funções: imunidade celular, liberação de glicogênio (carboidrato armazenado) hepático e muscular, diurese. Atua no metabolismo dos aminoácidos.

Importante para a função normal de enzimas e co-enzimas que são necessárias para metabolizar proteínas, carbohidratos e gorduras.

Fontes: fígado, carnes, gema de ovo, cereais, pães integrais, banana, batata, frango, abacate.

Deficiência: anormalidades no sistema nervoso central, retardo mental, convulsões, anemia hipocrômica e doenças na pele.

Vitamina B12 (ou Cianocobalamina)
Funções: previne a anemia perniciosa e é o fator mais importante na formação das células vermelhas do sangue, além de ser útil no metabolismo dos carboidratos e gorduras atuando no desenvolvimento normal das células, e no crescimento.

É necessária para um sistema nervoso saudável. Está envolvida na síntese de material genético (DNA).

Fontes: fígado, coração, mariscos, ostras, gema de ovo, carnes, queijos, peixe, camarão, lagosta.

Deficiência: diminuição do crescimento, anemia, distúrbios sangüíneos e distúrbios no trato gastrintestinal.

Vitamina C (ou Ácido Ascórbico)
Funções: produção e manutenção do colágeno, cicatrização. antioxidante. Importante na manutenção dos ossos, dentes e artérias. Aumenta a absorção de ferro e formação das células sanguíneas.

Fontes: frutas cítricas, hortaliças de folhas verdes, pimentão, tomate, batata.

Deficiência: fragilidade capilar, hemorragia.

Vitamina D (ou Calciferol)
Funções: absorção, mobilização e reabsorção de cálcio e fosfato. Fortalece ossos e dentes.

Fontes: óleo de fígado de peixe, manteiga, fígado, gema de ovo, leite, salmão, atum e luz solar.

Deficiência: raquitismo.

Vitamina E (ou Tocoferol)
Funções: antioxidante. Evita a anemia e auxilia na metabolização das gorduras.

Fontes: germe de trigo, óleo de milho, sementes de algodão, girassol e soja, vegetais de folhas verdes, gema de ovo.

Deficiência: fragilidade muscular, atrofia testicular, anormalidades embrionárias, distrofia muscular e necrose hepática.

Vitamina K
Funções: processo de coagulação sangüínea.

Fontes: vegetais de folhas verdes, fígado, leite, nabo, iogurte, gema de ovo.

Deficiência: hemorragia.

Ácido Fólico (Vitamina B9)
Funções: divisão rápida das células e transmissão de traços hereditários através da produção de material genético, formação e maturação dos eritrócitos e leucócitos ajustando o sistema imunológico.

Evita a anemia.

Fontes: espinafre, vegetais de folhas verdes, fígado, gérmen de trigo, levedo de cerveja, cenoura, salsinha, endívia, beterraba crua, amendoim, gema de ovo.

Deficiência: língua dolorida e perda de apetite, mal estar geral, deterioração mental, diminuição do crescimento, anemia megaloblástica, distúrbios sangüíneos e distúrbios do trato gastrintestinal.
 
Ômega 3 e emagrecimento
O Ômega 3 é um nutriente derivado dos peixes de águas frias. Inúmeros trabalhos médicos confirmam seu múltiplos benefícios para a saúde humana.

É anti-inflamatório. Ajuda a emagrecer a a diminuir os níveis de colesterol. Protege o coração. Diminui a tendência a engordar.

Pesquisadores japoneses descobriram que o Ômega 3 promovem o emagrecimento acelerando o metabolismo das gorduras.
 
Vitamina D contra o Câncer
Vitamina D é um fator de proteção para o câncer, bons níveis de vitamina D diminuem em até 50% o risco de diversos tipos de câncer foi o resultado da pesquisa científica publicada por Garland et al em 2006 no American Journal of Public Health: O papel da vitamina D na prevenção do câncer.

A necessidade do pré-natal psicológico

O pré-natal psicológico visa preparar e conscientizar
futuros papais e mamães sobre as implicações e
demandas de seu novo papel
Tanto uma gravidez desejada e planejada quanto aquela que vem de surpresa fazem com que a cabeça dos futuros papais uma bagunça de sentimentos, que muitas vezes podem ser contraditórios e confusos.
 
É importante conseguir encontrar uma forma de lidar com tantas mudanças e sensações novas com tranquilidade e sem culpas. Uma alternativa para isso é o pré-natal psicológico. “É uma das formas de psicoterapia que tem como objetivo diminuir as angústias, medos, ansiedades acerca da maternidade”, explica a psicóloga e doula, Clarissa Kahn.
 
O pré-natal psicológico visa preparar e conscientizar futuros papais e mamães sobre as implicações e demandas de seu novo papel. “O pré-natal psicológico diminui o índice de depressão pós-parto, aumenta a segurança das mulheres relacionadas a maternidade”, informa Dra. Clarissa.

O objetivo é aliviar as tensões, sanar as dúvidas aumentar a confiança do casal, estimular a fala a escuta desse casal, contribuir para que esse casal esteja preparado para vivenciar essas emoções de maneira clara estar prontos para as mudanças e varações desse período delicado. “Não devemos excluir o pai também, pois há momentos em que se trabalham as questões da paternidade. Para as mulheres que não possuem suporte emocional do pai do bebê, é quase que indispensável”, alerta Clarissa Kahn.
 
O pré-natal psicológico tem como um dos objetivos prevenir a depressão pós-parto, um episódio não psicótico que pode se iniciar até os primeiros 12 meses depois do nascimento da criança. A pessoa sente tristeza prolongada, perda de autoestima e motivação para a vida, apatia, indisposição, sensação de incapacidade, culpa e medo.
 
Há estudos que afirmam que o pré-natal psicológico é tão necessário quanto o acompanhamento físico da gestante e da criança. O apoio psicológico em um momento de tantas mudanças externas e internas pode fazer toda diferença para a mãe e para o pequeno ser que acaba de chegar.
 
O pré-natal psicológico também inclui simulações de parto e sanar as dúvidas que devam surgir, acalmar e desmitificar os mitos que circundam o parto.

Fonte Corposaun

Mitos e verdades sobre o AVC

No Brasil, o Acidente Vascular Cerebral (AVC), popularmente conhecido como derrame, representa a primeira causa de morte e incapacidade, gerando impacto econômico e social. Segundo o Ministério da Saúde, em 2009, foram registrados 68,9 mil óbitos por AVC. O órgão deve investir, até 2014, R$ 437 milhões para ampliar a assistência a vítimas da doença. Com base nesses dados preocupantes, confira os mitos e as verdades sobre o AVC e suas causas.

- Existem diferentes tipos de AVC.
Verdade. Existem dois tipos de AVC, o hemorrágico e o isquêmico. O primeiro ocorre devido ao rompimento de um vaso intracraniano, causando uma hemorragia cerebral. Já o isquêmico acontece em função do entupimento de uma artéria que leva o sangue para nutrir o cérebro e quando não tratada a tempo, pode ser irreversível.
 
