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quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Médicos criticam relação de exercício na gravidez com cérebro de bebê

Cientistas canadenses dizem que vantagem inicial pode ter impacto em toda a vida da criança (Foto: Universite de Montreal)
Foto: Universite de Montreal
Cientistas canadenses dizem que vantagem inicial observada
no cérebro de crianças pode ter impacto em toda a vida delas
Estudo canadense analisou 18 mulheres e impacto na cognição dos filhos. Serviço de Saúde do Reino Unido e obstetras questionam métodos
 
Um estudo feito pela Universidade de Montreal, no Canadá, e apresentado resumidamente em um congresso anual da Sociedade de Neurociência dos EUA em San Diego, aponta que praticar exercícios físicos moderados na gravidez – 20 minutos durante três vezes por semana – pode aumentar o desenvolvimento do cérebro dos bebês.

Os resultados, obtidos com 18 mulheres (10 ativas e 8 sedentárias) e seus filhos, escolhidos aleatoriamente, ainda são considerados preliminares e não foram publicados em revista científica.
 
A pesquisa foi amplamente repercutida por veículos de comunicação pelo mundo. No entanto, o Serviço Nacional de Saúde (NHS, na sigla em inglês) do Reino Unido e médicos ouvidos pelo G1 questionaram suas conclusões.
 
Para chegar aos resultados, os autores da pesquisa testaram, por meio de um eletroencefalograma (como na foto ao lado), a atividade cerebral dos recém-nascidos entre 8 e 12 dias de vida.
 
Aqueles cujas mães haviam se exercitado regularmente apresentaram uma maior maturidade cerebral, equivalente a crianças de 4 a 6 meses, e um aumento da atividade no lobo temporal (responsável por funções como memória, fala e linguagem), apontam os pesquisadores, liderados por Elise Labonte-LeMoyne e Dave Ellemberg. Essa vantagem inicial observada em algumas crianças poderia ter um impacto durante toda a vida, acreditam os autores.
 
A equipe quer agora descobrir se a atividade física da mãe também pode ajudar os bebês a falar e adquirir outras habilidades mais rápido.
 
Após a repercussão do trabalho, o NHS publicou uma nota afirmando que os resultados divulgados são apenas um resumo e ainda não foram revisados por outros cientistas para serem publicados – por essa razão, não seria possível, neste momento, avaliar a qualidade e a confiabilidade do estudo.
 
O NHS também fez um alerta sobre o modo, ainda desconhecido, como as voluntárias foram escolhidas e recrutadas, pois os critérios de inclusão ou exclusão da pesquisa não ficaram claros. Isso porque as mulheres mais ativas já poderiam ser também as mais saudáveis em geral - por exemplo, terem uma dieta melhor, não fumarem e apresentarem maior nível de escolaridade.
 
Consultados pelo G1, os cientistas responsáveis pelo trabalho disseram que os resultados já foram revisados para a conferência da Sociedade de Neurociência e serão submetidos a uma revista científica revisada por pares.
 
Um dos líderes do estudo, o neurocientista e professor Dave Ellemberg, disse ainda que os britânicos estão corretos ao fazer essas perguntas, e a equipe responsável pelo trabalho compartilhou da mesma preocupação.
 
"Usamos um protocolo de controle randomizado, em que as mulheres que aceitaram participar foram aleatoriamente designadas a fazer ou não os exercícios. Em seguida, por meio de questionários, entrevistas e internet, fomos capazes de determinar que os dois grupos eram comparáveis. Isso porque não foram encontradas diferenças estatísticas nos hábitos de exercícios pré-gravidez, nos níveis sócio-econômico e educacional, na massa corporal e no peso das voluntárias", explica.
 
Sobre determinadas condições médicas, tabagismo, consumo regular de álcool e outros hábitos pouco saudáveis, esses já eram critérios que faziam parte do sistema de exclusão da pesquisa, rebate Ellemberg.
 
Para o NHS, praticar exercícios físicos durante a gravidez é recomendado, mas isso não tornará um bebê mais ou menos inteligente, e sim ajudará a reduzir os riscos de complicações ao longo da gestação e na hora do nascimento, para favorecer um parto vaginal.
 
Sobre vincular essa pesquisa a um maior nível de inteligência das crianças, Ellemberg diz que essa relação não foi feita pela equipe.
 
"Isso seria um salto, e seria bom. Mas, por enquanto, sabemos que as áreas do cérebro que acreditamos estar envolvidas na memória de longo prazo são mais maduras. Talvez isso também seja verdadeiro para outras regiões cerebrais. Faremos um acompanhamento de um ano que poderá nos dar essa resposta. Prevejo que deve haver alguma ligação entre uma fala mais rápida e um desenvolvimento motor maior com um QI melhor", analisa o neurocientista.
 
Bebês de 8 a 12 dias de vida foram analisados por eletroencefalogramas (Foto: Universite de Montreal)
Foto:  Universite de Montreal
Bebês de 8 a 12 dias de vida foram analisados por eletroencefalogramas
Opiniões médicas
Segundo o ginecologista e obstetra Marco Antonio Borges Lopes, professor associado da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) e autor do livro "Atividade física na gravidez e no pós parto", pela editora Roca, não é possível estabelecer uma relação de causa e efeito com base no estudo canadense.
 
"O que a gente sabe hoje é que a atividade física é certamente boa para a mãe, evita o excesso de peso, a diabetes gestacional, o aumento da pressão arterial, as dores musculares ou ósseas e alterações nos níveis de açúcar no sangue do feto, além de preparar a mulher para o parto. Benefícios futuros, porém, ainda são apenas especulações, nenhum trabalho conseguiu provar isso", destaca Lopes.
 
Na visão do ginecologista e obstetra Waldemir Rezende, do Hospital das Clínicas da FMUSP, só é possível avaliar a atividade do cérebro de uma criança a partir dos 3 a 5 anos de idade, quando ela começar a usar sua capacidade intelectual. De acordo com o médico, critérios subjetivos encontrados agora pelos pesquisadores podem não representar nada no futuro, pois é muito cedo para validar alguma descoberta.
 
"Estudar 18 casos não é um trabalho científico; seriam necessárias no mínimo 30 mulheres e segui-las, junto com seus filhos, por pelo menos 10 anos. Exercícios são bons e altamente recomendados, mas não é isso que fará um bebê virar um gênio", diz Rezende.
 
Segundo Ellemberg, um dos líderes do estudo, encontrar essas participantes específicas já foi um desafio. Quanto ao número considerado baixo, ele contesta que achar resultados estatisticamente significativos em uma amostra pequena indica que houve um forte efeito.
 
"A única razão pela qual os trabalhos científicos têm uma grande quantidade de voluntários é para reduzir a variância, o ruído estatístico. Portanto, isso torna nossa descoberta ainda mais impressionante", aponta.
 
Ainda de acordo com Ellemberg, acompanhar essas mulheres a longo prazo é realmente necessário para saber como a descoberta evolui, apontar tendências e possibilidades. Mas a equipe não está pensando nisso agora.
 
Em relação aos exames de imagem feitos em bebês tão pequenos, o pesquisador diz que a escolha do teste em recém-nascidos é um dos principais pontos fortes do protocolo usado, "porque podemos comparar os dois grupos de crianças antes que eles sejam expostos a fatores externos de maturação do cérebro, sobre os quais temos pouco controle".
 
"Podemos apenas especular como serão esses resultados mais adiante, mas as chances de que esses bebês tenham uma forte vantagem inicial é grande", acredita Ellemberg.
 
Hidroginástica é um dos exercícios mais recomendados pelos médicos na gravidez (Foto: AMELIE-BENOIST/BSIP/AFP)
Foto: AMELIE-BENOIST/BSIP/AFP
Hidroginástica é um dos exercícios mais recomendados na gravidez
Benefícios para mães e filhos
Apesar de contestarem os resultados da pesquisa canadense, os obstetras ouvidos pelo G1 recomendam atividades regulares para as gestantes, sempre com supervisão de um médico e um preparador físico – principalmente se for uma gravidez de risco ou a mulher for sedentária.
 
Segundo o ginecologista e obstetra Paulo Margarido, professor da FMUSP e chefe da divisão de ginecologia do Hospital Universitário da USP, exercitar-se durante a gestação traz benefícios cardiorrespiratórios, fortalecimento muscular e ainda pode evitar riscos de aborto ou nascimento prematuro.
 
"Estimular a mulher a se manter ativa desde o início da gravidez também se traduz em fetos mais saudáveis e menos sujeitos a problemas de crescimento", afirma Margarido.
 
O obstetra Waldemir Rezende acrescenta que o ideal é que as mães escolham opções lúdicas, prazerosas, que ajudem a alongar o corpo, respirar melhor, e não provoquem desconforto. As praticantes também não devem intensificar o ritmo dos exercícios nesse período, mas manter o que já vinham fazendo antes ou até desacelerar um pouco. Além disso, é importante se manter alimentada a cada 3 horas e se hidratar bem.
 
"A hidroginástica é a melhor alternativa, pois tem temperatura controlada, baixo impacto, não há pressão sobre a coluna vertebral nem risco de torções. A natação também é indicada, mas em um ritmo mais leve", recomenda Rezende.
 
O médico explica que a atividade física ainda aumenta as taxas de cortisol (hormônio do estresse) no sangue, o que pode ajudar a acelerar a maturidade do pulmão e do sistema nervoso central do feto. Em excesso, porém, esse hormônio favorece o ganho de peso e a retenção de líquidos para a mãe, e o aumento nos níveis de insulina para ela e o filho.
 
"É importante também que a mulher não aumente sua temperatura corporal acima dos 39° C durante os exercícios, pois isso pode causar malformações no tubo neural do embrião, como espinha bífida (a coluna não se fecha). Essa é uma temperatura crítica, mesmo que por pouco tempo, como 10 a 15 minutos", explica Rezende.
 
Além disso, durante a gravidez, as mulheres têm maior risco de hipoglicemia (queda nos níveis de açúcar no sangue) e de torções ou contusões, porque as articulações ficam mais úmidas e moles, como forma de preparação para o parto.
 
"Exercícios mais intensos como musculação podem aumentar a pressão no músculo abdominal e desencadear um parto prematuro. Halterofilismo é totalmente proibido, porque ainda força a coluna e pode gerar uma hérnia de disco", ressalta Rezende.
 
De acordo com o obstetra, a melhor medida para saber se um exercício está exagerado é ver no dia seguinte se existe dor muscular ou cãibra, sinal de que houve produção de ácido lático nos músculos.
 
G1

Vaticano manifesta preocupação com doenças neurodegenerativas


Papa Francisco fala ao público na Praça de São Pedro nesta quarta-feira (20). (Foto: AFP Photo/Andreas Solaro)
Foto: AFP Photo/Andreas Solaro
Papa Francisco fala ao público na Praça de São Pedro nesta
 quarta-feira (20)
Congresso organizado pelo Vaticano discutirá aumento de enfermidades. Cientistas, médicos, voluntários e pacientes serão recebidos por Francisco
 
O Vaticano anunciou nesta terça-feira (19) a organização de um congresso iminente sobre as doenças neurodegenerativas, insistindo na mobilização dos atores privados - associações, igrejas - para acompanhar milhões de pessoas idosas afetadas por estas enfermidades.
 
A conferência, organizada pelo Conselho Pontifical para a Pastoral da Saúde, se realiza no Vaticano entre quinta-feira e sábado. No sábado, os participantes serão recebidos, juntamente com doentes, pelo papa Francisco.
 
Segundo estimativas pulicadas nesta terça-feira pelo Vaticano, mais de 50% das formas de demência senil são casos de Alzheimer.
 
"A escolha de dedicar esta conferência a estas patologias nasce da constatação do crescimento exponencial do número de pessoas idosas doentes. As pessoas afetadas são 36,5 milhões, com mais de 7,7 milhões de novos casos a cada ano e um novo caso a cada quatro segundos", explicou o monsenhor Jean-Marie Mupendawatu, secretário deste Conselho Pontifical em uma coletiva de imprensa.
 
Segundo as mesmas estimativas, em 2030, os doentes poderão superar os 65 milhões.
 
O papa Francisco, segundo seu "ministro da Saúde" Zygmunt Zimowski, contribuiu "com suas palavras e testemunho com as pessoas idosas", para "renovar e reforçar" o impulso para organizar esta conferência, que deseja uma participação particularmente elevada.
 
A presença de 700 cientistas, médicos, religiosos e voluntários procedentes de 57 países é uma garantia da "pluralidade" das abordagens, afirmaram os organizadores.
 
O Vaticano quer enfatizar o apoio àqueles que não são "considerados economicamente produtivos", prevenindo contra o risco de um recurso crescente à eutanásia, em face dos custos que representam estes encargos que os Estados não podem suportar sozinhos.
 
G1

Pele hidratada funciona como uma proteção contra micro-organismos

Bem Estar desta  deu dicas para evitar o ressecamento no corpo. Além do uso de cremes, alguns hábitos do dia a dia também podem ajudar
 
Hidratar a pele pode parecer apenas uma preocupação estética a princípio, mas na verdade, a hidratação é importante também para a saúde - se bem hidratada, a pele exerce sua função de proteção e evita a entrada de micro-organismos que podem causar infecções.
 
Porém, além dos cuidados habituais, com o uso de cremes e a ingestão de 2 litros de água por dia, alguns hábitos também ajudam a evitar que o corpo fique ressecado, como mostraram a dermatologista Márcia Purceli e a cosmetóloga e engenheira química Sônia Corazza no Bem Estar desta terça-feira (19).
 
Por exemplo, ao tomar banho, a dica é evitar ficar muito tempo debaixo do chuveiro, evitar água muito quente e também o uso da bucha ou sabonete em excesso, que pode tirar a gordura que protege a pele. Tudo isso causa ressecamento e pode criar fissuras e escamas imperceptíveis, que favorecem a entrada de pequenos organismos que podem fazer mal à saúde, como mostrou a dermatologista Márcia Purceli - por isso, é extremamente importante evitar esses hábitos e também usar alguns cosméticos que ajudam a manter essa proteção.
 
Como explicou a médica, vale ressaltar que, além dos cremes hidratantes, existem produtos que hidratam a pele apesar de essa não ser a função principal, como por exemplo, maquiagens cremosas, filtro solar, desodorantes (roll-on e stick), cera de depilação e até a loção pós-barba sem álcool usada pelos homens.
 
De acordo com a dermatologista Márcia Purceli, existem diferenças ainda nas regiões do corpo que precisam de mais hidratação.
 
Áreas com mais pelos, como por exemplo, o rosto, braços e o couro cabeludo, geralmente são mais oleosas - mas por outro lado, áreas mais enrugadas como joelhos e cotovelos são costumam ser mais ressecadas. Nesses casos, a pessoa pode recorrer a hidratantes, vaselina ou até manteiga corporal, mas sempre de acordo com sua pele e situação, como recomendou a farmacêutica Vânia Leite.
 
Na hora de comprar o cosmético para hidratar, no entanto, é importante prestar atenção no que diz o rótulo. Segundo a cosmetóloga Sônia Corazza, os produtos que hidratam são aqueles que têm óleos vegetais, manteigas vegetais, ácido hialurônico, ceramidas e ureia - substâncias que impedem a perda excessiva de água através da pele, deixando-a sempre hidratada. No caso dos cremes com ureia, no entanto, a dermatologista Márcia Purceli alerta que eles não podem ser usados no rosto e durante a gravidez.
 
Além da pele, é importante ainda se preocupar em hidratar outras partes do corpo, como por exemplo, as unhas.
 
Removedores com óleo, cera e cremes com ureia são boas opções para isso, como mostrou a dermatologista Márcia Purceli. De acordo com a médica, os esmaltes ressecam as unhas e, por isso, o ideal é que elas fiquem sem eles pelo menos um dia durante a semana.
 
No caso dos cabelos, é importante procurar se há arginina, cistina e prolina na composição dos produtos. Segundo as especialistas, vale lembrar que o shampoo não hidrata os fios, apenas os condicionadores, máscaras ou leave-in. O shampoo limpa o cabelo, do mesmo jeito que o sabonete, que também tem essa função, mas ao contrário do shampoo, ele resseca e tira a proteção do cabelo e por isso não deve ser usado na hora de lavar.
 
As especialistas alertaram ainda para a importância de proteger os lábios, seja com o uso de batons ou protetores labiais, no caso dos homens.
 
Alguns produtos têm no rótulo a função de hidratante, mas mesmo se não tiver, vale lembrar que todos os batons hidratam, uns com mais intensidade do que outros. De acordo com a cosmetóloga Sônia Corazza, os homens também devem proteger os lábios para evitar ressecamento e até câncer nessa região.

G1

Brasil tem 157 cidades em risco de dengue e 525 em alerta, diz Saúde

Da esq., secretário Jarbas Barbosa, ministro Alexandre Padilha e ex-jogador Cafu participam do lançamento da campanha contra a dengue de 2013/2014 (Foto: Reprodução/Twitter/Ministério da Saúde)
(Foto: Reprodução/Twitter/Ministério da Saúde
Da esq., secretário Jarbas Barbosa, ministro Alexandre Padilha
 e ex-jogador Cafu participam do lançamento oficial da  campanha
 nacional contra a dengue de 2013/2014
Ministério lançou  nesta terça-feira (19) campanha nacional contra a doença. País notificou mais de 1,4 milhão de suspeitas em 2013, maioria no Sudeste
 
O Brasil tem 157 municípios em situação de risco de dengue e outros 525 em alerta, a maioria na Região Nordeste, informou o secretário de vigilância em saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, nesta terça-feira (19), em Brasília, durante o lançamento da campanha nacional contra a dengue, intitulada "Não dê tempo para a dengue" e encabeçada pelo ex-jogador de futebol e ex-capitão da seleção brasileira Cafu.
 