- Diversos fatores podem causar AVC.
Verdade. No AVC hemorrágico as principais causas são hipertensão arterial, aneurismas e malformações arteriovenosas. Nos isquêmicos são êmbolos (coágulos), que podem ser originados do coração ou das artérias que levam o sangue ao cérebro, como as carótidas e as artérias vertebrais, vindo a obstruir a circulação em determinada área.
 
- O AVC não apresenta sintomas.
Mito.
Os principais sintomas ligados ao AVC hemorrágico são dor de cabeça de início súbito e muito forte, associados a náuseas, vômitos, perda de força, dormência em um lado do corpo ou até desmaio. Em relação ao isquêmico, os principais sinais são perda de força ou dormência em um lado do corpo, alterações na fala, visão dupla, dificuldade no equilíbrio ou boca torta.
 
 
- Caso algum sintoma seja detectado, a pessoa deve ser socorrida imediatamente.
Verdade.
Os médicos recomendam contatar um serviço de ambulância o mais breve possível, para que a pessoa possa ser levada prontamente ao hospital para diagnosticar e tratar a doença.
 
- O tempo para socorrer a pessoa não influência no tratamento.
Mito.
O tempo de ação e o encaminhamento são essenciais para o tratamento eficaz. Se o indivíduo for atendido em até seis horas após o início dos sintomas, o médico pode fazer a desobstrução da artéria. No caso do isquêmico, por exemplo, o rápido atendimento previne a lesão permanente da área do cérebro afetada e diminui a chance de sequelas e morte. Já nos diagnósticos hemorrágicos, o tratamento precoce também evita lesões permanentes, diminui a mortalidade e chance de uma nova hemorragia.
 
- Apenas idosos podem ter derrame.
Mito.
Qualquer adulto pode ter a doença. No entanto, o hemorrágico acomete pacientes mais jovens.
 
- A genética pode ser uma causa do AVC.
Verdade.
Assim como nos casos de infartos cardíacos, a chance de uma pessoa ter um AVC quando há casos na família é maior. Por isso, o paciente deve ser acompanhado preventivamente e com mais cuidado.

Fonte Corposaun

Mitos e verdades sobre as meias de compressão

Ficar muito tempo de pé ou sentado, o sedentarismo, a má alimentação, o uso do cigarro e de pílulas anticoncepcionais, além da tendência hereditária, são alguns dos fatores que contribuem para o desenvolvimento de problemas circulatórios nas pernas.
 
As consequências mais comuns destes hábitos são o surgimento de vasinhos, varizes e edemas de natureza linfática, nos casos mais graves.

As meias de compressão – que previnem e tratam dos problemas venosos com tecnologia de ponta e rigoroso controle de qualidade –, são importantes armas para ajudar na prevenção e no combate de problemas circulatórios nas pernas.

Confira abaixo os mitos e verdades sobre o uso do produto e seus benefícios:
 
- Não há métodos de prevenção para problemas circulatórios como varizes.
Mito. Os problemas circulatórios podem ser prevenidos com dieta saudável, abolição do tabagismo, evitando excesso de peso, com a utilização das meias de compressão e a prática regular de exercícios físicos. No caso das meias há diversas graduações de compressão específicas para cada estágio de problema circulatório.

- Qualquer tipo de meia ajuda em problemas de circulação.
Mito. Apenas as meias de compressão graduada contribuem para a prevenção e tratamento das varizes, problemas circulatórios durante e após a gravidez, casos acentuados de inchaços, pós-cirurgia de varizes e edemas de natureza linfática.
 
- Existem meias de compressão diferentes para homens e mulheres.
Verdade. Existem modelos masculinos e femininos; porém as compressões são as mesmas: suave compressão, média compressão, alta compressão e extra alta compressão.
 
- Homens não estão sujeitos a problemas circulatórios.
Mito. Dores, inchaços e sensação de peso nas pernas não são sintomas que acometem apenas as mulheres. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV) um em cada cinco homens sofre com problemas circulatórios, em especial com as varizes (veias que ficam tortuosas, alongadas e dilatadas devido a diversos fatores, como alterações hormonais, hereditariedade, obesidade, cigarro, vida sedentária, entre outros).
 
Um estudo desenvolvido em Israel e nos Estados Unidos aponta que 3% dos homens e 20% das mulheres têm varizes aos 30 anos de idade. Aos 70 anos de idade até 70% das pessoas podem apresentar varizes dos membros inferiores.
 
- Grávidas devem usar meias de compressão para evitar problemas circulatórios durante a gestação.
Verdade. Durante a gravidez o volume de sangue circulando pelo organismo aumenta. Também há o crescimento do útero, responsável por exercer forte pressão nas veias da região pélvica e na veia cava inferior, que drena o sangue proveniente dos membros inferiores e cavidade abdominal. Isso faz com que a pressão sanguínea nas veias das pernas seja maior, influenciando o desenvolvimento de doenças venosas.
 
Com os vasos recebendo maior volume de sangue podem surgir problemas circulatórios nos membros inferiores e, no caso de mulheres que já convivem com o problema, pode ocorrer piora e aparecimento de dores e desconforto. O uso da meia de compressão ajuda a melhorar a circulação sanguínea nas pernas.
 
Fonte Corposaun

Verdades e mitos sobre o peso da mochila escolar

Os problemas de coluna podem ser provenientes do excesso de peso que as crianças carregam nas mochilas escolares. É o que muitos pais reclamam, talvez pela proteção ao filho ou porque a mochila escolar está mesmo acima do peso ideal. Mas será que a afirmação do ponto de vista médico é verdadeira?

O ortopedista Luiz Cláudio Schettino, chefe do Centro de Tratamento das Doenças da Coluna do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into), afirma que o assunto gera bastante confusão por já estar arraigado na sabedoria popular, mas é uma inverdade. Segundo Schettino, o uso de mochilas pesadas, por si só, não pode desenvolver desvios de coluna, como a maioria das pessoas imagina. O que o peso pode acarretar são transtornos de dor, desconfortos e queixas pelo esforço físico exagerado, esclarece o médico especialista em doenças da coluna.
 
As deformidades de coluna, como as escolioses, por exemplo, doenças que ocorrem por predisposição genética ou associadas a outras enfermidades, acontecem com ou sem o uso inadequado das mochilas se a criança já tiver essa tendência, complementa o ortopedista.
 
Apesar do peso das mochilas não ser fator essencial para os problemas de coluna, é muito importante que os pais não deixem de observar o peso que seus filhos carregam, principalmente, nas mochilas escolares, mas também em outros objetos que manuseiam. O excesso de peso pode acarretar problemas de postura, atrapalhando o caminhar e o desenvolvimento e podem ainda ser progressivos e agravados se não corrigidos. A reedução postural, com métodos como fisioterapia, RPG ou até mesmo exercícios físicos direcionados são recomendados para a correção dos problemas, mas sempre com orientação médica.
 