As cidades consideradas em risco, ou com sinal vermelho, são aquelas onde foram encontrados focos de dengue em mais de 4% das residências visitadas. Já os municípios em alerta ou sinal amarelo são aqueles em que houve foco em 1% a 3,9% dos domicílios.
 
Esses dados fazem parte do Levantamento Rápido de Índice para Aedes aegypti (LIRAa), que mediu o nível de infestação pelo mosquito em 1.300 cidades brasileiras. Ao todo, foram encontrados focos de dengue em duas a cada cem casas pesquisas para o levantamento, revelou Barbosa.
 
Em 2013, o país notificou mais de 1,4 milhão de casos suspeitos, um aumento de 54,6% em relação a 2010. No ano passado, entre janeiro e novembro, foram registrados 500 mil casos de dengue, e o governo atribui essa elevação à transição dos governos municipais, que teria dificultado os trabalhos dos agentes de saúde, e à entrada do sorotipo 4, ao qual grande parte da população ainda está bastante suscetível.
 
O Sudeste foi a região com o maior número de notificações da doença em 2013, responsável por 63,4% do total, seguido do Centro-Oeste, com 18,4%, apontou Barbosa.
 
Já as internações por dengue sofreram uma redução de 30% em relação a 2010, segundo o secretário. O grande objetivo do Ministério da Saúde para a próxima temporada, que vai de janeiro a maio de 2014, é diminuir a quantidade de óbitos e de casos graves – estes tiveram um aumento de 61% em 2013.
 
Segundo Barbosa, o Brasil já tem um dos menores índices de mortalidade por dengue das Américas – 0,03 óbito para cada cem notificações –, e com melhorias na assistência o país conseguiu evitar 394 mortes pela doença este ano.
 
Investimento de R$ 363 milhões
Para manter a atenção voltada sobre a dengue neste verão, o governo destinará mais de R$ 363 milhões a ações de vigilância, prevenção e controle. Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, alguns estados (como Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Goiás) têm capacidade para diminuir ainda mais os óbitos e casos graves.
 
"Já conseguimos uma forte redução, mas esse número ainda não nos deixa satisfeitos. Observamos uma evolução muito rápida da dengue em pacientes idosos. Por isso, precisamos agir com mais cuidado. Profissionais estão sendo treinados para identificar sinais de alerta, fazer a prova do laço", disse Padilha.
 
De acordo com o ministro, muitas vezes os pacientes procuram um posto de saúde, mas não recebem acompanhamento durante a evolução do quadro. Quando acabam voltando à unidade, já estão em uma situação bem mais grave.
 
"Os médicos do Mais Médicos vão reforçar os cuidados da atenção básica nos bairros da periferia. Cerca de 80% deles vêm de países com experiência muito consolidada em cuidados com a dengue.
 
Cuba, por exemplo, teve uma das menores letalidades quando enfrentou epidemias. Essa é uma das vantagens para as nossas equipes", destacou Padilha.
 
Segundo ele, os integrantes do programa participarão de uma videoconferência nesta quinta-feira (21) para obter mais informações sobre a campanha.
 
Sobre a presença de Cafu nos vídeos e no lançamento da ação, o ministro disse que o jogador tem a imagem de um líder que consegue mobilizar um time quando está em baixa e chamar a atenção.
 
"São lideranças como essa que precisamos em cada bairro, em cada comunidade do nosso país. Os municípios precisam de agentes de saúde assim para combater a dengue", afirmou Padilha.
 
Água x lixo
Há diferentes meios de proliferação para o mosquito da dengue, o Aedes aegypti, e eles variam de região para região. No Sudeste, por exemplo, 37,5% dos depósitos estavam em água armazenada em recipientes e 36,4%, no lixo. A maioria desses criadouros foram encontrados em domicílios, em pratos de plantas, caixas d'águas e outros locais.
 
Já no Centro-Oeste, o lixo é responsável pela maior parte dos depósitos do mosquito. Segundo o ministro Padilha, um ovo do Aedes aegypti é capaz de sobreviver até 300 dias em um recipiente seco, à espera de água.
 
"É por isso que pequenos detalhes em casa até grandes ações, como coleta de lixo e cata-bagulho, são fundamentais para enfrentar a dengue", ressaltou o ministro.
 
Para Padilha, o "campeonato" contra a dengue precisa começar antes que os casos apareçam, o que tem sido feito pelo ministério desde 2011, na tentativa de mobilizar os estados e municípios.
 
dengue (Foto: Arte/G1)
 
"O LIRAa é um guia importante de prevenção de risco, e serve para alertar os prefeitos sobre as ações de combate à dengue", disse Padilha.
 
G1

Mulheres com asma podem demorar mais tempo para engravidar, afirma estudo

Mulheres com asma podem demorar mais tempo para engravidar, afirma estudo Wong Mei Teng/stock.xchngEfeito negativo na fertilidade, entretanto, pode ser reduzido com tratamento para a doença
 
O novo estudo, publicado este mês no European Respiratory Journal, apresenta novas evidências de que a asma tem um efeito negativo na fertilidade. Pesquisadores do Hospital Universitário Bispebjerg, na Dinamarca, analisaram dados de questionários preenchidos por um grupo de mais de 15 mil gêmeas que vivem no país, com idade de até 41 anos.

Os questionários incluíram perguntas sobre a presença de asma e sobre fertilidade. Os pesquisadores escolheram gêmeos para realizar comparações diretas entre irmãs, evitando a necessidade de medir a informação genética e o estilo de cada pessoa individualmente.
 
As participantes foram divididas em dois grupos, um com asma e outro sem. Em seguida, foram formados outros dois sub-grupos, um com mulheres que trataram a asma na adolescência e outros que não trataram. Todas as participantes foram questionadas se estavam tentando engravidar por mais de um ano sem sucesso e quantos filhos elas tinham.
 
Entre as participantes, 955 relataram um histórico de asma. Os resultados revelaram as mulheres com asma tiveram um tempo de espera maior para conseguir engravidar, em comparação com aquelas sem a doença (27% das asmáticas contra 21,6 % das não-asmáticas).
 
O risco de um atraso na concepção também aumentou significativamente em mulheres com asma e que não buscaram tratamento (30,5%) contra aquelas que se trataram (23,8%).
 
Os pesquisadores também notaram uma tendência interessante na idade das participantes. Mulheres acima de 30 anos de idade com asma tinham uma tendência maior de esperar mais tempo para engravidar (32,2 % das mulheres com idade acima de 30 contra 24,9 % das mulheres com idade inferior a 30). No entanto, os resultados globais do estudo demonstraram que as mulheres com asma tiveram o mesmo número médio de filhos que as mulheres sem a doença.
 
O autor pricipal do estudo, Elisabeth Juul Gade afirmou que os resultados lançam luz sobre as complexas interações entre a fertilidade e a asma. Embora mulheres com a doença precisem de mais tempo para conseguir engravidar, os resultados sugerem que, se elas tomarem a medicação e controlarem a sua doença, podem reduzir este atraso.
 
— Como o efeito negativo da asma na fertilidade é reduzida por meio de tratamento, pode-se assumir que a inflamação sistémica caracterizada por asma pode ser responsável pelo efeito no retardamento da fertilidade. Nossos resultados sugerem que as mulheres com asma tinham o mesmo número de filhos, o que é devido ao fato de que eles tendem a conceber mais cedo em comparação com aqueles sem, obtendo uma vantagem sobre a sua vida reprodutiva — concluiu.

Zero Hora

Uso prolongado de pílulas anticoncepcionais dobra o risco de glaucoma, aponta estudo

Tomar pílulas anticoncepcionais por três anos ou mais aumenta a
 probabilidade de ter um diagnóstico de glaucoma
Componente chave do contraceptivo, o hormônio estrogênio, pode ser o causador do aumento do risco
 
O uso prolongado da pílula anticoncepcional dobra o risco de uma das principais causas de cegueira: o glaucoma. Segundo informações do site Huffingtonpost, os cientistas envolvidos no estudo que fez a descoberta advertiram que a pílula pode desempenhar um papel na doença e alertou as mulheres sobre o risco que o uso prolongado dos contraceptivos.
 
O glaucoma é causado por uma acumulação da pressão do fluido no olho, o que resulta em danos irreversíveis para o nervo óptico. A forma mais comum e crônica da doença afeta cerca de 480 mil pessoas na Inglaterra.
 
Estudos anteriores sugeriram que a hormônio estrogênio, um componente chave da pílula, pode estar envolvido no desenvolvimento do glaucoma.
 