De acordo com Luiz Cláudio Schettino, o peso da mochila não deve ultrapassar 10% do peso da criança, a mesma medida é adotada para os adultos. Ou seja, é o valor máximo permitido, se possível deve-se carregar um pouco menos, para que seja confortável e aceitável pelo organismo, sem danos futuros, complementa o médico.
 
Fonte Corposaun

sábado, 30 de março de 2013

Chinês desenvolve graves problemas renais por passar 20 anos sem beber água

Médicos alertam que refrigerantes não são bons
substitutos da água e podem destruir o equilíbrio
do pH do corpo. Na imagem, o chinês Shen
O homem só bebia refrigerantes e vitaminas
 
Um chinês de meia idade desenvolveu graves problemas renais após passar 20 anos sem beber água, que foi substituída por refrigerantes e vitaminas.
 
O protagonista da história, de sobrenome Shen e morador da comarca de Tonglu, no leste da China, foi diagnosticado com uremia, transtorno que pode causar problemas em todo o organismo, incluindo os aparelhos respiratório, circulatório e digestivo.
 
As informações são do jornal China Daily.
 
"Refrigerante, vitaminas... bebo mais de cinco garrafas por dia", confessa Shen.
 
Ele deveria ter mudado seus hábitos há sete anos, quando passou pela mesa de cirurgia para retirar uma pedra no rim de quase quatro centímetros de diâmetro.
 
Perante o caso de Shen, médicos chineses advertiram que as bebidas, especialmente aquelas com gás, podem destruir o equilíbrio do pH do corpo, e não são bons substitutos da água, grande arma para eliminar toxinas.
 
Fonte R7

Chip na barriga controla apetite e combate obesidade

BBC
Chip pode se tornar uma alternativa à cirurgia de redução do estômago
Testes em humanos são esperados em três anos
 
Cientistas britânicos apresentaram em Londres um microchip 'inteligente' desenvolvido para ser implantado no corpo humano com o objetivo de controlar o apetite e combater a obesidade.
 
Após testes satisfatórios nos laboratórios do Imperial College, os professores Chris Toumazou e Stephen Bloom anunciaram que os testes em animais estão prestes a começar. Testes em humanos são esperados em três anos.
 
O chip foi desenhado para ser implantado junto ao nervo vago (pneumogástrico), que regula o apetite e outras funções do organismos.
 
O circuito consiste em um 'modulador inteligente' de poucos milímetros, implantado na cavidade peritoneal do abdome (na barriga). Ele será preso ao nervo vago por meio de eletrodos.
 
O chip e os eletrodos foram desenvolvidos para ler e processar estímulos elétricos e químicos do nervo que regulam o apetite.
 
Com base nos dados coletados, o chip poderá enviar estímulos elétricos ao cérebro, reduzindo o apetite.
 
'Será um controle do apetite, mais do que dizer: 'pare de comer de uma vez'. Então, talvez em ver de comer rápido, você coma mais devagar', explicou o professor Toumazou, em entrevista à BBC.
 
— Uma vez que o cérebro fica em alerta, ele receberá sinais similares àqueles recebidos do organismo após uma refeição, e esses sinais dizem para não comer mais, que os intestinos estão cheio de comida.
 
Segundo o professor Toumazou, o chip pode se tornar uma alternativa à cirurgia de redução do estômago, já que a nova técnica poderá controlar o apetite.
 
O fato de também identificar impulsos químicos deve tornar o chip mais efetivo, indicam os cientistas.
 
O projeto recebeu 7 milhões de euros do Conselho de Pesquisa Europeu.
 
Nervo vago
O nervo vago regula uma série de funções no organismo, como controlar a respiração, o ritmo cardíaco, a secreção de ácidos no sistema digestivo e a contração do intestino.
 
O nervo também indica ao cérebro como outros sistemas do organismo estão operando.
 
A equipe do Imperial College de Londres, no entanto, não é a única a pesquisar o tema.
 
A empresa de tecnologia médica EnteroMédics, dos Estados Unidos, criou um circuito que bloqueia o nervo para interromper estímulos de apetite.
 
Resultados dos primeiros testes do chip americano, que envolveram 239 pacientes, mostraram perda de até 20% do excesso de peso no corpo. A empresa, no entanto, disse que os resultados não foram tão bons quanto os esperados.
 
Outra empresa americana, a IntraPace, também desenvolveu técnica similar.
 
Fonte R7

Comer frutas e legumes pode não ter um efeito protetor contra o câncer

Muitos estudos e declarações oficiais indicam que comer pelo menos cinco porções de frutas e legumes por dia melhora a saúde e pode diminuir substancialmente o risco de câncer.
 
Agora, uma revisão de uma década de pesquisas sobre as ligações entre frutas e produtos hortícolas e o desenvolvimento do câncer conclui que as evidências ainda não são convincentes.
 
Segundo os pesquisadores, embora existam incontestáveis benefícios de comer frutas e verduras, há poucas evidências sólidas de que elas protegem contra o câncer.
 
Os pesquisadores afirmam que o risco do câncer não se reflete no que as pessoas comem, e sim está muito mais relacionado ao quanto as pessoas comem e bebem. Os resultados do novo estudo apontam que os únicos fatores relacionados com a dieta que definitivamente afetam o risco de câncer são a obesidade e o álcool.
 
A única evidência incontestável encontrada nas pesquisas revisadas é que o câncer está fortemente ligado ao excesso de peso ou obesidade, e a beber mais álcool do que o limite diário recomendado.
 
Também, o tabaco é ainda a maior causa de câncer. Embora o tabagismo aumente o risco de câncer em até 50 vezes, mesmo grandes consumos de frutas e verduras só reduzem o risco de câncer em um máximo de 10%. Depois do tabagismo, estar acima do peso e a ingestão de álcool são dois dos maiores provocadores de câncer.
 
As pessoas obesas produzem altos níveis de certos hormônios em comparação com pessoas de um peso saudável, e isso pode contribuir para um aumento do risco de câncer de mama.
 
Ter excesso de peso também pode aumentar o risco de outros cânceres comuns, como do intestino, e outras formas da doença difíceis de tratar, como o câncer de pâncreas, esôfago e rins.
 
Já o álcool, quando é quebrado pelo organismo produz uma substância química que pode danificar as células aumentando o risco de câncer de boca, garganta, mama, intestino e fígado.
 
Ou seja, enquanto parar de fumar continua a ser a melhor maneira de reduzir as chances de desenvolver câncer, a importância de manter um peso saudável e reduzir a quantidade de álcool não deve ser menosprezada.
 
Segundo os pesquisadores, para cada duas porções extra de frutas e vegetais consumidas, o risco de câncer cai apenas 3%.
 
Por outro lado, é muito mais eficaz manter a ingestão de álcool até um máximo de uma pequena dose por dia para as mulheres, e duas doses pequenas por dia para os homens, e manter o peso dentro dos limites saudáveis, coisas que podem ter um impacto enorme.
 
Fonte Telegraph

Calor ajuda no tratamento contra o câncer

O calor tem sempre sido um aliado na luta contra o câncer. Embora alguns estudos tenham mostrado que o aquecimento de tumores facilita a rádio e a quimioterapia, ninguém sabia afirmar ao certo por que isso ocorre. Agora, uma nova pesquisa sugere que as altas temperaturas destroem enzimas que dificultam a ação de drogas que combatem a doença.
 
A descoberta sugere que a combinação correta de medicamentos e calor melhora a eficácia da quimioterapia.
 
Przemek Krawczyk e seus colegas da Universidade de Amsterdã, na Holanda, aqueceram células tumorais em laboratório. Eles também injetaram tumores em ratos e, em seguida, aqueceram o membro do animal que recebeu o tumor a 42 ° C durante 90 minutos.
 
A equipe descobriu que as altas temperaturas desnaturam a proteína BRCA2, uma enzima de reparo do DNA. Normalmente, a BRCA2 conserta uma ruptura ou algo do gênero causado pelos medicamentos contra o câncer no DNA das células cancerosas. Por isso, desmantelar a BRCA2 significa deixar os tumores mais vulneráveis ​​ao tratamento.
 
“Em condições normais, o reparo no DNA é algo natural e necessário às células, porém isso permite que as células cancerosas resistam ao tratamento que danifica seu DNA”, explica o co-autor Roland Kanaar. “Agora sabemos que a hipertermia – a elevação da temperatura do corpo – aumenta a eficácia de tratamentos contra o câncer inibindo uma determinada via de reparo de DNA”.
 
“O próximo passo lógico é pensar que poderíamos usar drogas em combinação com a hipertermia, tendo em vista os nossos resultados”, diz Kanaar. Os pesquisadores sugerem que a hipertermia seria um excelente aliado para os medicamentos anti-câncer que prejudicam as enzimas de reparo do DNA, tais como os inibidores da PARP-1.
 
Fonte Hypescience

Jogue online contra a Aids

Um jogo online tem ajudado a determinar a estrutura de uma enzima que poderia abrir caminho para remédios contra a Aids.
 
O jogo, chamado Foldit, permite aos jogadores criar novas formas de proteínas por dobrar aleatoriamente moléculas digitais em suas telas de computador.
 
Cientistas afirmam que ficaram envolvidos com a estrutura da proteína por mais de uma década. Porém, a comunidade online levou apenas alguns dias para produzir o modelo da enzima.
 
Proteínas são compostos orgânicos extremamente complexos e uma enzima é um tipo particular de proteína. A enzima para qual os jogadores foram apresentados se chama M-PMV protease retroviral – uma enzima que desempenha um papel fundamental no desenvolvimento de um vírus semelhante ao HIV.
 
Os cientistas têm tentado determinar precisamente a sua estrutura há anos. O resultado pode ser um passo importante no desenvolvimento de medicamentos anti-Aids.
 
Seguindo regras simples, os jogadores de Foldit devem girar um modelo 3D digital da enzima em suas telas de computador, para testar todas as combinações possíveis.
 
Em algum momento, obtém-se um bom resultado, o estado que usa pouquíssima energia para se manter.
 
De acordo com os criadores do jogo, o objetivo é ver se a intuição humana pode ter sucesso onde os métodos automatizados têm falhado. Os pesquisadores ficaram tão impressionados com o resultado que até incluíram alguns jogadores como coautores de estudo.
 
Mesmo uma pequena proteína é capaz de se combinar de várias maneiras diferentes e é sempre um desafio, mesmo para computadores, descobrir qual das muitas estruturas possíveis é a melhor.
 
Foldit tenta prever a estrutura de uma proteína, se aproveitando das intuições humanas para resolver quebra-cabeças e da competição para combinar da melhor forma as proteínas.
 
Assim como as proteínas são parte de tantas doenças, eles também podem ser parte da cura. Sem saber, os jogadores podem criar proteínas novas que poderiam ajudar a prevenir ou tratar doenças importantes.
 
Para jogar, não é necessário nenhum conhecimento prévio de proteínas, bioquímica ou biologia – tudo o que um usuário deve ter é um computador e uma conexão à internet.
 
O objetivo é projetar uma proteína inteiramente nova ou prever uma certa estrutura. Cada vez que um modelo online é gerado, cientistas e empresas de biotecnologia assumem o controle.
 
O maior e mais interessante avanço, de acordo com autores do estudo, é que pela primeira vez jogadores online podem resolver um problema de longa data científica.
 
De acordo com um cocriador do Foldit, o jogo permite reunir os pontos fortes de computadores e seres humanos. Os resultados comprovam que a ciência e a computação podem ser combinadas para fazer avanços, antes impossíveis. Quer jogar? Entre no site do Foldit.
 
Fonte BBC

Fazer sexo diariamente mantém o esperma saudável

O sexo frequente diminui o volume do sêmen, mas para a
 maior parte dos homens, isso não é um problema
Fazer sexo todos os dias ajuda a melhorar a qualidade do esperma e é recomendável a casais que estão tentando engravidar, de acordo com um novo estudo.
 
Existe há muito um debate entre médicos sobre qual seria a melhor forma de aumentar as chances de gravidez – evitar o sexo ou não. Este novo estudo, de um centro australiano de tratamentos contra a infertilidade e tratamentos de fertilização in vitro, mostra que a abstinência não é a abordagem correta contra o problema.
 
David Greening, médico do instituto, estudou 118 homens com o DNA do esperma danificado acima da taxa considerada normal e descobriu que a qualidade do esperma aumentou significativamente quando eles ejacularam diariamente durante sete dias. Na média, o índice de fragmentação do DNA – uma medida dos danos no esperma – caiu de 34% a 26% depois do experimento. O sexo frequente diminui o volume do sêmen, mas para a maior parte dos homens, isso não é um problema.
 
“Podemos concluir que casais que tenham um parâmetro de sêmen normal deveriam fazer sexo diariamente por mais de uma semana antes da data da ovulação”, afirma Greening. “No caso da reprodução assistida, este tratamento simples pode ajudar a aumentar a qualidade do esperma e conseguir a gravidez”, completa.
 
De acordo com Greening, é provável que a ejaculação freqüente melhore a qualidade do esperma por diminuir o tempo que ele é exposto a moléculas potencialmente prejudiciais.
 
Fonte Hypescience

Pesquisa identifica substâncias no sangue que podem ajudar a diagnosticar doenças neurodegenerativas

Atualmente, o diagnóstico definitivo do Alzheimer
é feito somente após a morte do paciente com a
análise de partes do cérebro
São Paulo - Um estudo da Universidade de São Paulo (USP) que analisou o nível de três substâncias encontradas no sangue pode ajudar a entender o processo de envelhecimento do cérebro.
 
Ao investigar os compostos envolvidos no chamado estresse oxidativo, que desequilibra a presença de radicais livres no organismo, os pesquisadores perceberam que essa desregulação ocorre de forma mais intensa em pacientes com Alzheimer. Os resultados abrem caminho para que, no futuro, possa ser feita a identificação precoce de doenças neurodegenerativas por meio de exames de sangue.
 