A nova descoberta, apresentado na reunião anual da Academia Americana de Oftalmologia em Nova Orleans, é resultado de um estudo com 3.406 mulheres com 40 anos ou mais. As mulheres foram questionadas sobre sua história reprodutiva e passaram por exames oftalmológicos .
 
Os pesquisadores descobriram que as mulheres que usaram contraceptivos orais de três anos ou mais tinham duas vezes mais probabilidade de ter tido um diagnóstico de glaucoma. Não fazia diferença que tipo de contraceptivo oral as mulheres vinham utilizando .
 
Os cientistas disseram que tomar a pílula a longo prazo pode ser um fator de risco para glaucoma que também inclui o histórico familiar da doença, ascendência africana, miopia, aumento da pressão no olho e diabetes.
 
Segundo o líder do estudo, professor Shan Lin da Universidade da Califórnia em San Francisco, o estudo deve servir de impulso para futuras pesquisas para comprovar a causa e o efeito dos contraceptivos orais e glaucoma.
 
— Neste momento, as mulheres que tomaram contraceptivos orais por três anos ou mais devem ser rastreada e seguidas de perto por um oftalmologista, especialmente se eles têm outros fatores de risco já existentes — ressaltou.
 
Existem quatro tipos principais de glaucoma, o mais comum é o glaucoma de ângulo aberto crônico, que se desenvolve lentamente.
 
Já o glaucoma de ângulo fechado é uma forma rara que pode ocorrer lentamente ou se desenvolver rapidamente, conduzindo a perda de visão rápida em um ou ambos os olhos.
 
O glaucoma secundário é o resultado de uma lesão ou outra condição ocular do olho, tais como a inflamação. Já o glaucoma congênito é uma outra versão rara da doença causada por um defeito de nascença.

Zero Hora

Exposição a composto quimíco usado em plásticos aumenta risco de nascimentos prematuros, aponta estudo

Exposição a composto quimíco usado em plásticos aumenta risco de nascimentos prematuros, aponta estudo Porthus Junior/Agencia RBS
Foto: Porthus Junior / Agencia RBS
A principal causa de mortalidade entre recém-nascidos são os
nascimentos antes da 37ª semana de gestação
Os ftalatos, presente em plásticos, tintas e cosméticos, alteram níveis hormonais femininos
 
As grávidas expostas a ftalatos, um composto químico usado principalmente em plásticos, tintas e cosméticos como desodorantes, correm mais risco de dar à luz bebês prematuros, revelou um estudo publicado nesta segunda-feira.
 
Os autores desta pesquisa, entre eles Kelly Ferguson, da faculdade de Saúde Pública da Universidade de Michigan (norte), estudaram os casos de 130 mulheres que tinham dado à luz de forma prematura e de outras 352 que tiveram analisadas amostras de urina durante a gravidez para determinar o nível de resíduos de ftalatos.
 
"Nossos resultados mostram um vínculo significativo entre uma exposição a ftalatos durante a gravidez e nascimentos prematuros, o que confirma observações precedentes feitas no laboratório e resultados de estudos epidemiológicos", destacou Ferguson no artigo, publicado no periódico Journal of the American Medical Association (JAMA, na sigla em inglês).
 
Na opinião da especialista, as conclusões deste estudo podem ser aplicadas ao conjunto de grávidas nos Estados Unidos e em outros países. Os dados levantados pela pesquisa criam uma base sólida para prevenir ou reduzir a exposição aos ftalatos durante a gravidez, afirmaram seus autores.
 
A principal causa de mortalidade entre recém-nascidos são os nascimentos antes da 37ª semana de gestação, o que não é estudado suficientemente, advertiram os pesquisadores. O trabalho lembrou, por outro lado, que exames precedentes revelaram que mulheres expostas a ftalatos tinham níveis hormonais que podiam desajustar o funcionamento da tiroide e estavam vinculados ao câncer de mama e à endometriose.
 
Em um editorial publicado junto com a pesquisa, a doutora Shanna Swan, da faculdade de Medicina do hospital Monte Sinai de Nova York, avaliou que este estudo "é o mais forte até agora que sugere que os ftalatos estão em tudo o que cerca as grávidas e que poderiam ser um importante fator que explique os nascimentos prematuros, cujas causas são desconhecidas hoje em dia".

AFP/Zero Hora

Dormir e acordar no mesmo horário ajuda a manter um peso saudável

Dormir e acordar no mesmo horário ajuda a manter um peso saudável Divulgação/
Foto: Divulgação
Acordar no mesmo horário todos os dias ajuda a manter o peso em dia
Estudo revela que mulheres que mantêm rotina de sono apresentam menos gordura corporal
 
Pesquisas anteriores já haviam comprovado que dormir pouco pode afetar o peso, mas um novo estudo aponta que o horário que você dorme e acorda também pode influenciar na gordura corporal. As principais conclusões do estudo foram publicadas a versão online da revista American Journal of Health Promotion.
 
O professor de ciência do exercício Bruce Bailey estudou mais de 300 mulheres de duas grandes universidades dos Estados Unidos ao longo de várias semanas e descobriu que aquelas que tinham os melhores hábitos de sono também tinham os pesos mais saudáveis.
 
Manter uma rotina no horário de ir dormir e, especialmente, na quantidade de horas dormidas está relacionado a um baixo teor de gordura corporal. Já dormir menos de 6,5 horas ou mais de 8,5 horas por noite é associado a maior gordura corporal. A qualidade do sono também é importante para a composição do corpo.
 
As mulheres que participaram do estudo foram avaliadas primeiramente pela sua composição corporal. Em seguida, receberam um rastreador para gravar seus movimentos durante o dia e seu padrão de sono durante a noite. Os pesquisadores acompanharam os padrões de sono das participantes, com idades entre 17 e 26 anos, durante uma semana.
 
A descoberta mais surpreendente do estudo, segundo os pesquisadores, foi a relação entre a consistente rotina nos horários de ir dormir e acordar e o peso corporal. As participantes que foram dormir e acordaram no mesmo horário todos os dias apresentaram menor gordura corporal. Aquelas que tinham uma diferença de mais de 90 minutos nestes horários durante a semana apresentaram mais gordura que aquelas com 60 minutos de variação no horários.
 
O horário de acordar foi particularmente associado ao peso do corpo. Aqueles que acordaram no mesmo horário todos os dias tiveram menos gordura. Ficar acordado até tarde ou mesmo dormir até tarde pode fazer mais mal que bem, segundo o pesquisador Bailey.
 
— Nós temos um relógio interno e não permitir que ele entre em um padrão tem um impacto em nosso fisiologia — afirmou Bailey.
 
O pesquisador ressalta que ter padrões na hora de dormir é como ter uma boa higiene do sono.
 
Quando essa higiene é alterada, os padrões de atividade física podem ser alterados, assim como alguns hormônios relacionados ao consumo de alimentos, contribuindo para o excesso de gordura no corpo.
 
Bailey e sua equipe também descobriram que há um ponto ideal para a quantidade de sono: aqueles que dormiram entre 8 e 8,5 horas por noite tinham menos gordura corporal. A qualidade do sono também mostrou um forte ligação com o peso. Quanto melhor a qualidade, menor o peso.
 
Para ter mais qualidade no sono, Bailey recomenda fazer exercícios físicos, dormir em um local com temperatura agradável, silencioso e escuro, e usar a cama somente para dormir.
 
Zero Hora

Hospitais do Rio Grande do Sul oferecem exames gratuitos para câncer de pele

Hospitais do Rio Grande do Sul oferecem exames gratuitos para câncer de pele Daniel Conzi/Agencia RBS
Foto: Daniel Conzi / Agencia RBS
A previsão é de atender mais de 2 mil pessoas
Campanha será no dia 30 de novembro, das 9h às 15h, em dez pontos de atendimento
 
A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) promove o "Dia Nacional de Combate ao Câncer da Pele", no sábado, 30 de novembro. Especialistas irão orientar e examinar gratuitamente a população para prevenção e diagnóstico da doença.

No Rio Grande do Sul, serão dez postos de atendimentos e 221 voluntários. A expectativa é de realizar 2.010 exames clínicos. Haverá postos em Porto de Alegre, Canoas, Pelotas, Rio Grande, Santa Cruz do Sul e Santa Maria. O paciente será submetido à avaliação clínica e, se for diagnosticado com câncer, será encaminhado para tratar gratuitamente a doença.

Também terão palestras e folders com informações sobre o problema e proteção solar.

— A ação que estamos promovendo é importante para conscientizar as pessoas e auxiliar na prevenção do câncer de pele — afirma o presidente da SBD-RS, Renato Bakos.

Segundo estimativas do Instituto Nacional do Câncer (Inca), devem ser registrados mais de 140 mil casos novos este ano no Brasil. Até hoje, as ações desenvolvidas no Dia Nacional de Combate ao Câncer da Pele atenderam mais de 450 mil pessoas. Só no ano passado, foram cerca de 33 mil atendimentos, com média de 13,5% de incidência, índice bem acima dos anos anteriores — 63% das pessoas revelaram que costumam ficar expostas ao sol sem proteção.