Atualmente, o diagnóstico definitivo do Alzheimer é feito somente após a morte do paciente com a análise de partes do cérebro. "Fomos atrás de marcadores [da doença] no sangue, porque trabalhos científicos recentes já consideram o Alzheimer como uma doença sistêmica e não exclusiva do cérebro. Então a gente acreditava que, se esse mecanismo de estresse oxidativo estivesse presente na doença, talvez a gente pudesse verificar ela perifericamente [no exame de sangue]", explicou a professora Tania Marcourakis, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) da USP.
 
Em uma primeira etapa, foram estudados três compostos presentes no sangue, cujos níveis variam de acordo com o envelhecimento: monofosfato cíclico de guanosina (GMP cíclico), óxido nítrico sintase (NOS) e substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (Tbars). Os pesquisadores compararam as plaquetas de três grupos de pacientes: 37 adultos jovens (18 a 49 anos), 40 idosos saudáveis sem nenhum tipo de demência (62 a 80 anos) e 53 idosos com Alzheimer (55 a 89 anos).
 
Eles verificaram que com o avanço da idade aumenta a presença da NOS e da Tbars e ocorre uma diminuição do GMP cíclico. "Com a doença, a gente viu que a Tbars aumenta mais ainda. Vimos uma escadinha: no envelhecimento ela sobe e com a doença de Alzheimer, sobe mais ainda. E a mesma coisa ocorre com o NOS, mostrando que são processos contínuos. Já o GMP cíclico, uma vez que ele diminui no envelhecimento, continuava diminuindo na doença", expôs Marcourakis. Esse desequilíbrio leva a uma formação maior de radicais livres.
 
Com objetivo de identificar se o que foi percebido no sangue também ocorre no cérebro, a pesquisa entrou em uma segunda fase com a análise do cérebro de ratos. O trabalho foi feito em parceria com o professor Cristóforo Scavone, do Departamento de Farmacologia. "Percebemos duas coisas importantes: no envelhecimento do rato acontecia a mesma coisa que no humano e a mesma coisa que a gente achava no sangue, também encontrava no cérebro. Isso foi muito importante para validar o nosso modelo: o que você analisa no sangue, está refletido no cérebro", disse a pesquisadora.
 
Marcourakis destacou que os resultados ainda não podem ser utilizados como diagnóstico de doenças neurodegenerativas, mas avançam na compreensão fisiopatológicas delas. "A gente entende melhor a doença. Veja o Alzheimer, por exemplo, ele não está só no cérebro, está no corpo inteiro, a análise do sangue mostrou isso", declarou. Para apontar o quanto esses dados ajudariam no tratamento, seria necessário ampliar o estudo com populações maiores.
 
Além disso, é preciso descobrir um marcador específico de cada doença. "O estresse oxidativo não é exclusivo do envelhecimento, nem da doença de Alzheimer. Qualquer doença neurodegenerativa, como o Parkinson, tem o mesmo mecanismo", explicou. Ela destacou que vários grupos de pesquisa no Brasil e no exterior dedicam-se a estudar diferentes substância com objetivo de descobrir formas de identificar cada vez mais no início essas doenças.
 
Apesar de não ter cura, o diagnóstico precoce do Alzheimer possibilita que os pacientes melhorem a qualidade de vida. "Hoje, quando você faz o diagnóstico, já tem um índice de morte de neurônio muito grande e não tem como reverter", explicou a pesquisadora. As medicações existentes são compensatórias. "Elas aumentam o neurotransmissor que está faltando, mas eles continuam morrendo e chega a um ponto que o remédio não faz mais efeito", disse. Quanto mais cedo a doença é identificada, a medicação pode funcionar por mais tempo. "Abre-se uma janela para que se possa atuar mais", explicou a pesquisadora.

Fonte Agência Brasil

A lenta mudança dos tratamentos psiquiátricos

Psicoterapia: estudos mostram que muitos pacientes são
submetidos a terapias sem comprovação científica
Apesar dos avanços obtidos com medicamentos, poucos pacientes recebem tratamentos baseados em evidência quando chegam à psicoterapia
 
Os tratamentos psiquiátricos fizeram grandes avanços desde a época em que o melhor remédio era a trepanação – a abertura de buracos no crânio para libertar os “maus espíritos”.
 
Ao longo dos últimos 30 anos, tratamentos como terapias cognitivo-comportamentais, terapia comportamental dialética e tratamentos familiares se mostraram eficazes contra distúrbios que vão da ansiedade à depressão, passando pela síndrome do estresse pós-traumático e por distúrbios alimentares.
 
O problema é que, surpreendentemente, poucos pacientes recebem tratamentos baseados em evidência quando chegam ao divã – em especial as terapias cognitivo-comportamentais, ou TCCs.
 
Em 2009, uma meta-análise realizada por importantes pesquisadores da saúde mental revelou que pacientes psiquiátricos dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha raramente passam por TCCs, a despeito das inúmeras indicações de sua eficácia no tratamento de problemas comuns.
 
Uma pesquisa com quase 2.300 psicólogos nos Estados Unidos descobriu que 69% deles utilizavam TCCs durante parte do tempo ou em conjunto com outras terapias para tratar a depressão e a ansiedade.
 
Terapias cognitivo-comportamentais englobam diversos tipos de psicoterapia estruturada e direcionada, que se concentram nos pensamentos por trás dos sentimentos do paciente, incluindo terapias de exposição e outras atividades. Contudo, muitos pacientes são submetidos a um tipo de abordagem mista – com elementos retirados de diversos contextos de acordo com os preconceitos e a formação do terapeuta, ao invés das evidências científicas mais recentes. Até mesmo profissionais que afirmam utilizar abordagens baseadas em evidências raramente fazem isso. O problema é chamado de “deriva do terapeuta”.
 
“Um grande número de pessoas com problemas de saúde mental que poderiam ser tratadas de forma direta recebem terapias com poucas chances de eficácia”, afirmou Glenn Waller, diretor do departamento de psicologia da Universidade de Sheffield e um dos autores da meta-análise.
 
Uma pesquisa com 200 psicólogos publicada em 2005 revelou que apenas 17% deles utilizaram terapias de exposição (uma forma de TCC) com pacientes com síndrome de estresse pós-traumático, apesar das evidências de sua eficácia.
 
Em um estudo publicado em 2009 pela Universidade de Columbia, revelou-se que as descobertas científicas tinham pouca influência sobre o aprendizado e o uso de novos tratamentos pelos terapeutas. Porém, é muito mais importante determinar se os novos tratamentos podem ser integrados às terapias que já são utilizadas pelos especialistas.
 
O problema não ocorre apenas nos Estados Unidos. Há dois anos, Waller estudou terapeutas cognitivo-comportamentais ingleses que trataram pacientes com distúrbios alimentares, com o objetivo de avaliar as técnicas específicas que estivessem utilizando. Waller descobriu que menos da metade atuava com base em evidências científicas.
 
“Cerca de 30% faziam algo como trabalho motivacional e outros 25% trabalhavam com meditação de mente plena. Você não compraria um carro nessas condições”, ironizou Waller.
 