O Rio Grande do Sul está bem acima da média brasileira, com 17,5% de incidência sobre o total atendido. É o terceiro estado em número de casos, logo abaixo de Rio Grande do Norte e Santa Catarina. Porto Alegre teve uma incidência de 18,56% entre as pessoas que procuraram atendimento, um dos percentuais mais altos do país.

— Por isso, é muito importante que as pessoas que fazem parte do grupo de risco procurem atendimento — explica o coordenador da Campanha no Rio Grande do Sul, o dermatologista Gustavo Pinto Corrêa.

Locais de atendimento no Rio Grande do Sul
O "Dia Nacional de Combate ao Câncer de Pele" será realizado no sábado, dia 30 de novembro, das 9h às 15h. A previsão é de atender mais de 2 mil pessoas. Os endereços dos locais de atendimento podem ser consultados no site da SBD ou pelo telefone 0800 701 3187.

PORTO ALEGRE
1. Ambulatório de Dermatologia Sanitária
Avenida João Pessoa, 1.327, Cidade Baixa
Informações: (51) 3901-1441
Atendimentos: 100
Horário: das 9h às 12h, com distribuição de fichas entre 8h30min e 10h

2. Hospital de Clínicas de Porto Alegre — Serviço de Dermatologia
Rua Ramiro Barcelos, 2.350
Informações: (51) 3359-8571/3359-8570 /3359-8349
Atendimentos: 100
Horário: das 8h às 12h, com distribuição de fichas

3. Hospital São Lucas da PUCRS — Serviço de Dermatologia
Avenida Ipiranga, 6.690, conj. 301
Informações: (51) 3339-5812
Atendimentos: 250

4. Complexo Hospitalar Santa Casa de Porto Alegre — Serviço de Dermatologia / Hospital Santa Rita
Rua Sarmento Leite, 170, Centro
Informações: (51) 3214-8403
Atendimentos: 200

5. Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre — Serviço de Dermatologia/ Hospital Santa Rita
Avenida Independência, 75, Centro
Informações: (51) 3214-8403
Atendimentos: 200

CANOAS
6. Hospital Universitário da Ulbra

Avenida Farroupilha, 8.001, Prédio 21
Informações: (51) 3464-9600
Atendimentos: 60, com distribuição de fichas

PELOTAS
7. Centro de Especialidades Municipal de Pelotas
Rua Voluntários da Pátria, 1.428
Informações: (53) 3222-1426
Atendimentos: 600

RIO GRANDE
8. Hospital Universitário — Dr. Miguel Riet Correa Jr.
Rua Canabarro s/nº - recepção
Informações: (53) 3233-8801/ 3233-8875
Atendimentos: 200
Distribuição de fichas a partir das 7h, com atendimento entre 8h e 12h

SANTA CRUZ DO SUL
9. Hospital Ana Nery
Rua Pereira da Cunha, 209 - Arroio Grande
Informações: (51) 2106-4400
Atendimentos: 200

SANTA MARIA
10. Hospital Universitário de Santa Maria
Av. Roraima, 1000
Informações: (55) 3220-8544
Atendimentos: 100
 
Zero Hora

Beber mais leite na adolescência não diminui o risco de fratura no quadril, aponta pesquisa


Beber mais leite na adolescência não diminui o risco de fratura no quadril, aponta pesquisa Photo Rack/Divulgação
A associação entre o consumo de leite e fraturas no quadril em homens
 foi parcialmente influenciada pela altura, de acordo com o estudo
Consumo da bebida no período de 13 a 18 anos pode ter relação com fraturas em homens durante a velhice
 
Frequentemente recomendado pelos pais, beber mais leite na adolescência— entre as idades de 13 e 18 anos — aparentemente não diminui o risco de fratura no quadril quando adultos, em vez disso pode aumentar o risco para homens, de acordo com um estudo publicado pelo JAMA Pediatrics.
 
Enquanto beber leite durante a adolescência é recomendado para alcançar um bom nível de massa óssea, o papel do leite em fraturas no quadril não tem sido estabelecido. Beber mais leite está associado ao crescimento em termos de altura, o que pode ser um risco para fraturas no quadril, segundo o estudo.
 
Diane Feskanich da Universidade de Harvard e colegas examinaram a associação entre o consumo de leite indicado na adolescência — três xícaras de leite ou laticínios equivalentes, segundo o Guia de Dieta para Americanos — e risco de fratura de quadril em idades mais avançadas. O estudo teve a participação de mais de 96.000 homens e mulheres. Durante o acompanhamento, 1.226 fraturas de quadril foram relatados por mulheres e 490 por homens.
 
Os resultados do estudo indicam que o consumo de leite no período que vai dos 13 aos 18 anos foi associado com um risco aumentado de fraturas de quadril em homens. Cada copo adicional de leite por dia representa um aumento de 9% nas chances de ter uma fratura na velhice. O consumo de leite na adolescência não foi associada a fraturas de quadril em mulheres. A relação entre o consumo de leite e fraturas de quadril em homens foi parcialmente influenciada pela altura, de acordo com o estudo.
 
— Nós não vimos um aumento do risco de fratura de quadril com o consumo de leite na adolescência em mulheres como vimos em homens. Uma explicação pode ser o aumento da massa óssea com um efeito adverso de maior altura. As mulheres sofrem um risco maior de osteoporose que os homens, portanto, o benefício de uma maior massa óssea é equilibrada como aumento do risco relacionado à altura — ressaltam os autores no estudo.
 
Ingestão de queijo durante a adolescência não foi associado com o risco de fratura de quadril em homens ou mulheres.
 
Os autores sugerem que mais estudos precisam ser feitos para examinar os papéis de consumo de leite no início e altura na prevenção de fraturas de quadril em idosos.

Zero Hora

Droga promete a cura da hepatite C

Determinado a se livrar da infecção por hepatite C que ia lentamente destruindo seu fígado, Arthur Rubens tentou sucessivos tratamentos experimentais. Nenhum funcionou, e a maioria causava efeitos colaterais como febre, insônia, depressão, anemia e uma urticária que "dava a impressão que a pele estava pegando fogo".
 
Mas, neste ano, Rubens, professor da Universidade da Costa do Golfo da Flórida, em Fort Myers, entrou no teste clínico de um novo comprimido contra a hepatite C. Após três meses de tratamento, o vírus havia sido eliminado do seu corpo.
 
"Fiz aniversário em setembro", disse Rubens, 63. "Disse à minha mulher que não queria nada. Iria destoar da magnitude desse presente." A medicina pode estar perto de virar o jogo contra a hepatite C, que mata anualmente mais americanos do que a Aids e é a principal causa de transplantes hepáticos. Se o esforço der certo, será uma rara conquista contra uma epidemia viral sem o uso de vacinas.
 
"Não há dúvida de que estamos prestes a eliminar a hepatite C", disse Mitchell Shiffman, diretor do Instituto do Fígado Bon Secours, da Virgínia.
 
Nos próximos três anos, devem chegar ao mercado novas drogas capazes de curar pacientes com o vírus, em alguns casos com apenas um comprimido diário em oito semanas, e com efeitos colaterais mínimos.
 
As atuais terapias curam cerca de 70% dos pacientes recém-tratados, mas exigem de 6 a 12 meses de injeções e acarretam efeitos colaterais terríveis.
 
Os tratamentos com as novas drogas devem custar no mínimo US$ 60 mil, podendo chegar a mais de US$ 100 mil. O acesso poderia ser um problema nos países em desenvolvimento. Não há organismos internacionais nem entidades beneficentes que adquiram medicamentos contra a hepatite C, como acontece no caso de remédios contra o HIV e a malária.
 
Estima-se que 150 milhões de pessoas no mundo estejam contaminadas com a hepatite C -três a cinco vezes o número de portadores do HIV. A maioria das pessoas infectadas não sabe disso. O vírus pode levar décadas para danificar o fígado a ponto de causar sintomas. Muita gente infectada com a hepatite C jamais sofre problemas sérios.
 
A hepatite C é transmitida principalmente pelo compartilhamento de seringas, mas também pode ser contraída durante o sexo ou por transfusões de sangue. Nos EUA, o exame de sangue doado começou em 1992. Rubens, o paciente curado recentemente, acredita que foi contaminado há muito tempo, quando trabalhava como paramédico.
 
O principal tratamento tem sido o interferon alfa, administrado em injeções semanais durante 24 ou 48 semanas, junto com cápsulas diárias de ribavirina. A combinação cura cerca de metade dos pacientes, mas os efeitos colaterais -anemia, depressão e sintomas semelhantes aos da gripe- podem ser debilitantes.
 
As novas drogas foram concebidas para inibir as enzimas usadas pelo vírus da hepatite C na sua replicação, a mesma abordagem adotada no controle do HIV. Como no caso do HIV, duas ou mais drogas contra a hepatite C serão usadas juntas para impedir que o vírus desenvolva resistência.
 