Então, por que a diferença? De acordo com Dianne Chambless, professora de psicologia da Universidade da Pensilvânia, alguns terapeutas veem seu trabalho como uma forma de arte, um processo delicado e individualizado que funciona (ou não funciona) com base na personalidade do terapeuta e em sua relação com o paciente. Outros veem a terapia mais como um processo estruturado, cientificamente baseado e com eficácia comprovada tanto em pesquisas quanto em estudos clínicos.
 
“A ideia da terapia como uma forma de arte é muito poderosa. Muitos psicólogos creem ter habilidades que lhes permitem adaptar o tratamento ao cliente de forma mais eficaz que qualquer cientista com seus dados”, diz a especialista.
 
Contudo, pesquisas sugerem o contrário. Um estudo realizado pela psicóloga clínica da Universidade de Calgary, Kristin von Ranson, e seus colegas em 2012 concluiu que os pacientes apresentaram resultados muito piores quando os especialistas não utilizaram tratamentos baseados em evidências ou os mesclaram com outra técnicas em prol de uma abordagem mais eclética, em comparação com tratamentos mais padronizados.
 
Terapeutas que pendiam para o lado mais “artístico” afirmaram que os tratamentos padronizados desvalorizam aspectos cruciais da terapia, como a empatia, o acolhimento e a comunicação – a chamada aliança terapêutica.
 
“Se você quer que seu paciente utilize um tratamento que funciona, a melhor forma de conseguir que isso aconteça é manter um bom relacionamento”, afirmou Bonnie Spring, professora de psiquiatria da Escola Feinberg de Medicina da Universidade Northwestern.
 
Mas alguns especialistas creem que essa seja uma escolha falsa.
 
“Ninguém acredita que é uma boa ideia ter um mau relacionamento com o cliente. O verdadeiro argumento é questionar se um bom relacionamento é tudo de que preciso para ajudar um paciente”, afirmou Chambless.
 
Além disso, tratamentos baseados em evidências, como as terapias cognitivo-comportamentais, ainda exigem experiência, julgamento clínico e habilidade dos profissionais, destacou Terry Wilson, professor de psicologia da Universidade Rutgers.
 
“O estereótipo em relação aos tratamentos que seguem manuais é que basta comprar o livro e seguir o passo a passo rígido. Mas isso está longe da verdade quando são feitos de forma competente.”
 
Apesar da disparidade entre a pesquisa e a prática, alguns especialistas são cautelosamente otimistas. Wilson acredita que os profissionais de saúde mental estão caminhando lentamente em direção a tratamentos baseados em evidências, especialmente os mais jovens. Ele aponta para a mudança paradigmática que ocorreu entre os médicos quando a medicina firmou um compromisso com a ciência, em vez de produzir artistas ou gurus médicos.
 
“Enquanto campo, a psicologia clínica precisa passar pelo mesmo processo”, afirmou. “Precisamos firmar um compromisso com a ciência.”
 
Você está à procura de um terapeuta bem versado nos últimos avanços da pesquisa acadêmica? Especialistas recomendam que seja realizada uma entrevista com o possível terapeuta antes do início do tratamento, especialmente se estiver à procura de um tipo específico de tratamento.
 
Algumas perguntas importantes são:
 
1. Qual é formação dele e com quem trabalhou?
 
2. A que associações profissionais pertence? (Se estiver em busca de um terapeuta cognitivo comportamental, por exemplo, pergunte se ele pertence à Associação de Terapias Comportamentais e Cognitivas, à qual pertencem os principais pesquisadores da área.)
 
3. O que ele faz para acompanhar as pesquisas em relação ao tratamento da minha condição?
 
4. Como ele sabe que seu tratamento funciona?
 
5. Ele considera a própria abordagem eclética? (Terapeutas que respondem positivamente a esse quesito têm menos chances de aderirem a tratamentos baseados em evidências.)
 
6. Que manuais ele usa?
 
7. O que ele pode mostrar em termos de resultados?
 
“Um clínico incapaz de dizer quantos pacientes melhoraram não vai se importar com a sua melhora”, afirmou Waller.

Fonte iG

sexta-feira, 29 de março de 2013

Aplicativo transforma telefone celular em aparelho auditivo

Wendy Lecluyse e Nick Clark usando o equipamento de teste BioAid
Foto: University of Essex
Wendy Lecluyse e Nick Clark usando o equipamento de teste BioAid
BioAid replica as complexidades do ouvido humano e permite ao usuário ajustar configurações conforme sua necessidade
 
Pesquisadores da Universidade de Essex, no Reino Unido, desenvolveram um aplicativo gratuito que transforma um iPhone ou iPod em um aparelho auditivo.
 
Ao contrário de aparelhos auditivos padrão que simplesmente amplificam todos os sons, o aplicativo BioAid é inspirado na biologia e replica as complexidades do ouvido humano. Ele coloca o usuário no controle, está disponível para qualquer pessoa em qualquer lugar sem a necessidade de um teste de audição e, potencialmente, é a chave para um futuro onde auxiliares auditivos minúsculos poderão ser ajustados remotamente.
 
BioAid, que está disponível no iTunes, foi desenvolvido pelo professor Ray Meddis e tem seis configurações fixas cada uma das quais tem quatro configurações ocasionais que permitem ao usuário ajustar conforme sua necessidade.
 
"Estamos muito entusiasmados com o potencial de BioAid que pode realmente mudar a vida das pessoas com deficiência auditiva. Mesmo se eles têm um aparelho auditivo, a tecnologia não é sofisticada o suficiente para oferecer uma solução sob medida para sua deficiência e, em muitos casos, as pessoas simplesmente param de usá-los", afirma Meddis.
 
Os sons são uma mistura complexa de diferentes frequências e a perda auditiva é geralmente uma perda de sensibilidade a algumas, mas não todas, as frequências. Aparelhos auditivos amplificam algumas frequências mais do que outras, mas BioAid é diferente porque também comprime os sons muito altos que podem tornar situações sociais como ir a um bar, cinema ou uma festa de aniversário intolerável.
 
"O telefone celular é uma grande plataforma que permite transferir rapidamente a tecnologia auditiva do laboratório para as mãos do público. Aparelhos auditivos padrão, que podem custar milhares de libras, só são dispensados por um profissional após um teste auditivo. BioAid oferece uma alternativa simples e acessível a qualquer pessoa com um iPhone ou iPod. O teste de audição é substituído por um processo exploratório, permitindo aos usuários encontrar qual configuração funciona melhor para eles", acrescenta o pesquisador Nick Clark.
 
Os pesquisadores acreditam que o projeto BioAid tem o potencial de mudar radicalmente o futuro dos dispositivos auditivos. "Este novo dispositivo abre muitas possibilidades de pesquisa intrigantes que permitem aos cientistas explorar novas ideias em projetos de audição", concluem os investigadores.
 