Se nenhum vírus for detectado no sangue 12 semanas após o fim do tratamento, praticamente não há chance de que o vírus regresse, e o paciente é considerado curado. O fígado danificado pode então se recuperar parcialmente, segundo os médicos.
 
No entanto, pessoas que estiveram infectadas podem ter um risco maior de câncer hepático, especialmente se houver se estabelecido uma cirrose.
 
As novas drogas que estão chegando ao mercado podem ser usadas em tratamentos de 12 a 24 semanas, possivelmente menos. Tom Espinosa, de Oakland, Califórnia, tem toda a pressa do mundo para que os novos tratamentos sejam oferecidos. Espinosa, 59, tem cirrose avançada e alguns pontos no fígado que podem indicar um câncer. Ele já tentou todos os tratamentos disponíveis, e nada funcionou, o que lhe deixa com inveja dos pacientes que foram curados.
 
Mas muitas das combinações de novas drogas ainda não foram amplamente testadas. E as drogas provavelmente não irão funcionar bem em pacientes com cirrose severa ou que também estejam infectados com o HIV.
 
Essas novas drogas, de empresas como Gilead Sciences, AbbVie e Bristol-Myers Squibb, provavelmente irão alterar o protocolo a respeito de quem recebe o tratamento e de quando. Muitos médicos estão incentivando seus pacientes a pararem seus tratamentos até que as novas drogas sejam aprovadas.
 
"De maneira alguma irei colocá-los em um regime de interferon se estamos a um ano de termos regimes sem interferon", disse Scott Friedman, chefe do departamento de doenças hepáticas da Escola de Medicina Icahn, do hospital Mount Sinai, em Nova York. Com os tratamentos mais toleráveis, faz sentido, segundo alguns especialistas, tratar a doença no estágio preliminar para evitar a cirrose e o risco de câncer hepático.
 
O regime totalmente oral pode também tornar mais viável o tratamento de pessoas com maior propensão a espalhar o vírus -usuários de drogas injetáveis, moradores de rua e presos, muitos dos quais também portadores de problemas de saúde mental. "Não posso tratar um paciente instável de forma segura com interferon", disse a médica Diana Sylvestre, de Oakland, na Califórnia. "Mas posso com total certeza lhe dar alguns comprimidos."

The New York Times/iG

Fabricantes tentam seduzir público com cigarro eletrônico

Geoff Vuleta, diretor de marketing da NJOY, com cigarro eletrônico
Fred R. Conrad/The New York Times
Geoff Vuleta, diretor de marketing da NJOY, com cigarro eletrônico
No início do século passado, fumar era uma alternativa aceita a mascar tabaco para os homens; para as mulheres, era ousado. Então, em meados do século, tornou-se a norma. Conforme os perigos do tabaco --e o comportamento escandaloso das companhias de cigarro em esconder esses perigos-- tornaram-se impossíveis de ignorar, fumar assumiu uma nova identidade, como um mal social.
 
Hoje os fabricantes de cigarros eletrônicos tentam conquistar a aceitação pública do "vaping" [algo como "vaporização"], como é conhecido o uso de seu produto. Mas alguns profissionais de saúde temem que aprovar o cigarro eletrônico possa desfazer décadas de trabalho de demonização do próprio hábito de fumar.
 
Está em jogo um mercado que cresceu em poucos anos para cerca de US$ 4 bilhões em todo o mundo. Isso é pouco comparado com os US$ 90 bilhões do mercado de cigarros só nos Estados Unidos. Mas um analista de Wall Street projeta que os cigarros eletrônicos vão superar os comuns na próxima década.
 
A NJOY foi uma das primeiras empresas a vender cigarros eletrônicos. Hoje existem 200 tipos nos EUA. No ano passado, as grandes companhias de cigarros entraram no jogo quando a Lorillard adquiriu a Blu, uma marca de cigarros eletrônicos, e demonstrou seu poder econômico. Em poucos meses a Blu deslocou a NJOY como líder de mercado.
 
Craig Weiss, executivo-chefe da NJOY, ainda considera que sua empresa tem uma vantagem --ao fabricar cigarros eletrônicos com visual, sensação e funcionamento semelhantes aos da coisa real. É uma estratégia diferente da de produtos concorrentes, que parecem longos tubos prateados ou canetas finas e reluzentes.
 
"Estamos tentando fazer algo muito desafiador: mudar um hábito que não apenas está arraigado, mas que as pessoas se dispõem a levar para o túmulo", disse Weiss. "Para realizar isso, temos de estreitar o máximo possível a ponte para a familiaridade. Temos de facilitar para que os fumantes a cruzem."
 
Para alguns na saúde pública, uma preocupação é que tornar novamente aceito um comportamento semelhante a fumar, em vez de levar ao abandono, acabe reanimando o hábito e provoque novos casos de enfisema, doença cardíaca e câncer de pulmão.
 
"A característica que poderia torná-los eficazes também é seu maior risco", disse o doutor Tim McAfee, diretor do Departamento de Fumo e Saúde nos Centros para Controle e Prevenção de Doenças dos EUA.
 
O NJOY King, que custa US$ 7,99, é descartável e tenta entregar tanta nicotina quanto um maço de 20 cigarros. Outros tipos de cigarros eletrônicos são recarregáveis, e seus refis de nicotina fluida custam cerca de US$ 3 ou US$ 4.
 
No interior do tubo de policarbonato do NJOY, há um circuito integrado, um pequeno chip de computador. Depois há uma bateria de íons de lítio e um pavio enrolado em algodão embebido em nicotina, glicerina e propilenoglicol. A bateria é ligada quando o usuário dá uma tragada no tubo, aquecendo o interior do dispositivo a cerca de 65 graus centígrados e transformando a nicotina em vapor.
 
O eCigs da Blu, maior concorrente da NJOY, são tubos pretos finos com pontas que brilham em azul, não vermelho-brasa.
 
Murray S. Kessler, presidente da Lorillard, descreveu seu visual como "moderno" e "bacana" e disse que a aparência lhe dá uma maior probabilidade de ser um "substituto completo" do cigarro.
 
Os acionistas "não se importam se vendemos cigarros ou cigarros eletrônicos", disse ele, desde que a companhia dê lucros.
 
A Lorillard disse que vai gastar US$ 40 milhões neste ano em marketing, orçamento que representa 35% dos US$ 114 milhões em vendas da Blu no primeiro semestre deste ano.
 
Duas outras empresas de cigarros estão explorando o mercado. O MarkTen, da Altria, pode ser recarregado e está sendo vendido em Indiana como teste. O Vuse, da R. J. Reynolds Tobacco Company, é um modelo prateado longo, que está sob testes no Colorado.
 
Nos EUA, o departamento federal que administra remédios e alimentos (DEA), que tem o poder de regulamentar, mas não de proibir, os produtos de tabaco, disse que pretende emitir em breve regras preliminares para comentário público sobre a regulamentação do cigarro eletrônico. No mês passado, o Parlamento Europeu endossou limites para o patrocínio e a publicidade de cigarros eletrônicos e sua venda para menores, mas evitou regulamentos mais duros que os teriam classificado rigidamente como equipamentos médicos.
 
A maioria das autoridades de saúde parece concordar que os níveis de toxinas dos e-cigarettes são muito mais baixos que os dos cigarros tradicionais. Mas elas também dizem que se sabe muito pouco sobre os aspectos potencialmente malignos de determinadas marcas e se há danos para os "fumantes passivos". Um estudo publicado em setembro na revista médica britânica "The Lancet" descobriu que, após seis meses fumando cigarros eletrônicos, 7,3% dos usuários tinham parado de fumar tabaco. (O índice de eficácia dos adesivos de nicotina foi 5,8%.)
 
Nos EUA, 40 secretários de Justiça pediram a regulamentação federal de "um produto viciante cada vez mais disseminado". Eles destacaram um comercial de televisão do NJOY em que o produto é exatamente igual a um cigarro.
 
Weiss não vê o problema: "Queremos que ele pareça ao máximo com um cigarro porque é assim que vamos fazer os fumantes mudarem de comportamento".

The New York Times/iG

Estudo vê fraude em medicamentos fitoterápicos nos EUA

Os americanos gastam cerca de US$ 5 bilhões por ano em suplementos fitoterápicos não testados que prometem de tudo, desde combater resfriados e conter os sintomas da menopausa até reforçar a memória. As vendas globais de suplementos e vitaminas são estimadas em US$ 84 bilhões.
 
Mas os consumidores devem tomar cuidado: testes de DNA mostram que muitas pílulas rotuladas como ervas medicinais não passam de arroz e capim em pó.
 
Usando um teste chamado código de barras de DNA, uma espécie de impressão digital genética, pesquisadores canadenses testaram 44 frascos de suplementos populares vendidos por 12 empresas.
 
Descobriram que muitos não eram o que diziam e que pílulas rotuladas como ervas populares muitas vezes eram diluídas -ou totalmente substituídas- por produtos como soja, trigo e arroz.
 
Defensores de consumidores e cientistas dizem que a pesquisa oferece mais evidências de que a indústria de suplementos fitoterápicos está cheia de práticas questionáveis. Representantes da indústria afirmam que qualquer problema não deve ser generalizado.
 
Os pesquisadores escolheram ervas medicinais populares e aleatoriamente compraram diferentes marcas desses produtos em lojas e revendas no Canadá e nos Estados Unidos.
 
Eles encontraram frascos de suplementos de equinácea, usada por milhões de americanos para tratar resfriados, que continham o pó de Parthenium hysterophorus, planta encontrada na Índia e na Austrália que está relacionada a urticária e náusea.
 
The New York Times
Dois frascos rotulados como erva-de-são-joão, que estudos mostram que pode tratar depressão leve, não continham a planta. Em vez dela, as pílulas de um frasco eram feitas apenas de arroz, e outro continha somente sene-de-alexandria, arbusto egípcio que é um poderoso laxante. Suplementos de gingko biloba, promovidos como intensificadores da memória, estavam misturados com amido e avelãs, risco potencialmente mortal para alérgicos a nozes.
 
De 44 suplementos fitoterápicos testados, um terço mostrava uma total substituição, o que significa que não havia vestígio da planta mencionada na embalagem --apenas outra planta em seu lugar. Muitos eram adulterados com ingredientes não citados no rótulo, como arroz, soja e trigo.
 
Em alguns casos, esses substitutos eram a única planta detectada no frasco, disse o principal autor do estudo, Steven G. Newmaster, diretor botânico do Instituto de Biodiversidade de Ontário.
 
As descobertas, publicadas na revista "BMC Medicine", seguem-se a diversos estudos que sugeriram que uma porcentagem importante de produtos fitoterápicos não são o que dizem ser. Mas, como as últimas conclusões são apoiadas por testes de DNA, possivelmente constituem a evidência mais verossímil de adulteração, contaminação e má rotulagem na indústria, uma área da medicina alternativa em rápido crescimento, que inclui cerca de 29 mil produtos fitoterápicos vendidos na América do Norte.
 
"Isso sugere que os problemas são generalizados e que o controle de qualidade em muitas empresas, seja por ignorância, incompetência ou desonestidade, é inaceitável", disse David Schardt, nutricionista do Centro para Ciência no Interesse Público.
 
Stefan Gafner, do Conselho Botânico Americano, grupo sem fins lucrativos que promove o uso de suplementos herbais, disse que o estudo tinha falhas, em parte porque a tecnologia de código de barras nem sempre identifica ervas que foram purificadas e altamente processadas. "Aceito que o controle de qualidade é um problema da indústria fitoterápica", disse o doutor Gafner. "Mas acho que o que está representado aqui foi exagerado."
 
O doutor David A. Baker, da Universidade Stony Brook em Long Island, Nova York, comprou 36 suplementos de erva-de-são-cristóvão. Os testes de código de barras mostraram que um quarto delas não era a Cimicifuga racemosa, mas uma planta ornamental da China. O doutor Baker chamou a regulamentação de suplementos no Estado de "oeste selvagem" e disse que a maioria dos consumidores não tem ideia de como há poucas salvaguardas implementadas.
 
"Se você tivesse um filho doente e três em cada dez comprimidos de penicilina fossem falsos, todo mundo estaria alarmado", disse o doutor Baker. "Mas, quando se compra um suplemento em que três de cada dez pílulas são falsas, tudo bem. Por que essa indústria não é responsabilizada?"
 
Folhaonline

Projeto de lei aprovado na Câmara libera venda de remédios para emagrecer

Na contramão do que definiu a  Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), a Câmara dos Deputados aprovou nesta terça (19) um projeto de lei que autoriza a produção e venda de determinados remédios para emagrecer.
 
A proposta se refere a medicamentos feitos a partir de substâncias como sibutramina, anfepramona, femproporex e mazindol.
 
Os últimos três, do grupo das anfetaminas, foram proibidos em outubro de 2011, por determinação da Anvisa, que entendeu não haver comprovação da eficácia e que o risco do seu uso supera o benefício. A sibutramina foi mantida no mercado, mas com restrições.
 
A proposta foi aprovada em caráter terminativo pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara e, se não receber recurso para ser votado em cinco dias pelo plenário, segue para votação no Senado.
 
O texto original da proposta apresentada pelo deputado Felipe Bornier (PSD-RJ) queria proibir a Anvisa de atuar na regulamentação desse setor, mas os deputados entenderam que a medida poderia ser inconstitucional e preferiram liberar a comercialização sob prescrição médica.
 
Relator da matéria, o deputado Sergio Zveiter (PSD-RJ), votou pela constitucionalidade da proposta.
 
"Entendo que, em vez de proibir-se a Anvisa de vetar a produção e comercialização dos anorexígenos enumerados, como previa o projeto original, a solução mais certa é autorizar diretamente, por meio de projeto de lei, a produção, comercialização e consumo, sob prescrição médica".
 
Dias depois da decisão que baniu parte dos emagrecedores e instituiu regras mais rígidas para o uso da sibutramina, em 2011, o diretor-presidente da Anvisa, Dirceu Barbano, classificou a venda dos inibidores no Brasil como "abusiva, muito alta, só crescente".
 
A restrição ao uso dos inibidores de apetite foi duramente criticada por entidades médicas.
 
Procurada sobre a aprovação na Câmara, a Anvisa afirmou que não se manifestaria.
 
Folhaonline

Reposição de testosterona em forma de desodorante chega ao país

Uma nova droga para repor testosterona em homens com baixos níveis do hormônio deve chegar ao Brasil no próximo mês. A novidade é o formato: o medicamento é aplicado nas axilas, como se fosse um desodorante.
 
Hoje, existem três remédios de reposição hormonal masculina no país, todos injetáveis. Dois deles são aplicados a cada três semanas e o outro, a cada três meses.
 
Já o novo medicamento, de uso tópico, deve ser usado diariamente pela manhã, depois do desodorante comum.
 
Dessa forma, a droga tenta imitar a produção natural da testosterona --que tem níveis mais altos no começo do dia. Com os remédios injetáveis de longa duração, podem ocorrer picos do hormônio logo após as aplicações e níveis baixos no fim do período.
 
O remédio é colocado em um aplicador usado diretamente nas axilas, o que evita que o produto entre em contato com as mãos e diminui os riscos de contaminar outras pessoas com o hormônio. A dose pode variar de acordo com a recomendação médica. Cada "bombeada" do produto tem 30 mg, e a dose máxima diária, segundo a bula, é de 120 mg. Uma unidade com 110 ml custará R$ 283,93, o que é suficiente para um mês, em média, a depender da dose indicada.
 
Editoria de Arte/Folhapress
Indicação
Segundo Miguel Srougi, professor titular de urologia da Faculdade de Medicina da USP, a diminuição do hormônio masculino é um processo natural que ocorre a partir dos 40 anos.
 
Mas não são todos os homens que precisam do medicamento. O urologista afirma que a reposição hormonal só é indicada para homens com níveis baixos de testosterona --os valores normais vão de 300 a mil nanogramas por decilitro-- e queixa de sintomas.
 
De acordo com estudos, de 3% a 30% dos homens podem ter níveis baixos de testosterona. Desses, só um terço tem sintomas relacionados a essa queda e, portanto, seria candidato ao uso da reposição hormonal.
 
"Há só três problemas que a reposição pode melhorar: perda de libido, perda de massa muscular e osteoporose. Há médicos que acreditam que há um ganho na memória, que a pessoa vai ficar mais bem disposta, mas não há evidências disso. É tudo ficção", afirma Srougi.
 
Segundo ele, a queda do hormônio masculino pode ter um efeito desfavorável para a saúde, mas não é responsável por problemas cognitivos decorrentes da idade. A reposição também não é um "elixir" para males como irritabilidade e insônia.
 
"Há um grupo de críticos que afirma ainda que há um mercado de reposição hormonal que lucra com essa ideia. Surgiu todo um comércio em torno disso. É preciso ter cuidado na indicação", diz.
 
A reposição hormonal masculina tem seus riscos. Em doses exageradas, pode causar o crescimento das mamas, toxicidade para o fígado, aumento de colesterol "ruim", maior risco de hipertensão e apneia do sono.
 
O risco de o tratamento causar câncer de próstata foi levantado e já descartado, segundo Srougi, mas, se o paciente já tiver um tumor, a droga fará com que ele cresça mais rapidamente. Por isso, é preciso descartar a hipótese da doença antes de começar o tratamento.
 