Fonte isaude.net

Medicamentos antirretrovirais podem parar propagação do norovírus

Pesquisa busca combater norovírus que infecta o estômago
Foto: Kansas State University
Pesquisa busca combater norovírus que infecta o estômago
Estudo sugere que inibidores de proteases têm potencial para prevenção e tratamento da infecção gastrointestinal contagiosa
 
Pesquisadores da Kansas State University, nos EUA, identificaram uma classe de medicamentos antirretrovirais com potencial para a prevenção e tratamento da infecção por norovírus.
 
A pesquisa com inibidores de proteases pode levar a maneiras de parar a propagação da doença contagiosa que é transmitida através da ingestão de alimentos crus infectados.
 
O norovírus é a forma mais comum de gastroenterite viral e provoca vômitos e diarreia por vários dias.
 
Atualmente não há vacina e não há drogas para combater norovírus. Enquanto várias organizações estão pesquisando o desenvolvimento de uma vacina, a equipe liderada por Kyeong-Ok Chang é um dos principais grupos a estudar medicamentos antirretrovirais como uma maneira de tratar o norovírus.
 
"Ao contrário a maioria das bactérias, os vírus só pode crescer nas células. Uma das formas mais importantes de saber se um composto é eficaz contra um vírus é testar o composto em cultura de células, para ver se ele pode inibir o crescimento do vírus. No entanto, norovírus humano não cresce em cultura, o que tem sido um grande impedimento para o desenvolvimento de vacinas e drogas. É por isso que nós estabelecemos ensaios baseados em células", afirma Chang.
 
Nos últimos anos, os pesquisadores estudaram mais de 600 compostos e encontraram vários compostos com maior potencial para o desenvolvimento de drogas. Agora, eles estão se concentrando em inibidores da protease, que podem impedir a replicação do vírus nas células. Outros inibidores da protease existentes no mercado são usados no tratamento de infecções por HIV ou pelo vírus da hepatite C.
 
"Proteases virais são um alvo muito bom para o desenvolvimento de medicamentos antivirais porque um vírus não pode se replicar sem a sua protease. É por isso que a nossa investigação tem incidido sobre os inibidores da protease", concluem os pesquisadores.
 
Fonte isaunet.com

Fator genético determina jovens mais propensos à dependência de nicotina

Pesquisa identificou fatores genéticos que podem acelerar a progressão de um adolescente para se tornar um fumante ao longo da vida
Pesquisa identificou fatores genéticos que podem acelerar a
 progressão de um adolescente para se tornar um
 fumante ao longo da vida
Perfil genético de alto risco prevê adolescentes fumantes em maior risco de se tornarem viciados em cigarros
 
Pesquisadores internacionais identificaram fatores de risco genéticos que podem determinar adolescentes em maior risco de se tornarem viciados em cigarros.
 
O perfil genético de risco de uma pessoa não prevê se ele ou ela irá experimentar cigarros, mas sim se, após começarem a fumar, eles têm maior probabilidade de dependência de nicotina.
 
A equipe examinou estudos anteriores para desenvolver um perfil genético de risco para o tabagismo pesado. Em seguida, eles estudaram 1 mil neozelandeses desde o nascimento até os 38 anos para identificar se os indivíduos em alto risco genético ficaram viciados em cigarros mais rapidamente, na adolescência e se, na vida adulta, eles tiveram mais dificuldade me parara de fumar.
 
Os participantes do estudo que tiveram o perfil de alto risco genético foram mais propensos a se converter ao fumo diário na adolescência e depois progredir mais rapidamente ao tabagismo pesado (um maço por dia ou mais).
 
Quando avaliados na idade de 38 anos, os indivíduos de maior risco para o fumo tinham desenvolvido dependência de nicotina e eram mais propensos a ter falhado na tentativa de parar de fumar.
 
"O risco genético acelerou o desenvolvimento do comportamento de fumar. Os adolescentes com alto risco genético começaram a fumar cigarros e rapidamente se tornaram fumantes regulares e fumantes pesados", afirma o pesquisador Daniel Belsky, da Duke University.
 
O perfil de risco genético de uma pessoa não prevê se ele ou ela irá experimentar cigarros. Mas para aqueles que experimentam cigarros, ter um perfil genético de alto risco previu o aumento da probabilidade de dependência de nicotina.
 

Fonte isaude.net

Um em cada quatro idosos com declínio cognitivo consegue reverter quadro

Especialistas recomendam manter-se mental e fisicamente ativo
 
Um estudo publicado nesta quarta-feira (27) no periódico PLOS One mostra que um em cada quatro idosos com comprometimento cognitivo - um precursor da demência - naturalmente reverte o quadro mental. Os resultados desafiam a crença popular de que pessoas mais velhas com problemas cognitivos estão destinadas a piorar. A descoberta foi feita por especialistas da University of New South Wales, na Austrália.

Para a pesquisa, foram analisadas 223 pessoas com idades entre 71 e 89 anos diagnosticadas com transtorno cognitivo leve. Todas faziam parte do Sydney Memory and Ageing Study e foram submetidas a diversos testes para avaliar o funcionamento cerebral, incluindo funções de linguagem e memória. Após dois anos, 66 idosos mostraram desempenho normal da cognição.

As análises revelaram, então, que embora não seja sempre possível prever quais indivíduos apresentaram regressão do quadro, há alguns indicadores que podem sugerir tal mudança. Aqueles que recuperaram a saúde mental pareciam envelhecer melhor e apresentavam maior probabilidade de ter a pressão arterial controlada, além de serem mais mental e fisicamente ativos. Assim, atividades que estimulam o raciocínio e exercícios foram apontados como importantes fatores na melhora da saúde dos idosos.

Os resultados mostraram ainda que os participantes que se mostraram abertos a novas experiências também eram mais propensos a reverter o quadro. Para os especialistas, isso indica que uma personalidade mais flexível representa uma vantagem durante o envelhecimento.
 
Dicas para envelhecer com saúde
Manter o convívio social, cuidar de si mesmo e praticar exercícios são fundamentais para envelhecer com saúde.
 
Veja outras dicas que sugerimos para manter a rotina agitada e produtiva:
 
Frequente bailes - Getty ImagesFrequente bailes
Dançar na terceira idade não é só uma maneira divertida de mexer o corpo. Habilidades como força, ritmo, agilidade, equilíbrio e flexibilidade também são desenvolvidas e trazem bem-estar e saúde aos idosos. Quando dançam, eles fazem um esforço maior para memorizar a sequência dos passos e precisam se concentrar para não invadir o espaço do parceiro, conclui um estudo recente da Unicamp, em São Paulo. Além disso, se lembram de experiências e sensações vividas no passado, quando a música os remete à juventude.
                   
Aprimore dons artísticos - Getty ImagesAprimore dons artísticos
Estudar música na maturidade, segundo estudo da PUC-SP, estimula funções neurológicas relacionadas às ações motoras, linguísticas e sensoriais, geralmente prejudicadas com o passar do tempo, e ainda melhora a autoestima. Isso sem esquecer que muitos idosos, mesmo após a aposentadoria, continuam sustentando a família - a situação é comum a cada 3 entre 10 aposentados brasileiros, de acordo com dados do IBGE. Diversos centros de convivência oferecem cursos de artesanato que podem se transformar em fonte de renda.
 