O médico diz ainda que a forma de aplicação do novo medicamento, não injetável, pode aumentar o número de pessoas que farão uso indevido da testosterona, incluindo os adeptos da medicina "antiaging" (que usa hormônios para tentar atrasar o envelhecimento, sem evidências científicas).
 
Bernardo Soares, diretor médico da Eli Lilly, diz que o risco existe, mas que a droga será vendida com receita. Efeitos adversos e uso fora da indicação da bula serão monitorados pela farmacêutica.
 
Folhaonline

Em dias de calor, escolha saladas leves e desintoxicantes

Alimentação saudávelSaiba quais combinações são benéficas e poderosas para desintoxicar o organismo, além de auxiliar na digestão e dar disposição para enfrentar os dias quentes
 
O verão ainda não chegou, mas os dias quentes já têm aparecido com mais frequência. Com o calor, vêm a indisposição, a perda do apetite, o inchaço nas pernas e aquela moleza. Mas o organismo não para e, mesmo sem fome, o corpo precisa de nutrientes para funcionar corretamente. A solução é apostar em saladas leves e nutritivas.
 
Segundo a nutricionista Alexandra Marinho, da Organomix, a salada deve conter uma série de itens para ficar completa. “Ela deve ter grão de bico, ou brotos de feijão, legumes de cores diversas como cenoura, beterraba, milho, vagem, tomate, cebola, repolho roxo, alface e folhas verdes escuras”, explica.
 
Para quem procura uma salada detox, a dica de Alexandra são saladas que contenham folhas verdes, com gengibre, salsinha, maçã ou abacaxi picado, além de aipo e hortelã. E para um sabor mais apurado, a dica é temperar com limão e óleos com especiarias, como o óleo de linhaça com orégano”.
 
Larissa Marques, nutricionista da Hapvida, também recomenda a adição de pepino, manga, linhaça, nozes, ameixas, azeite de oliva extra virgem, pois também ajudam a desintoxicar o organismo.
 
1. Saladas leves nos dias mais quentes são ótimas opções
 
2. Grão-de-bico ou brotos de feijão são recomendados para uma salada leve e nutritiva, além de....
 
3. ... legumes e verduras de cores diversas como cenoura, beterraba, milho, vagem, tomate, cebola, repolho roxo e....
 
4. ... folhas verde escuras
 
5. Para desintoxicar, é ideal que a salada tenha gengibre, salsinha, além de....
 
6. ... frutas como a maçã ou abacaxi, além de aipo e hortelã
 
7. Óleo com especiarias é uma boa opção para dar mais sabor às saladas
 
9. Para depois de um churrasco, quando sentimos o estômago pesado, uma salada de folhas verdes com mamão e....
 
10. ... abacaxi é uma boa pedida. O abacaxi contém a enzima bromelina, que auxilia na digestão
 
Algumas combinações de saladas também ajudam a eliminar aquele “peso” no estômago, sensação provocada depois de comer um alimento de difícil digestão. A nutricionista recomenda uma salada de folhas verdes e com duas frutas, que podem ser o mamão e o abacaxi, esse último já conhecido por conter bromelina, uma enzima que auxilia na digestão.
 
"As saladas são muito benéficas porque os antioxidantes estão em maior quantidade em legumes, verduras e frutas. A pessoa também pode acrescentar oleaginosas como castanhas, para melhorar a disposição”, acrescenta Alexandra.
 
Os alimentos que contêm ômega-3, como as castanhas e peixes, melhoram o ânimo. “Eles aumentam os níveis de serotonina, dopamina e noradrenalina, substâncias responsáveis pela sensação de bem estar”, explica.
 
iG

As mulheres falam mais do que os homens?

Segundo neuropsiquiatra americano, as mulheres falam, em média, 20 mil palavras por dia e os homens, apenas 7 mil. Mas até que ponto o dado corresponde à verdade?
 
As mulheres falam, em média, 20 mil palavras por dia, em comparação com meras 7 mil pronunciadas pelos homens, pelo menos segundo um livro de um neuropsiquiatra americano lançado em 2006.
 
Citada por um cientista aparentemente especializado no assunto e amplamente disseminada pela internet, a declaração reforça o estereótipo de que o "sexo fraco" passa seus dias fofocando, enquanto os homens, "trabalhadores", estão fazendo algo de produtivo.
 
Mas até que ponto o dado corresponde à verdade?
 
A loquacidade pode ser medida de várias maneiras. Uma das técnicas é levar as pessoas para um laboratório, dar-lhes um tema de discussão e registrar suas conversas. Outro recurso seria tentar gravar as conversas diárias em casa. Por esse procedimento, se contaria o número total de palavras faladas, o tempo que a pessoa gasta falando, a quantidade de vezes que um indivíduo participa de uma conversa ou palavras faladas a cada vez.
 
Combinando os resultados de 73 estudos em crianças, um grupo de pesquisadores americanos descobriu que as meninas falavam mais palavras do que os meninos, mas a diferença foi insignificante. Além disso, essa pequena diferença só era aparente quando elas falavam com os pais, não com seus amigos.
 
Talvez o ponto mais importante desse estudo tenha sido a conclusão de que isso só ocorreu até os dois anos e meio, o que poderia significar simplesmente as diferentes velocidades com as quais as crianças, meninos e meninas, desenvolvem habilidades de linguagem.
 
Mas se a diferença é insignificativa entre as crianças, o mesmo se aplica aos adultos?
 
Quando Campbell Leaper, psicólogo da Universidade da Califórnia, em Santa Cruz, autor da pesquisa, realizou uma análise mais aprofundada sobre o tema, descobriu que os homens eram mais tagarelas.
 
Mas, novamente, a diferença foi pequena. E o estudo constatou que as diferenças eram maiores em testes realizados em laboratórios do que em ambientes sociais mais próximos à vida real, indicando, segundo os pesquisadores, que os homens talvez se sintam mais confortáveis do que as mulheres em ambientes pouco comuns como um laboratório.
 
As descobertas de Leaper incentivaram uma revisão de 56 estudos realizados pela pesquisadora linguística Deborah James e pela psicóloga social Janice Drakich, transformada em um livro em 1993.
 
Apenas dois dos estudos conduzidos pelas pesquisadoras constataram que as mulheres falam mais do que os homens, enquanto 34 deles mostraram que os homens falavam mais do que as mulheres, pelo menos em algumas circunstâncias. Por outro lado, diferenças de metodologia dificultam uma comparação mais exata sobre o assunto.
 
Fora do laboratório
As conversas da vida real têm sido tradicionalmente mais difíceis de estudar por causa da necessidade de os participantes gravarem todos os seus diálogos.
 
No entanto, o psicólogo James Pennebaker, da Universidade do Texas, desenvolveu um dispositivo que grava 30 segundos de fragmentos de som a cada 12,5 minutos. Como os participantes da pesquisa não podem apagar os registros, o resultado é significativamente mais confiável.
 
Em uma pesquisa publicada na revista Science em 2007, Pennebaker constatou que, durante as 17 horas por dia em que o aparelho funcionava, as mulheres que participaram do estudo nos Estados Unidos e no México falavam uma média de 16.215 palavras e os homens, 15.669. Mais uma vez, uma diferença considerada residual.
 
Uma análise de 100 encontros públicos realizada por Janet Holmes, da Universidade Victoria de Wellington, na Nova Zelândia, mostrou que os homens faziam, em média, 75% das perguntas, embora constituíssem apenas dois terços da audiência.
 
Mesmo quando as plateias eram divididas por gênero em quantidade iguais, os homens formularam quase dois terços das perguntas.
 
Os resultados das pesquisas já realizadas apontam, portanto, que a afirmação de que as mulheres falam mais do que os homens não passa de um falso mito, sem qualquer comprovação científica.
 
O assunto voltou a ganhar destaque recentemente quando cientistas descobriram que meninas de até quatro anos de idade tinham 30% a mais de uma determinada proteína em uma área do cérebro importante para a aquisição da linguagem.
 
Imediatamente, as redes sociais foram inundadas de brincadeiras, associando o resultado da pesquisa ao fato de as mulheres falarem mais do que os homens.
 
Mito
Mas, então, de onde vem a ideia de que os homens pronunciam 7 mil palavras por dia, em comparação com as 20 mil das mulheres?
 
A afirmação apareceu pela primeira vez na capa do livro O Cérebro Feminino, escrito em 2006 por Louann Brizendine, neuropsiquiatra da Universidade da Califórnia em San Francisco, e vem desde então sendo amplamente citada.
 
Quando Mark Lieberman, professor de linguística da Universidade da Pensilvânia, questionou os dados, que pareciam vagamente baseados em números que aparecem em um livro de autoajuda, Brizendine concordou com ele e prometeu retirá-los de futuras edições.
 
Lieberman tentou rastrear a origem das estatísticas, mas teve pouca sorte: só encontrou uma declaração semelhante em um folheto de 1993 de aconselhamento matrimonial, que está longe de servir como base científica.
 
Delas