Viaje - Getty ImagesViaje
Além de conhecer novos lugares e culturas, a viagem é chance para lidar com pessoas diferentes e fugir à rotina. Uma das reclamações comum entre os idosos é que as pessoas ao redor têm pouco tempo para eles - excursões regulares, nem que seja para regiões próximas, favorecem novos relacionamentos.
 
Pratique atividades físicas - Getty ImagesPratique atividades físicas
O hobby proporciona o aumento do círculo social e ainda traz melhorias à saúde.
 
No entanto, o grupo que aproveita essas vantagens ainda é pequeno: apenas 10% das pessoas com mais de 65 anos realizam de 2,5 a 5 horas de exercícios por semana, recomendação do Centro Médico da Universidade de Rush, de Chicago (EUA).
 
Agite a vida cultural  - Getty ImagesAgite a vida cultural
Existe uma série de políticas públicas que incentivam a visita de aposentados a espaços culturais: cinemas e teatros cobram meia-entrada, enquanto alguns museus e pinacotecas até abrem mão do pagamento do ingresso. Os passeios valem como forma de acompanhar os mais jovens e também como alternativa para ocupar as tardes de maneira independente, afinal um bom filme é sempre boa companhia.
 
Dedique experiência - Getty ImagesDedique experiência
O voluntariado é uma atividade que exige paciência, conhecimento e dedicação, atributos desenvolvidos com o tempo. Transmitir o conhecimento e a experiência acumulados a outras pessoas melhora a autoestima do idoso. As atividades ainda estimulam a atualização e a busca de novidades em temas de que o idoso gosta, trabalhando a memória. A assistente social Andreia Cristiane Magalhães, do Centro de Referência do Idoso, também lembra que o voluntariado é uma atividade que lhe permite passar todo seu conhecimento e experiência de vida a outras pessoas. Além disso, a mente permanecerá ativa e o círculo social também agradecerá.
 
Invista em uma faculdade - Getty ImagesInvista em uma faculdade
Cursos superiores direcionados aos mais velhos são cada vez mais comuns - uma atividade que ainda favorece o convívio com pessoas diferentes, interessadas nos mesmos assuntos. Para facilitar, estes cursos contam com carga horária flexível e, em muitas instituições, são gratuitos ou cobram mensalidade simbólicas.
 
Fonte Minha Vida

Remédios antigos: Garasone colírio

Haddad quer postos de saúde privados na periferia de SP

O prefeito Fernando Haddad (PT) estuda uma forma de levar postos de saúde privados à periferia de São Paulo. A ideia é oferecer uma contrapartida a empresas do setor dispostas a instalar leitos, laboratórios ou consultórios médicos em regiões que hoje são atendidas apenas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Dar isenção tributária é uma das possibilidades trabalhadas pela atual gestão.

O objetivo é dividir a responsabilidade com planos de saúde populares, que vendem serviços nos extremos da cidade, mas só mantêm unidades nas áreas centrais. De acordo com estimativa da prefeitura, apesar de 56% da população pagar algum tipo de convênio médico, boa parte desse total utiliza a rede pública, que, por sua vez, não é ressarcida pelos planos de saúde.

Segundo o secretário municipal da Saúde, José de Filippi Junior, essas empresas poderiam ser incluídas no Arco do Futuro, projeto que visa a descentralização do desenvolvimento da cidade, criando mecanismos que aproximem a moradia do trabalho do paulistano. Ele defende, por exemplo, a isenção fiscal como forma de atrativo, assim como deve ocorrer com empresas do setor da construção.

“Acho que é uma coisa de médio prazo, mas tem espaço para isso. Como secretário, eu posso contribuir. Os serviços de Saúde contribuem com ISS, são prestadores de serviço”, afirma Filippi. Ele argumenta que é melhor cobrar da iniciativa privada uma melhor distribuição dos serviços pelo território do que esperar o Ministério da Saúde cobrar dos convênios o ressarcimento pelo atendimento no SUS - conforme previsto em lei.

“Eu não quero dinheiro. Eu quero que eles montem um hospital, uma maternidade lá (na periferia). Porque não tem. E os segurados deles aonde vão procurar atendimento?”, pergunta o secretário. “Eu até falei com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Como conceber uma região de 1 milhão de habitantes, como M'Boi Mirim, na zona sul, sem um único leito privado? Há 400 mil pessoas lá com convênio médico. A Agência Nacional de Saúde (ANS) tem de começar a regulamentar isso.”

Mas, na opinião de Filippi, só o ressarcimento não resolve, já que as unidades do SUS continuariam sendo procuradas por pacientes com plano de saúde. E assim, permaneceriam superlotadas, sem condições de prestar bom atendimento.

Outorga
Creditada ao ex-ministro da Saúde Adib Jatene, a Outorga Onerosa da Saúde chegou a ser cogitada durante a gestão de Gilberto Kassab (PSD). O então secretário Januário Montone apresentou a ideia na Câmara Municipal, em novembro de 2008. Mas não teve acolhida entre os vereadores.

O projeto consiste em cobrar do setor privado um valor pela construção ou ampliação de hospitais em regiões já saturadas, como o centro expandido, os eixos das Avenidas Paulista e Brigadeiro Faria Lima. E, com o dinheiro pago, abrir um fundo para financiar a construção de unidades de saúde na periferia - ou ainda obrigar o empreendedor a construir um hospital menor onde há carência de vagas.

A ideia também poderia ser adaptada para que a iniciativa privada financiasse o home care, o atendimento médico em casa. Mas, em ambos os casos, Montone destaca um entrave: depois de instalada, quem faria a manutenção da unidade ou do serviço viabilizado por meio da outorga? A saída, segundo ele, é negociar caso a caso.

O ex-secretário cita como experiência a negociação bem-sucedida entre o município e a Beneficência Portuguesa durante a gestão Kassab. “Eles queriam aumentar o atendimento privado na região da Bela Vista, e nós não concordamos. Negociamos e a Beneficência, que já tinha um projeto de hospital na zona leste, acabou arrendando o antigo Nossa Senhora da Penha. Lá, funcionam hoje quase 500 leitos exclusivamente atendendo pelo SUS”, diz.

Eduardo de Oliveira, secretário-geral da Federação Brasileira de Hospitais, disse que o País perdeu cerca de 100 mil leitos lucrativos (privados) entre o fim da década de 1990 e início dos anos 2000, especialmente nos bairros mais afastados e regiões mais carentes. “Não houve reposição desses leitos”, diz. Isso aconteceu, segundo ele, porque a carga tributária para os hospitais é de 20%, o que tornava inviável manter as unidades em regiões com menor poder econômico.

Para ele, se a proposta do prefeito Haddad incluir a desoneração desse imposto, pode ser um bom caminho. “O prefeito está no caminho certo. É preciso fazer alguma coisa. Se isso acontecer, será uma corrente de estímulo para dar condições da rede privada voltar a prestar serviços junto com a rede pública”, avalia.
 
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo
 
Fonte R7